Re: [bufalos] RES: Desestacionalização de Búfalas

2013-05-17 Por tôpico jonasassumpcao
Me esqueci de mencionar uma terceira e importante vantagem da postergação dos 
nascimentos:

3 - A data de desmama dos bezerros coincide com período de intensa brotação das 
pastagens, portanto favorece a manutenção de suas curvas ascendentes de ganhos 
de peso, mesmo após desmamados.

Abraços,
Jonas. 

Jonas Camargo Assumpção
Fazenda Boa Vista - Tietê - SP
http://www.jafasdabv.com.br
(19) 8137-1317


Em 16/05/2013 19:58, jonasassumpcao  jonasassump...@uol.com.br  escreveu:















 



  



  
  
  Amigos,



Antes de qualquer coisa, devo informar aos listeiros que não me conhecem, que 
NÃO ordenho nenhuma búfala do meu plantel e assim sendo, minha família, bem 
como as dos meus funcionários compram nos supermercados todo leite que 
consomem... (Muito provavelmente com ureia, etc) 



Mesmo assim, me meto a corroborar a informação do Otávio, quanto aos reflexos 
benéficos do deslocamento ou postergação da estação natural dos partos das 
búfalas em nossa região, afirmando que:



1 - Sempre observei que búfalas paridas no final da estaçao natural, produzem 
bezerros mais ganhadores de peso do que aqueles nascidos no início da estação.



2 - As búfalas paridas no final da estação, terminam o período de amamentação 
com mais elevados escores corporais do que as paridas no inicio da estação e 
portanto prontamente se recuperam.



(Evidente que as 2 constatações acima, decorrem unicamente da melhor oferta de 
pastagens na época da amamentação, pois nunca suplementei minhas matrizes)



Assim sendo, após 44 anos criando búfalos, durante este ano de 2013, modifiquei 
a estação de monta na fazenda. (iniciei apenas no dia 24 de abril e terminarei 
no dia 24 de agosto)

Sei que algum preço deverei pagar por me contrapor à natureza, mas como ainda 
não sei quanto essa minha atitude enviesada vai me custar, estou pagando pra 
ver...



Abraços,

Jonas.



Jonas Camargo Assumpção

Fazenda Boa Vista - Tietê - SP

http://www.jafasdabv.com.br

(19) 8137-1317



Em 15/05/2013 03:47, Otavio Bernardes  ota...@ingai.com.br  escreveu:



 



Elisa,



Sendo sua duvida uma quetão frequente, tomei a liberdade de divulga-la em



nossa lista de discussão, bem como minha opinião a respeito de forma que os



tecnicos especializados no tema e mais criadores possam dar suas sugestões.



Otavio



--



--



Após aplicação do protocolo de desestacionalização (entre outubro e



janeiro), as femeas voltam a ciclar e assim, as que não emprenharem, podem



ser cobertas pelos touros nos ciclos seguintes.



A utilização do protocolo no período fora da estação vais depender da



demanda de leite do produtor. É comum produtores que tem laticinio proprio e



compram parte do leite de terceiros, procurar desentacionalizar todo seu



rebanho para usar seu leite na entressafra e o adquirido na safra. Outros



que somente utilizam leite próprio, costumam tentar ter partos mais bem



distribuidos no ano. Já os que produzem para vender, caso recebam algum



adicional pelo leite desestacionalizado, podem manter boa parte do rebanho



desestacionalizado e, os que não recebem, costumam não utilizar o protocolo.



Uma maneira de abordar tal estratégia é retirar o touro em outubro quando



costumam as femeas adultas entrar em anestro e, após 30 -40 dias, efetuar um



diagnóstico de gestação, aplicando o protocolo nas que se encontram vazias,



inseminando-as e, cerca de 17-20 dias depois, recoloca-las com o touro.



Destaque-se que somente aplicar o protocolo e coloca-las com o touro costuma



não ser eficiente no primiro cio pois as drogas utilizadas inibem a



manifestação de cio e odem não ser cobertas pelo toruo neste ciclo.



Quanto à vantagem econ��??mica, para os proprietários de laticínio efetivamente



é muito interessante pois reduz os custos com manutenção de estoques e o



elevado custo financeiro envolvido (comprar leite na safra, fazer queijos,



conserva-los e vende-los na entressafra), ou ainda com o prejuizo de não



dispor de produto para atender a demanda na entressafra. Para os produtores



em geral, uma oferta mais regular de leite pode não trazer impacos



financeiros nas regiões onde não se diferencia o preço pago, mas  um aspecto



merece destaque que é o fato de que as femeas normalmente produzirem leite



nos periodos de escassez de alimentos , particularmente no centro-sul do



país. A desestacionalização nestes casos, permite que se utilize de forma



mais eficiente e econ��??mica as pastagens durante o período de maior produção.



Numa avaliação pessoal, notamos a necessidade de 620 g de concentrado



porlitro de leite produzido em 2011 e, no ano seguinte, com boa parte do



rebanho desestacionalizado (por estação de monta), utilizamos 450 g de



concentrados por litro de leite produzido, o que sugere o bom potencial de



economia que um processo de 

Re: [bufalos] RES: Desestacionalização de Búfalas

2013-05-16 Por tôpico jonasassumpcao
Amigos,

Antes de qualquer coisa, devo informar aos listeiros que não me conhecem, que 
NÃO ordenho nenhuma búfala do meu plantel e assim sendo, minha família, bem 
como as dos meus funcionários compram nos supermercados todo leite que 
consomem... (Muito provavelmente com ureia, etc) 

Mesmo assim, me meto a corroborar a informação do Otávio, quanto aos reflexos 
benéficos do deslocamento ou postergação da estação natural dos partos das 
búfalas em nossa região, afirmando que:

1 - Sempre observei que búfalas paridas no final da estaçao natural, produzem 
bezerros mais ganhadores de peso do que aqueles nascidos no início da estação.

2 - As búfalas paridas no final da estação, terminam o período de amamentação 
com mais elevados escores corporais do que as paridas no inicio da estação e 
portanto prontamente se recuperam.

(Evidente que as 2 constatações acima, decorrem unicamente da melhor oferta de 
pastagens na época da amamentação, pois nunca suplementei minhas matrizes)

Assim sendo, após 44 anos criando búfalos, durante este ano de 2013, modifiquei 
a estação de monta na fazenda. (iniciei apenas no dia 24 de abril e terminarei 
no dia 24 de agosto)
Sei que algum preço deverei pagar por me contrapor à natureza, mas como ainda 
não sei quanto essa minha atitude enviesada vai me custar, estou pagando pra 
ver...

Abraços,
Jonas.



 

Jonas Camargo Assumpção
Fazenda Boa Vista - Tietê - SP
http://www.jafasdabv.com.br
(19) 8137-1317


Em 15/05/2013 03:47, Otavio Bernardes  ota...@ingai.com.br  escreveu:















 



  



  
  
  Elisa,



Sendo sua duvida uma quetão frequente, tomei a liberdade de divulga-la em

nossa lista de discussão, bem como minha opinião a respeito de forma que os

tecnicos especializados no tema e mais criadores possam dar suas sugestões.



Otavio



--

--



Após aplicação do protocolo de desestacionalização (entre outubro e

janeiro), as femeas voltam a ciclar e assim, as que não emprenharem, podem

ser cobertas pelos touros nos ciclos seguintes.



A utilização do protocolo no período fora da estação vais depender da

demanda de leite do produtor. É comum produtores que tem laticinio proprio e

compram parte do leite de terceiros, procurar desentacionalizar todo seu

rebanho para usar seu leite na entressafra e o adquirido na safra. Outros

que somente utilizam leite próprio, costumam tentar ter partos mais bem

distribuidos no ano. Já os que produzem para vender, caso recebam algum

adicional pelo leite desestacionalizado, podem manter boa parte do rebanho

desestacionalizado e, os que não recebem, costumam não utilizar o protocolo.



Uma maneira de abordar tal estratégia é retirar o touro em outubro quando

costumam as femeas adultas entrar em anestro e, após 30 -40 dias, efetuar um

diagnóstico de gestação, aplicando o protocolo nas que se encontram vazias,

inseminando-as e, cerca de 17-20 dias depois, recoloca-las com o touro.

Destaque-se que somente aplicar o protocolo e coloca-las com o touro costuma

não ser eficiente no primiro cio pois as drogas utilizadas inibem a

manifestação de cio e odem não ser cobertas pelo toruo neste ciclo.



Quanto à vantagem econ�?mica, para os proprietários de laticínio efetivamente

é muito interessante pois reduz os custos com manutenção de estoques e o

elevado custo financeiro envolvido (comprar leite na safra, fazer queijos,

conserva-los e vende-los na entressafra), ou ainda com o prejuizo de não

dispor de produto para atender a demanda na entressafra. Para os produtores

em geral, uma oferta mais regular de leite pode não trazer impacos

financeiros nas regiões onde não se diferencia o preço pago, mas  um aspecto

merece destaque que é o fato de que as femeas normalmente produzirem leite

nos periodos de escassez de alimentos , particularmente no centro-sul do

país. A desestacionalização nestes casos, permite que se utilize de forma

mais eficiente e econ�?mica as pastagens durante o período de maior produção.



Numa avaliação pessoal, notamos a necessidade de 620 g de concentrado

porlitro de leite produzido em 2011 e, no ano seguinte, com boa parte do

rebanho desestacionalizado (por estação de monta), utilizamos 450 g de

concentrados por litro de leite produzido, o que sugere o bom potencial de

economia que um processo de desestacionalização proporciona, isto sem levar

em conta que tais protocolos muitas vezes envolvem a utilização de

inseminação artificial (e mais recentemente, potencialmente a transferência

de embriões), e com as consequencias de melhoramento genético que daí

adviriam.



Otavio



De: Elisa Peripolli [mailto:elisa_peripo...@hotmail.com] 

Enviada em: terça-feira, 14 de maio de 2013 19:41

Para: jorg...@fca.unesp.br

Assunto: Desestacionalização de Búfalas



Boa noite,



Sou acadêmica da nona fase do curso de Zootecnia da Universidade Federal de

Santa Catarina 

[bufalos] RES: Desestacionalização de Búfalas

2013-05-15 Por tôpico Otavio Bernardes
Elisa,

 

Sendo sua duvida uma quetão frequente, tomei a liberdade de divulga-la em
nossa lista de discussão, bem como minha opinião a respeito de forma que os
tecnicos especializados no tema e mais criadores possam dar suas sugestões.

 

Otavio


--

 

Após aplicação do protocolo de desestacionalização (entre outubro e
janeiro), as femeas voltam a ciclar e assim, as que não emprenharem, podem
ser cobertas pelos touros nos ciclos seguintes.

 

A utilização do protocolo no período fora da estação vais depender da
demanda de leite do produtor. É comum produtores que tem laticinio proprio e
compram parte do leite de terceiros, procurar desentacionalizar todo seu
rebanho para usar seu leite na entressafra e o adquirido na safra. Outros
que somente utilizam leite próprio, costumam tentar ter partos mais bem
distribuidos no ano. Já os que produzem para vender, caso recebam algum
adicional pelo leite desestacionalizado, podem manter boa parte do rebanho
desestacionalizado e, os que não recebem, costumam não utilizar o protocolo.


 

Uma maneira de abordar tal estratégia é retirar o touro em outubro quando
costumam as femeas adultas entrar em anestro e, após 30 -40 dias, efetuar um
diagnóstico de gestação, aplicando o protocolo nas que se encontram vazias,
inseminando-as e, cerca de 17-20 dias depois, recoloca-las com o touro.
Destaque-se que somente aplicar o protocolo e coloca-las com o touro costuma
não ser eficiente no primiro cio pois as drogas utilizadas inibem a
manifestação de cio e odem não ser cobertas pelo toruo neste ciclo.

 

Quanto à vantagem econômica, para os proprietários de laticínio efetivamente
é muito interessante pois reduz os custos com manutenção de estoques e o
elevado custo financeiro envolvido (comprar leite na safra, fazer queijos,
conserva-los e vende-los na entressafra), ou ainda com o prejuizo de não
dispor de produto para atender a demanda na entressafra. Para os produtores
em geral, uma oferta mais regular de leite pode não trazer impacos
financeiros nas regiões onde não se diferencia o preço pago, mas  um aspecto
merece destaque que é o fato de que as femeas normalmente produzirem leite
nos periodos de escassez de alimentos , particularmente no centro-sul do
país. A desestacionalização nestes casos, permite que se utilize de forma
mais eficiente e econômica as pastagens durante o período de maior produção.

 

Numa avaliação pessoal, notamos a necessidade de 620 g de concentrado
porlitro de leite produzido em 2011 e, no ano seguinte, com boa parte do
rebanho desestacionalizado (por estação de monta), utilizamos 450 g de
concentrados por litro de leite produzido, o que sugere o bom potencial de
economia que um processo de desestacionalização proporciona, isto sem levar
em conta que tais protocolos muitas vezes envolvem a utilização de
inseminação artificial (e mais recentemente, potencialmente a transferência
de embriões), e com as consequencias de melhoramento genético que daí
adviriam.

 

Otavio

 

De: Elisa Peripolli [mailto:elisa_peripo...@hotmail.com] 
Enviada em: terça-feira, 14 de maio de 2013 19:41
Para: jorg...@fca.unesp.br
Assunto: Desestacionalização de Búfalas

 

Boa noite,

 

Sou acadêmica da nona fase do curso de Zootecnia da Universidade Federal de
Santa Catarina e atualmente

curso a disciplina de bufalinocultura na mesma universidade.

 

Ao estudar as técnicas de Inseminação artificial em bubalinos e sua
desestacionalização, me deparei com algumas dúvidas e se possível, gostaria
que me ajudasse:

 

= Quando se desestacionaliza a fêmea bubabalina em janeiro e a mesma falha
no protocolo e não fica prenha, quando será seu próximo ciclo ovulatório? No
mês seguinte? Em março; abril ou maio (época reprodutiva) ou no próximo ano?

= Quantos animais são indicados para se fazer um protocolo de
desestacionalização?

= Usa-se as melhores ou piores vacas?

= O investimento é vantajoso?

 

Agradeço pela compreensão e aguardo uma resposta.

 

 

Atenciosamente, 

 

Elisa peripolli

Graduanda de Zootecnia

Universidade Federal de Santa Catarina - CCA

Skype: elisaperipolli

Contato: (47) 99114733

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