Fernando, Se não abrirmos os olhos para as soluções, não resolveremos o problema com choradinhos. Existem soluções e gente que não quer as soluções. Existem problemas, devidamente identificados, como o mau uso da água, mas não se tomam medidas educacionais para conduzir as pessoas ao enquadramento de um uso auto-sustentável. Não ouvi quase ninguém se manifestar contra o mau uso dos mananciais represados, ( com a finalidade de gerar energia) ( uma forma de energia limpa) em que se tira um baixíssimo proveito no atual sistema de usinas turbinadas. Acabo de dizer que, muito embora o Brasil seja prestigiado por ter um dos maiores parques de usinas hidreletricas do Mundo, com todas as qualidades intrinsecas de ser um tipo de energia renovável pelas chuvas e não poluente, tendo em contrapartida hoje quem reclame desse sistema por ter desalojado imensas empresas, fazendas, áreas urbanas etc, para inundação definitiva das bacias de reserva volumétrica, também o Brasil desperdiça muita água por esse mesmo sistema, tido como um dos melhores . Será? Um dos melhores? Já vai o tempo em que a carroça era um excelente veículo principalmente do ponto de vista de quem estava a pé. Os tempos passaram e hoje uma carroça é uma carroça! Significa a comparação que os sistemas de turbinas hidreletricos também devem ser reconvertidos senão não teremos como ultrapassar os apagões. E porquê? Porque o Orçamento de Estado não comporta os investimentos necessários ao crescimento da economia? Também por isso mas fundamentalmente porque esse sistema está obsoleto, caro e nas mãos de quem se dá muito por feliz cobrando de um povo que não reclama. Já divulguei aqui alguns dados que não foram contestados nem retrucados nem por simples curiosidade abordados, a nâo ser pelo Sr. Marcassa que teve curiosidade de mais querer saber. Os dados que indiquei revelam que a energia contida na água pode ser cerca de 36.000 vezes superior á energia potencial que ela exibe do alto das suas represas até ao eixo de suas turbinas. Este valor é aproximado e pode em certas situações ser o par de comparações diferentes mas de uma amplitude que impressiona quem se aprofundar levemente nesse estudo da Fisica. A tecnologia para se obter essa energia é simples e está ao alcance de quem o queira fazer, desde que não tenha medo de lobies afetos ás grandes companhias energéticas. Significa que virtualmente toda a água que se consegue represar poderá ser usada para fazer irrigação , bem como aquela que não se consegue represar , e que sai pelo ladrão, poderia ser transposta para outras regiões como se cogita de fazer com o São Francisco. Sobraria já muita água para termos um folego. A viabilidade desta obras certamente existe, pois temos engenheiros á altura para tais cálculos.
Dou-lhe toda a razão quando fala na exigência de controle, planejamento etc, etc, que já nos habituamos a ouvir em quase todos os programas televisivos. A gritaria é igual em todo o Mundo. E ainda bem que todos falamos a mesma linguagem em termos de sobrevivência da Humanidade. Mas o degrau que resolve já não é meramente politico nem estrictamente para a tecnologia atual. Insisto que devem ser postas em pratica outras tecnologias em oposição a algumas que teimam em se perpetuar e que são de enorme grau poluente e têm seus donos acirradamente defensores. Veja o noticiário de hoje á meia noite e comprove a satisfação de tantos "governadores " dos Estados Brasileiros esfregando as mãos de contentamento por terem dividido o bolo dos impostos sobre o consumo de combustíveis. Como podem tantas e diversas personalidades de destaque se harmonizar de olhos fechados numa questão que tem muito para se reflectir quanto aos malefícios que os atuais combustíveis têm para o Mundo? Como se pode esperar que eles não torçam agora e afincadamente por mais uma fatia do bolo como a CPMF que pleiteiam, assim como já estão ventilando a taxação de Exportações? A vertente política está aí á vista de quem quer ver. A vertente tecnológica é mais séria e depende de profissionais sérios e criativos que busquem resolver as carências energéticas em primeira mão como forma de alcançar a viabilidade de outras obras em sequência, como a Educação, a Saúde, a Habitação digna, o Emprego e o Desenvolvimento do Brasil e do Mundo. Por todas estas dicas que espero sirvam para reflectir sobre o problema da água, afirmo de novo que, a falta de água não será tão assustadora se buscarmos novas formas de uso, inclusivé como combustivel substituto dos petróleos, álcool, diesel, gases fósseis, carvão e outros que sejam tão perniciosos quanto, para a Humanidade. Por estas dicas se vê também que o âmbito da Agronomia está sendo solicitado para a compreensão de outras áreas da ciência que não apenas a faculdade de plantar e colher alimentos. Como tributo á discussão recordo que os atuais motores diesel ou ciclo Otto, têm um péssimo rendimento que na média não ultrapassa os 30% da energia liberada na combustão. Sabe-se de há muito que outros dispositivos como as CC Células a Combustível podem chegar a 85% ou mais de rendimentoem módulos de cogeração associada. Sabe-se também que o Hidrogénio é o mais perfeito combustível para essas CC. Sabe-se muito sobre o Hidrogénio e sobre a Àgua donde ele provém. Precisamos querer usar essas tecnologias sem medo. Para termos água limpa também para Irrigação. Atenciosamente Engº Jorge de Sousa [EMAIL PROTECTED] 0xx3838212224 ----- Original Message ----- From: "Fernando Braz Tangerino Hernandez" <[EMAIL PROTECTED]> To: <[EMAIL PROTECTED]> Sent: Friday, August 08, 2003 9:00 AM Subject: Re: [irriga-l] clipping > Bom dia a todos! > Pois é Jorge, mas se não cuidarmos, não teremos água em > quantidade e qualidade razoável para atender às nossas > necessidades, especialmente às nossas, digo do pessoal que > depende dela para fazer a irrigação. > > Esta semana a Folha de Sao Paulo divulgou uma materia grande > sobre a qualidade da agua na regiao metropolitana (ver > http://www.agr.feis.unesp.br/fsp04082003.htm) e fala que no > oeste paulista temos um oásis de boa qualidade..... > > Mas o buraco é mais embaixo, pois sofremos muito com o > assoreamento e com a falta de tratamento de agua das > cidades. Catanduva tem 0% de esgoto tratado, Sao José do Rio > Preto 6% e as pequenas cidades, muitas delas, quando dispõem > de lagoas de tratamentos, este se mostra deficiente e joga > em pequenos cursos.... > > Veja o caso de Marinopolis, onde desenvolvemos um trabalho. > Pela primeira vez, o ponto 4 de coleta (em vermelho - mais > distante da nascente) apresentou uma vazão inferior à > medição a montante (ponto 3, em azul - 2190 metros antes do > ponto 4), em função das retiradas de água para irrigação. > > Soma-se à isso o fato de que 50 metros à montante do ponto 3 > temos a lagoa de tratamento de esgoto jogando o seu > efluente....... Como compatibilizar isso tudo: esgoto, > necessidade de irrigação para ter uma atividade lucrativa, > disponibilidade de vazão e ainda conservação do solo...... E > olha que estamos falando de pequaneas vazoes, mas essenciais > para a sobrevivencia de pequenos agricultores... > > Somente planejamento e programas consistentes de trabalho = > profissionalismo = pessoal treinado e consciente = > comprometindo entre a sociedade civil organizada. > > Vai ainda um pouquinho de tempo, mas chegaremos lá..... > > Tenham todos um bom final de semana! > > Fernando Tangerino > > > Jorge wrote: > > > Part 1.1 Type: Plain Text (text/plain) > > Encoding: quoted-printableÁgua ou petróleo: O > > que vale mais? > > http://www.agr.feis.unesp.br/jac15072003.htm > > > > Subsídios para a discussão de tão importantes temas. > > > > Implicitamente somos levados a concluir que a resposta > > certa é a água. > > O petróleo teve um momento na História da energia do > > planeta, tomou o espaço que lhe permitiram, e hoje, ainda > > com o freio nos dentes, não sabe muito bem se continua, se > > pára. > > > > Sem querer tirar o lustro de tão importante energético, > > nem das obras que foram possíveis á humanidade com sua > > utilização, penso que é chegado o momento de ele pensar em > > se reformar. > > > > Porque os estudos mais profundos, bem como as paredes de > > nossos prédios dizem o mesmo: Basta de tão negra poluição. > > > > Outros gritos se ouvem de outras áreas e a mais séria > > conclusão a que se chega nos tempos que correm é de que > > esse movimento deve parar. > > Assim o importante do petróleo é a sua saída de cenário. > > > > Saindo do Mundo Como Deveria Ser e entrando no Mundo Como > > Ele É, tambem sentimos que o problema desta aposentadoria > > não é fácil, porque se teme não encontrar substituto á > > altura para as funções que o petróleo vem desempenhando, > > há décadas de sucesso energético. > > > > E assim vamo-nos acomodando sem nada decidir, enquanto > > alguns persistentes insistem em abrir aqui e ali, mais uns > > poços de petróleo e umas festivas garrafas de champanhe, > > como se o ato merecesse absoluta comemoração. > > > > Regredindo nesta corrida de queimar os fósseis, estaríamos > > diretamente prestando um favor ás ações de limpeza das > > águas e do ar do Planeta, pelo que com apenas essa medida, > > deixaríamos de sujar, e não teríamos de usar água para > > limpar, água essa que está restando suja. > > > > Ficaria então por resolver o problema energético se > > pudessemos parar com a extração desses poluentes. > > > > Problema insolúvel para uns, difivil para outros e > > problema ignorado por muitos e temido por alguns poucos. > > > > Incómoda essa mudança. > > > > Quem não tem parente que vive de posto de gasolina, ou que > > trabalha na petrobras com bom salario? > > Quem indiretamente e diretamente não depende de uns litros > > de combustível para ir diáriamente para o serviço, levar > > as crianças á escola, correr á farmácia no desespero da > > noite ou planejar aquelas férias com um belíssimo carango? > > > > Ou seja , por enquanto todos temos o dito amarrado ás > > conveniências diárias e de tão estressados que andamos, > > não ligamos a mínima para mudanças e tememos os arrojados > > que intentem esse "perigo". > > Vai perder o emprego? Comprar briga com as petrolíferas? > > Morrer asfixiado? > > > > No entanto, a mudança chegará. > > Todas as grandes montadoras têm projetos em > > desenvolvimento para substituição dos energéticos para > > seus modelos de motores. > > Por enquanto seguem pesquisando soluções inviáveis e > > literalmente escondendo as soluções viáveis, tomando o > > espaço das palestras, dos simpósios enfim usam o verbo de > > encher com as soluções paliativas de fraca expressão em > > relação ao potente modelo de combustíveis fósseis e de > > seus companheiros de viagem , o álcool e o GLP, assim como > > todas as soluções que não periguem a hegemonia do cartel > > hoje no trono do mundo económico ou que estejam tomados > > pela mesma turma dos petróleos ou dos petrodólares. > > > > Como então resolver o problema energético sem continuar > > com a poluição e aquecimento pelo efeito estufa? > > > > A solução mais uma vez é a água. > > > > Todos sabem hoje em dia que a água é composta de > > Hidrogénio e Oxigénio. Sabem também o quanto tem sido > > combatido esse conhecimento para não afrontar o poder dos > > petróleos e de outros seguimentos energéticos incluindo as > > hidreeletricas. > > Muitos apenas desconfiam que essa é uma possibilidade que > > depende mais de decidirmos politicamente a quem será dada > > a vez no SEC. XXI , implicando essa decisão na > > continuidade da habitabilidade do Planeta Terra > > > > Poucos têm a certeza de que esse é, em curto prazo, o > > caminho viável, pois a energia contida na água supera > > muitos milhões de vezes a energia das reservas > > petrolíferas, mesmo porque, é um recurso renovável e > > inesgotável, bastando para tanto que não se o suje com > > petróleo, entre outros poluentes. > > > > Alguns apenas sabem que a extração da energia da água é > > simples e factível por qualquer cidadão ao qual se permita > > ter acesso a pequenas regras de fisica e quimica, sabidas > > por esses poucos e, porque não, pelo pessoal da NASA. > > Resulta daqui que a água é soberana neste pleito. > > > > Sei muito mais sobre a água. Você também! > > > > Atenciosamente, > > Engº Jorge de Sousa > > [EMAIL PROTECTED] > > 0xx3838212224 > > -- > Fernando Braz Tangerino Hernandez > Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira - UNESP > DEFERS - Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e > Solos > Area de Hidraulica e Irrigação (Hydraulics and Irrigation > Division) > Caixa Postal 34 (P.O. Box 34) > 15.385-000 - ILHA SOLTEIRA - SP - BRASIL > Phone / Fax: (0##18) 3742-3294 / 3743-1180 > http://www.agr.feis.unesp.br/irrigacao.php (Institucional) > http://www.agr.feis.unesp.br/fbth.htm (Home page pessoal) > > ---------------------------------------------------------------------------- ---- ====================================================================================== Saiba o que já foi discutido na IRRIGA-L em: http://www.agr.feis.unesp.br/irriga-l.htm Para sair da lista IRRIGA-L, envie um e-mail para: [EMAIL PROTECTED] e no corpo da mensagem digite: unsubscribe irriga-l (seu endereco eletronico) Nao envie mensagens com este conteudo diretamente para a lista. ======================================================================================