Em 31 de agosto de 2011 14:15, Leandro Guimarães Faria Corcete DUTRA
<lean...@dutras.org> escreveu:
> Le 2011.A.31 10h52, Flavio Henrique Araque Gurgel a écrit :
>>
>> Eu já usei ext2 em Redhat (Fabio Telles vai atirar em mim) num
>> ambiente rápidíssimo e não queriam pagar pelo XFS.
>
> E o ganho em relação ao ext3 com registro somente de metadados compensava?
>
>        Geralmente, desligar o registro de dados do ext3 e manter somente o de
> metadados recupera muito do desempenho e dá todos os ganhos de
> integridade relevantes para o PostgreSQL.  Acho que o Roberto Melo
> escreveu algo a respeito já há alguns anos.

Estamos falando de milissegundos na aplicação (microssegundos no
disco) então o ganho é similar a... noatime, por exemplo. Então, em
milhões de transações/dia = centenas de transações curtas de escrita
por segundo, sim, vale a pena e economiza uma ou duas conexões extras
que seriam necessárias pra dar conta da resiliência, então na cascata
diminui um picoporcento de consumo de CPU em user e uns 2 a 3% de
consumo de CPU em system pela menor troca de contextos.

Todo o ext3 é sintonizável. É possível jogar todo o metadados e
journal (em três modos distintos) pra outro disco, por exemplo. Mas aí
você tá num ambiente corporativo, trabalha-se com storages
compartilhados, com um cache gigante e meia dúzia de processadores de
disco fazendo as mais diversas operações de I/O simultâneas pra
atender os mais diversos tipos de aplicação e sistemas operacionais.

Aí é melhor jogar tudo o que você sabe de sintonia de FS no lixo e
usar logo o XFS que é mais fácil e barato :(
Outro dia um consultor Redhat me deu uma dura porque eu estava usando
deadline como escalonador de I/O e estava "prejudicando o trabalho do
processador de storage". Não vou contar o resto da discussão mas ele
achou melhor ser meu amigo no final.

Note que estou falando *deste* contexto específico. Em outras
situações eu não pensaria no ext3 também, eu estaria usando Debian e
XFS sem me preocupar com uma subscrição me algemando.

Aliás, na versão do kernel no Debian 6 já está a limpeza de mais de
1000 linhas de código no XFS, que continua em constante evolução. Tá -
uma - bala e tenho vários em produção com PostgreSQL 9, especialmente
se utilizando nobarriers na montagem e discos em controladora RAID SAS
(fora de storage, por favor). O kernelzinho 2.6.18 do Redhat 5 já tá
velhinho demais até pra Redhat aplicar backpatch. E vai demorar pra
RHEL 6 ser lugar comum em datacenter (e o CentOS não anda lá muito
agradável).

[]s
Flavio Gurgel
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