Muito bom e interessante mesmo. Embora Fóra de Tópico, tb contribuo com
matéria da mesma Folha e, provavelmente, em sequência da anterior
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1812200610.htm
*Fora de SP, "PT vitorioso" já articula alianças para a sucessão de
Lula * *MALU DELGADO
*
EDITORA-ASSISTENTE DE BRASIL

A lista de convidados e o discurso do anfitrião são flagrantes sinais do
comportamento de lideranças emergentes do PT e de como se articulam para o
jogo sucessório de 2010. E de 2014. Ou seja, para um ciclo de disputas sem
Luiz Inácio Lula da Silva no comando.
Fernando Pimentel, 55, prefeito de Belo Horizonte, abre o discurso da
cerimônia em comemoração aos 109 anos da cidade saudando o "amigo e
parceiro" Aécio Neves (PSDB), reeleito governador de Minas Gerais. Fez
questão de convidar dois "companheiros petistas" para a festa: os
governadores eleitos da Bahia, Jaques Wagner, e de Sergipe, Marcelo Déda. A
festa, comemorada no último dia 12, não contou com a presença de Wagner, que
ficou preso no aeroporto de São Paulo por conta do caos aéreo.
Pimentel enumera obras feitas em parceria com Aécio e a União em toda a
capital. "Esse é o segredo: compartilhar", prega. Belo Horizonte parece um
canteiro de obras. Ainda assim, a equipe do petista comemora a última
sondagem interna que mostra uma aprovação de 85% ao governo municipal.
"Está aqui comigo uma geração política que tem muito em comum (...) Somos
todos comprometidos com a democracia", discursa o prefeito.
Como mineiro não sobrevive sem um toque de tradição, invoca Afonso Pena: "A
beleza da democracia é que nela ninguém pode tudo, nem pode sempre". Depois,
moderniza o ensinamento do velho político: "Democracia é compartilhamento
porque ninguém pode tudo, e é alternância porque ninguém pode sempre".

*Aliança com Aécio*
A lógica do petista que se inclui nessa "nova geração de políticos" permite
que ele execute com desenvoltura a aliança com o tucano Aécio Neves. Uma
"alternância" de poder que interessa aos dois. O plano de Pimentel é
disputar o governo de Minas em 2010. Aécio, reeleito com preferência
absoluta da população, quer a Presidência. Déda, Jaques Wagner, a ministra
Dilma Rousseff (Casa Civil), e Pimentel são os nomes fortes para o confronto
nacional com o PSDB.
Participaram da festa mineira os ministros Luiz Dulci (Secretaria Geral da
Presidência), Hélio Costa (Comunicações) e Walfrido Mares Guia (Turismo).
Empresários de destaque, expoentes do setor cultural, intelectuais. A
sintonia chega até a confundir e faz pensar que todos falam a mesma língua.
Déda aceita o convite para jantar no Palácio das Mangabeiras com Aécio. "É a
governança compartilhada", explica Pimentel à *Folha*, logo depois das
comemorações na cidade. A entrevista é interrompida por um telefonema do
chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, enviando saudações pelo
aniversário da capital mineira.
A tal governança compartilhada, endossa Pimentel, deixou a capital e o
Estado num momento político e econômico favorável. "Nossa gestão é melhor
que a do Rio e de São Paulo. Estamos num bom momento para a cidade e para o
Estado. E claro que o Aécio tira proveito disso também. São Paulo elegeu
Pitta, depois Erundina, Maluf, Marta. Cada hora vai para um lado. Não tem
cidade que resista a esse tipo de volubilidade. As cidades sempre se
ressentem dos comportamentos políticos erráticos", afirma.
"E não estou dizendo isso porque o Aécio pode ser presidente não! Pode não
ser. Mas é possível um modelo novo de política, menos arestoso, menos árido,
de boa convivência administrativa. Sem abrir mão das diferenças
partidárias."
A "governança compartilhada" parece transformar todos os políticos em
farinha do mesmo saco. O prefeito reage à afirmação: "Se temos compromissos
com a democracia e com as instituições democráticas, somos sim farinha do
mesmo saco. Neste sentido, não tem distinção. O que vai nos diferenciar são
as políticas públicas".
Pimentel está com a cabeça no século 21. Belo Horizonte é a primeira cidade
do país a criar o orçamento participativo digital. Quase 170
belo-horizontinos votaram na internet para decidir como a prefeitura vai
investir R$ 20,2 milhões em nove obras, a partir de 2007. O orçamento global
da prefeitura é de R$ 4 bilhões, maior que o pequeno Sergipe de Déda.
"O negócio é isso aqui, ô", diz Pimentel, balançando o telefone celular. A
temática relevante da política, sustenta ele, é a preservação ambiental X
crescimento econômico com geração de empregos. "O Congresso do PT de 2007
deveria discutir isso. Temos que discutir o socialismo petista? O problema
do Brasil é esse? Pelo amor de Deus", critica. "Eu estava na cadeia quando o
Delfim era o czar da economia. Mas ele deve ser ouvido pelo governo sim",
defende. Atos e palavras que perturbarão o velho PT.


On 12/17/06, Omar Kaminski <[EMAIL PROTECTED]> wrote:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u87839.shtml

"Às vésperas da transição entre o primeiro e o segundo mandato, Luiz
Inácio
Lula da Silva (PT) surge como o presidente mais bem avaliado da história
do
Brasil e cercado de uma forte expectativa positiva entre a maioria dos
brasileiros: 59% esperam um segundo mandato ótimo/bom. (...)"

[]s

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