Re: [obm-l] Problema de matrizes

2003-07-29 Por tôpico Alexandre Daibert
Obrigado pelas explicações ao Morgado e ao Paulo. Foram bem 
esclarecedoras. Espero não cometer novamente um erro destes
:-)

Paulo Santa Rita escreveu:

Ola Prof Morgado, Daibert e
demais colegas desta lista ... OBM-L,
Vou tentaracrescentar mais detalhes a resposta do Prof Morgado. 
Conforme o Prof assinalou, o erro na sua demonstracao esta na passagem :

fazendo para este novo sistema x1, x2, x3, ..., x(n - 1) = 0

0 + 0 + 0 + ... + 0 + kx(n) = 0
0 + 0 + 0 + ... + 0 + lx(n) = 0
.
0 + 0 + 0 + ... + 0 +  x(n) = 0
(Eu posso realmente fazer isso?? Se não posso, pq não posso?)NAO PODE!

Ao acrescentar a nova linha e a nova coluna, PRESSUPONDO QUE O 
DETERMINANTE DA MATRIZ A+I DE ORDEM N-1 E DIFERENTE DE ZERO, tudo 
que voce pode concluir e que A CARACTERISTICA DA NOVA MATRIZ A+I e 
pelo menos N-1, isto e, que se o determinante da nova matriz A+I for 
igual a zero entao, necessariamente, com base no teorema de 
Rouche-Capelli, ao atribuir um valor arbitrario ( digamos : ALFA ) a 
nova varialvel Xn e transformando a coluna N nos termos independentes, 
teremos um sistema de N-1 incognitas e N equacoes, possivel e 
determinado.

E interessante perceber que se A e anti-simetrica de ordem maior que 
2, entao, em A+I, se suprirmos a primeira linha e a primeira coluna, a 
matriz resultante e ainda da forma A+I, com A anti-simetrica; 
igualmente, se suprirmos a ultima linha e a ultima coluna, a matriz 
resultante e da forma A+I, com A anti-simetrica. O que estou tentanto 
lhe dizer e que o raciocinio do paragrafo anterior podera ser aplicado 
duas vezes ...

Existe um teorema ( de Jacobi ou Cauchy, nao me lembro ao certo ) que 
os livros de ensino medio abordam, que e o seguinte :

TEOREMA : Se acrescentarmos a uma fila de uma matriz quadrada uma 
combinacao linear das demais filas paralelas, o determinante desta 
matriz nao se altera

COROLARIO : Se uma fila de uma matriz quadrada e uma combinacao linear 
das demais filas paralelas entao o determinante desta matriz e igual a 
zero

OBS : Estou usando fila como sinonimo de linha ou de coluna.

Um Abraco
Paulo Santa Rita
2,1110,280703
From: A. C. Morgado [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: [obm-l] Problema de matrizes
Date: Mon, 28 Jul 2003 08:46:15 -0300
ASSINALEI O ERRO.
Veja: o sistema  x+y=1, x-y=1 tem soluçao (1,0). O sistema  x+y +z 
=1, x-y+z=1, x+2y +3z=3 tem soluçao (0,0,1). O seu processo levaria a 
conclusao que este sistema eh impossivel.

Alexandre Daibert wrote:

Olha, eu fiz uma demonstração mas acho q está errada, gostaria que 
alguém achasse o erro na minha demonstração para mim.

A resolução usa a idéia da resolução da questão do IME q eu tinha 
enviado aos senhores por meio de sistemas lineares homogêneos. 
(dúvidas olhe no fim deste e-mail q também está postado)
resumindo a idéia principal da questão anterior:
no sistema linear homogêneo (onde X eh matriz-coluna das incógnitas)
(A + I)X=(0)   , X = (0)  implica q A é inversível (está provado na 
questão anterior)
provemos por indução finita q X=(0) para todo A anti-simétrico:
X=(0) denota a matriz coluna de ordem qualquer com todos os 
elementos iguais a zero

provando para matriz 1x1:
A (1x1) = matriz unidade [0]
X = matriz unidade [x]
AX = -X
[0]*[x] = -[x]
[0] = -[x]
x = 0   implica X = (0), logo a propriedade eh verdadeira para n=1
provamos q se é valida para matriz (n-1)x(n-1) é válida também para 
matriz nxn
o sistema linear homogêneo determinado para ordem (n-1) fica da 
seguinte forma (valendo-se da igualdade (A + I)X = (0)) :
x1   +  ax2  +  bx3  +  ...  =  0
-ax1 +   x2  +  dx3  +  ...  =  0
-bx1 + -dx2  +   x3  +  ...  =  0
..
-gx1 + -hx2  + -ix3  +  ...  =  0

por hipótese x1, x2, x3, ..., x(n - 1) = 0 , pois X=(0)

para A nxn temos:

x1   +  ax2  +  bx3  +  ...  + kx(n) =  0
-ax1 +   x2  +  dx3  +  ...  + lx(n) =  0
-bx1 + -dx2  +   x3  +  ...  + mx(n) =  0
...
-gx1 + -hx2  + -ix3  +  ...  + zx(n) =  0
-kx1 + -lx2  + -mx3  +  ...  +  x(n) =  0
fazendo para este novo sistema x1, x2, x3, ..., x(n - 1) = 0

0 + 0 + 0 + ... + 0 + kx(n) = 0
0 + 0 + 0 + ... + 0 + lx(n) = 0
.
0 + 0 + 0 + ... + 0 +  x(n) = 0
(Eu posso realmente fazer isso?? Se não posso, pq não posso?)NAO PODE!

da última equação, constatamos q x(n)=0
x(n)=0  =  X=(0)  =  det (A + I) diferente de zero  =  (A + I) é 
inversível para todo n

segundo o que acabamos de constatar, a propriedade seria válida não 
soh para matrizes antisimétricas, mas para toda matriz com a 
diagonal principal com todos os elementos iguais a zero, o que é 
estranho, pois não é válida para a seguinte matriz A:
|| 0 1 ||
|| 1 0 ||
cujo det (A + I) = 0

 Aguardo ansiosamente respostas

Alexandre Daibert







Alexandre Daibert escreveu:

Hehehe, vou ser sincero, naum entendi tudo, mas deu pra entender 
bastante coisa sim, vou dar mais uma relida pra ver se entendo 
tudo, 

Re: FW: [obm-l] Demonstração da trigonometria

2003-07-29 Por tôpico Alexandre Daibert




Desculpe pela pressa ao escrever este problema.

Na primeira resoluo voc no teria tambm que provar para n=0 ?? (ou,
naturalmente restringir para naturais positivos)
A segunda resoluo  realmente bem mais interessante.
 :-P 


Claudio Buffara escreveu:

  Oi, Alexandre:

Inicialmente, vou resolver este problema supondo que o universo de n eh o
conjunto dos naturais:

A minha ideia eh provar que se n  2, entao existira um valor de x para o
qual a identidade falha.

Naturalmente, vale cos^2(x) + sen^2(x) = 1 para todo x.

1) n eh impar:
Nesse caso, tome x = 5pi/4 == cos(x) = sen(x) = - 1/raiz(2) ==
cos^n(x) + sen^n(x)  0  1

2) n eh par e  2:
Nesse caso, tome x = Pi/4 == cos(pi/4) = sen(pi/4) = 1/raiz(2) ==
cos^n(pi/4) = sen^n(Pi/4) = 1/2^(n/2)  1/2 ==
cos^n(pi/4) + sen^n(pi/4)  1/2 + 1/2 = 1

Logo, n soh pode ser igual a 2.

*

O problema talvez fique mais interessante se restringirmos x ao intervalo
(0,pi/2) e tomarmos o universo de n como sendo o conjunto dos reais.

Para um x fixo (em (0,pi/2)) facamos f(n) = cos^n(x) + sen^n(x).

Derivando em relacao a n:
f'(n) = ln(cos(x))*cos^n(x) + ln(sen(x))*sen^n(x)

0  sen(x)  1  e  0  cos(x)  1 ==
ln(sen(x))  0 e ln(cos(x))  0 ==
f'(n)  0 para todo n ==
f eh monotona decrescente ==
f eh injetiva == 
existe um unico valor real de n para o qual f(n) = 1 (justamente n = 2).


Um abraco,
Claudio.
 
--
From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED]
Date: Mon, 28 Jul 2003 08:31:46 -0300
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: [obm-l] Demonstrao da trigonometria

Oi, Morgado:

Eu sei que voce desaprova tentativas de interpretar enunciados, mas acho que
a questao eh demonstrar que:

Se cos^n(x) + sen^n(x) = 1 para todo x entao n = 2.

Um abraco,
Claudio.

on 28.07.03 08:26, Augusto Cesar de Oliveira Morgado at
[EMAIL PROTECTED] wrote:

  
  
???

Em Mon, 28 Jul 2003 05:55:06 -0300, Alexandre Daibert
[EMAIL PROTECTED] disse:



  Gostaria de uma demonstrao formal para o seguinte (a nvel de segundo
grau por favor), procurei e no achei em nenhum lugar:

sen^x + cos^x = 1

provar que n=2

Alexandre Daibert

=
Instrues para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


  

=
Instrues para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


  
  
=
Instrues para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


  






[obm-l] Informação sobre listas de discussão

2003-07-29 Por tôpico Alexandre Daibert
Eu sei que esta lista não é nem um pouco adequada para este tipo de 
informação, mas como sei q alguns dos senhores podem me ajudar, gostaria 
de saber aonde encontro listas de discussão como essa nas áreas de 
física e química. Peço desculpas desde já aos que se sentiram 
incomodados com meu e-mail, mas é q eu procurei na internet e não achei 
nenhuma.
:-)

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


[obm-l] Re: FW: [obm-l] Demonstração da trigonometria

2003-07-29 Por tôpico Henrique Patrício Sant'Anna Branco
 Na primeira resolução você não teria também que provar para n=0 ?? (ou,
 naturalmente restringir para naturais positivos)

Mas para n = 0, temos (cos(x))^0 + (sen(x))^0 = 2  1.

Abraços,
Henrique.

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Demonstração da trigonometria

2003-07-29 Por tôpico Claudio Buffara
Title: Re: [obm-l] Demonstração da trigonometria



on 29.07.03 03:43, Alexandre Daibert at [EMAIL PROTECTED] wrote:

Desculpe pela pressa ao escrever este problema.

Na primeira resolução você não teria também que provar para n=0 ?? (ou, naturalmente restringir para naturais positivos)

*** Tudo bem. Como voce nao tinha especificadao um universo para n, eu assumi que era o conjunto dos inteiros positivos. De qualquer jeito, o caso n = 0 eh trivial: basta tomar x tal que cos(x)  0 e sen(x)  0, e teremos cos^0(x) + sen^0(x) = 1 + 1 = 2.

A segunda resolução é realmente bem mais interessante.
 :-P 

*** Tambem acho, mas talvez nao seja de nivel secundario

Um abraco,
Claudio.

Claudio Buffara escreveu:
Oi, Alexandre:

Inicialmente, vou resolver este problema supondo que o universo de n eh o
conjunto dos naturais:

A minha ideia eh provar que se n  2, entao existira um valor de x para o
qual a identidade falha.

Naturalmente, vale cos^2(x) + sen^2(x) = 1 para todo x.

1) n eh impar:
Nesse caso, tome x = 5pi/4 == cos(x) = sen(x) = - 1/raiz(2) ==
cos^n(x) + sen^n(x)  0  1

2) n eh par e  2:
Nesse caso, tome x = Pi/4 == cos(pi/4) = sen(pi/4) = 1/raiz(2) ==
cos^n(pi/4) = sen^n(Pi/4) = 1/2^(n/2)  1/2 ==
cos^n(pi/4) + sen^n(pi/4)  1/2 + 1/2 = 1

Logo, n soh pode ser igual a 2.

*

O problema talvez fique mais interessante se restringirmos x ao intervalo
(0,pi/2) e tomarmos o universo de n como sendo o conjunto dos reais.

Para um x fixo (em (0,pi/2)) facamos f(n) = cos^n(x) + sen^n(x).

Derivando em relacao a n:
f'(n) = ln(cos(x))*cos^n(x) + ln(sen(x))*sen^n(x)

0  sen(x)  1 e 0  cos(x)  1 ==
ln(sen(x))  0 e ln(cos(x))  0 ==
f'(n)  0 para todo n ==
f eh monotona decrescente ==
f eh injetiva == 
existe um unico valor real de n para o qual f(n) = 1 (justamente n = 2).


Um abraco,
Claudio.
 
--
From: Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED] mailto:[EMAIL PROTECTED] 
Date: Mon, 28 Jul 2003 08:31:46 -0300
To: [EMAIL PROTECTED] mailto:[EMAIL PROTECTED] 
Subject: Re: [obm-l] Demonstração da trigonometria

Oi, Morgado:

Eu sei que voce desaprova tentativas de interpretar enunciados, mas acho que
a questao eh demonstrar que:

Se cos^n(x) + sen^n(x) = 1 para todo x entao n = 2.

Um abraco,
Claudio.

on 28.07.03 08:26, Augusto Cesar de Oliveira Morgado at
[EMAIL PROTECTED] wrote:

 
???

Em Mon, 28 Jul 2003 05:55:06 -0300, Alexandre Daibert
[EMAIL PROTECTED] mailto:[EMAIL PROTECTED] disse:

 
Gostaria de uma demonstração formal para o seguinte (a nível de segundo
grau por favor), procurei e não achei em nenhum lugar:

sen^x + cos^x = 1

provar que n=2

Alexandre Daibert

=
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=


 








[obm-l] novamente

2003-07-29 Por tôpico Eduardo Soares




Será que alguém poderia me ajudar com esses problemas ou me indicar uma 
saída.
*Sejam dados dois segmentos de reta desiguais. Se, subtraindo 
sucessivamente o menor do maior; o resto de cada subtração nunca é um 
submúltiplo do resto anterior (isto é, o processo nunca termina), então os 
segmentos são incomensuráveis.

#Diz-se que o ponto C, sobre o segmento AB, divide AB em média e 
extrema razão quando AB/AC=AC/BC. Prove que a divisão em média e extrema razão é 
hereditária, no seguinte sentido: se o ponto C divide o segmento AB em média e 
extrema razão então, tomando D tal que AD=CB, o ponto D divide o segmento AC em 
média e extrema razão.


Re: [obm-l] IMC dia 2

2003-07-29 Por tôpico Domingos Jr.
como este:sao dados 21 pontos numa
circunferencia.Mostre que pelo menos 100 arcos
determinados por estes pontos medem menos de
2/3*pi.Quer tentar?


--- x ---

Não faltaria dizer que a circ. tem raio 1?
Se tomarmos uma circunferência de raio arbitrariamente grande e colocarmos
um polígono regular de 21 lados todos os lados do polígono podem ser maiores
que 2/3 pi, sendo assim os arcos formados seriam necessariamente maiores que
2/3 pi.

[ ]'s

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[obm-l] Divisibilidade

2003-07-29 Por tôpico amurpe
Oi Pessoal , me ajudem a resolver a questão.

mostre que 1^97 + 2^97 + 3^97 + 4^97+ 5^97 é divisivel 

por 5.

Muito obrigado.

Um abraço.

Amurpe


 

 
__
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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: [obm-l] Divisibilidade

2003-07-29 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Tue, Jul 29, 2003 at 03:10:15PM -0300, amurpe wrote:
 Oi Pessoal , me ajudem a resolver a questão.
 
 mostre que 1^97 + 2^97 + 3^97 + 4^97+ 5^97 é divisivel 
 
 por 5.

Usando congruências é bem fácil. Como 97 = 1 (mod 4) por Fermat
x^97 = x (mod 5) para todo inteiro x. Assim o seu número é congruo
a 1+2+3+4+5 = 15 = 0 (mod 5).

[]s, N.
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Re: [obm-l] Divisibilidade

2003-07-29 Por tôpico Aleandre Augusto da Rocha
para qualquer x inteiro  0
1^x = 1
2^(4x+1) = ???2, 2^(4x+2) = ???4, 2^(4x+3) = ???8, 2^(4x) = ???6
3^(4x+1) = ???3, 3^(4x+2) = ???9, 3^(4x+3) = ???7, 3^(4x) = ???1
4^(2x+1) = ???4, 4^(2x) = ???6
5^x = ???5

1^97 =  1
2^97 = ???2
3^97 = ???3
4^97 = ???4
5^97 = ???5

logo 1^97 + 2^97 + 3^97 + 4^97+ 5^97 = ???5 e portanto divisivel pro 5

-Auggy


- Original Message -
From: amurpe [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, July 29, 2003 2:10 PM
Subject: [obm-l] Divisibilidade


 Oi Pessoal , me ajudem a resolver a questão.

 mostre que 1^97 + 2^97 + 3^97 + 4^97+ 5^97 é divisivel

 por 5.

 Muito obrigado.

 Um abraço.

 Amurpe





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[obm-l] Maximos e Minimos / Expansao Racional

2003-07-29 Por tôpico Claudio Buffara
Caros colegas:

Pra dar uma folga pros neuronios dos problemas da IMC, aqui vao dois
problemas bonitinhos (e, espero, mais faceis). O primeiro foi proposto por
George Polya em 1950 (American Mathematical Monthly - vol. 57)

PROBLEMA 1:
Sejam os numeros reais a e b tais que 0  a  b.

Considere as funcoes f e g: R -- R, dadas por:
f(p) = MAX(a = x = b) |p - x|
e
g(p) = MAX(a = x = b) |p - x|/x

Calcule os valores minimos de f e g e os valores correspondentes de p.

**

PROBLEMA 2:
Seja x um numero real do intervalo (0,1).

Seja a(1) o menor inteiro positivo tal que:
x(1) = x - 1/a(1) = 0;

Para k = 2, seja a(k) o menor inteiro positivo tal que:
x(k) = x(k-1) - 1/a(k) = 0;

Prove que x(n+1) = 0 para algum n se e somente se x for racional.
( neste caso, teremos x = 1/a(1) + 1/a(2) + ... + 1/a(n) )


Um abraco,
Claudio.

 

=
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Re: [obm-l] Divisibilidade

2003-07-29 Por tôpico Claudio Buffara
on 29.07.03 15:10, amurpe at [EMAIL PROTECTED] wrote:

 Oi Pessoal , me ajudem a resolver a questão.
 
 mostre que 1^97 + 2^97 + 3^97 + 4^97+ 5^97 é divisivel
 
 por 5.
 
 Muito obrigado.
 
 Um abraço.
 
 Amurpe
 
 
Oi, Amurpe:

Este eh um caso tipico onde congruencias ajudam (no caso, mod 5):

Para n = 1, 2, 3 e 4, o Pequeno Teorema de Fermat diz que n^4 == 1 (mod 5).
(para estes valores de n e para mod 5, isso pode ser verificado na mao,
sem usar o PTF)

Logo: n^97 = n^96*n = (n^4)^24*n == 1^24*n == 1*n == n (mod 5).

Obviamente 5^97 == 0 (mod 5).

Assim: 
1^97 + 2^97 + 3^97 + 4^97+ 5^97 == 1 + 2 + 3 + 4 + 0 = 10 == 0 (mod 5)

*

Ja que o assunto eh divisibilidade, aqui tem um sobre mdc pra voce tentar:

Sejam a, b, c inteiros tais que mdc(b,c) = 1.
Prove que: mdc(a,b*c) = mdc(a,b)*mdc(a,c)


Um abraco,
Claudio.

=
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http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] IMC dia 2

2003-07-29 Por tôpico Claudio Buffara
on 29.07.03 14:46, Domingos Jr. at [EMAIL PROTECTED] wrote:

 como este:sao dados 21 pontos numa
 circunferencia.Mostre que pelo menos 100 arcos
 determinados por estes pontos medem menos de
 2/3*pi.Quer tentar?
 
 
 --- x ---
 
 Não faltaria dizer que a circ. tem raio 1?
 Se tomarmos uma circunferência de raio arbitrariamente grande e colocarmos
 um polígono regular de 21 lados todos os lados do polígono podem ser maiores
 que 2/3 pi, sendo assim os arcos formados seriam necessariamente maiores que
 2/3 pi.
 
 [ ]'s
 
 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
 =
 
Acho que ele fala da medida dos arcos em radianos.

[]'s.

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Re: [obm-l] Divisibilidade

2003-07-29 Por tôpico Ricardo Serone
Caro Amurpe,
você consegue sair por congruência.

5 = 0 (mod 5) = 5^97 = 0 (mod 5) l
4 = -1 (mod 5) = 4^97 = -1^97 (mod 5) = 4^97 + 1^97 = 0 ( mod 5)  ll
3 = -2 (mod 5) = 3^97 = -2^97 (mod 5) = 3^97 + 2^97 = 0 (mod 5)  lll
Somando l, ll e lll temos:

1^97+2^97+3^97+4^97+5^97 = 0 (mod 5)
ou seja  é divisível por 5.

Abraços, Ricardo
- Original Message - 
From: amurpe [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, July 29, 2003 3:10 PM
Subject: [obm-l] Divisibilidade


 Oi Pessoal , me ajudem a resolver a questão.

 mostre que 1^97 + 2^97 + 3^97 + 4^97+ 5^97 é divisivel

 por 5.

 Muito obrigado.

 Um abraço.

 Amurpe





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Re: [obm-l] Divisibilidade

2003-07-29 Por tôpico A. C. Morgado




Poderia tambem ter sido resolvido usando a^m + b^m = (a+b) (a^(m-1) -
b*a^(m-2) +...-b^(m-2) *a +b^(m-1)) se m eh impar, o que mostra que se
a e b sao inteiros e m eh impar, a^m + b^m eh divisivel por a+b.
(1^97 + 4^97) + (2^97 + 3^97) + 5^97 eh uma soma de tres multiplos de 5.

Claudio Buffara wrote:

  on 29.07.03 15:10, amurpe at [EMAIL PROTECTED] wrote:

  
  
Oi Pessoal , me ajudem a resolver a questo.

mostre que 1^97 + 2^97 + 3^97 + 4^97+ 5^97  divisivel

por 5.

Muito obrigado.

Um abrao.

Amurpe



  
  Oi, Amurpe:

Este eh um caso tipico onde congruencias ajudam (no caso, mod 5):

Para n = 1, 2, 3 e 4, o Pequeno Teorema de Fermat diz que n^4 == 1 (mod 5).
(para estes valores de n e para mod 5, isso pode ser verificado "na mao",
sem usar o PTF)

Logo: n^97 = n^96*n = (n^4)^24*n == 1^24*n == 1*n == n (mod 5).

Obviamente 5^97 == 0 (mod 5).

Assim: 
1^97 + 2^97 + 3^97 + 4^97+ 5^97 == 1 + 2 + 3 + 4 + 0 = 10 == 0 (mod 5)

*

Ja que o assunto eh divisibilidade, aqui tem um sobre mdc pra voce tentar:

Sejam a, b, c inteiros tais que mdc(b,c) = 1.
Prove que: mdc(a,b*c) = mdc(a,b)*mdc(a,c)


Um abraco,
Claudio.

=
Instrues para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


  





[obm-l] arcos de 2pi/3 delimitados por 21 pontos

2003-07-29 Por tôpico Claudio Buffara

 Sao dados 21 pontos numa
 circunferencia. Mostre que pelo menos 100 arcos
 determinados por estes pontos medem menos de
 2/3*pi.
 

Vamos dividir a circunferencia em 6 arcos iguais, adjacentes e disjuntos 2 a
2, cada um medindo pi/3 (de forma que a uniao dos 6 arcos seja a
circunferencia toda). Chamemo-los de C1, C2, C3, C4, C5 e C6.

Seja Ni (1 = i = 6) o numero de pontos no arco Ci.

Naturalmente, cada Ni = 0  e  N1 + N2 + N3 + N4 + N5 + N6 = 21.

-

Em seguida, vamos contar o numero de arcos de medida inferior a 2pi/3.

Inicialmente, para cada i (1=i=6), cada arco determinado por um par de
pontos de Ci mede menos de 2pi/3. Este numero eh C(Ni,2).

Alem disso, arcos delimitados por um ponto de Ci e um de C(i+1) (ou C1, se i
= 6) tambem medem menos de 2pi/3. O numero de tais arcos eh Ni*N(i+1)

Assim, o numero total de arcos medindo menos de 2pi/3 eh:
N = C(N1,2) + C(N2,2) + ... + C(N6,2) + N1*N2 + N2*N3 + ... + N5*N6 + N6*N1.

-

Agora, basta provar que N eh sempre = 100, desde que:
N1 + N2 + N3 + N4 + N5 + N6 = 21 e que Ni = 0 para 1 = i = 6.

Como N eh convexa e simetrica em cada uma das 6 variaveis N1, ..., N6, o
valor minimo de N irah ocorrer justamente quando os Ni forem tao proximos
uns dos outros quanto possivel. No caso, tres dos Ni devem ser iguais a 3 e
os outros tres iguais a 4.

Assim, N = 3*C(3,2) + 3*C(4,2) + 2*(3*3) + 2*(3*4) + 2*(4*4) = 101  100.

Qualquer outra distribuicao dos Ni que nao seja uma prmutacao de
(3,3,3,4,4,4) irah produzir um valor maior para N.
Por exemplo:
(2,3,3,4,4,5) == N = 102;
(3,3,3,3,4,5) == N = 102;
(1,2,3,4,5,6) == N = 111; etc...

Em suma, havera sempre 101 ou mais arcos de medida inferior a 2pi/3.


Um abraco,
Claudio.



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: [obm-l] Divisibilidade

2003-07-29 Por tôpico Claudio Buffara
Title: Re: [obm-l] Divisibilidade



Interessante!
Essa demonstracao do Morgado mais os seguintes fatos:
1^(4n) + 2^(4n) + 3^(4n) + 4^(4n) == 1 + 1 + 1 = 1 == 4 (mod 5)
e
1^(4n+2) + 2^(4n+2) + 3^(4n+2) + 4^(4n+2) == 1 + 4 + 9 + 16 = 30 == 0 (mod 5)

provam a seguinte generalizacao:

1^n + 2^n + 3^n + 4^n + 5^n eh divisivel por 5
se e somente se
n NAO for divisivel por 4.

Um abraco,
Claudio.

on 29.07.03 17:23, A. C. Morgado at [EMAIL PROTECTED] wrote:

Poderia tambem ter sido resolvido usando a^m + b^m = (a+b) (a^(m-1) - b*a^(m-2) +...-b^(m-2) *a +b^(m-1)) se m eh impar, o que mostra que se a e b sao inteiros e m eh impar, a^m + b^m eh divisivel por a+b.
(1^97 + 4^97) + (2^97 + 3^97) + 5^97 eh uma soma de tres multiplos de 5. 
Claudio Buffara wrote:
on 29.07.03 15:10, amurpe at [EMAIL PROTECTED] wrote:

 
Oi Pessoal , me ajudem a resolver a questão.

mostre que 1^97 + 2^97 + 3^97 + 4^97+ 5^97 é divisivel

por 5.

Muito obrigado.

Um abraço.

Amurpe


 
Oi, Amurpe:

Este eh um caso tipico onde congruencias ajudam (no caso, mod 5):

Para n = 1, 2, 3 e 4, o Pequeno Teorema de Fermat diz que n^4 == 1 (mod 5).
(para estes valores de n e para mod 5, isso pode ser verificado na mao,
sem usar o PTF)

Logo: n^97 = n^96*n = (n^4)^24*n == 1^24*n == 1*n == n (mod 5).

Obviamente 5^97 == 0 (mod 5).

Assim: 
1^97 + 2^97 + 3^97 + 4^97+ 5^97 == 1 + 2 + 3 + 4 + 0 = 10 == 0 (mod 5)

*

Ja que o assunto eh divisibilidade, aqui tem um sobre mdc pra voce tentar:

Sejam a, b, c inteiros tais que mdc(b,c) = 1.
Prove que: mdc(a,b*c) = mdc(a,b)*mdc(a,c)


Um abraco,
Claudio.

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http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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[obm-l] trigonometria e funcoes

2003-07-29 Por tôpico Faelccmm
Ola pessoal,

Como resolver estes:


1) Os valores de (alpha), 0 = (alpha)  2(pi), queSatisfazem a desigualdade x^2+(1/2)  sen(alpha), para todo
x real, pertencem ao intervalo:
 
a)0  (alpha)  (pi)/2
b)0  (alpha)  (pi)/6
c)5(pi)/6  (alpha)  (pi)
d)(pi)/6  (alpha)  5(pi)/6
 
gabarito: d
 
 
 
2) Os valores de x que satisfazem a equacao 
x(xcotg(alpha) - cos(alpha))=-x+sen(alpha), 
 
0 (alpha)  (pi)/2,
sao:
 
a)sen(alpha)e -tg(alpha)
b)sen(alpha)e cos(alpha)
c)tg(alpha) e -cotg(alpha)
d)sec(alpha) e -cossec(alpha)
 
gabarito: a 
 
 
 
 
3) Seja f uma funcao real que satisfaz a equacao[f(x)+3/f(x)-3]=2x.
Eh correto afirmar que:
 
01)Dom f={x E R | x#3}
02)f(2)=10
04)f(0)=-3
08)se f(a)=0, entao a=-1/2
16)(fof)(-1)=1
32)a funo f nao esta definida em x=1/2
64)a funo f eh inversivel e sua inversa f^-1 eh dada
por f^-1(x)=x+3/2x-3
 
 



Re: [obm-l] correcao de equacao trigonometrica

2003-07-29 Por tôpico Fbio Dias Moreira
-BEGIN PGP SIGNED MESSAGE-
Hash: SHA1

Em Tuesday 29 July 2003 20:07, [EMAIL PROTECTED] escreveu:
 Ola pessoal,



 Tentei resolver a equacao abaixo, mas acho que errei em alguma coisa no
 final, poderiam me corrigir ?
 [...]
 (1 + cos^2(x)) = 0

 cos^2(x) = -1

 cos(x) = +/- sqrt(-1)

 x= i (unidade imaginaria)

 ou

 x= -i (unidade imaginara)
 [...]

 verdade que faz sentido estender sen(x) e cos(x) para x complexo, mas cos(i) 
certamente no vale +/- i (acho que cos(i) = [e + e^(-1)]/2). Alm disso, i 
certamente no est no intervalo [0;2pi) =).

 [...]
 Nao sei qual a resposta, mas acho que errei em alguma coisa no final, pois
 de acordo com o teorema fundamental da algebra, se a equacao algebrica
 possui 7 raizes, logo um dos membros da equacao pode ser descrito como um
 polinomio de grau 7. Nao consigo imaginar este polinomio na equacao acima.
 [...]

O TFA vale somente para polinmios em uma varivel. Outras funes no tem 
restries no nmero de zeros por causa do TFA. Em particular, expresses 
trigonomtricas no so to bem comportadas como polinmios.

[]s,

- -- 
Fbio ctg \pi Dias Moreira
-BEGIN PGP SIGNATURE-
Version: GnuPG v1.2.2 (GNU/Linux)

iD8DBQE/JxfAalOQFrvzGQoRAlTqAJ0bKfwkmTY3ZhAKog+pXbo+4V+KbQCeIZ28
1PxurYVKh3Xh7XK9Koz+g0k=
=c4Mf
-END PGP SIGNATURE-

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


[obm-l] de novo

2003-07-29 Por tôpico Eduardo Soares



Será que alguém da lista pode me ajudar?
Por que ignoram meus problemas será que são muito fáceis para 
vcs se preocuparem com eles?
aí vão eles novamente.

*Sejam dados dois segmentos de reta desiguais. Se, subtraindo 
sucessivamente o menor do maior; o resto de cada subtração nunca é um 
submúltiplo do resto anterior (isto é, o processo nunca termina), então os 
segmentos são incomensuráveis.Prove essa afirmação acima.

#Diz-se que o ponto C, sobre o segmento AB, divide AB em média e 
extrema razão quando AB/AC=AC/BC. Prove que a divisão em média e extrema razão é 
hereditária, no seguinte sentido: se o ponto C divide o segmento AB em média e 
extrema razão então, tomando D tal que AD=CB, o ponto D divide o segmento AC em 
média e extrema razão.