Obrigada ao Claudio e aos demais por suas respostas.

Aproveito para responder sua dúvida em relação a minha profissão, que fez
parte de uma mensagem sua anterior. Sou sim professora de matemática e
atualmente tenho dado aula para turmas do 8º e 9º ano.

Gostaria ainda de ressaltar que não foi minha intenção ofender ou mesmo,
ser agressiva. Aceite minhas sinceras desculpas caso tenha se sentido
ofendido pelo tom dos meus questionamentos.

Com relação às suas respostas, ainda não ficou claro pra mim como
funcionaria uma aula de "matemática experimental", que progrediria na
sequência padrões -> conjecturas -> demonstrações.

O problema é que nenhum dos livros-texto descreve este método.

Infelizmente, seu projeto me parece utópico, pois:

- os alunos chegam ao Ensino Fundamental 2 (6o ano) já com muitas
deficiências;

- a estrutura dos currículos e dos livros-texto são incompatíveis com suas
ideias;

- o treinamento dos professores é inadequado para conduzir aulas no seu
formato.

Mas acho que qualquer iniciativa que vise melhorar o ensino-aprendizagem de
matemática é bem vinda.



No dia 14 de abril de 2018 às 21:14, Claudio Buffara <
claudio.buff...@gmail.com> escreveu:

> 2018-04-10 13:09 GMT-03:00 Marcela Costa <marcelinhacost...@gmail.com>:
>
>> Caros participantes da lista obm-l.
>>
>> Tenho seguido esta lista lendo as mensagens de fora há algum tempo e
>> fiquei cismada com duas mensagens que o participante Claudio Buffara enviou
>> em 23 de março ( https://www.mail-archive.com/o
>> b...@mat.puc-rio.br/msg55232.html ) e 25 de março (
>> https://www.mail-archive.com/obm-l@mat.puc-rio.br/msg55196.html), a
>> respeito do ensino de matemática e decidi participar.
>>
>> Dessa forma, tenho as seguintes perguntas pra ele:
>>
>>
>> 4) Qual a aplicabilidade na vida real de problemas de olimpíadas de
>> matemática?
>>
>> Complementando...
>
> Dá pra imaginar um currículo de matemática começando no 5o ou 6o ano da
> escola no qual os tópicos são apresentados e desenvolvidos da mesma forma
> como ocorre o processo de descoberta em matemática. Este, em sua essência,
> consiste de três estágios:
> 1) observação de um dado fenômeno / detecção de um padrão - na prática,
> isso poderia ser feito por meio de um problema introdutório, que seria
> proposto aos alunos no início da apresentação do tópico - repare que, nesta
> fase, a matemática é uma ciência experimental;
> 2) formulação de uma conjectura que explique este padrão;
> 3) demonstração lógico-dedutiva da conjectura.
> Dá até mencionar um quarto estágio:
> 4) generalização do resultado obtido.
>
> Um currículo de matemática baseado em padrões, conjecturas e demonstrações
> certamente se assemelharia mais ao "currículo" das olimpíadas de matemática
> e conteria problemas de estilo olímpico, ainda que não tão difíceis.
>
> Mas o mais importante, a meu ver, é que tal currículo traria, para os
> alunos, benefícios muito maiores e mais duradouros do que o currículo
> atual.
> Repare que a grande mudança não seria no conteúdo em si, mas sim na forma
> de absorver este conteúdo e de atacar os problemas.
> Ao invés de serem espectadores passivos, eles aprenderiam a experimentar,
> exercitariam a criatividade e o raciocínio lógico-dedutivo, se acostumariam
> a trabalhar com abstrações e aprenderiam a organizar o pensamento com vias
> a resolver problemas e a apreender e compreender a realidade. Estas são
> habilidades que devem estar no repertório de todos os cidadãos e não apenas
> dos matemáticos, cientistas ou engenheiros.
>
> []s,
> Claudio.
>
>
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
> acredita-se estar livre de perigo.
>

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.

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