Veja..  não sou da ADUnB, nem estou defendendo-a.  O prof Everaldo abaixo
não é de "esquerda" por exemplo.

Realmente é não fechar os olhos para o que está acontecendo no mundo, e
pior, o morticínio que ocorrerá no Brasil...  morticínio.

Sugeriria também uma leve visita às residências dos nosso alunos com mais
carências, ver as casas, os cômodos, quantos vivem, quantos desempregados,
doentes, bêbados, idosos, crianças, problemas de segurança...  isso antes
da epidemia.  Saber que no BRASIL REAL, agora no início da epidemia, por
exemplo, um dos maiores problemas são crianças que, sem escola, ficam sem
merenda, SEM COMER.  Fora que não há e não haverá hospital para todos.  A
maioria terá que voltar para casa, mesmo infectado e enfermo. Sem nenhuma
instrução ou condição.  Nem testes estão fazendo, esta é a realidade.  E um
governo que faz piada durante estes meses sobre a "gripezinha", ainda faz.
Quando não sugere deixar os trabalhadores SEM SALÁRIOS POR 4 MESES.  Com
MAIS DE DOIS MESES DE ANTECEDÊNCIA DA CHINA e mais de um da Itália, o
Brasil não tem nem álcool, nem máscara, nem testes, nem equipes preparadas
e organizadas, nem hospitais ou novos leitos sendo construídos, nem
respiradores....  No final, NADA...  ao deus dará!!!




*O calendário acadêmico precisa e poderá aguardar; nossas vidas, não!*

*Prof. Everaldo Batista da Costa*

*Departamento de Geografia*

*Universidade de Brasília*

*everaldoco...@unb.br <everaldoco...@unb.br> *

Vou repetir o que já está dado: os meses de abril, maio e junho poderão ser
trágicos para o Brasil, na dimensão da saúde pública e da economia, em
especial.

Nesse sentido, diante de um quadro social caótico, como atuarão ou como
podem atuar as Universidades públicas brasileiras?

O debate interno parece ser o da “manutenção do calendário acadêmico” no
EAD.

Eu teria dezenas de argumentos contra essa posição, mas deixarei apenas um,
o mais óbvio: *nem a Universidade púbica brasileira, muito menos a
sociedade, os professores ou estudantes temos **estrutura técnica** e *
*formativa** para a “desejada” EAD, nem momentaneamente, para
ensinar-aprender de forma qualificada.*

Assim, quero fazer coro ao que defende o colega professor Paulo Celso dos
Reis Gomes, da Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília, em
texto publicado, no dia 20 de março de 2020 pela ADUnB, no tocante à
atuação social da instituição, neste momento peculiar da história mundial.

Texto coerente e necessário que termina com o chamado: “Peço
encarecidamente à Administração Superior que avalie a possibilidade de
suspender o calendário do semestre letivo e o substitua por atividades de
extensão universitária, coordenadas e integradas por nossas instâncias
internas mais adequada, até que o pior dessa pandemia passe” (P. Gomes).

Não é o momento para que a “Universidade sem condição” (J. Derrida) esteja
centrada na manutenção do calendário acadêmico, de forma
precarizada-precarizante, ultrajada-ultrajante do ensino, dos docentes e
dos alunos. O calendário será recuperado, as vidas não.

Assim, dentre as Faculdades, Institutos e Departamentos, quais poderiam:



   1. Atuar junto às mães e aos pais que estão em casa com seus filhos
   pequenos, com atividades pedagógicas?
   2. Dar suporte técnico à manutenção de equipamentos hospitalares?
   3. Criar e/ou disponibilizar/indicar material lúdico, de lazer ou
   entretenimento para famílias que estão em casa acometidos pela angústia do
   confinamento?
   4. Propor grupos de leitura interativa entre docentes e comunidade
   (obviamente, incluindo nossos alunos), no limite daquilo que podemos atuar
   e que a sociedade pode receber, virtualmente?
   5. Realizar apoio psicológico às famílias que já apresentam indivíduos
   infectados ou em quadro de depressão catalisado ou não pela pandemia?



São muitas as alternativas de atuação extensiva, além destas aqui indicadas
e inspiradas no que propõe nosso colega Paulo Celso dos Reis.

Este momento - único na vida da maioria de nós - deve ser superado com
solidariedade. *O calendário acadêmico precisa e poderá aguardar; nossas
vidas, não. *




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On Tue, Mar 24, 2020 at 10:33 AM Joao Marcos <botoc...@gmail.com> wrote:

> > já que muitos estudantes não têm acesso livre à internet e as
> professoras e professores
> > não terão o suporte adequado para desenvolver conteúdo nessas plataformas
>
> Quais as propostas da UnB (ou da ADUnB) para *resolver* estes dois
> problemas?
>
> JM
>
> --
> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos
> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie
> um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
> Para ver essa discussão na Web, acesse
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAO6j_Lif_ZjvVzn_wsDjVDQMimuqPCXxer1QNK5pDjxeo6tOuQ%40mail.gmail.com
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