Amigos da Irriga-l,
O texto vale mais pelo aviso de coisas que
acontecerão ou não acontecerão.
É um Ino ao medo de romper paradigmas.
Ironicamente, noto que só poderia surgir do Morro
do Diabo, como se tal entidade existisse com as cores com que a
pintam.
Seremos entretanto muito estúpidos, se daqui a
tantos anos, até 2070, não tivermos encontrado soluções para esse e outros
problemas que fantasmagóricamente povoam o nosso imaginário, sob a falsa palavra
de ordem de que o mundo está condenado a viver uma agonia por falta de
água.
Poderiamos contar inumeras estórias da carochinha e
da Brucha Má, a qual faz tudo para que os outros sintam que não existem mais
benesses para ninguém "a menos que o preço suba."
Poderiamos dizer que não teremos mais energia e
morreremos todos de frio quando o petróleo acabar, muito embora exista sempre
petróleo para quem o pagar pelo preço "justo"!!! Valido para as regiões
frias.
Exageros desta dimensão vão acontecendo tal como o
final do mundo estava programado para o ano 2000, que a Igreja se apressou
entretanto a dizer que por erro de calendário seria mesmo em 2001 e outras
sandices típicas do Morro do Diabo.
Cabe aqui perguntar: O que mais se passou no Morro
do Diabo? Parece que apenas um enorme medo de improváveis
cataclismos.
Deveremos sim nos debruçar sobre estes avisos,
muito justos, mesmo exteriorizados da forma textual chocante ou pretensamente
barulhenta sobre o assunto, com a maior responsabilidade e serenidade para que
em 2070 não se consume essa derradeira e estúpida expressão de impotência
cerebral.
Claro que os Americanos consomem muito petróleo, os
chineses vão consumir mais e os brasileiros também vão acabar engrossando sua
participação com os interesses da Petrobrás á cabeça, poluindo a atmosfera,
sujando os rios, conspurcando o ambiente de plasticos não degradáveis, etc. etc.
conforme vimos ouvimos e lemos, diariamente na midia.
Claro que o problema existe, galopando morro abaixo
para o precipicio, mas há caminhos ou vielas para se chegar a
soluções.
Umas serão políticas, (teremos de remover
"severinos") e outras figuras inadequadas para a época, instaladas em centros de
decisões para as quais não tenham a minima vocação, como exemplo;
Outras serão técnicas, decidindo utilizar o que se
sabe hoje sobre a água e que Administrativamente se Impede de o fazer, como usar
a energia carreada pelo Hidrogénio, que substituirá o sujo petróleo, o quase
esgotado carvão, o poluente poder nuclear, a insuficiente foto voltaica, a
instável eólica, etc. etc.
Outras ainda, são meramente paradigmáticas, onde
para resolver aquelas atrás, teremos de retirar poder económico de quem o tem,
no uso da destruição da nossa atmosfera, do nosso oxigénio, Teremos de derrubar
portentosos sistemas económicos e financeiros que lucram com a filosofia da
Brucha Má, e teremos de educar as pessoas para novas realidades, sem choro, com
muita responsabilidade e com muita objetividade, sem a hipocrisia costumeira e
lucrativa de Governos ao serviço de quem mais paga impostos.
Já falei aqui sobre o poder da água no contexto
energético. E não adianta os Engºs mal informados virem com a conversa de que a
extração da energia da água é inviável, na suposição de que se gasta mais para
liberar a mesma, do que a que resulta liberada.
Faraday estava pelo menos incompleto em sua fórmula
que rege a eletrólise, muito embora absolutamente correto, na condição de
circunstâncias experimentais imutáveis e limitadas. O resto das informações
podem ser discutidas em forum apropriado.
Falei também da enorme dificuldade de inserir
uma economia baseada na substituição dos combustíveis fósseis pelo uso do
hidrogénio da água, não do álcool reformado nem do hidrogénio contido em
hidrocarbonetos fósseis. Os homens do petróleo não vão gostar desta fase de
derrocada do seu negócio.
Porém chegará o momento em que será mister usar a
coragem de romper o paradigma atual, para que, até os tais senhores
petrolíferos, não afundem na imensa lixeira paradigmática do Morro do
Diabo.
De resto, valeu a estória para levantar os véus que
se mantêm sobre a nossa água, que não terá fim, porque somos
inteligentes.
Um Abraço a todos,
Jorge de Sousa
----- Original Message -----
Sent: Wednesday, March 23, 2005 9:02
PM
Subject: [irriga-l] [Fwd: Dia Mundial da
Água]
Olá amigos,
Este texto foi lido hoje à tarde no encerramento
das comemorações do dia mundial da água, organizado pelo comitê da bacia
hidrográfica do pontal do paranapanema no Parque Estadual do Morro do
Diabo.
Gostaria que todos dessem uma olhada e que se
colocassem no lugar de nossos filhos e netos.
Um abraço,
Edson Luís Piroli - Eng. Florestal UNESP -
Rosana-SP
Carta de nosso
futuro
"Estamos no ano de 2070,
acabo de completar os 50, mas a minha aparência é de alguém de 85. Tenho
sérios problemas renais porque bebo muito pouca água. Creio que me resta pouco
tempo.
Hoje sou uma das pessoas mais
idosas nesta sociedade. Recordo quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente.
Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia
desfrutar de um banho de chuveiro com cerca de uma hora. Agora usamos toalhas
em azeite mineral para limpar a pele.
Antes todas as mulheres
mostravam a sua formosa cabeleira. Agora devemos rapar a cabeça
para mantê-la limpa sem água. Antes o meu pai lavava o carro com a água
que saía de uma mangueira. Hoje os meninos não acreditam que se utilizava a
água dessa forma.
Recordo que havia muitos
anúncios que diziam CUIDE DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava; pensávamos que
a água jamais terminaria. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos
aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou
esgotados.
Antes a quantidade de água
indicada como ideal para beber era oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje
só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a
quantidade de lixo; tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como
no século passado porque as redes de esgotos não se usam por falta de
água.
A aparência da população é
horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas
na pele pelos raios ultravioletas que já não têm a capa de ozônio que os
filtrava na atmosfera.
Imensos desertos constituem a
paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastrointestinais,
enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte.
A industria está paralisada e
o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte
de emprego e pagam-te com água potável em vez de
salário.
Os assaltos por um balde de
água são comuns nas ruas desertas.
A comida é 80% sintética.
Pela ressiquidade da pele uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40. Os
cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água,
o oxigênio também está degradado por falta de árvores o que diminuiu o
coeficiente intelectual das novas gerações.
Alterou-se a morfologia dos
espermatozóides de muitos indivíduos, como consequência há muitos meninos com
insuficiências, mutações e deformações.
O governo até nos cobra pelo
ar que respiramos. 137 m3 por dia por habitante adulto. A gente que não pode
pagar é retirada das "zonas ventiladas", que estão dotadas de gigantescos
pulmões mecânicos que funcionam com energia solar, não são de boa qualidade
mas pode-se respirar, a idade média de vida alcançada é de 35
anos.
Em alguns países ficaram
manchas de vegetação com o seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo
exército, a água tornou-se um tesouro muito cobiçado mais do que o ouro ou os
diamantes. Aqui em troca, não há arvores porque quase nunca chove, e quando
chega a registrar-se precipitação, é de chuva ácida; as estações do ano tem
sido severamente transformadas pelos testes atômicos e da indústria
contaminante do século XX.
Advertia-se que havia que
cuidar o meio ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que
lhe fale de quando era jovem descrevo como os bosques eram bonitos, lhe falo
da chuva, das flores, de como era agradável tomar banho e poder pescar nos
rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o quanto saudável a gente
era.
Ela pergunta-me: Papai!
Porque a água acabou? Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de
sentir-me culpado, porque pertenço à geração que terminou de destruir o meio
ambiente ou que simplesmente não deu importância aos
avisos.
Agora os nossos filhos pagam
um preço alto e sinceramente creio que a vida na terra já não será possível
dentro de muito pouco porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto
irreversível. Como gostaria de voltar atrás e poder fazer com que toda a
humanidade tivesse compreendido isto quando ainda podíamos fazer algo para
salvar o nosso planeta terra!" Documento
extraído da revista biográfica "Crónicas de los Tiempos" de Abril de
2002.
--
Fernando Campos Mendonça
Embrapa Pecuária Sudeste
Rod. Washington Luiz, km 234
Caixa Postal 339
13560-970 São Carlos-SP
(16) 3361-5611 / 3361-5754 (fax)
Skype - fcmendon
MSN - [EMAIL PROTECTED]
No virus found in this incoming message. Checked by AVG
Anti-Virus. Version: 7.0.308 / Virus Database: 266.8.0 - Release Date:
21/3/2005
No virus found in this incoming message. Checked by AVG
Anti-Virus. Version: 7.0.308 / Virus Database: 266.7.4 - Release Date:
18/3/2005
|