Re: [bufalos] RES: Desestacionalização de Búfalas
Me esqueci de mencionar uma terceira e importante vantagem da postergação dos nascimentos: 3 - A data de desmama dos bezerros coincide com período de intensa brotação das pastagens, portanto favorece a manutenção de suas curvas ascendentes de ganhos de peso, mesmo após desmamados. Abraços, Jonas. Jonas Camargo Assumpção Fazenda Boa Vista - Tietê - SP http://www.jafasdabv.com.br (19) 8137-1317 Em 16/05/2013 19:58, jonasassumpcao jonasassump...@uol.com.br escreveu: Amigos, Antes de qualquer coisa, devo informar aos listeiros que não me conhecem, que NÃO ordenho nenhuma búfala do meu plantel e assim sendo, minha família, bem como as dos meus funcionários compram nos supermercados todo leite que consomem... (Muito provavelmente com ureia, etc) Mesmo assim, me meto a corroborar a informação do Otávio, quanto aos reflexos benéficos do deslocamento ou postergação da estação natural dos partos das búfalas em nossa região, afirmando que: 1 - Sempre observei que búfalas paridas no final da estaçao natural, produzem bezerros mais ganhadores de peso do que aqueles nascidos no início da estação. 2 - As búfalas paridas no final da estação, terminam o período de amamentação com mais elevados escores corporais do que as paridas no inicio da estação e portanto prontamente se recuperam. (Evidente que as 2 constatações acima, decorrem unicamente da melhor oferta de pastagens na época da amamentação, pois nunca suplementei minhas matrizes) Assim sendo, após 44 anos criando búfalos, durante este ano de 2013, modifiquei a estação de monta na fazenda. (iniciei apenas no dia 24 de abril e terminarei no dia 24 de agosto) Sei que algum preço deverei pagar por me contrapor à natureza, mas como ainda não sei quanto essa minha atitude enviesada vai me custar, estou pagando pra ver... Abraços, Jonas. Jonas Camargo Assumpção Fazenda Boa Vista - Tietê - SP http://www.jafasdabv.com.br (19) 8137-1317 Em 15/05/2013 03:47, Otavio Bernardes ota...@ingai.com.br escreveu: Elisa, Sendo sua duvida uma quetão frequente, tomei a liberdade de divulga-la em nossa lista de discussão, bem como minha opinião a respeito de forma que os tecnicos especializados no tema e mais criadores possam dar suas sugestões. Otavio -- -- Após aplicação do protocolo de desestacionalização (entre outubro e janeiro), as femeas voltam a ciclar e assim, as que não emprenharem, podem ser cobertas pelos touros nos ciclos seguintes. A utilização do protocolo no período fora da estação vais depender da demanda de leite do produtor. É comum produtores que tem laticinio proprio e compram parte do leite de terceiros, procurar desentacionalizar todo seu rebanho para usar seu leite na entressafra e o adquirido na safra. Outros que somente utilizam leite próprio, costumam tentar ter partos mais bem distribuidos no ano. Já os que produzem para vender, caso recebam algum adicional pelo leite desestacionalizado, podem manter boa parte do rebanho desestacionalizado e, os que não recebem, costumam não utilizar o protocolo. Uma maneira de abordar tal estratégia é retirar o touro em outubro quando costumam as femeas adultas entrar em anestro e, após 30 -40 dias, efetuar um diagnóstico de gestação, aplicando o protocolo nas que se encontram vazias, inseminando-as e, cerca de 17-20 dias depois, recoloca-las com o touro. Destaque-se que somente aplicar o protocolo e coloca-las com o touro costuma não ser eficiente no primiro cio pois as drogas utilizadas inibem a manifestação de cio e odem não ser cobertas pelo toruo neste ciclo. Quanto à vantagem econ��??mica, para os proprietários de laticínio efetivamente é muito interessante pois reduz os custos com manutenção de estoques e o elevado custo financeiro envolvido (comprar leite na safra, fazer queijos, conserva-los e vende-los na entressafra), ou ainda com o prejuizo de não dispor de produto para atender a demanda na entressafra. Para os produtores em geral, uma oferta mais regular de leite pode não trazer impacos financeiros nas regiões onde não se diferencia o preço pago, mas um aspecto merece destaque que é o fato de que as femeas normalmente produzirem leite nos periodos de escassez de alimentos , particularmente no centro-sul do país. A desestacionalização nestes casos, permite que se utilize de forma mais eficiente e econ��??mica as pastagens durante o período de maior produção. Numa avaliação pessoal, notamos a necessidade de 620 g de concentrado porlitro de leite produzido em 2011 e, no ano seguinte, com boa parte do rebanho desestacionalizado (por estação de monta), utilizamos 450 g de concentrados por litro de leite produzido, o que sugere o bom potencial de economia que um processo de
Re: [bufalos] RES: Desestacionalização de Búfalas
Amigos, Antes de qualquer coisa, devo informar aos listeiros que não me conhecem, que NÃO ordenho nenhuma búfala do meu plantel e assim sendo, minha família, bem como as dos meus funcionários compram nos supermercados todo leite que consomem... (Muito provavelmente com ureia, etc) Mesmo assim, me meto a corroborar a informação do Otávio, quanto aos reflexos benéficos do deslocamento ou postergação da estação natural dos partos das búfalas em nossa região, afirmando que: 1 - Sempre observei que búfalas paridas no final da estaçao natural, produzem bezerros mais ganhadores de peso do que aqueles nascidos no início da estação. 2 - As búfalas paridas no final da estação, terminam o período de amamentação com mais elevados escores corporais do que as paridas no inicio da estação e portanto prontamente se recuperam. (Evidente que as 2 constatações acima, decorrem unicamente da melhor oferta de pastagens na época da amamentação, pois nunca suplementei minhas matrizes) Assim sendo, após 44 anos criando búfalos, durante este ano de 2013, modifiquei a estação de monta na fazenda. (iniciei apenas no dia 24 de abril e terminarei no dia 24 de agosto) Sei que algum preço deverei pagar por me contrapor à natureza, mas como ainda não sei quanto essa minha atitude enviesada vai me custar, estou pagando pra ver... Abraços, Jonas. Jonas Camargo Assumpção Fazenda Boa Vista - Tietê - SP http://www.jafasdabv.com.br (19) 8137-1317 Em 15/05/2013 03:47, Otavio Bernardes ota...@ingai.com.br escreveu: Elisa, Sendo sua duvida uma quetão frequente, tomei a liberdade de divulga-la em nossa lista de discussão, bem como minha opinião a respeito de forma que os tecnicos especializados no tema e mais criadores possam dar suas sugestões. Otavio -- -- Após aplicação do protocolo de desestacionalização (entre outubro e janeiro), as femeas voltam a ciclar e assim, as que não emprenharem, podem ser cobertas pelos touros nos ciclos seguintes. A utilização do protocolo no período fora da estação vais depender da demanda de leite do produtor. É comum produtores que tem laticinio proprio e compram parte do leite de terceiros, procurar desentacionalizar todo seu rebanho para usar seu leite na entressafra e o adquirido na safra. Outros que somente utilizam leite próprio, costumam tentar ter partos mais bem distribuidos no ano. Já os que produzem para vender, caso recebam algum adicional pelo leite desestacionalizado, podem manter boa parte do rebanho desestacionalizado e, os que não recebem, costumam não utilizar o protocolo. Uma maneira de abordar tal estratégia é retirar o touro em outubro quando costumam as femeas adultas entrar em anestro e, após 30 -40 dias, efetuar um diagnóstico de gestação, aplicando o protocolo nas que se encontram vazias, inseminando-as e, cerca de 17-20 dias depois, recoloca-las com o touro. Destaque-se que somente aplicar o protocolo e coloca-las com o touro costuma não ser eficiente no primiro cio pois as drogas utilizadas inibem a manifestação de cio e odem não ser cobertas pelo toruo neste ciclo. Quanto à vantagem econ�?mica, para os proprietários de laticínio efetivamente é muito interessante pois reduz os custos com manutenção de estoques e o elevado custo financeiro envolvido (comprar leite na safra, fazer queijos, conserva-los e vende-los na entressafra), ou ainda com o prejuizo de não dispor de produto para atender a demanda na entressafra. Para os produtores em geral, uma oferta mais regular de leite pode não trazer impacos financeiros nas regiões onde não se diferencia o preço pago, mas um aspecto merece destaque que é o fato de que as femeas normalmente produzirem leite nos periodos de escassez de alimentos , particularmente no centro-sul do país. A desestacionalização nestes casos, permite que se utilize de forma mais eficiente e econ�?mica as pastagens durante o período de maior produção. Numa avaliação pessoal, notamos a necessidade de 620 g de concentrado porlitro de leite produzido em 2011 e, no ano seguinte, com boa parte do rebanho desestacionalizado (por estação de monta), utilizamos 450 g de concentrados por litro de leite produzido, o que sugere o bom potencial de economia que um processo de desestacionalização proporciona, isto sem levar em conta que tais protocolos muitas vezes envolvem a utilização de inseminação artificial (e mais recentemente, potencialmente a transferência de embriões), e com as consequencias de melhoramento genético que daí adviriam. Otavio De: Elisa Peripolli [mailto:elisa_peripo...@hotmail.com] Enviada em: terça-feira, 14 de maio de 2013 19:41 Para: jorg...@fca.unesp.br Assunto: Desestacionalização de Búfalas Boa noite, Sou acadêmica da nona fase do curso de Zootecnia da Universidade Federal de Santa Catarina
[bufalos] RES: Desestacionalização de Búfalas
Elisa, Sendo sua duvida uma quetão frequente, tomei a liberdade de divulga-la em nossa lista de discussão, bem como minha opinião a respeito de forma que os tecnicos especializados no tema e mais criadores possam dar suas sugestões. Otavio -- Após aplicação do protocolo de desestacionalização (entre outubro e janeiro), as femeas voltam a ciclar e assim, as que não emprenharem, podem ser cobertas pelos touros nos ciclos seguintes. A utilização do protocolo no período fora da estação vais depender da demanda de leite do produtor. É comum produtores que tem laticinio proprio e compram parte do leite de terceiros, procurar desentacionalizar todo seu rebanho para usar seu leite na entressafra e o adquirido na safra. Outros que somente utilizam leite próprio, costumam tentar ter partos mais bem distribuidos no ano. Já os que produzem para vender, caso recebam algum adicional pelo leite desestacionalizado, podem manter boa parte do rebanho desestacionalizado e, os que não recebem, costumam não utilizar o protocolo. Uma maneira de abordar tal estratégia é retirar o touro em outubro quando costumam as femeas adultas entrar em anestro e, após 30 -40 dias, efetuar um diagnóstico de gestação, aplicando o protocolo nas que se encontram vazias, inseminando-as e, cerca de 17-20 dias depois, recoloca-las com o touro. Destaque-se que somente aplicar o protocolo e coloca-las com o touro costuma não ser eficiente no primiro cio pois as drogas utilizadas inibem a manifestação de cio e odem não ser cobertas pelo toruo neste ciclo. Quanto à vantagem econômica, para os proprietários de laticínio efetivamente é muito interessante pois reduz os custos com manutenção de estoques e o elevado custo financeiro envolvido (comprar leite na safra, fazer queijos, conserva-los e vende-los na entressafra), ou ainda com o prejuizo de não dispor de produto para atender a demanda na entressafra. Para os produtores em geral, uma oferta mais regular de leite pode não trazer impacos financeiros nas regiões onde não se diferencia o preço pago, mas um aspecto merece destaque que é o fato de que as femeas normalmente produzirem leite nos periodos de escassez de alimentos , particularmente no centro-sul do país. A desestacionalização nestes casos, permite que se utilize de forma mais eficiente e econômica as pastagens durante o período de maior produção. Numa avaliação pessoal, notamos a necessidade de 620 g de concentrado porlitro de leite produzido em 2011 e, no ano seguinte, com boa parte do rebanho desestacionalizado (por estação de monta), utilizamos 450 g de concentrados por litro de leite produzido, o que sugere o bom potencial de economia que um processo de desestacionalização proporciona, isto sem levar em conta que tais protocolos muitas vezes envolvem a utilização de inseminação artificial (e mais recentemente, potencialmente a transferência de embriões), e com as consequencias de melhoramento genético que daí adviriam. Otavio De: Elisa Peripolli [mailto:elisa_peripo...@hotmail.com] Enviada em: terça-feira, 14 de maio de 2013 19:41 Para: jorg...@fca.unesp.br Assunto: Desestacionalização de Búfalas Boa noite, Sou acadêmica da nona fase do curso de Zootecnia da Universidade Federal de Santa Catarina e atualmente curso a disciplina de bufalinocultura na mesma universidade. Ao estudar as técnicas de Inseminação artificial em bubalinos e sua desestacionalização, me deparei com algumas dúvidas e se possível, gostaria que me ajudasse: = Quando se desestacionaliza a fêmea bubabalina em janeiro e a mesma falha no protocolo e não fica prenha, quando será seu próximo ciclo ovulatório? No mês seguinte? Em março; abril ou maio (época reprodutiva) ou no próximo ano? = Quantos animais são indicados para se fazer um protocolo de desestacionalização? = Usa-se as melhores ou piores vacas? = O investimento é vantajoso? Agradeço pela compreensão e aguardo uma resposta. Atenciosamente, Elisa peripolli Graduanda de Zootecnia Universidade Federal de Santa Catarina - CCA Skype: elisaperipolli Contato: (47) 99114733 Nenhum vírus encontrado nessa mensagem. Verificado por AVG - www.avgbrasil.com.br Versão: 2013.0.2904 / Banco de dados de vírus: 3162/6270 - Data de Lançamento: 04/24/13 O Banco de Dados de Vírus interno expirou. [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas] ___ Lista de discussao sobre bubalinocultura: Inscrição: envie mensagem para bufalos-subscr...@yahoogroups.com (sem assunto nem nada no texto) Para sair da lista: enviar mensagem para bufalos-unsubscr...@yahoogroups.com (sem assunto nem texto) Página do grupo: http://br.groups.yahoo.com/group/bufalos Links do Yahoo! Grupos * Para visitar o site do seu grupo na