RE: [obm-l] Conjuntos convexos
Ignorem a minha pergunta... Hehe... Não tinha parado pra pensar nem 3 segundos... yx^2 pode ser um exemplo de conjunto não convexo né? Exatamente. Artur = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =
[obm-l] Al. linear
Olá amigos, alguém conhece bem álgebra linear? Tenho as seguintes dúvidas: 1) Seja V um espaço vetorial sobre R e suponha {v1,.vn} contido em V é l. i. Se v=a1v1++anvn. a1,,an pertence a R então {v-v1, v-v2,...v-vn} é l. i. se , e somente se, a1+a2+an é diferente de 1. -- Use o melhor sistema de busca da Internet Radar UOL - http://www.radaruol.com.br = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =
[obm-l] Enrolado com cardinalidades
Estou com uma dúvida quanto a prova da afirmação abaixo: -Dado um conjunto C, a cardinalidade do conjunto P de todos os subconjuntos de C é sempre maior que a cardinalidade de C. PROVA: Se C é um conjunto finito de cardinalidade n, então P tem cardinalidade 2^n. E 2^nn para todo n=0. Suponha agora que C seja infinito, C tem a mesma cardinalidade que o subconjunto de P que contém todos os subconjuntos unitários de C e portanto a cardinalidade de C é menor ou igual a cardinalidade de P. Suponha por absurdo que exista uma bijeção entre C e P. Seja M um conjunto com a seguinte propriedade, se x é um elemento de C e a bijeção associa a x um conjunto ao qual x não pertence, então x pertence a M, do contrário, x não pertence a M. Então por essa definição, M é subconjunto de C e essa bijeção deve associar um elemento y de C ao conjunto M. Mas suponha que y pertence a M. Então, por definição, y não pertence a M pois senão y estaria associado a um conjunto ao qual ele pertence e pertenceria a M ao mesmo tempo. Mas se y não pertence a M, ele está associado com um conjunto ao qual ele não pertence e ao mesmo pertence a C, logo por definição deve pertencer a M. Então o fato de M ter algum elemento associado a ele (qualquer elemento) é contraditório e logo M não está associado a nenhum elemento de C. Absurdo! Logo as cardinalidades de C e P são diferentes e portanto a cardinalidade de P é maior que a de C. CQD. -A minha dúvida é a seguinte: Ele não deveria considerar a possibilidade de que M pertencesse a P antes de começar a construir M? Encontrei a prova no livro abaixo e ela era atribuida a Georg Cantor: The Art of Infinity André T. _ MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =
Re: [obm-l] Enrolado com cardinalidades
lembre que os naturais estão contidos nos inteiros e nem por isso eles tem cardinalidades diferentes :-) Will - Original Message - From: André Martin Timpanaro [EMAIL PROTECTED] To: [EMAIL PROTECTED] Sent: Saturday, January 10, 2004 11:51 AM Subject: [obm-l] Enrolado com cardinalidades Estou com uma dúvida quanto a prova da afirmação abaixo: -Dado um conjunto C, a cardinalidade do conjunto P de todos os subconjuntos de C é sempre maior que a cardinalidade de C. PROVA: Se C é um conjunto finito de cardinalidade n, então P tem cardinalidade 2^n. E 2^nn para todo n=0. Suponha agora que C seja infinito, C tem a mesma cardinalidade que o subconjunto de P que contém todos os subconjuntos unitários de C e portanto a cardinalidade de C é menor ou igual a cardinalidade de P. Suponha por absurdo que exista uma bijeção entre C e P. Seja M um conjunto com a seguinte propriedade, se x é um elemento de C e a bijeção associa a x um conjunto ao qual x não pertence, então x pertence a M, do contrário, x não pertence a M. Então por essa definição, M é subconjunto de C e essa bijeção deve associar um elemento y de C ao conjunto M. Mas suponha que y pertence a M. Então, por definição, y não pertence a M pois senão y estaria associado a um conjunto ao qual ele pertence e pertenceria a M ao mesmo tempo. Mas se y não pertence a M, ele está associado com um conjunto ao qual ele não pertence e ao mesmo pertence a C, logo por definição deve pertencer a M. Então o fato de M ter algum elemento associado a ele (qualquer elemento) é contraditório e logo M não está associado a nenhum elemento de C. Absurdo! Logo as cardinalidades de C e P são diferentes e portanto a cardinalidade de P é maior que a de C. CQD. -A minha dúvida é a seguinte: Ele não deveria considerar a possibilidade de que M pertencesse a P antes de começar a construir M? Encontrei a prova no livro abaixo e ela era atribuida a Georg Cantor: The Art of Infinity André T. _ MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html = = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =
Re: [obm-l] Al. linear
[EMAIL PROTECTED] wrote: 1) Seja V um espaço vetorial sobre R e suponha {v1,.vn} contido em V é l. i. Se v=a1v1++anvn. a1,,an pertence a R então {v-v1, v-v2,...v-vn} é l. i. se , e somente se, a1+a2+an é diferente de 1. Faz tempo que não mexo com álgebra linear, mas vamos lá: (v-v1, v-v2, ..., v-vn) é l.i. se, se somente se, det | a1-1 a2 a3 ... an | = 0 | a1 a2-1 a3 ... an | | a1 a2 a3-1 ... an | | ... ... ... ... ... | | a1 a2 a3 ... an-1 | Subtraindo a primeira linha das demais: det | a1-1 a2 a3 ... an | = 0 | 1-1 0 ... 0 | | 10 -1 ... 0 | | ... ... ... ... ... | | 100 ... -1 | Somando cada coluna com a primeira: det | k a2a3 ... an | = 0 | 0-1 0 ... 0 | | 00 -1 ... 0 | | ... ... ... ... ... | | 000 ... -1 | onde k = a1+a2+a3+...+an-1 Agora eu reduzo o grau da matriz pela coluna 1: k.det | -1 0 0 ... 0 | =0 | 0 -1 0 ... 0 | | 0 0 -1 ... 0 | | .. | | 0 0 0 ... -1 | (as outras matrizes são multiplicadas por zero, então nem as descrevi). A matriz que sobrou é diagonal, seu determinante é o produto dos elementos da diagonal: (-1)^(n -1). Logo a equação final reduz-se a: k. (-1)^(n-1)=0 k=0 (o sinal é irrelevante) a1+a2+a3+...+an-1=0 a1+a2+a3+...+an=1 QED Ricardo Bittencourt http://www.mundobizarro.tk [EMAIL PROTECTED] tenki ga ii kara sanpo shimashou -- União contra o forward - crie suas proprias piadas -- = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =
Re: [obm-l] Al. linear
Ricardo Bittencourt wrote: (v-v1, v-v2, ..., v-vn) é l.i. se, se somente se, Aqui, onde está l.i., leia-se l.d. é claro. Ricardo Bittencourt http://www.mundobizarro.tk [EMAIL PROTECTED] tenki ga ii kara sanpo shimashou -- União contra o forward - crie suas proprias piadas -- = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =
Re: [obm-l] Enrolado com cardinalidades
At 12:51 PM 1/10/2004, you wrote: Estou com uma dúvida quanto a prova da afirmação abaixo: -Dado um conjunto C, a cardinalidade do conjunto P de todos os subconjuntos de C é sempre maior que a cardinalidade de C. PROVA: Se C é um conjunto finito de cardinalidade n, então P tem cardinalidade 2^n. E 2^nn para todo n=0. Suponha agora que C seja infinito, C tem a mesma cardinalidade que o subconjunto de P que contém todos os subconjuntos unitários de C e portanto a cardinalidade de C é menor ou igual a cardinalidade de P. Suponha por absurdo que exista uma bijeção entre C e P. Seja M um conjunto com a seguinte propriedade, se x é um elemento de C e a bijeção associa a x um conjunto ao qual x não pertence, então x pertence a M, do contrário, x não pertence a M. Então por essa definição, M é subconjunto de C e essa bijeção deve associar um elemento y de C ao conjunto M. Mas suponha que y pertence a M. Então, por definição, y não pertence a M pois senão y estaria associado a um conjunto ao qual ele pertence e pertenceria a M ao mesmo tempo. Mas se y não pertence a M, ele está associado com um conjunto ao qual ele não pertence e ao mesmo pertence a C, logo por definição deve pertencer a M. Então o fato de M ter algum elemento associado a ele (qualquer elemento) é contraditório e logo M não está associado a nenhum elemento de C. Absurdo! Logo as cardinalidades de C e P são diferentes e portanto a cardinalidade de P é maior que a de C. CQD. -A minha dúvida é a seguinte: Ele não deveria considerar a possibilidade de que M pertencesse a P antes de começar a construir M? Perdão, não entendi a sua dúvida. M é subconjunto de C P é o conjunto de todos os subconjuntos de C Entao M pertence a P (e é por isso que faz sentido olhar para M como imagem pela suposta bijecao de algum elemento y de C) Encontrei a prova no livro abaixo e ela era atribuida a Georg Cantor: The Art of Infinity André T. _ MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html = = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =
Re: [obm-l] Enrolado com cardinalidades
Isso é verdade, mas não vejo a ligação com o teorema pois Z ! = P(N) (ainda mais forte, #(P(N)) != #(Z) ) Alias, nós sabemos que #(P(N)) = #(R) At 02:38 PM 1/10/2004, you wrote: lembre que os naturais estão contidos nos inteiros e nem por isso eles tem cardinalidades diferentes :-) Will - Original Message - From: André Martin Timpanaro [EMAIL PROTECTED] To: [EMAIL PROTECTED] Sent: Saturday, January 10, 2004 11:51 AM Subject: [obm-l] Enrolado com cardinalidades Estou com uma dúvida quanto a prova da afirmação abaixo: -Dado um conjunto C, a cardinalidade do conjunto P de todos os subconjuntos de C é sempre maior que a cardinalidade de C. PROVA: Se C é um conjunto finito de cardinalidade n, então P tem cardinalidade 2^n. E 2^nn para todo n=0. Suponha agora que C seja infinito, C tem a mesma cardinalidade que o subconjunto de P que contém todos os subconjuntos unitários de C e portanto a cardinalidade de C é menor ou igual a cardinalidade de P. Suponha por absurdo que exista uma bijeção entre C e P. Seja M um conjunto com a seguinte propriedade, se x é um elemento de C e a bijeção associa a x um conjunto ao qual x não pertence, então x pertence a M, do contrário, x não pertence a M. Então por essa definição, M é subconjunto de C e essa bijeção deve associar um elemento y de C ao conjunto M. Mas suponha que y pertence a M. Então, por definição, y não pertence a M pois senão y estaria associado a um conjunto ao qual ele pertence e pertenceria a M ao mesmo tempo. Mas se y não pertence a M, ele está associado com um conjunto ao qual ele não pertence e ao mesmo pertence a C, logo por definição deve pertencer a M. Então o fato de M ter algum elemento associado a ele (qualquer elemento) é contraditório e logo M não está associado a nenhum elemento de C. Absurdo! Logo as cardinalidades de C e P são diferentes e portanto a cardinalidade de P é maior que a de C. CQD. -A minha dúvida é a seguinte: Ele não deveria considerar a possibilidade de que M pertencesse a P antes de começar a construir M? Encontrei a prova no livro abaixo e ela era atribuida a Georg Cantor: The Art of Infinity André T. _ MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html = = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html = = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =
[obm-l] Problema de fatoriais
Alguem se habilita a fazer a letra c da questao???A a e a b eu ja fiz... 1a)Mostre que a potencia de um primo p que exatamente divide n! é igual a [n/p]+ [n/p^2] + [n/p^3]+...[n/p^f] sendo p^f = n p^(f+1). -beleza :) b)Usando a letra a ,escreva a fatoraçao de 100!. -beleza :) c)Sendo S_b(n) indicando a soma dos digitos de n na base b(ex: 3 na base 2 é igual a 11. Entao S_2(3) = 2). Mostre que a potencia de 2 que divide n! é igual a n - S_2(n).Ache a formula geral para a potencia do primo p que divide n! em funçao de n,p,S_b(n). -não fiz :( __ Conheça a nova central de informações anti-spam do Yahoo! Mail: http://www.yahoo.com.br/antispam = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =
Re: [obm-l] questao combinatoria
Se voce estiver acostumado com o binomio de Newton voce percebe que (1+x)^4n = (C4n,0)*(1^4n)*(x^0) + (C4n,1)*(1^4n-1)*(x^1) + (C4n,2)*(1^4n-2)*(x^2) + ... + (C4n,4n)*(1^4n-4n)*(x^4n) Da expressao original, perceba que as parcelas que tem o denominador binomial par sao negativas, isso só ocorre se o nosso x for igual a i. Perceba que (1+i)^4n = C4n,0 + (C4n,1)*i - (C4n,2) - (C4n,3)i + ... + (C4n,4n) (1+i)^4n = (C4n,0)-(C4n,2)+(C4n,4)+...+(C4n,4n)+ ((C4n,1)-(C4n,3)+(C4n,5)+...-(C4n,4n-1))i (1+i)^4n = [(1+i)^4]^n = [(1+i)^2]^2n = [1 + 2i - 1]^2n = (2i)^2n = (-4)^n Ou seja, (1+i)^4n é um numero real, portanto (C4n,1)-(C4n,3)+(C4n,5)+...-(C4n,4n-1) = 0 (C4n,0)-(C4n,2)+(C4n,4)+...+(C4n,4n) = (-4)^n = ((-1)^n)*(2^2n) rafaelc.l wrote: (ITA-95) Para cada n e N, temos que: 1-C4n,2 + C4n,4 -...- C4n,4n-2 + 1 eh igual a? __ Acabe com aquelas janelinhas que pulam na sua tela. AntiPop-up UOL - É grátis! http://antipopup.uol.com.br/ = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html = -- [talking about himself:] It is rare to find learned men who are clean, do not stink and have a sense of humour. Gottfried Whilhem Leibniz = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =
RE: [obm-l] Enrolado com cardinalidades
Ola Andre e demais colegas desta lista ... OBM-L, O Teorema a que voce se refere e realmente devido a Cantor, mas me parece que voce esta fazendo alguma confusa com numeros cardinais. Em uma mensagem minha anterior, recente, acerca do Lema de Zorn, eu cito uma referencia onde estas coisas basicas estao bem esclarecidas. Da uma olhada que suas duvidas serao sanadas. No que se refere diretamente ao problema que voce cita, observe o seguinte : Se A e B sao dois conjuntos, nos escrevemos card(A) = card(B) - dizemos que a cardinalidade do conjunto A e menor ou igual a cardinalidade do conjunto B - para indicar que EXISTE UMA INJECAO entre A e B, isto e, existe f:A - B tal que f e funcao injetiva. Claramente que se P(A) e o conjunto das partes de A entao a funcao f:A - P(A), definidade por f(x) = {x}, e uma injecao de A em P(A) e, portanto, card(A) = card(P(A)). Resta saber se pode existir uma BIJECAO de A em P(A), o que nos permitiria escrever card(A)=card(P(A)). Para provar que isto nao pode ocorrer, podemos provar que Nao existe uma bijecao de A em P(A). Para ver isso, seja g:A-P(A) uma funcao qualquer. Definimos o conjunto B={x em A / x nao esta em g(x) }. Este conjunto pode ser vazio ( seria o caso se adotassemos a funcao f que descrevemos acima ), mas, independe disso, e um subconjunto de A e, portanto, estara em P(A). Vamos mostrar agora que nenhum x em A e tal que g(x)=B. Se fosse g(x)=B para algum x em A entao : x esta em B = x nao esta em g(x). Como supomos g(x)=B segue que: x esta em B = x nao esta em B ... ABSURDO ! Isto estabelece que QUALQUER QUE SEJA a funcao g: A - P(A) ela nao pode ser sobrejetiva, isto e, sempre sera possivel exibir um subconjunto B de A - que portanto esta em P(A) - que nao e imagem de nenhum elemento x de A. Se nenhuma funcao pode ser sobretiva, nao pode, evidentemente, existir um a bijecao de A em P(A). Logo, apenas e sempre : card(A) card(P(A)). para qualquer conjunto A, finito ou nao. Essa demonstracao e devida a Cantor. Vale a pena ler a memoria original de Cantor, que inclusive tem traducao para o Portugues. Note que o argumento de Cantor e sutil e sofreu muitas criticas na epoca em que foi apresentado pela primeira vez. Sobre a obra de Cantor ( muito criticada por Poincare ), David Hilbert disse : Ninguem nos tirara do paraiso que Cantor criou para nos. Um Abraco Paulo Santa Rita 10,0104 Em Tempo : Deve ter sido voce que perguntou sobre a prova da comutatividade da adicao baseada nos axiomas de Peano. Se foi, aqui vai minhas observacoes : 1) Nos livros que voce cita - Elon, Jacy Monteiro, etc - realmente os autores sempre provam apenas a associativida e deixam como exercicio a prova das demais propriedades. Bom, talvez porque um autor influencia o outro e como ha muitas coisas pra escrever o cara nao vai perder muito tempo com essas bobeiras. 2) Uma prova rigorosa que me ocorre agora, pode ser assim : TEOREMA : M+P=P+N, para quaisquer M,P naturais. Seja S : N - N a funcao sucessor. Considere o conjunto : X={ p em N / M + p = p + M, para qualquer M } Claramente que 1 pertence a X pois : M+1 = S(M) por definicao S(M) = (S^M)(1) evidente (S^M)(1) = 1 + M por definicao Supondo que p pertence a X, isto e : M+p=p+M, teremos : M+S(p) =S(M+p) por definicao S(M+p)=S(p+M) pois supomos p pertence a X S(p+M)=(S^(p+M)(1)) evidente (S^(p+M)(1))=1 + p + M por definicao 1+p+M = p+1+M pois 1 pertence a X p+1+M = s(p)+M por definicao Assim : p pertence a X = S(p) pertence a X Logo X=N. Assim, fica estabelecido que todos os naturais comutam. Nota : A rigor, era necessario ter estabelecido um lema : LEMA : S(M)=(S^M)(1) Seja X={ p em N / S(p)=(S^p)(1) } 1) 1 pertence a X 2) Suponha que K pertence a X. Entao : S(S(k))=S(S^(K+1)(1))=(S^(K+1)(1))=(S^S(K))(1) Logo: K pertence a X implica s(K) pertence a X. Portanto X = N Note que agora que sabemos que os naturais comutam, surge um teorema : TEOREMA : (S^(K))(M(S^(K))(M)) De fato : (S^(K))(M)) = M+K=K+M=(S^(M))(K)) 1) From: André Martin Timpanaro [EMAIL PROTECTED] Reply-To: [EMAIL PROTECTED] To: [EMAIL PROTECTED] Subject: [obm-l] Enrolado com cardinalidades Date: Sat, 10 Jan 2004 12:51:46 -0200 MIME-Version: 1.0 X-Originating-IP: [200.158.145.157] X-Originating-Email: [EMAIL PROTECTED] X-Sender: [EMAIL PROTECTED] Received: from mc5-f19.hotmail.com ([65.54.252.26]) by mc5-s16.hotmail.com with Microsoft SMTPSVC(5.0.2195.6824); Sat, 10 Jan 2004 07:01:44 -0800 Received: from saci.mat.puc-rio.br ([139.82.27.51]) by mc5-f19.hotmail.com with Microsoft SMTPSVC(5.0.2195.6713); Sat, 10 Jan 2004 07:01:43 -0800 Received: from saci.mat.puc-rio.br (localhost [127.0.0.1])by saci.mat.puc-rio.br (8.12.8/8.12.8) with ESMTP id i0AEpYxF014636for [EMAIL PROTECTED]; Sat, 10 Jan 2004 12:51:34 -0200 Received: (from [EMAIL PROTECTED])by saci.mat.puc-rio.br (8.12.8/8.12.8/Submit) id i0AEpKxE014621for obm-l-MTTP; Sat, 10 Jan
Re: [obm-l] Problema de fatoriais
On Sat, Jan 10, 2004 at 02:46:27PM -0300, Carlos Maçaranduba wrote: Alguem se habilita a fazer a letra c da questao???A a e a b eu ja fiz... 1a)Mostre que a potencia de um primo p que exatamente divide n! é igual a [n/p]+ [n/p^2] + [n/p^3]+...[n/p^f] sendo p^f = n p^(f+1). -beleza :) b)Usando a letra a ,escreva a fatoraçao de 100!. -beleza :) c)Sendo S_b(n) indicando a soma dos digitos de n na base b(ex: 3 na base 2 é igual a 11. Entao S_2(3) = 2). Mostre que a potencia de 2 que divide n! é igual a n - S_2(n). n/2 - [n-2] é igual a 0 se n é par e 1/2 se n é ímpar, ou seja, é a0/2 onde a0 é o algarismo das unidades de n na base 2. Analogamente n/4 - [n/4] = a1/2 + a0/4 n/8 - [n/8] = a2/2 + a1/4 + a0/8 ... onde a1, a2, ... são os algarismos de n na base 2 (da direita para a esquerda). Assim n - [n/2] - [n/4] - [n/8] - ... = (n/2 - [n/2]) + (n/4 - [n/4]) + (n/8 - [n/8]) + ... = a0*(1/2+1/4+1/8+...) + a1*(1/2+1/4+1/8+...) + a2*(1/2+1/4+1/8+...) = a0 + a1 + a2 + ... = S_2(n) Ache a formula geral para a potencia do primo p que divide n! em funçao de n,p,S_b(n). -não fiz :( Este eu deixo para você. É parecido. []s, N. = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =
Re: [obm-l] Enrolado com cardinalidades
On Sat, Jan 10, 2004 at 12:51:46PM -0200, André Martin Timpanaro wrote: Estou com uma dúvida quanto a prova da afirmação abaixo: -Dado um conjunto C, a cardinalidade do conjunto P de todos os subconjuntos de C é sempre maior que a cardinalidade de C. PROVA: Se C é um conjunto finito de cardinalidade n, então P tem cardinalidade 2^n. E 2^nn para todo n=0. Suponha agora que C seja infinito, C tem a mesma cardinalidade que o subconjunto de P que contém todos os subconjuntos unitários de C e portanto a cardinalidade de C é menor ou igual a cardinalidade de P. Suponha por absurdo que exista uma bijeção entre C e P. Seja M um conjunto com a seguinte propriedade, se x é um elemento de C e a bijeção associa a x um conjunto ao qual x não pertence, então x pertence a M, do contrário, x não pertence a M. Então por essa definição, M é subconjunto de C e essa bijeção deve associar um elemento y de C ao conjunto M. Mas suponha que y pertence a M. Então, por definição, y não pertence a M pois senão y estaria associado a um conjunto ao qual ele pertence e pertenceria a M ao mesmo tempo. Mas se y não pertence a M, ele está associado com um conjunto ao qual ele não pertence e ao mesmo pertence a C, logo por definição deve pertencer a M. Então o fato de M ter algum elemento associado a ele (qualquer elemento) é contraditório e logo M não está associado a nenhum elemento de C. Absurdo! Logo as cardinalidades de C e P são diferentes e portanto a cardinalidade de P é maior que a de C. CQD. -A minha dúvida é a seguinte: Ele não deveria considerar a possibilidade de que M pertencesse a P antes de começar a construir M? Encontrei a prova no livro abaixo e ela era atribuida a Georg Cantor: The Art of Infinity Como está tudo certo, apenas você está confuso, eu sugeriria reescrever com um pouco mais de notação matemática. Seja f: C - P seja uma função. Seja R = { c em C | c não pertence a f(c) } Assim, para x em C, x em R = x não em f(x). Suponha R = f(r): teríamos r em R = r não em R o que é um absurdo. Assim R não está na imagem de f e portanto não existe nenhuma bijeção de C em P. []s, N. = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =
[obm-l] Combinatória
De quantas maneiras se podem escolher 3 números distintos do conjunto E ={ 1 , 2 , 3 .100} de modo que sua soma seja um múltiplo de 3 ?-- Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e acredita-se estar livre de perigo.
Re: [obm-l] Combinatória
Pedro Costa wrote: De quantas maneiras se podem escolher 3 números distintos do conjunto E ={ 1 , 2 , 3 .100} de modo que sua soma seja um múltiplo de 3 ? Vou tentar, se eu errar me corrijam por favor. Antes de mais nada separe os 100 números de acordo com o resto da divisão por 3: grupo 0: {3,6,9,...,99} = 33 números grupo 1: {1,4,7,...,100}= 34 números grupo 2: {2,5,8,...,98} = 33 números As combinações possíveis pro resultado da soma ser múltiplo de três são: 1. grupo 0 + grupo 0 + grupo 0 = 33.32.31 = 32736 2. grupo 1 + grupo 1 + grupo 1 = 34.33.32 = 35904 3. grupo 2 + grupo 2 + grupo 2 = 33.32.31 = 32736 4. grupo 0 + grupo 1 + grupo 2 = 34.33.33 = 37026 Somando tudo, a quantidade total é 138402. Ricardo Bittencourt http://www.mundobizarro.tk [EMAIL PROTECTED] tenki ga ii kara sanpo shimashou -- União contra o forward - crie suas proprias piadas -- = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =