Parabéns à Folha pelo corajoso editorial defendendo a possibilidade de conferência da apuração dos votos e consequente transparência do processo eleitoral.

Estranhei, no entanto, a opinião do leitor Sr. Cláudio Abramo, diretor da Transparência Brasil, a quem conheço e admiro o trabalho, alegando fora de sua especialidade que quem frauda o voto eletrônico fraudaria também o voto impresso, Não é tão óbvio assim.

O voto eletrônico precisaria ser fraudado em Brasília, dentro do TSE antes da eleição, e o voto impresso teria que ser fraudado nas mesmas proporções em cada cartório eleitoral depois das eleições mas antes da apuração! Sincronizar estas duas fraudes, para que não seja descoberta, não é nada simples e certamente é bem mais dificil do que fraudar apenas o software.

Os especialistas em segurança de dados da SBC, que o Sr. Abramo desconsidera, certamente pesaram isto ao defenderem o voto impresso como solução para a auditoria da apuração eletrônica.

Mas mais surpreendente é a incoerência do diretor da Transparência Brasil ao aderir ao Sr. Casagrande do PT, especialista em nada e defensor do obscurantismo no processo eleitoral quando confessa que mantém propositalmente secreto do eleitor brasileiro o Relatório do COPPE, o qual revela as falhas de confiabilidade do sistema do TSE, como apresentado na reportagem da Folha de 30/05.

Será que o Sr. Abramo conhece o conteúdo deste relatório?

Eng. Amilcar Brunazo Filho
moderador do Fórum do Voto-E
assinante da Folha

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Urnas
"Diferentemente do afirmado por representantes da Sociedade Brasileira de Computação, e aparentemente "comprado" pela Folha, a impressão em papel do voto dado eletronicamente e o seu depósito em urna não traria nenhuma garantia adicional de segurança. Está certo o sr. Moacir Casagrande, do PT. Primeiro, porque o fraudador do voto eletrônico violaria também a urna física. Segundo, e mais importante, porque, em caso de disparidade, como concluir que a fraude teria incidido no voto eletrônico, e não nos registros em papel? Apontar isso não significa dizer que não se devam tornar mais rigorosos os processos de certificação e de controle do voto eletrônico."
Claudio Weber Abramo, diretor-executivo da Transparência Brasil (São Paulo, SP)


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     Eng.  Amilcar Brunazo Filho - Santos, SP

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