Re-enviando a continuação da discussão, acidentalmente em PVT, a
pedido do Alan...

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!!!Patrocínio ?
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> 
>> [Infames] 5% da humanidade liga pra isto.
> 
> Se o ideal de liberdade atingir 5% da humanidade, já terá sido uma
> grande vitória.  É uma pena que tanta gente sacrifique o ideal de
> liberdade em favor de uma forma de medir sucesso que deixa de lado a
> questão importante, que é justamente se as pessoas estão tomando
> consciência das liberdades que deveriam possuir e se tornando mais
> livres em conseqüência de fazê-las valer.

de que adianta minha namorada usar software livre se ela não irá nunca usar o 
código fonte? a liberdade para ela não importa. é mais interessante passar o 
conceito para, por exemplo, quem vende o computador, que possui maior 
probabilidade de se beneficiar disto recompilando o kernel e vendendo 
computadores mais rápidos que o concorrente.

> A OSI busca o sucesso `mais usuários, mesmo que inclinados a
> sacrificar suas liberdades'.  A FSF busca o sucesso `mais usuários
> livres'.  Percebe a diferença?

mais usuários, maior força. o que estou querendo dizer é que convencer apenas 
pela questão de liberdade, não é forte suficiente para atingir as pessoas, como 
o josé da padaria. senão será sempre um movimento de hacker para hacker.

> Certamente o caminho escolhido pela FSF é mais longo e mais penoso.
> Mas é o caminho do qual não se volta.  

volta sim.

abraço,
-- 
Alan Kelon Oliveira de Moraes - http://kelon.org/blog

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
(Fernando Pessoa)


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On Sep 11, 2006, Alan Kelon Oliveira de Moraes <[EMAIL PROTECTED]> wrote:

> de que adianta minha namorada usar software livre se ela não irá nunca
> usar o código fonte? a liberdade para ela não importa.

Até ela perceber que o software não faz exatamente o que ela gostaria,
ou que poderia fazer alguma coisa melhor, e aí ela pode aprender a
programar ou contratar alguém que já saiba para fazer a modificação
que ela desejaria.

A cultura de que software é pra usar do jeito que veio faz parte da
imposição monopolista do software proprietário.  Se até em nossas
bases temos pessoas que acreditam nessa mentira, temos ainda muito
trabalho de conscientização a fazer.

> é mais interessante passar o conceito para, por exemplo, quem vende
> o computador, que possui maior probabilidade de se beneficiar disto
> recompilando o kernel e vendendo computadores mais rápidos que o
> concorrente.

Esses certamente ganham mais em escala.  Mas dizer que o usuário final
não tem benefício é ignorar o fato de que nenhum software faz
exatamente aquilo que todos gostariam o tempo todo.

>> A OSI busca o sucesso `mais usuários, mesmo que inclinados a
>> sacrificar suas liberdades'.  A FSF busca o sucesso `mais usuários
>> livres'.  Percebe a diferença?

> mais usuários, maior força.

Se os usuários estiverem alinhados com você, sim.  Se for gente apenas
tentando levar vantagem de você, sua força diminui em vez de aumentar.

> o que estou querendo dizer é que convencer apenas pela questão de
> liberdade, não é forte suficiente para atingir as pessoas, como o
> josé da padaria.

O caminho IMHO é mostrar que é a liberdade que lhe proporciona as
vantagens que ele pode perceber na prática, e que a ausência dela
acarretará os prejuízos causados pela ausência dessas vantagens.

>> Certamente o caminho escolhido pela FSF é mais longo e mais penoso.
>> Mas é o caminho do qual não se volta.

> volta sim.

Assim como os inúmeros casos reportados de pessoas que voluntariamente
escolhem ficar aprisionadas dentro de cadeias, você quer dizer? ;-)

-- 
Alexandre Oliva         http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
Secretary for FSF Latin America        http://www.fsfla.org/
Red Hat Compiler Engineer   [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org}
Free Software Evangelist  [EMAIL PROTECTED], gnu.org}


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On 9/11/06, Alexandre Oliva <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
On Sep 11, 2006, Alan Kelon Oliveira de Moraes <[EMAIL PROTECTED]> wrote:

> de que adianta minha namorada usar software livre se ela não irá nunca
> usar o código fonte? a liberdade para ela não importa.

Até ela perceber que o software não faz exatamente o que ela gostaria,
ou que poderia fazer alguma coisa melhor, e aí ela pode aprender a
programar


utopia. querer que alguém aprenda uma linguagem de programação para sentir a utilidade do software livre é perder a noção da realidade. nem todo mundo é geek. tem vida lá fora, longe do computador. as pessoas namoram, saem para passear, fazem cursos, lêem livros e fazem outras coisas mais interessantes que aprender a programar para mudar um menu em um software. isto é a real. assumir que todos terão disposição [e tesão] para aprender uma linguagem de programação para se beneficiar do software livre, repito, é ingenuidade.

A cultura de que software é pra usar do jeito que veio faz parte da
imposição monopolista do software proprietário.  Se até em nossas
bases temos pessoas que acreditam nessa mentira, temos ainda muito
trabalho de conscientização a fazer.

eu? veja meus argumentos. estou batendo na tecla que código fonte só vale para quem sabe mexer com ele. argumento que liberdade não é suficiente para converter uma fábrica de software a mudar seu modelo de negócios.
 

> é mais interessante passar o conceito para, por exemplo, quem vende
> o computador, que possui maior probabilidade de se beneficiar disto
> recompilando o kernel e vendendo computadores mais rápidos que o
> concorrente.

Esses certamente ganham mais em escala.  Mas dizer que o usuário final
não tem benefício é ignorar o fato de que nenhum software faz
exatamente aquilo que todos gostariam o tempo todo.

não faz e o usuário não vai aprender a programar por causa disto.
 

>> A OSI busca o sucesso `mais usuários, mesmo que inclinados a
>> sacrificar suas liberdades'.  A FSF busca o sucesso `mais usuários
>> livres'.  Percebe a diferença?

> mais usuários, maior força.

Se os usuários estiverem alinhados com você, sim.  

mudando-se os argumentos, creio que teremos um maior alinhamento.
 

>> Certamente o caminho escolhido pela FSF é mais longo e mais penoso.
>> Mas é o caminho do qual não se volta.

> volta sim.

Assim como os inúmeros casos reportados de pessoas que voluntariamente
escolhem ficar aprisionadas dentro de cadeias, você quer dizer? ;-)

não. o meu caso mesmo. o argumento liberdade não durou 1 ano após sofrendo lá na paraíba tentando convercer que a liberdade é legal e tal. minha mudança de postura, para abordagem de desenvolvimento colaborativo e aberto, é mais eficaz e estou colhendo bons resultados.

abraço,
--
Alan Kelon Oliveira de Moraes -- http://kelon.org/blog
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[Foi em PVT de propósito?]

On Sep 11, 2006, "Alan Kelon Oliveira de Moraes" <[EMAIL PROTECTED]> wrote:

> On 9/11/06, Alexandre Oliva <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
>> 
>> On Sep 11, 2006, Alan Kelon Oliveira de Moraes <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
>> 
>> > de que adianta minha namorada usar software livre se ela não irá nunca
>> > usar o código fonte? a liberdade para ela não importa.
>> 
>> Até ela perceber que o software não faz exatamente o que ela gostaria,
>> ou que poderia fazer alguma coisa melhor, e aí ela pode aprender a
>> programar

> utopia.

Para alguns usuários, não.  Para todos os outros, há a outra porção da
sentença que você escolheu cortar, que lhes traz benefícios reais se
eles descobrirem que podem usar esse recurso.

> assumir que todos terão disposição [e tesão] para aprender uma linguagem de
> programação para se beneficiar do software livre, repito, é ingenuidade.

A única pessoa fazendo esta suposição é você.

Minha suposição é de que há pessoas assim, e essas podem se beneficiar
de maneira imediata e independente, enquanto a grande maioria pode se
beneficiar através de benefícios que, por opção da própria pessoa,
envolveriam a disposição [e tesão] de terceiros, além de talvez alguma
entrada de recursos.

> eu? veja meus argumentos. estou batendo na tecla que código fonte só vale
> para quem sabe mexer com ele.

E está se enganando com isso.

> argumento que liberdade não é suficiente para
> converter uma fábrica de software a mudar seu modelo de negócios.

Se ela compreender as vantagens que a liberdade lhe proporciona, ela
pode mudar.  Veja que maravilha: além de ser mais ético, ainda é
vantajoso economicamente!

Mesmo que fosse mais lucrativo não respeitar a moral e a ética, ainda
assim seria um argumento correto.  Da mesma forma que preservar o meio
ambiente, cumprir a lei, etc.

>> Esses certamente ganham mais em escala.  Mas dizer que o usuário final
>> não tem benefício é ignorar o fato de que nenhum software faz
>> exatamente aquilo que todos gostariam o tempo todo.

> não faz e o usuário não vai aprender a programar por causa disto.

Mas permite que os que sabem façam o serviço para o usuário
interessado na mudança.  Putz, parece que você nem leu a parte do
argumento que cortou! :-(

>>> A OSI busca o sucesso `mais usuários, mesmo que inclinados a
>> >> sacrificar suas liberdades'.  A FSF busca o sucesso `mais usuários
>> >> livres'.  Percebe a diferença?
>> 
>> > mais usuários, maior força.
>> 
>> Se os usuários estiverem alinhados com você, sim.

> mudando-se os argumentos, creio que teremos um maior alinhamento.

Abrindo mão do princípio que norteia o movimento?  Desculpe, não vai
acontecer.  É, como se diz lá fora, jogar o bebê fora junto com a água
do banho.

Usando o argumento que já usei no FISL, no encontro com Eric Raymond,
pregar as vantagens do Open Source sem falar da liberdade que as
proporciona é como formar religiosos que pregam a religião porque:

- a oração, enquanto forma de meditação, ajuda a manter a pressão
sanguínea sob controle;

- a vida religiosa ativa fortalece a vida em comunidade, com
benefícios claros para a sociedade;

- a crença em uma força superior que busca `o bem' auxilia a
estabilidade psicológica das pessoas e provê a esperança que às vezes
é o que falta para se tomar um passo importante;

- a crença em uma força superior que pune `o mal' ajuda as pessoas a
se manterem fiéis a princípios morais e sociais benéficos à sociedade.

São todas grandes vantagens e certamente não devem ser desprezadas,
mas faz sentido um religioso usar esses argumentos para converter
pessoas à sua religião, sem falar de Deus (sob o nome que seja)?  Ou,
pior, ser um religioso de segunda geração desse movimento, que nunca
ouviu falar em Deus e propaga apenas as vantagens da religião?

É esse o modelo de divulgação do bem que você propõe?

> não. o meu caso mesmo. o argumento liberdade não durou 1 ano após sofrendo
> lá na paraíba tentando convercer que a liberdade é legal e tal.

Será falha do argumento ou da forma como foi usado pelo orador?

-- 
Alexandre Oliva         http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
Secretary for FSF Latin America        http://www.fsfla.org/
Red Hat Compiler Engineer   [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org}
Free Software Evangelist  [EMAIL PROTECTED], gnu.org}


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On 9/11/06, Alexandre Oliva <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
[Foi em PVT de propósito?]

eita! não :-( todas deveriam ter ido para a lista... poderia encamilhá-las, por favor^?
--
Alan Kelon Oliveira de Moraes -- http://kelon.org/blog
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-- 
Alexandre Oliva         http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
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