Olha, isso encaixa direitinho num assunto da disciplina de controle, no curso 
de engenharia eletrica. O assunto se chama root locus, ou lugar das raizes. 
(procura no google)
Inclusive, o matlab traça esse lugar para vc, no plano complexo, para todo 
valor de k possivel. O comando é rlocus.
Abracos
  ----- Original Message ----- 
  From: Ojesed Mirror 
  To: obm-l@mat.puc-rio.br 
  Sent: Saturday, May 17, 2008 6:16 PM
  Subject: [obm-l] Re: [obm-l] Polinômios de variável complexa


  Ribamar, o método de Cardano/Tartaglia, resulta nas raizes de um polinômio de 
grau 3, sendo elas reais ou complexas.
    ----- Original Message ----- 
    From: J. R. Smolka 
    To: obm-l@mat.puc-rio.br 
    Sent: Thursday, May 15, 2008 10:06 AM
    Subject: Re: [obm-l] Polinômios de variável complexa


    Obrigado ao Ojesed pela idéia de fazer uma substituição de variável do tipo 
z=(x+1) para simplificar a análise. Deve ser útil. Mas não dá para aplicar 
Cardano diretamente, porque (repito) este é um polinômio de variável complexa. 
Cardano serve para resolver equações cúbicas de variável real (possivelmente 
válido até se os coeficientes forem complexos), que não é o caso aqui.

    Não é a primeira vez que esta confusão acontece. Será porque a variável 
usada é x (que induz a pensar em números reais) em vez de z (como é comum para 
números complexos)? Pensar em x como um "vetor" de coordenadas cartesianas 
(a,b) ou polares (|x|,arg(x)) ajuda o raciocínio.

    Para os que (ainda) se interessarem no problema, lembro que uma função de C 
em C tem como domínio todo o plano de Argand, e a imagem será pelo menos um 
subconjunto (não necessariamente contínuo) de todo o plano de Argand.

    Neste caso, como a função é um polinômio de grau 3, cada ponto x do plano 
domínio é mapeado para um ponto do plano imagem através das translações e 
rotações provocadas pela  potenciação de x e pela multiplicação de x por 
números reais.

    A questão inicial, então, é descobrir que região do plano de Argand pode 
possuir raízes de P(x)=0. Depois determinar a localização destes pontos nesta 
região (em função de k, que é um número real). E, finalmente, analisar a figura 
geométrica descrita pelo deslocamento destes pontos no plano de argand quando k 
varia entre 0 e +inf.

    Exemplo do raciocínio da primeira parte: não existe x tal que P(x)=0 na 
região do plano de Argand definida por 0<=arg(x)<pi/4 porque neste caso 
im(x)>0, im(x^2)>0 e im(x^3)>0, o que torna impossível que im(P(z))=0.

    Como disse antes, consigo enxergar as regiões do plano de Argand definidas 
por arg(z)=pi/2 (o semi-eixo imaginário positivo, excluída a origem) e por 
arg(z)=pi (o semi-eixo real negativo, também excluída a origem) como candidatas 
a hospedeiras das raízes de P(x)=0. Mas será que a minha visão geométrica está 
correta e completa?

    Ainda não desenvolvi a álgebra destes casos para verificar se um, outro ou 
ambos são compatíveis com P(x) (afinal de contas, estou fazendo isto por puro 
diletantismo, e o tempo livre para raciocinar livremente anda meio curto ;-)). 
Mas continuo interessado em idéias a respeito.

    [ ]'s


      Esta questão foi da prova de álgebra do IME 1976/1977. Vou transliterar 
um pouco o enunciado.

      Seja P(x)=(x+1)(x+3)(x+5)+k(x+2)(x+4), com x complexo e k real positivo. 
Desenhar no plano complexo o lugar geométrico  das raízes de P(x)=0 para todos 
os valores possíveis de k.

      Tentei o seguinte: se z=a+bi é raiz de P(x), então P(z)=0, o que implica 
que Re[P(z)]=0 e Im[P(z)]=0, então daria para obter expressões em função de a e 
b que descrevessem o lugar geométrico procurado. Só que as expressões parecem 
intratáveis.

      Alguma outra idéia?
    J. R. Smolka 

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