2011/10/14 Flávio Alves Granato <flavio.gran...@gmail.com>:
> Onde o modelo relacional é mais simples que o NoSQL como comentei?

Não existe um modelo NoSQL, ele é simplesmente a reversão às bases de
dados prerrelacionais, dos anos sessenta e setenta.

Isso dito, o modelo relacional trabalha com tipos, que equivalem às
classes de OO e encapsulam a complexidade.

O que o modelo relacional acrescenta são as relações (vulgo tabelas,
desde que tenham ao menos uma chave natural declarada), que
representam conjuntos de predicados (afirmações sobre o mundo real).

Já NoSQL não tem nenhuma abstração, como todas as vezes que essa
abordagem foi proposta antes, com outros nomes — redes, grafos,
hierarquias, BDOO e vai por aí afora — tem‐se de criar um modelo
específico para cada uso, sem nenhuma organização lógica.  Parece mais
simples ao pensar‐se somente nesse uso, mas por falta de abstrações e
de independência de dados em relação à organização física, a
complexidade vai se acumulando até inviabilizar a escalabilidade e
(ou) a extensão do uso.

Vide que, nesta atual moda NoSQL, os poucos casos de sucesso são ou
extremamente restritos funcionalmente, ou contam com uma qualidade
excepcional de programadores e SysAdmins para fazer funcionar, como é
notoriamente o caso do Google.  Mas o Google faz até o MySQL
funcionar… enquanto os casos de fracasso sucedem‐se um após o outro.

Ademais, vide o que SQL tem sido usado como abstração lógica para
implementações normalmente associadas ao NoSQL, como é o caso do
Yahoo! Himalaya (se não me falha a memória), agora o serviço MySQL do
Google, e o MS SQL Server com Hadoop da MS.  E temos os nossos
próprios exemplos, se não me engano HadoopDB, Greenplum e um outro que
me foge à memória.

Quem escreveu bem a respeito foi o criador do Postgres
<http://en.wikipedia.org/wiki/Michael_Stonebraker#cite_note-10>.
Quanto à ilusão do ORM, o nosso David Fetter
<http://people.planetpostgresql.org/dfetter/index.php?/archives/40-Removing-Much-of-the-Suck-from-ORMs.html>
<http://thoughts.j-davis.com/2007/12/03/on-orms-and-impedence-mismatch/>.

Quanto a outras discussões que deixo pendentes (lembro de duas), é de
propósito: chegaram a um nível de animosidade e repetitividade que
precisa mais tempo do que disponho para dar respostas que evitem a
repetição do que aconteceu agora, dos meus argumentos serem ignorados
por quem ainda não entendeu o modelo relacional nem parece querer
entender, se preocupando antes em ganhar a discussão a qualquer custo…
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