{Disarmed} [obm-l] {Disarmed} Re: [obm-l] Paradoxo probabilístico/psicológico

2018-07-14 Por tôpico Claudio Buffara
Acho que este é só um "pseudo-paradoxo".

Suponha que um dado tomado ao acaso é viciado para só dar 6 com
probabilidade p e honesto com probabilidade 1 - p.
Se você jogar este dado N vezes e obtiver 6 todas as vezes, qual a
probabilidade deste dado ser viciado?
Ou seja, quanto é a probabilidade condicional P(viciado|Nx6) ?

P(viciado|Nx6) = P(viciado e Nx6)/P(Nx6)
= P(Nx6|viciado)*P(viciado)/(P(Nx6|viciado)*P(viciado) +
P(Nx6|honesto)*P(honesto))
= 1*p/(1*p + (1/6)^N*(1-p))
= p/(p + (1-p)*(1/6)^N)
= 1/(1 + (1/p -1)*(1/6)^N)

Por exemplo, se 1 em cada 1 milhão de dados for viciado desta forma (p =
1/1.000.000) e se, jogando um certo dado 10 vezes obtivermos 10 x 6, então
a probabilidade deste dado ser viciado será  1/(1 + 999.999/6^10) = 98,37%.

Ou seja, neste caso, a suspeita é justificada.

Mas se p = 1/1.000.000.000, então P(viciado|10x6) = 5,7% e, neste caso,
precisaremos jogar o dado mais vezes pra justificar a suspeita.
Mas não muito mais vezes: P(viciado|14x6) = 98,74%.

[]s,
Claudio.






2018-07-14 23:21 GMT-03:00 Artur Steiner :

> Se jogarmos n vezes de forma aleatória um dado equilibrado, a
> probabilidade de qualquer sequência de resultados é de (1/6)^n. Assim, se
> jogarmos um dado, digamos, 10 vezes e sempre obtivermos 6, não há
> matematicamente nenhuma evidência de que o dado seja viciado. Mas se isso
> acontecer, quase todo mundo vai suspeitar - e muitos vão afirmar - que o
> dado é viciado. Eu, por exemplo, embora sabendo que todas as possíveis
> sequências são equiprováveis, vou ter sérias dúvidas sobre a honestidade do
> dado.
>
> Mas se der 6 1 5 2 6 3 1 4 2 5, ningúem vai se chocar.
>
> Como explicar este paradoxo probabilístico/psicológico?
>
> Artur Costa Steiner
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
> acredita-se estar livre de perigo.

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.



Re: [obm-l] Propriedade dos Reais

2018-07-14 Por tôpico Claudio Buffara
Oi, Luiz Antonio:

Que curso é este que você está fazendo?
E que livro você está usando?

Pergunto porque é este tipo de dificuldade (lógica aplicada a demonstrações
em matemática) que me leva a crer que a matemática não está sendo ensinada
da forma correta.
E esse é justamente o tema do debate que eu gostaria de ver acontecer aqui
neste grupo.

[]s,
Claudio.


2018-07-14 16:34 GMT-03:00 Luiz Antonio Rodrigues :

> Olá, pessoal!
> Boa tarde!
> Porque dizemos que x<=x para todo x real?
> É algo que eu não consigo entender...
> Muito obrigado e um abraço!
> Luiz
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
> acredita-se estar livre de perigo.

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[obm-l] Paradoxo probabilístico/psicológico

2018-07-14 Por tôpico Artur Steiner
Se jogarmos n vezes de forma aleatória um dado equilibrado, a probabilidade
de qualquer sequência de resultados é de (1/6)^n. Assim, se jogarmos um
dado, digamos, 10 vezes e sempre obtivermos 6, não há matematicamente
nenhuma evidência de que o dado seja viciado. Mas se isso acontecer, quase
todo mundo vai suspeitar - e muitos vão afirmar - que o dado é viciado. Eu,
por exemplo, embora sabendo que todas as possíveis sequências são
equiprováveis, vou ter sérias dúvidas sobre a honestidade do dado.

Mas se der 6 1 5 2 6 3 1 4 2 5, ningúem vai se chocar.

Como explicar este paradoxo probabilístico/psicológico?

Artur Costa Steiner

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.



Re: [obm-l] Propriedade dos Reais

2018-07-14 Por tôpico Artur Steiner
Imagine que vc tenha R$ 1000 na sua conta e queira fazer uma compra com
cartão de débito. Se o valor da compra for menor que 1000, o cartão passa.
E se for exatamente de 1000, também passa. Porque o banco tem um programa
que autoriza a transação se o valor da compra for <= saldo disponível. E
como 1000 <= 1000, a compra é autorizada.

Artur Costa Steiner

Em Sáb, 14 de jul de 2018 16:44, Luiz Antonio Rodrigues <
rodrigue...@gmail.com> escreveu:

> Olá, pessoal!
> Boa tarde!
> Porque dizemos que x<=x para todo x real?
> É algo que eu não consigo entender...
> Muito obrigado e um abraço!
> Luiz
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
> acredita-se estar livre de perigo.

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 acredita-se estar livre de perigo.



[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] ensino de matemática

2018-07-14 Por tôpico Artur Steiner
Gostaria muito de participar.

Artur Costa Steiner

Em Qua, 11 de jul de 2018 21:51, Leandro Martins 
escreveu:

> Caros,
>
> Também tenho interesse em participar de tal discussão. Maior que minha
> aproximação com a Matemática Olímpica, é minha aproximação com a
> Matemática. Ainda maior é a aproximação de muitos alunos, sob diversos
> aspectos.
>
> Vejamos no que dá...
>
> Abraço!
>
> Em 11 de julho de 2018 12:30, Claudio Buffara 
> escreveu:
>
>> Prezados colegas da lista:
>>
>> Entendo que o tema pode ser off-topic pois não trata especificamente de
>> problemas olímpicos, mas aqui vai de qualquer forma...
>>
>> Algum de vocês se interessa pelo ensino de matemática (escolar ou
>> universitário)?
>>
>> Pergunto porque há anos tenho pensado na melhor forma de ensinar
>> matemática (principalmente em termos de composição do currículo e de
>> apresentação dos tópicos nos livros didáticos), estou convencido de que não
>> estamos fazendo certo, nem na escola e nem na universidade, e gostaria de
>> ter gente interessada pra debater idéias e, quem sabe, elaborar algum
>> projeto mais concreto.
>>
>> Em linhas gerais, discordo da ordem em que os assuntos são abordados, na
>> maioria dos livros.
>> O foco é muito mais na ordem lógica (seguindo o rigor do método
>> axiomático, mesmo em livros pra ensino médio) sem nenhuma preocupação:
>> - com a motivação para os resultados que são apresentados (e, nos ensinos
>> fundamental e médio, quase nunca demonstrados);
>> - com tornar estes resultados intuitivos para o estudante.
>>
>> Também acho que certos assuntos deveriam ser incluídos e outros excluídos
>> do currículo, mas este, pra mim, é um problema menor. Pois, qualquer que
>> seja o tópico, se for bem ensinado e incentivar o aluno a pensar, já tá
>> valendo.
>>
>> A meu ver, seria ideal se cada tópico do currículo de matemática fosse
>> apresentado seguindo a sequência:
>> identificação de padrões ("patterns") ==> formulação de conjecturas ==>
>> demonstração destas conjecturas.
>> Pois esta é a maneira como a matemática é criada.
>> Mas acho que muito poucos professores estão capacitados pra ensinar
>> matemática deste jeito.
>>
>> Em particular, no Ensino Médio, a ênfase nos últimos anos tem sido na tal
>> contextualização, que pode ser vista em todo o seu esplendor nas provas do
>> Enem.
>> O resultado disso me parece ser um retrocesso na formação matemática dos
>> alunos e também a disseminação da mentalidade de que a única matemática que
>> deve ser estudada é aquela que é usada no dia-a-dia dos cidadãos comuns.
>>
>> E, na universidade, a coisa não é muito melhor, mesmo num assunto que só
>> é visto na graduação em matemática. a análise real.
>> Vejam só:
>> Os livros tratam da topologia da reta antes de conceitos tais como
>> compacidade e conexidade se mostrarem realmente necessários (o que, de
>> fato, só ocorre em dimensão > 1; na reta, quase tudo pode ser demonstrado
>> com base em sequências e no método da bisseção, que são coisas bastante
>> intuitivas, mas que quase nunca são usadas).
>>
>> Limites e continuidade podem ser introduzidos também com base em
>> sequências, interpretando-se os epsilons como margens de erro em
>> aproximação.
>>
>> Aliás, a noção de que análise nada mais é do que uma teoria de
>> aproximações quase nunca é mencionada.
>> Por exemplo, foi só estudando a análise do R^n é que eu me dei conta de
>> que a derivada é uma aproximação de uma função arbitrária por uma função
>> afim.
>> Antes disso, eu só sabia que "derivada = inclinação da reta tangente".
>>
>> Os livros também mencionam critérios de convergência de séries
>> (Dirichlet, Abel, etc.) que vêm do nada (pois foram inventados para o
>> estudo de séries de Fourier, que estes liros não abordam).
>>
>> E o principal resultado sobre convergência de séries de potências decorre
>> quase trivialmente do estudo das PGs infinitas (assunto de Ensino Médio).
>> Mas qual livro deixa isso explícito?
>>
>> E, pra terminar, poucos têm uma figura para ilustrar o teorema
>> fundamental do cálculo que, com uma figura bem feita, fica bem intuitivo.
>> No entanto, a análise na reta em geral é apresentada com um caráter
>> aritmético/algébrico, mas quase nunca geométrico.
>>
>> Obrigado pela atenção.
>>
>> []s,
>> Claudio.
>>
>> --
>> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>> acredita-se estar livre de perigo.
>
>
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
> acredita-se estar livre de perigo.

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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Questão do IME

2018-07-14 Por tôpico Vanderlei Nemitz
Muito obrigado, Claudio!
Bela solução!

Em 13 de julho de 2018 13:35, Claudio Buffara 
escreveu:

> Os prolongamentos de DM e EN se intersectam num mesmo ponto P pertencente
> a AB.
> Pra ver isso, repare que os triângulos DCM e PAM são semelhantes (razão de
> semelhança = 2).
> Idem para os triângulos EFN e PNB.
> Como, no triângulo PDE (que é isósceles), vale PM/PD = PN/PE = 1/3,
> concluímos que MN é paralelo a DE.
>
> []s,
> Claudio.
>
>
> 2018-07-13 12:13 GMT-03:00 Vanderlei Nemitz :
>
>> Sejam dois quadrados ABCD e ABEF, tendo um lado comum AB, mas não
>> situados num mesmo plano. Sejam M e N pertencentes, respectivamente, às
>> diagonais AC e BF tais que AM/AC = BN/BF = 1/3. Mostre que MN é paralelo a
>> DE.
>>
>> Alguém poderia ajudar?
>> Obrigado,
>> Vanderlei
>>
>> --
>> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>> acredita-se estar livre de perigo.
>
>
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
> acredita-se estar livre de perigo.

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[obm-l] De onde tirei o problema...

2018-07-14 Por tôpico marcone augusto araújo borges
Está com o titulo ajuda em desigualdade

Tirei de um grupo do profmat

Ainda não consegui resposta do colega sobre de onde

ele tirou a questão

Desculpe a demora da minha resposta

-- 
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 acredita-se estar livre de perigo.



Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] ensino de matemática

2018-07-14 Por tôpico Kevin Felipe Kuhl Oliveira
Tenho interesse em desenvolver algo nessa área. Havendo oportunidade, gostaria 
de ajudá-los.

Att. Kevin Kühl
Estudante de Engenharia de Computação - ICMC - USP
On 14 Jul 2018 17:14 -0300, Luiz Antonio Rodrigues , 
wrote:
> Eu também tenho interesse
> Um abraço!
> Luiz
>
> > On Wed, Jul 11, 2018, 3:12 PM Claudio Buffara  
> > wrote:
> > > Oi, Nehab:
> > >
> > > Muito obrigado pela resposta.
> > >
> > > De fato, não sei se você se lembra de mim daquela época, mas fui seu 
> > > aluno na turma IME-ITA do Impacto em 1981.
> > >
> > > Vamos ver se mais alguém se manifesta e daí combinamos algo.
> > >
> > > []s,
> > > Claudio.
> > >
> > >
> > > > 2018-07-11 13:55 GMT-03:00 Carlos Nehab :
> > > > > Bem, Claudio,
> > > > >
> > > > > A gente se conhece por essas bandas há tempos.
> > > > >
> > > > > Subscrevo suas observações e, motivado por cafezinho, chopp, e/ou  
> > > > > outras cabeças pensantes, até ousaria  complementá-las. Rsrsrs.
> > > > >
> > > > > Sim, tenho MUITO interesse em pensarmos juntos.
> > > > >
> > > > > Grande abraço
> > > > > Nehab
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > > > Em Qua, 11 de jul de 2018 12:38, Claudio Buffara 
> > > > > >  escreveu:
> > > > > > > Prezados colegas da lista:
> > > > > > >
> > > > > > > Entendo que o tema pode ser off-topic pois não trata 
> > > > > > > especificamente de problemas olímpicos, mas aqui vai de qualquer 
> > > > > > > forma...
> > > > > > >
> > > > > > > Algum de vocês se interessa pelo ensino de matemática (escolar ou 
> > > > > > > universitário)?
> > > > > > >
> > > > > > > Pergunto porque há anos tenho pensado na melhor forma de ensinar 
> > > > > > > matemática (principalmente em termos de composição do currículo e 
> > > > > > > de apresentação dos tópicos nos livros didáticos), estou 
> > > > > > > convencido de que não estamos fazendo certo, nem na escola e nem 
> > > > > > > na universidade, e gostaria de ter gente interessada pra debater 
> > > > > > > idéias e, quem sabe, elaborar algum projeto mais concreto.
> > > > > > >
> > > > > > > Em linhas gerais, discordo da ordem em que os assuntos são 
> > > > > > > abordados, na maioria dos livros.
> > > > > > > O foco é muito mais na ordem lógica (seguindo o rigor do método 
> > > > > > > axiomático, mesmo em livros pra ensino médio) sem nenhuma 
> > > > > > > preocupação:
> > > > > > > - com a motivação para os resultados que são apresentados (e, nos 
> > > > > > > ensinos fundamental e médio, quase nunca demonstrados);
> > > > > > > - com tornar estes resultados intuitivos para o estudante.
> > > > > > >
> > > > > > > Também acho que certos assuntos deveriam ser incluídos e outros 
> > > > > > > excluídos do currículo, mas este, pra mim, é um problema menor. 
> > > > > > > Pois, qualquer que seja o tópico, se for bem ensinado e 
> > > > > > > incentivar o aluno a pensar, já tá valendo.
> > > > > > >
> > > > > > > A meu ver, seria ideal se cada tópico do currículo de matemática 
> > > > > > > fosse apresentado seguindo a sequência:
> > > > > > > identificação de padrões ("patterns") ==> formulação de 
> > > > > > > conjecturas ==> demonstração destas conjecturas.
> > > > > > > Pois esta é a maneira como a matemática é criada.
> > > > > > > Mas acho que muito poucos professores estão capacitados pra 
> > > > > > > ensinar matemática deste jeito.
> > > > > > >
> > > > > > > Em particular, no Ensino Médio, a ênfase nos últimos anos tem 
> > > > > > > sido na tal contextualização, que pode ser vista em todo o seu 
> > > > > > > esplendor nas provas do Enem.
> > > > > > > O resultado disso me parece ser um retrocesso na formação 
> > > > > > > matemática dos alunos e também a disseminação da mentalidade de 
> > > > > > > que a única matemática que deve ser estudada é aquela que é usada 
> > > > > > > no dia-a-dia dos cidadãos comuns.
> > > > > > >
> > > > > > > E, na universidade, a coisa não é muito melhor, mesmo num assunto 
> > > > > > > que só é visto na graduação em matemática. a análise real.
> > > > > > > Vejam só:
> > > > > > > Os livros tratam da topologia da reta antes de conceitos tais 
> > > > > > > como compacidade e conexidade se mostrarem realmente necessários 
> > > > > > > (o que, de fato, só ocorre em dimensão > 1; na reta, quase tudo 
> > > > > > > pode ser demonstrado com base em sequências e no método da 
> > > > > > > bisseção, que são coisas bastante intuitivas, mas que quase nunca 
> > > > > > > são usadas).
> > > > > > >
> > > > > > > Limites e continuidade podem ser introduzidos também com base em 
> > > > > > > sequências, interpretando-se os epsilons como margens de erro em 
> > > > > > > aproximação.
> > > > > > >
> > > > > > > Aliás, a noção de que análise nada mais é do que uma teoria de 
> > > > > > > aproximações quase nunca é mencionada.
> > > > > > > Por exemplo, foi só estudando a análise do R^n é que eu me dei 
> > > > > > > conta de que a derivada é uma aproximação de uma função 
> > > > > > > arbitrária por uma função afim.
> > > > > > > Antes disso, eu só 

Re: [obm-l] Propriedade dos Reais

2018-07-14 Por tôpico Ralph Teixeira
Vou colocar dois argumentos:

1) MAIS LOGICO:
(x<=x)
significa
(x wrote:

> Olá, pessoal!
> Boa tarde!
> Porque dizemos que x<=x para todo x real?
> É algo que eu não consigo entender...
> Muito obrigado e um abraço!
> Luiz
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
> acredita-se estar livre de perigo.

-- 
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 acredita-se estar livre de perigo.



[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] ensino de matemática

2018-07-14 Por tôpico Luiz Antonio Rodrigues
Eu também tenho interesse
Um abraço!
Luiz

On Wed, Jul 11, 2018, 3:12 PM Claudio Buffara 
wrote:

> Oi, Nehab:
>
> Muito obrigado pela resposta.
>
> De fato, não sei se você se lembra de mim daquela época, mas fui seu aluno
> na turma IME-ITA do Impacto em 1981.
>
> Vamos ver se mais alguém se manifesta e daí combinamos algo.
>
> []s,
> Claudio.
>
>
> 2018-07-11 13:55 GMT-03:00 Carlos Nehab :
>
>> Bem, Claudio,
>>
>> A gente se conhece por essas bandas há tempos.
>>
>> Subscrevo suas observações e, motivado por cafezinho, chopp, e/ou  outras
>> cabeças pensantes, até ousaria  complementá-las. Rsrsrs.
>>
>> Sim, tenho MUITO interesse em pensarmos juntos.
>>
>> Grande abraço
>> Nehab
>>
>>
>>
>> Em Qua, 11 de jul de 2018 12:38, Claudio Buffara <
>> claudio.buff...@gmail.com> escreveu:
>>
>>> Prezados colegas da lista:
>>>
>>> Entendo que o tema pode ser off-topic pois não trata especificamente de
>>> problemas olímpicos, mas aqui vai de qualquer forma...
>>>
>>> Algum de vocês se interessa pelo ensino de matemática (escolar ou
>>> universitário)?
>>>
>>> Pergunto porque há anos tenho pensado na melhor forma de ensinar
>>> matemática (principalmente em termos de composição do currículo e de
>>> apresentação dos tópicos nos livros didáticos), estou convencido de que não
>>> estamos fazendo certo, nem na escola e nem na universidade, e gostaria de
>>> ter gente interessada pra debater idéias e, quem sabe, elaborar algum
>>> projeto mais concreto.
>>>
>>> Em linhas gerais, discordo da ordem em que os assuntos são abordados, na
>>> maioria dos livros.
>>> O foco é muito mais na ordem lógica (seguindo o rigor do método
>>> axiomático, mesmo em livros pra ensino médio) sem nenhuma preocupação:
>>> - com a motivação para os resultados que são apresentados (e, nos
>>> ensinos fundamental e médio, quase nunca demonstrados);
>>> - com tornar estes resultados intuitivos para o estudante.
>>>
>>> Também acho que certos assuntos deveriam ser incluídos e outros
>>> excluídos do currículo, mas este, pra mim, é um problema menor. Pois,
>>> qualquer que seja o tópico, se for bem ensinado e incentivar o aluno a
>>> pensar, já tá valendo.
>>>
>>> A meu ver, seria ideal se cada tópico do currículo de matemática fosse
>>> apresentado seguindo a sequência:
>>> identificação de padrões ("patterns") ==> formulação de conjecturas ==>
>>> demonstração destas conjecturas.
>>> Pois esta é a maneira como a matemática é criada.
>>> Mas acho que muito poucos professores estão capacitados pra ensinar
>>> matemática deste jeito.
>>>
>>> Em particular, no Ensino Médio, a ênfase nos últimos anos tem sido na
>>> tal contextualização, que pode ser vista em todo o seu esplendor nas provas
>>> do Enem.
>>> O resultado disso me parece ser um retrocesso na formação matemática dos
>>> alunos e também a disseminação da mentalidade de que a única matemática que
>>> deve ser estudada é aquela que é usada no dia-a-dia dos cidadãos comuns.
>>>
>>> E, na universidade, a coisa não é muito melhor, mesmo num assunto que só
>>> é visto na graduação em matemática. a análise real.
>>> Vejam só:
>>> Os livros tratam da topologia da reta antes de conceitos tais como
>>> compacidade e conexidade se mostrarem realmente necessários (o que, de
>>> fato, só ocorre em dimensão > 1; na reta, quase tudo pode ser demonstrado
>>> com base em sequências e no método da bisseção, que são coisas bastante
>>> intuitivas, mas que quase nunca são usadas).
>>>
>>> Limites e continuidade podem ser introduzidos também com base em
>>> sequências, interpretando-se os epsilons como margens de erro em
>>> aproximação.
>>>
>>> Aliás, a noção de que análise nada mais é do que uma teoria de
>>> aproximações quase nunca é mencionada.
>>> Por exemplo, foi só estudando a análise do R^n é que eu me dei conta de
>>> que a derivada é uma aproximação de uma função arbitrária por uma função
>>> afim.
>>> Antes disso, eu só sabia que "derivada = inclinação da reta tangente".
>>>
>>> Os livros também mencionam critérios de convergência de séries
>>> (Dirichlet, Abel, etc.) que vêm do nada (pois foram inventados para o
>>> estudo de séries de Fourier, que estes liros não abordam).
>>>
>>> E o principal resultado sobre convergência de séries de potências
>>> decorre quase trivialmente do estudo das PGs infinitas (assunto de Ensino
>>> Médio). Mas qual livro deixa isso explícito?
>>>
>>> E, pra terminar, poucos têm uma figura para ilustrar o teorema
>>> fundamental do cálculo que, com uma figura bem feita, fica bem intuitivo.
>>> No entanto, a análise na reta em geral é apresentada com um caráter
>>> aritmético/algébrico, mas quase nunca geométrico.
>>>
>>> Obrigado pela atenção.
>>>
>>> []s,
>>> Claudio.
>>>
>>> --
>>> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>>> acredita-se estar livre de perigo.
>>
>>
>> --
>> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>> acredita-se estar livre de perigo.
>
>
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
> 

[obm-l] Propriedade dos Reais

2018-07-14 Por tôpico Luiz Antonio Rodrigues
Olá, pessoal!
Boa tarde!
Porque dizemos que x<=x para todo x real?
É algo que eu não consigo entender...
Muito obrigado e um abraço!
Luiz

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.



Re: [obm-l] Ajuda em desigualdade

2018-07-14 Por tôpico Pedro José
Boa tarde!
Depois me apercebi que quando encontrei x=y=z, não é garantido que x=y
implica em x=z.
Portanto, falta mostrar para x=y escreveu:

> Boa noite!
>
> Ontem, num momento solitário e introspectivo, estudando um pouco de
> mitologia grega no livro de Junito Brandão, bebendo um belo e apetitoso
> vinho e a escutar John Coltrane, soprando formosuras em seu sax, veio-me
> uma inspiração. Larguei a leitura, sem deixar os demais prazeres e creio
> ter conseguido solucionar o problema. Com uma parcela bem exagerada de
> paciência e braço.
>
> *Passo 1: Cálculo das derivadas parciais.*
>
> em relação a x (não sei como fazer para símbolos no computador) Gx(x,y,z)
> = [3x^2(xy+9) - (x^3+y^3)y]/(xy+9)^2 + [3x^2(xz+9) - (x^3+z^3)z]/(xz+9)^2
>
> em relação a
> y
> Gy(x,yz) = [3y^2(xy+9) - (x^3+y^3)x]/(xy+9)^2 + [3y^2(yz+9) -
> (y^3+z^3)z]/(yz+9)^2
>
> e em relação a
> z
> Gz(x,yz) = [3z^2(xz+9) - (x^3+z^3)x]/(xz+9)^2 + [3z^2(yz+9) -
> (y^3+z^3)y]/(yz+9)^2
>
>
> *Passo 2. Achando a condição para ser um ponto crítico e um certo ponto
> crítico.*
>
> Por Lagrange Gradiente se (xo,yo,zo) é um ponto crítico: F(xo,yo,zo) = k.
> Gradiente de R(xo,yo,zo) e R(xo,yo,zo)=cte da restrição, onde R(x,y,z)= x+y
> +z e a constante é 9e F(x,y,z) é o que pretendemos minimizar.
>
> R(x,y,z) =(1,1,1) então Gx(xo,yo,zo)=Gy(xo,yo,zo)=Gz(xo,yo,zo)
>
> Gx(xo,yo,zo) - Gy(xo,yo,zo)=0.
>
> Desenvolvendo a expressão chegamos a:
>
> C1(x,y,z,) (x^3-y^3) +[ C2(x,y,z) + C3(x,y,z) + C4(x,y,z) + C5(x,y,z) ]
> (x^2-y^2) + [ C6(x,y,z) +C7(x,y,z) +C8(x,y,z) +C9(x,y,z) +C10(x,y,z) ]
> (x-y)/[(xy+9)(xz+9)(yz+9)]^2=0
>
> onde:
>
> C1(x,y,z) =  -81z(xy+9)^2
>
> C2(x,y,z) = 3(xy+9)(xz+9)^2.(yz+9)^2
> C3(x,y,z) = 27(xy+9)^2(xz+9).(yz+9)
> C4(x,y,z) = -18(xyz^2)(xy+9)^2
> C5(x,y,z) = z^6(xy+9)^2
>
> C6(x,y,z) = 3(xz+9)^2(yz+9)^2(x^3+y^3)
> C7(x,y,z) = 3(xyz)(xz+9)(yz+9)(xy+9)^2
> C8(x,y,z) = -x^2y^2z^3(xy+9)^2
> C9(x,y,z) = 18z^5(xy+9)^2
>
> Logo xo=yo atende a equação acima e xo=zo atenderá a Gx(x,y,z)=Gz(xo,yo,zo)
> Portanto pela restrição x+y+z=9 temos xo=yo=zo=3, formando um ponto
> crítico, ou seja, (3,3,3)
>
> *Passo 3. Provando que o ponto crítico é único*
>
> Agora devemos provar que é único, pois, caso contrário achar as demais
> raízes dessa equação é casca. Foi aqui que sucumbi na primeira tentativa.
> Mas conjecturando sobre o que significaria o fogo no mito de Prometeu, que
> fora trazido para os homens escondido numa férula e com esse ato enfurecido
> Zeus. Se seria simplesmente, o fogo propriamente dito ou algum conhecimento
> específico como o ensinamento das estações, de como fazer o plantio, o
> simbolismo da inteligência...Quando pensei e se para x<>y Provar que todos
> os componentes somados tem o mesmo sinal, só haverá uma raiz, pois a
> expressão total não é uma constante.
> Então como a função a ser minimizada é simétrica, basta mostrar que não
> atende para:
>
> x
> C3(x,y,z) + C4(x,y,z) > 0, pois 27(xy+9)^2.(xz+9).(yz+9) >
> 18xyz^2(xy+9)^2. Pois, 27(xz+9)(yz+9) > 18xyz^2, pela restrição do problema
> x,y,z positivos.
> C2 e C5 são positivos, então legal para o termo que multiplica (x^2-y^2).
>
> C7(x,y,z) +C8(x,y,z) >0, também é fácil, simplifica (xy+9)^2 e tem um
> termo de C7(x,y,z) que é 27xyz^2, ue já é suficiente e os outros são
> positivos.
>
> O patinho feio C1(x,y,z) é negativo.
>
> então tentei com uns termos que sobraram em (x^2-y^2), mostrar que.
>
> -(xy+9)(xz+9)^2.(yz+9)^2 (x^2-y^2) + z^6(xy+9)^2 (x^2-y^2) > 81z(xy+9)^2
> (y^3-x^3), para garantir que C1 ((x^3-y3) + (C2+C5) (x^2-y2) < 0, com sinal
> igual as demais parcelas. (x+y
>
> (x+y)(y^2-x^2) + yx^2 - xy^2 = y^3-x^3. Como 0 yx^2 portanto y3-x^3 < (x+y) (y^2-x2)
>
> Mas pela ordem assumida como premissa x+y<6, pois se x+y>=6 ==> z<=3 e
> fere a ordem da premissa.
>
> então: 81z(xy+9)^2 (y^3-x^3) < 486z(xy+9)^2 (y^2-x^2)
>
> Se provar que -[3(xy+9)(xz+9)^2.(yz+9)^2 + z^6(xy+9)^2 ](x^2-y^2) >
> 486z(xy+9)^2 (y^2-x^2) só há um ponto crítico.
>
> Dividindo por(y^2-x^2)>0, por hipótese, temos: (xy+9)(xz+9)^2.(yz+9)^2 +
> z^6(xy+9)^2 > 486z(xy+9)^2
>
> 3(xy+9)(xz+9)^2.(yz+9)^2> (-z^6+ 486z) (xy+9)^2 mas -z6+486z é monótona
> crescente para z>raizquinta(81)~2,41.
>
> Como z>3 (-z^6+ 486z) (xy+9)^2 < 729 (xy+9)^2
> Como (zx+9)>(xy+9)
> Basta provar que: 3(xz+9)(yz+9)^2 > 729, só o termo independente atende
> 2187 e os demais da esquerda são positivos.
> O ponto crítico é único.
>
> *Passo 4, FINAL. Provando que é um ponto de mínimo.*
>
> Para compor a hessiana,tentei achar a folha que tinha feito as segundas
> derivadas parciais, mas não tive sucesso. Ainda teria que calcular as
> parciais em x,y em x,z e em y,z.
>
> Então pensei:
>
> O ponto crítico é único e a função é contínua.
>
> O ponto pode ser de máximo local, mínimo local ou ponto de sela.
>
> Se for mínimo local, o valor da função aplicado em (3,3,3) que é 9 é o
> valor mínimo da função.
>
> Caso contrário haverá um limitante, menor que 9, mas não haverá solução,
> visto que o domínio dá um triângulo aberto e 

Re: [obm-l] Re: [obm-l] Questão do IME

2018-07-14 Por tôpico wagner

Brilhante!


Quoting Claudio Buffara :


Os prolongamentos de DM e EN se intersectam num mesmo ponto P pertencente a
AB.
Pra ver isso, repare que os triângulos DCM e PAM são semelhantes (razão de
semelhança = 2).
Idem para os triângulos EFN e PNB.
Como, no triângulo PDE (que é isósceles), vale PM/PD = PN/PE = 1/3,
concluímos que MN é paralelo a DE.

[]s,
Claudio.


2018-07-13 12:13 GMT-03:00 Vanderlei Nemitz :


Sejam dois quadrados ABCD e ABEF, tendo um lado comum AB, mas não situados
num mesmo plano. Sejam M e N pertencentes, respectivamente, às diagonais AC
e BF tais que AM/AC = BN/BF = 1/3. Mostre que MN é paralelo a DE.

Alguém poderia ajudar?
Obrigado,
Vanderlei

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http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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