Bem, voltando ao novo problema:
P(x^2+1)=(P(x))^2+1.

O polinômio é mônico, basta aplicar uma ideia básica de limite para
saber o valor do coeficiente líder de P.

Primeiro, se P(c)=c para algum c real então P(x)=x. É só usar a
formula acima para achar infinitos x tais que P(x)=x. E dois
polinomios que se intersectam infinitamente são iguais.

Logo, podemos supor P(x) != x para todo x.

O polinomio acima ou é par ou é ímpar. Basta ver que
(P(x))^2=(P(-x))^2, e ou P(x)=P(-x) pu P(x)=-P(-x). Como pelo menos
uma destas alternativas ocorre infinitas vezes, o polinômio ou é par
ou é ímpar.

Mas se P(x) fosse ímpar, P(0)=0. E sabemos que P(x)!=x. Logo, o
polinomio procurado é par.

Meu problema está sendo o seguinte: quando eu testo um polinômio (isso
mesmo, P(x)=x^4+bx^2+c, substituir e suar a caneta!), ele falha
miseravelmente.
Creio que este problema está sem solução, also...

Em 01/07/11, Ralph Teixeira<ralp...@gmail.com> escreveu:
> Melhorando aos poucos, ainda usando as ideias do Dirichlet: p(x) não pode
> ser ímpar. Se fosse, 0 seria raiz. Mas então 0^2+1=1 seria raiz, e 1^2+1=2
> seria raiz, e 2^2+1=5 seria raiz... e p(x) não pode ter infinitas raízes.
> Então estamos à procura de um polinômio **par** p(x) tal que
> p(x^2+1)=[p(x)]^2.
>
> Aliás, esse raciocínio mostra que esse p(x) não pode ter nenhuma raiz real
> -- se tiver uma raiz real x, terá infinitas, já que x^2+1>x para todo x
> real.
>
> (Por enquanto, fico com a terrível impressão de que tal polinômio não
> existe... Alguém achou o dito cujo?)
> 2011/7/1 Ralph Teixeira <ralp...@gmail.com>
>
>> O raciocínio do Dirichlet mostra que basta achar UM polinômio (não
>> constante) que tenha esta propriedade. Afinal, como ele mostrou, se p(x)
>> serve, então q(x)=(p(x))^2 também serve.
>>
>> Mas seja lá quem for o polinômio mágico, eu sei que ou ele é um polinômio
>> par ou ele é ímpar. Afinal, escreva p(x)=P(x)+I(x) onde P(x) tem apenas os
>> termos de grau par e I(x) tem apenas os de grau ímpar.
>>
>> Ora, p(x)^2=(P^2+I^2)+2PI. Note que P^2+I^2 é um polinômio par e 2PI é
>> ímpar.
>>
>> Mas a condição manda que p^2=p(x^2+1), que é uma função par. Então o termo
>> 2PI não pode existir, isto é, P=0 ou I=0. Assim, p(x) é par ou ímpar. E
>> x^2-x+1 não é um nem outro, então não funcionou...
>>
>> Então precisamos ainda mostrar que existe UM tal polinômio!
>>
>> Abraço,
>>           Ralph
>>
>> P.S.: Tem certeza que o enunciado é esse mesmo? Não seria, sei lá,
>> p(x^2+1)=(p(x))^2+1 ao invés?
>> 2011/7/1 Johann Dirichlet <peterdirich...@gmail.com>
>>
>>> Em 01/07/11, Johann Dirichlet<peterdirich...@gmail.com> escreveu:
>>> > Em 30/06/11, marcone augusto araújo
>>> > borges<marconeborge...@hotmail.com> escreveu:
>>> >>
>>> >> 1) Se p é inteiro primo ímpar,mostre que o numerador da fração
>>> >> 1+1/2+1/3+...1/(p-1) é um múltiplo de p.
>>> >
>>> > 1) Teorema de Wolstenholme, se não me engano...
>>> >
>>> > Bora lá, usar o velho truque das pontas de Gauss:
>>> 1/k+1/(p-k)=p/(k(p-k));
>>> > assim sendo, temos um monte de frações p/(alguma coisa). Esta coisa
>>> > não será múltipla de p em momento nenhum, logo nada aniquila este
>>> > fator p.
>>> >
>>> >>
>>> >> 2) Mostre que existem infinitos polinômios p(x) com coeficientes reais
>>> >> tais
>>> >> que p(x^2+1) = [p(x)]^2.
>>>
>>> É mais mole do que eu pensei!
>>>
>>> 1 - Se P e Q são soluções da equação acima, P*Q também será. Óbvio!
>>> 2 - Um polinômio possível é x^2-x+1.
>>> Como sei? Simples:
>>>
>>> Se L é um zero de P, então L^2+1 também será.
>>> Se eu conseguir L=L^2+1, terei uma solução pronta!
>>> Basta abrir o polinomio sem medo.
>>>
>>>
>>> P.S.: saber todas as soluções me parece mais desgastante. Aplicando a
>>> transformação T(L)=L^2+1 um numero finito de vezes, todos os
>>> polinômios dos pontos fixos são soluções. A treta é saber se não
>>> escapa nenhum (até porque muitos desses polinomios são fatoráveis, I
>>> think so).
>>>
>>> >>
>>> >> 3) Uma corda AB,de comprimento constante,desliza sobre uma
>>> >> semicircunferência determinada por um diâmetro d.
>>> >> Considere o triângulo cujos vértices são: o ponto médio da corda e as
>>> >> projeções ortogonais dos seus extremos A e B
>>> >> sobre o diâmetro d.Mostre que ,durante o deslizamento da corda,esse
>>> >> triângulo é sempre isósceles e nunca muda de formato(i.é.,os ângulos
>>> >> do
>>> >> triângulo são constantes)
>>> >
>>> > Faz um desenho!
>>> > Diâmetro r;centro O, raio 1; corda AB, tamanho d, médio M; AB
>>> > projetado em r dá XY.
>>> >
>>> > O triangulo AOB é obviamente isósceles.
>>> > Os quadrilateros XOMA e YOMB são inscritíveis de diâmetros OA e OB
>>> > respectivamente (angulos de 90 graus).
>>> >
>>> > Temos OXM=OAM=OBM=OYM, logo XMY é isosceles. E o angulo OBA depende
>>> > unicamente de d.
>>> >
>>> > P.S.: duvido que os triangulos sejam todos congruentes. O angulo XOM
>>> > define o tamanho de XM.
>>> >
>>> >>
>>> >> Meus agradecimentos por qualquer esclarecimento.
>>> >
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