eu posso até compreender que eu possa ter deixado muitas
pessoas zangadas por considerar uma falácia a afirmação
de que o software livre seja pró usuário. Mas daí a ser acusada
de má fé, isso pra mim é falta de argumentação.

estou sem tempo para continuar o debate neste momento,
mas quero continuar, porque acho importante. Porém, quero
continuar um debate, e não um embate. Se alguém tem algo
pessoal contra mim, que me escreva em privado. Se devo ser
acusada de ma fé, um crime, que se apresentem provas desse
crime. No mais, as pessoas tem o direito de ter suas opiniões
e expressa-las. Se acho que existe um problema na abordagem
do software como fim, e não como meio, tenho direito de discorrer
sobre isso. Por que não teria? Pode ser que no fim da discussão
alguém acabe me convencendo do contrário, mas com certeza
não vai ser com o argumento de que estou agindo de má fé.


.f4bs
.
.


2015-06-28 21:46 GMT-03:00 <anah...@anahuac.eu>:

>
> Olá Fabs,
>
>
> [...]
>>
> Os significados ideológicos beiram o antagonismo: OSI é pró mercado
>> enquanto Software Livre é pró usuário.
>>
>>
>
> está muito longe de ser tão simples assim diferencia-los,
>
>
> É verdade. O objetivo aqui não foi fazer uma explanação ampla. Essas eu
> tenho feito nos diversos artigos que tenho escrito.
> Aqui o objetivo foi ser o mais sintético possível.
>
> e nesse ponto acredito que todos nós por aqui somos n00bs. Primeiro porque
> temos o
> péssimo costume de comparar diretamente elementos de naturezas diferentes.
> Se a OSI é uma instituição, então deveria sem comparada a outra
> instituição,
> como por exemplo, a FSF.
>
>
> Verdade, reduzi tanto que não me expressei direito. Corrigindo: s/OSI/Open
> Source/
>
>
> e se o software livre é tomado como movimento, deveria ser comparado
> a outro movimento, que é o de código aberto. Essas instituições podem até
> parecer serem representativas dos dois movimentos, mas com certeza não
> são a sua totalidade. Isso porque conheço muita gente que é do movimento
> do sofware livre mas não é da FSF, e inclusive tem críticas severas a esta
> instituição. O mesmo posso dizer de pessoas  que são do movimento de
> código aberto. A FSF pode estar contida no movimento do Software Livre,
> assim como a ASL. Mas nem FSF nem ASL contém este movimento,
> que é muito maior e muito mais complexo do que a nossa vontade
> de verbalizar essas diferenças pode alcançar.
>
>
> Desculpe, mas se levarmos essa sua linha de raciocínio adiante, nem mesmo
> haveria Software Livre, afinal ele está contido em TI, e esta não contém
> toda a humanidade...
> Seu argumento tende a confundir as pessoas, mais uma vez. Há
> representatividades, como há representações de classes, de gênero, de
> animais, ecológicas e de toda sorte.
> FSF é a representação máxima do Software Livre e quem negar isso está
> agindo de má fé.
> E como tenho acompanhado seus comentários desde que você entrou para esta
> lista, posso dizer que você tem, gradativamente, agido assim: cada vez
> mais, com mais má fé.
>
>
> segundo porque o conceito do que seja um movimento pró usuário é
> extremamente relativo. Isso porque um software pode ser pró usuário
> do ponto de vista dele ter acesso ao código, mas contra o usuário
> do ponto de vista da usabilidade: de que adianta o usuário ter acesso
> ao código se simplesmente não consegue usar o software para executar
> suas tarefas? ou até consegue, mas tendo que aplicar o dobro do tempo
> em sua execução?
>
>
> O Movimento Software Livre é um movimento social e político que luta pela
> liberdade do código do software para empoderar o usuário. Não há nada de
> relativo nesse conceito.
> O que está cada vez mais relativo são os argumentos encontrados por
> OSIstas como você para tentar reduzir a importância ideológica do Software
> Livre.
> Veja bem: desde quando o tempo aplicado para executar um programa tem algo
> haver com o Software Livre ser mais ou menos pró usuário?
> Desculpe se não lhe permito a retórica e já respondo: nada.
> Seu empenho em tentar relativizar isso apenas demonstra sua intenção
> deliberada e premeditada de tentar mudar um conceito estabelecido.
>
>
> é uma falácia dizer que o software livre é pró usuário tanto quanto
> é uma falácia dizer que o software proprietário tem mais usabilidade
> que o sofware livre.
>
>
> Nenhuma das duas afirmações são mentiras. A primeira é absolutamente
> verdadeira: O Movimento Software Livre é um movimento social e político
> que luta pela liberdade do código do software para empoderar o usuário.
> A segunda pode ou não ser verdadeira, e em alguns casos é mesmo verdadeira.
>
> e se mercados dependem de usuários, diferenciar desse jeito deixa o
> imbróglio
> todo ainda mais confuso e não nos permite perceber a complexidade real
> dos problemas que enfrentamos na adoção de soluções livres.
>
> Mais confuso que que dizer que duas coisas que são diferentes, são iguais?
> Diferenciar será sempre mais produtivo.
> E só para deixar claro: qual a complexidade real dos problemas que
> enfrentamos na adoção de Softwares Livres, exceto pela existência dos
> softwares não livres?
>
> Se é para as pessoas pensarem mesmo, não deveríamos ser tão reducionistas
> assim.
>
>
> Concordo que não devemos ser tão reducionistas.
> Apenas, as vezes, as pessoas tendem a lidar melhor com pensamentos
> simplistas, mas concordo contigo.
>
>
> dia desses estávamos comentando sobre o lançamento do Atom e surgiu
> na conversa o fato de que muitos desenvolvedores de SL tem utilizado o
> Sublime, ou seja, estão usando software proprietário para desenvolver
> seus códigos livres. E por que será? Minha humilde opinião é que a
> produtividade deles com o sublime lhes permite terminarem suas tarefas
> com mais tranquilidade e rapidez. E que isso, para eles (e provavelmente
> para a grande maioria dos mortais existentes sobre este planeta) é mais
> importante que ter acesso ao código daquela ferramenta que utilizam para
> construir essas outras ferramentas. Mas isso porque, pelo que entendi,
> eles confiam no desenvolvedor. Porque confiam que ele não coloca ali
> nenhum código malicioso e que possa invadir a privacidade dos dados
> de alguém. E também porque o desenvolvimento da ferramenta é
> super-ativo, respondendo prontamente aos bugs encontrados e às novas
> necessidades apresentadas.
>
>
> Olha aqui você premeditando a deturpação do conceito de Software Livre
> mais uma vez! Má fé agente vê por aqui.
> Desde quando escolher um software livre tem haver com "maior
> produtividade"?
> Desde quando responder prontamente aos bugs encontrados garante que o
> Software fará o que você pensa que ele fará?
> Mais uma vez você usa argumentos "de mercado", OSIstas, permissivos e
> complacentes para enfraquecer os conceitos filosóficos do Software Livre.
>
> Vamos relembrar: a liberdade do software em primeiro lugar. Usabilidade,
> amigabilidade, produtividade, interface, aderência, escalabilidade e
> qualquer outro "ade", será sempre secundário.
> É claro que você não concorda. Mas esse é o princípio do Movimento
> Software Livre.
>
> E é exatamente por você não concordar e por insistir em tentar usar
> argumentos contrários aos da FSF que tenho dito que você está agindo de má
> fé.
> Já disse antes e repito: acho que está na hora de você e os demais que
> pensam dessa forma se assumirem como OSIstas e pararem de tentar se fazer
> passar por ativistas Software Livre.
>
>
> porque o software, neste caso, não se configura como um fim, mas como
> um meio. O software, do ponto de vista do usuário, sempre foi meio.
> E o erro dentro do movimento do software livre está em trata-lo como
> sendo um fim: basta que seja livre que está tudo bem.
>
>
> Não é um erro, é um objetivo. O ponto de vista do Movimento Software Livre
> não é o do usuário.
> Ser livre não é garantia de que "está tudo bem", mas é garantia de que ele
> poderá ser modificado ao ponto de que fique tudo bem.
>
> Podes não concordar... (vide citação acima)
>
> É esse tipo de abordagem que está totalmente equivocada e que fica nos
> fazendo
> patinar eternamente sobre questões que já deveriam estar superadas
> faz um bom tempo.
>
>
> E quase as superamos!
> Quase fomos engolidos pela sedutora argumentação da usabilidade,
> produtividade, estética, aderência e demais bobagens mercadológicas que
> deixaram a liberdade do Software em segundo plano.
> Vide o crescimento vertiginoso do uso do Ubuntu, com seu kernel privativo
> e dezenas de softwares não livres.
>
> Oxalá possamos finalmente dar um passo adiante.
>
> Oxalá possamos finalmente dar 20 passos atrás!
> Citando o Sady "Também precisamos voltar a nos debruçar - com todo o
> espírito hacker - sobre todos os códigos essenciais que nos fazem falta, e
> construir as versões livres que sempre fizemos, pois creio que "relaxamos"
> em relação a isso... Isto é Possível, foi assim que chegamos até aqui e
> será somente desta forma que criaremos uma condição para não sermos
> "parcialmente" generosos, se podemos ser generosos por inteiro!"
>
> Saudações Livres!
>
>
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