Pessoal, que me lê.
A Folha de S.Paulo (sic) emite hoje, 04/10, sua opinião sobre a supressão
da impressão do voto.
Não houve contundência, parecendo mais uma opinião reprimida.
É isso, um abraço.
Luiz Ezildo - Santos/SP
"O maior castigo para quem não gosta de política é ser governado pelos que
gostam"
- Arnold Toynbee - Historiador inglês
(1889/1975)
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São Paulo, sábado, 04 de outubro de 2003
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VOTO SEM CÓPIA
A Câmara acatou recomendação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e
revogou o dispositivo legal que determinava a implantação da impressão do
voto eletrônico. As razões que levaram primeiro os senadores e agora os
deputados a desistir de aprimorar o sistema eletrônico de votação são por
certo compreensíveis, mas nem por isso o resultado pode ser saudado. O
sistema de impressão de voto em urna eletrônica já havia sido testado no
último pleito no Distrito Federal, em Sergipe e em três municípios de cada
Estado. Nas seções desses lugares, as urnas eletrônicas receberam um
módulo impressor com o qual o eleitor pôde verificar seu voto impresso
antes de este ser depositado dentro de um recipiente especial. O que
levou os parlamentares a rejeitar o voto impresso foram os custos de
adaptação das urnas, calculados em R$ 350 milhões, e os problemas com
filas e funcionamento do equipamento verificados nas regiões onde ele já
havia sido testado. Ninguém contesta que o voto eletrônico tenha
representado um grande passo para o país. Antes dele, um processo de
apuração podia se estender por mais de dez dias. Hoje, conhecem-se todos
os resultados apenas algumas horas depois de fechadas as urnas. O
avanço não impede que o sistema seja aprimorado ainda mais, como seria com
um mecanismo de impressão que não sacrificasse a rapidez da votação.
Tecnicamente, pode-se argumentar que a impressão não amplia a segurança do
processo eleitoral. Mas eleição é acima de tudo credibilidade. E, como
obviamente nem todo brasileiro é um especialista em microinformática,
deve-se convir que o sistema ganharia em confiança se permitisse também a
confecção física dos votos, que ainda poderiam ser guardados e recontados
manualmente em caso de contestação.
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