só não entendi duas coisas: 1. Porque uma mensagem privada foi respondida de uma maneira em privado e de outra em público??? (ainda mais em um forum que não discute nada do que falamos...). recebi a mensagem como privada, fiz meus comentários privados e não gostei desse ataque público (sem motivo inclusive). 2. se não gostas de rótulos, porque rotulas? Será que temos que ter "pensamento único"? Apenas quero saber o evangelho neoliberal segundo Gil para poder entender seus textos. afinal, de que estamos falando. Celso Pinheiro ------------------------------------> IMPORTANT <-------------------------------------- This message, including attached files, is confidential and intended for the addressee only. Any unauthorized use, dissemination of the information, or copying of this message is prohibited. If you receive a message not being the addressee, please notify the sender by returning the E-mail immediately and delete the message. Standard disclaimer: this material contains my personal oppinions and beliefs ONLY. It has nothing to do with my employer / company. I am writing it as a private person. It doesn't have to be upright, nor doesn't even pretend to provide objective / useful information ----- Original Message ----- From: "Gil" <[EMAIL PROTECTED]> To: <[EMAIL PROTECTED]> Cc: <[EMAIL PROTECTED]> Sent: Monday, February 05, 2001 4:08 AM Subject: [VotoEletronico] Neoliberalismo e eleições 2002: debates, ideologias e esperanças. > Acesso fácil, rápido e ilimitado? Suporte 24hs? R$19,90? > Só no AcessoBOL. http://www.bol.com.br/acessobol/ > > > Rio de Janeiro, segunda-feira, 05 de fevereiro de 2001. > > O Celso Pinheiro, ironicamente me elogiando e me "avacalhando" ao mesmo > tempo (espero eu que no bom sentido), me parabeniza por produzir uma vasta > "quantidade" de textos, apesar de me criticar por falar sempre num tal de > "neoliberalismo", o qual, segundo ele, eu sempre condeno, embora nunca cite > os "autores e defensores" deste tipo de "pensamento liberal econômico" (que > seria para ele o termo mais tecnicamente correto), e nem ao menos diga o que > isto "significa", na teoria. Sinceramente, acho esta proposição dele algo > irrelevante. Quem o defende, simplesmente o pratica ao seu bel prazer, > aplicando-o ou interpretando-o da maneira que melhor lhe convier, ou segundo > suas circunstâncias ou interesses mais pessoais. Portanto, é impossível > tentar apreender um único sentido para certas palavras. É como as múltiplas > tentativas de se resumir os variados significados do que seria o Direito, > que sempre se mostraram infrutíferas (por ser um tipo de objeto ou escopo > científico praticamente irredutível para suas doutrinas teóricas). Isto > talvez possa significar (é uma conjectura minha) que o Celso muito > provavelmente não esteja encontrando alguma qualidade minimamente relevante > para ele, dentro desta minha "quantidade" de palavras que ele aparentemente > diz elogiar. Aliás, quando eu mesmo chego a me rotular como alguém que > possui mais preocupações sociais do que individuais, logo em seguida poderei > estar sendo automaticamente taxado com algum tipo de rótulo "não liberal": > pode até ser o de progressista, de esquerdista, de socialista, de comunista, > ou apenas o de um radical, como se eu fosse um neo-anarquista qualquer (acho > que me insiro parcialmente apenas no último rótulo específico de radical; > mas até aceito, em parte, as demais "auto-acusações parciais"). > > Neste ponto, tenho uma profunda identificação com o Professor Olavo de > Carvalho, ou seja, admiro a sua fórmula de conscientemente refutar rótulos e > "instigar polêmicas", como as que ele usa para atacar indiretamente aquilo > que invariavelmente lhe causa certas "náuseas filosóficas" (como o PT, por > exemplo). Mesmo que nossos meios sociais de origem sejam diferentes, assim > como nossas visões mais utópicas, buscamos, eu e ele, rigorosamente a mesma > coisa: uma sociedade muito melhor que a atual, com mais liberdade e melhor > qualidade de vida e de cidadania (só que fundada sob formas sociais e regras > econômicas absolutamente diferentes, para mim e para ele). Isto não nos > impede, a princípio, de estabelecermos uma real possibilidade de intercâmbio > dialético maior, mais "instigante", mais produtivo e mais democrático, ainda > que tenhamos uma recíproca tendência natural de sermos, ainda, intolerantes > e competitivos entre nós mesmos, ou mais ainda, incapazes de formularmos > consensos mais razoáveis e pacificáveis, entre correntes de pensamentos que > tendem a se auto-intitularem como algo excludentemente "liberal" ou > "radical". > > Entretanto, se existe algum tipo de náusea coletiva que ainda prejudica a > grande maioria do pensamento brasileiro mais humilde, e que tende a acometer > muito mais os "esquerdistas" do que os "liberais" (que no meu modo de > entender só são "liberais" apenas com aquilo que lhes interessa), esta > náusea se chama "política federal". Uns podem até não concordar comigo, mas > ela tem, nos dias atuais, um grande e único político responsável: o próprio > FHC, é óbvio. > > Esta insensibilidade federal da atual aliança governista advém, > principalmente, de sua eterna mania de falar e agir como um porta-voz, ou > melhor, um profeta-salvador de todo um "povo", cuja representatividade deste > seu atual governo nunca conseguirá ser legitimamente defendida ou assumida > por completo, posto que seus "representantes" realmente nunca conseguem se > imaginar, ou praticamente nada se sentem, ou muito pouco se entendem e, > muito menos ainda, quase nunca ou raramente vivem (ou agem) como "tal" (como > uma verdadeira voz do povo). Pior ainda, FHC e sua base aliada tenderão > sempre a se identificarem muito mais com suas próprias "raízes culturais e > históricas", todas elas provenientes das nossas antigas elites > neo-escravagistas e das suas respectivas "casas grandes", ou seja, suas > descendências diretas com as mais antigas nobrezas colonialistas européias. > Além do quê, já que FHC nos trata sempre como uns pobres caipiras, indignos > e rudes demais, como poderíamos entender as "supremas razões de suas > soberbas palavras", como não sendo outra coisa senão vaidade e autopromoção? > Ademais, sendo ele um pseudo-intelectual que apenas usou o pensamento > progressista de esquerda como um trampolim pessoal, isto me bastaria para > classificá-lo, simplificadamente, como um político duvidoso, pouco confiável > e absolutamente personalista, oportunista e antidemocrático. Visto que ele > não aceita nem as menores críticas, praticamente em nenhuma hipótese, esta > sua falta de humildade e de compostura, com a qual ele costuma tratar não > apenas seus opositores, chega a ser irritante. Mesmo assim, ele pretende se > tornar um "estadista" de nível internacional. Não há a menor possibilidade > de eu vê-lo assim, nem como alguém digno de se imortalizar (como uma heróica > personalidade de nossa história), e muito menos no papel de um estadista a > nível mundial. Pelo contrário. A maioria do que ele diz ser realizações > suas, ou de seu governo, na verdade foram meras decorrências de uma > imposição da conjuntura financeira internacional, anunciando aquilo que nos > teria sido (e continua sendo) compulsoriamente "delegado" pela banca > internacional, para ser cumprido à risca por quaisquer > representantes-tecnocratas da economia globalizada em nosso país. Não > haveria ali uma competência singularizável, nem dele, nem de seu partido, o > PSDB. Como diriam os marqueteiros políticos lá da Norte-América, isto tudo > decorreu tão somente desta estúpida economia de livre mercado, executada de > forma radical (mas apenas por e para os "liberais", é lógico), sem maiores > limites jurídicos ou fronteiras éticas. Se dependêssemos exclusivamente > daquilo que FHC e seus aliados políticos têm para nos oferecer, estaríamos > ainda à deriva, dentro de uma eterna inflação. Afinal, de 1970 até hoje, MDB > e ARENA são, ainda, as duas faces daquela mesma "moeda política", sem > qualquer tipo de valor ou de "mínimo ético" (com raríssimas exceções, como a > de Mário Covas). São os mesmos de ontem que ainda hoje nos mandam, nos > comandam e nos desmandam, em tudo e em todos. Mudou-se um pouco o campeonato > e os tempos, mas as "escalações" ainda são as mesmas. Mantemos aquela mesma > "estratégia antidesportiva de não deixar o jogo prosseguir com lisura", > permanecendo-se ainda e portanto as mesmas velhas regras, mas com novos > vícios (ou, quando é possível, locupletando-se um ou outro governista, pela > falta de um "mínimo ético" na fiscalização ou no cumprimento delas). > > Esta nova ditadura econômica, ainda que "formalmente" democrática, continua > a pleno vapor. Mesmo estando estabelecida sob uma momentânea e estranha > singularidade (baseada em um equilíbrio político instável), ela é como se > fosse uma "injustiça legitimada" (mais pela via econômica do que pela via > política). Ainda assim, ela continua a nos oprimir, tal como sempre fomos > oprimidos historicamente neste país. Ainda mais agora, que ela se pereniza > sob as mais diversas formas de democracia indireta. Mas depois de tantos > rolos compressores e tantas reformas, capazes até de criar muito mais > instabilidade social, jurídica, contratual e econômica, acabamos ficando > mais próximos do que nunca de nossos "limiares" de intolerância, agora > freqüentemente atingidos em cada um dos mais diversos "limites singulares de > tolerância generalizada". Estes "limiares" são, basicamente, subprodutos > relacionados à inércia e à rejeição que este governo cultiva em cada setor > representativo do capital e do trabalho genuinamente nacionais. Apenas a > mídia privada brasileira, até agora, endeusa total-e-incondicionalmente este > novo poder absolutista do mercado globalizado, capaz de fazer uma simples > arbitragem da OMC ter o poder de vincular todo o nosso atual planejamento de > reformas, sobretudo nos planos jurídicos, normativos e constitucionais, > transformando-nos em uma nova forma de nação, economicamente emergente, só > que pseudo-soberana. A bem da verdade, isto acontece apenas por enquanto, > dado que nossa mídia brasileira ainda não foi igualmente alvejada, como os > demais mercados, em sua reserva de mercado nacional contra o capital > externo. Mas este mesmo nacionalismo casuístico já está sendo lançado > preventivamente na praça, como uma tímida e nova propaganda subliminar, > ativada de tempos em tempos e em doses homeopáticas (o X da Petrobrás, por > exemplo). Afinal, a mídia é uma indústria que sempre se sustentou por mero > "tráfico geral e irrestrito de suas próprias influências sobre a opinião > pública", de uma forma ou de outra. Ela sustenta este modelo econômico atual > porque ela também se sustenta diretamente dele, dentro de suas eternas > prerrogativas reais de manter seus protecionismos privados e suas receitas > publicitárias (como nas absurdas indexações que obrigam os contratos das > ex-estatais, e a desindexação do resto). São tantos privilégios, privados e > discricionários, que a mídia tende a inverter quaisquer relações ou > interesses exclusivamente estatais, principalmente quando eles lhe pareçam > algo "pernicioso" para a manutenção de seu próprio oligopólio, ainda > reservado ao capital nacional (que fica cada vez mais raquítico, fora das > manjadas exceções "globais"). > > Propiciamos, desta forma, um eterno ciclo paradoxal e inexorável, > defendendo novas fusões, novos oligopólios, novos monopólios privados, e, > por fim, futuras novas Reintervenções econômicas e novas Reestatizações de > serviços públicos, tudo eternamente explorado pelos mesmos > "capitais-parasitas" e pelos "fisiologismos políticos" de ocasião. Todos > estes "negociadores" do nosso patrimônio "social", que reestruturaram outra > vez todos os "nossos" antigos serviços, empregos ou empreendimentos > públicos, agora mais ou menos "pubicamente(sic)" concedidos à exploração > alheia, ganharam enormes lucros e comissões, abrindo caminho para que nosso > próprio Tesouro Nacional pudesse financiar até mesmo os capitais externos > 100% estatais, subsidiados pelo nosso BNDES, e não pelo Banco de > Desenvolvimento deles. Tanto "rufianismo" com nossa própria "viúva", mesmo > que seja aplaudido por alguns, apenas planejou uma privatização de lucros e > de receitas que já eram, antes de mais nada, absolutamente garantidos. Mesmo > assim, estatizou-se todos os riscos destes novos pseudocapitais produtivos, > para que eles pudessem explorar sossegadamente nosso "mercado reprimido e > ainda hoje protegido". Até mesmo os futuros investimentos mais diretos e > necessários, os quais deveriam fundamentar o interesse de privatizar estas > concessões públicas, foram apenas "presumidos", sem um mínimo de garantias > contratuais. Com tantas oportunidades e regalias assim, só não lucra desta > forma quem realmente é pobre, honesto ou incompetente. O que eu quero dizer > é que se ignorou por completo nosso próprio povo, bem como nossos próprios > empreendedores nacionais (detentores de um capital realmente produtivo, que > em geral não gosta de sonegar, mas que acaba tendo que fazê-lo também, para > poder ao menos sobreviver nesta nova selva de concorrência global desleal) e > até mesmo nossas poucas entidades estatais eficientes, que em geral são > dirigidas por um excelente quadro de funcionários concursados e competentes, > sem nenhum tipo de vinculação ou nomeação politica. > > Porém, tal como um novo Messias, a mídia ainda quer pregar (quando bem lhe > convém) esta sua nova religião neoliberal, ainda que ela sempre admita > explorar o velho BNDES para bancar seus próprios megaprojetos milionários. > Colocando-se acima de nossos interesses públicos e difusos, ela conspira > sempre contra quaisquer ameaças potenciais ao seu tipo de liderança ou > "status quo" antidemocrático; para ela, qualquer governo serve, desde que > ele não queira favorecer e promover indistintamente um bem estar social e > econômico "exagerado", ignorando preferências, "suseranias" ou privilégios > econômicos automáticos, principalmente os que ela porventura ainda queira > usar, gozar e até dispor. O PT e o PDT seriam fortes exemplos destas > expectativas de políticas mais populares, cuja oposição a este tipo de > "status quo" é permanentemente vigiada e patrulhada pela mídia global, ação > esta que acaba sempre sendo "pragmática-e-incondicionalmente encoberta ou > dissimulada" no jornalismo. O problema essencial deste atual modelo, que > persegue um fictício Estado Mínimo e Monodoutrinário, é que ele só pode ser > mantido por um eterno mecanismo de máxima indução da alienação popular, que > buscaria sempre transformar um pluralismo democrático natural em uma > ditadura de opinião artificial, baseada em diversas formas de orientar e > convergir, metodicamente, todas as reais expectativas populares para uma só > doutrina dissimulada, e por tabela, um só interesse liberal, absolutamente > "fraudulento". Até no atual sistema de sufrágio eleitoral brasileiro é > possível se observar esta forma potencial de "corrupção" sistemática (que > pode ser oficial ou "oficiosa"), organizada por uma suposta minoria > despótica (como a do Supremo Tribunal americano). Para mim, este pode ser, > mais especificamente falando, também o caso das nossas atuais urnas > eletrônicas, "inseminadas" com programas absolutamente desconhecidos e > inauditadamente criados pela ABIN. Já que nossa Justiça (?) Eleitoral é > absolutamente "omissa" para este tipo de possível irregularidade, sobretudo > nos currais eleitorais, posso desde já "predizer" que o candidato de FHC > será eleito em 2002. Isto só não deverá acontecer se a futura votação para > presidente for feita por urnas convencionais, e a apuração for feita pelos > próprios mesários, "in loco". Logicamente, esta minha sugestão moral seria > aplicável apenas e tão somente para a eleição presidencial no segundo turno, > é claro. Mas como a ditadura agora é global, como bem disse uma física e > ativista indiana nesta última semana, duvido que FHC e seus compadres de > Davos aceitem este desafio. Aceitando, é capaz de Lula ou o PT nem chegarem > ao segundo turno, pois se presumirmos esta hipotética manipulação como real, > a lógica segunda "opção" da ABIN seria Ciro Gomes. Mas se eu estiver errado, > e FHC topar, a nossa democracia é que ganharia, já que ela estaria, deste > forma, sendo prestigiada neste teste final. Esperemos então por 2002, porque > o ano de 2001 vai passar batido. > > De regra, para se acabar de uma vez por todas com esta atual estrutura > política arcaica do Brasil, bastaria apenas que todos nós evitássemos de > votar em quem estivesse politicamente muito vinculado aos tempos da velha > ditadura. Seria uma espécie de aposentadoria compulsória dos velhos "capos" > da extinta ARENA e do não tão mais saudoso MDB. Mas como somos sempre > direcionados mais coletivamente, muito mais pelas nossas próprias > (des)orientações ideológicas possíveis ou normais do que pelas nossas > próprias opiniões utopicamente desejáveis, esta expectativa torna-se desde > já algo inviável. Por causa disto é que a política, neste país, será sempre > muito mais cega do que a própria justiça, já que, como esta, ela é tão ou > mais distorcida pelos mesmos dogmas ou pecados humanos: o pragmatismo (da > cobiça ilimitada pelo poder em si mesmo), o racionalismo puro (de uma > soberba vaidade de querer impor as verdades alheias) e a paixão desenfreada > (da ira e da luxúria pelas nossas próprias razões egoístas). Deveríamos ter, > de alguma forma, uma certa capacidade de renovação em nossas próprias > mentalidades políticas individuais, mas também a possibilidade real de poder > rechaçar todos os nossos líderes políticos atuais, de uma forma impessoal e > irrestrita, mas absolutamente institucional. Sem querer justificar a defesa > desta nossa imprópria moralidade individual, todos nós somos capazes, > dependendo das circunstâncias, de nos determinarmos pelos nossos piores > pragmatismos, utilizando-se meios escusos para se obter fins mais ou menos > justos. Quem de nós, por exemplo, não seria até capaz de vingar a própria > morte de um ente amado pelo uso doloso e arbitrário dos próprios meios ou > razões passionais? E se fôssemos políticos neste caso, não seria muito fácil > premeditar uma "vingança impune", diante de tal fato? Mesmo assim, acredito > que nossos vícios estão muito mais dentro de nossas próprias instituições > sociais e culturais do que propriamente dentro de nós mesmos. Acabamos, por > assim dizer, desvirtuando certas prioridades sociais muito maiores e mais > importantes, em níveis nacionais, para maquiá-las, preteri-las e relegá-las > em função de prerrogativas muito menos "públicas" e nem tão importantes > assim, que são priorizadas por outros interesses mais regionais, mais > privados ou de menor alcance social. Tudo que assim se determina, em nossa > tradicional politica republicana de governar e de barganhar sob bases > meramente fisiológicas, sempre se fundamentará em algum tipo de "ideal > social formal". É como nos programas cujas metas são mais abstratas que > concretas, do tipo "querer erradicar toda a fome e a pobreza deste país", > por exemplo. Quase sempre, estes "ideais" apenas dissimulam outros tipos de > interesses, reais ou subjacentes, capazes até mesmo de "subtrair" parte > destas poucas "verbas de assistência social". Se deveriam, antes de mais > nada, beneficiar apenas os núcleos sociais mais carentes, tais verbas > deveriam estar, a priori, vinculadas em leis mais sociológicas e menos > econômicas. Em suma: enquanto ainda houver no Brasil este tipo de tolerância > com tais "intermediações antipolíticas" em ações coletivas de > assistencialismo demagógico, continuaremos apenas e tão somente a sempre > manipular esta massa, e sermos também com ela manipulados, em um eterno e > infrutífero círculo vicioso, regionalizando os nossos próprios currais, > sentimentos e interesses individuais. Com isto, nossas pseudopolíticas > sociais ainda continuarão perpetuando estas velhas e eternas usinas de > inoperâncias, instituídas como infinitas oligarquias feudais. > > Para modificar tais descasos, deveríamos, acima de tudo, determinar todas > estas nossas possibilidades alternativas de políticas coletivas, segundo as > reais "potencialidades" de cada programa, em seus custos e benefícios > sociais. Ainda que elas fossem públicas ou privadas, elas teriam que ser > executadas uma a uma, em um certo tipo de seqüência pedagógica ou escala > lógica de metas a curto, médio e longo prazo, sempre determinadas pela > soberania popular (via plebiscitos) e capazes de mobilizarem toda a > cidadania nacional. Isto é, deveríamos planejar todas as nossas metas > sociais sob certas hierarquias de prioridades, criando métodos para > executá-las e para fiscalizá-las a contento, tudo passo-a-passo, limitando > todos os custos, prazos e benefícios diretamente ligados a quaisquer > programas de ação governamental. Ou seja, daríamos poder de influência à > toda e qualquer participação popular voluntária, eliminando-se as más > influências das intermediações antipolíticas. Tudo, porém, segundo nossos > próprios manuais e nossos próprios interesses (quaisquer que sejam eles), e > não pelos dogmas de quem quer sempre nos "catequizar", por meio de falsas > promessas. O respeito, a humildade e a sensibilidade social seriam a base > deste novo comportamentalismo de cidadania radical, formando uma real e > representativa força de coerção pública, impessoal, informal e coletiva, > pela via das lideranças populares. Algo que poderia ser até mesmo > desvinculado da política partidária normal. O quarto poder republicano, para > mim, seria o embrião desta arrancada (liderado por um Novo Ministério > Público independente, mas sob influência do poder popular participativo). > Pelo menos, seria este um caminho mais fácil e viável, no meu entender. > > Desde já agradecendo a atenção, despeço-me e subscrevo-me: > > Gil Carlos Vieira de Rezende, Professor de Educação Física (UERJ) e Formando > em Direito (UFRJ). > End. Rua Haddock Lobo 447, ap. 705, Tijuca, Rio de Janeiro-RJ, CEP. > 20260-132. > PS. Respostas ou comentários para os E-mails: > [EMAIL PROTECTED], [EMAIL PROTECTED] e > [EMAIL PROTECTED] > > > > -----Mensagem original----- > De: Pinheiro, C (Celso) - AUD Sao Paulo > [mailto:[EMAIL PROTECTED]] > Enviada em: quarta-feira, 24 de janeiro de 2001 14:34 > Para: Gil > Assunto: Re: A "VACA LOUCA" E O "SCRAPIE OVINO" NO BRASIL. > > > Olá Gil, > > Antes de mais nada, quero parabenizá-lo pela sua produção. > Você realmente escreve bastante! > Uma coisa não entendi: Você usou um termo que tenho visto bastante nos meios > mas, não encontrei nenhuma referência na literatura técnica > (Neoliberalismo). Conheço, sim, o pensamento econômico liberal (e suas > diversas correntes). > Você poderia me indicar algum autor neoliberal? Quais são as bases do > pensamento econômico neoliberal? É uma revisão dos liberais? quais? > > > mal cada vez mais necessário. Assim sendo, temos um "novo neoliberalismo" > > mundial em cheque (não somente aqui, mas em todos os lugares do planeta > > Terra). > > Obrigadão, > > Celso Pinheiro > > > __________________________________________________ > Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico > http://www.votoseguro.org > __________________________________________________ > __________________________________________________ Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico http://www.votoseguro.org __________________________________________________
[VotoEletronico] =?iso-8859-1?Q?Re:_=5BVotoEletronico=5D_Neoliberalismo_e_elei=E7=F5es_200?==?iso-8859-1?Q?2:_debates=2C_ideologias_e_esperan=E7as.?=
Pinheiro, C \(Celso\) - AUD Sao Paulo Mon, 05 Feb 2001 04:10:59 -0800
- [VotoEletronico] Neoliberalismo e el... Gil
- [VotoEletronico] Re: [VotoEletr... Pinheiro, C \(Celso\) - AUD Sao Paulo
- [VotoEletronico] Re: [VotoE... Aloyso Munhoz
- [VotoEletronico] RES: [Voto... Gil
- [VotoEletronico] Re: [V... Pinheiro, C \(Celso\) - AUD Sao Paulo
- [VotoEletronico] Re... 3DM - Machado
- [VotoEletronico] debates, ideol... Aristóteles Gomes
- [VotoEletronico] Re: [VotoE... Aristóteles Gomes
- [VotoEletronico] Re: [VotoE... Roger Chadel
- [VotoEletronico] Re: [V... Sigmatec