Re: [obm-l] Re:_[obm-l]_função_de_classe_C^1

2004-06-01 Por tôpico Lista OBM
Meu caro Cláudio,
achei muito legal a forma com que você resolveu o problema, mas não consegui enteder o por quê de definir inicialmente f(0) = 0. Além disso, não consegui enteder também sua conclusão, ou seja, dada f:[a,b] - Rde classe C^1, basta considerarmos a função:
F:[0,1] - R dada por: F(x) = f(a + (b-a)x) - f(a) que recairemos no caso provado anteriormente. De fato, recaímos no caso anterior, mas o que nos garante que f(x) = g(x) + r(x), ondeg é não crescente e r é não decrescente. 

OBS.:Ao invés dedefinir h(x) = (M+1)x não seria melhor definir h(x) = Mx ? Poisassimteríamos h não descrescente e, consequentemente, k não cresecente, comopedido no problema. Isso foi só uma pergunta!!!, não sei se estou certo.Cláudio_(Prática) [EMAIL PROTECTED] wrote:




Interessante esse problema!

Suponhamos, inicialmente, que o intervalo é [0,1] e que f(0) = 0.

Como fé C^1 em [0,1], f' existe e é contínua em [0,1].
Seja g = |f'| (ou seja, g(x) = |f'(x)| para todo x em [0,1]).
Então g também é contínua em [0,1] e, portanto, atinge seu valor máximo, igual a M,nesse intervalo.
É claro que M = 0.

Seja h:[0,1] - R dada por:
h(x) = (M+1)x.
h é claramente crescente em [0,1] e h(0) = 0.

Seja k:[0,1] - R dada por:
k(x) = f(x) - (M+1)x.
k eh de classe C^1 e k(0) = 0.
Além disso, para todo x em [0,1], 
k'(x) = f'(x) - (M+1) = |f'(x)| - (M+1)  0.
Logo, k eh decrescente em [0,1].

É claro que, para todo x em [0,1], f(x) = h(x) + k(x).

Ou seja, o resultado está provado para uma funçao definida em [0,1] com f(0) = 0.

A generalização para o caso geral é fácil. 
Se f:[a,b] - R é de classe C^1, basta considerar a função:
F:[0,1] - R dada por:
F(x) = f(a + (b-a)x) - f(a)
que você recai no caso provado acima.
É claro que F é de classe C^1 em [0,1] e F(0) = 0.

[]s,
Claudio.

- Original Message - 
From: Lista OBM 
To: [EMAIL PROTECTED] 
Sent: Monday, May 31, 2004 8:50 AM
Subject: [obm-l] função de classe C^1

Gostaria de saber se alguém poderia me ajudar com o seguite problema:

Mostre que se f: [a,b] -- é de classe C^1, então f pode escrita como a soma de uma função não crescente com uma uma função não decrescente.>


Grato, Éder.


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Re: [obm-l] Re:_[obm-l]_função_de_classe_C^1

2004-06-01 Por tôpico Claudio Buffara
Title: Re: [obm-l] Re:_[obm-l]_função_de_classe_C^1



Oi, Eder:

Aqui vai uma solucao simplificada que leva em conta seus comentarios, alias, todos pertinentes.

Seja M = valor maximo atingido pela funcao |f'| no intervalo [a,b].
Obviamente, M = 0.

Seja h:[a,b] - R definida por:
h(x) = f(a) + M(x - a)
Entao:
h(a) = 0 
e 
h'(x) = M = 0, para todo x em [a,b] == h eh nao-decrescente.

Seja k:[a,b] - R definida por:
k(x) = f(x) - h(x)
Entao:
k(a) = f(a) - h(a) = f(a) 
e
k'(x) = f'(x) - h'(x) = |f'(x)| - M = M - M = 0 == k eh nao-crescente.

Alem disso, f = h + k.

[]s,
Claudio.

on 01.06.04 08:36, Lista OBM at [EMAIL PROTECTED] wrote:

Meu caro Cláudio,
achei muito legal a forma com que você resolveu o problema, mas não consegui enteder o por quê de definir inicialmente f(0) = 0. Além disso, não consegui enteder também sua conclusão, ou seja, dada f:[a,b] - R de classe C^1, basta considerarmos a função: 
F:[0,1] - R dada por: F(x) = f(a + (b-a)x) - f(a) que recairemos no caso provado anteriormente. De fato, recaímos no caso anterior, mas o que nos garante que f(x) = g(x) + r(x), onde g é não crescente e r é não decrescente. 
 
OBS.: Ao invés de definir h(x) = (M+1)x não seria melhor definir h(x) = Mx ? Pois assim teríamos h não descrescente e, consequentemente, k não cresecente, como pedido no problema. Isso foi só uma pergunta!!!, não sei se estou certo.


Cláudio_(Prática) [EMAIL PROTECTED] wrote:
Interessante esse problema!
 
Suponhamos, inicialmente, que o intervalo é [0,1] e que f(0) = 0.
 
Como f é C^1 em [0,1], f' existe e é contínua em [0,1].
Seja g = |f'| (ou seja, g(x) = |f'(x)| para todo x em [0,1]).
Então g também é contínua em [0,1] e, portanto, atinge seu valor máximo, igual a M, nesse intervalo.
É claro que M = 0.
 
Seja h:[0,1] - R dada por:
h(x) = (M+1)x.
h é claramente crescente em [0,1] e h(0) = 0.
 
Seja k:[0,1] - R dada por:
k(x) = f(x) - (M+1)x.
k eh de classe C^1 e k(0) = 0.
Além disso, para todo x em [0,1], 
k'(x) = f'(x) - (M+1) = |f'(x)| - (M+1)  0.
Logo, k eh decrescente em [0,1].
 
É claro que, para todo x em [0,1], f(x) = h(x) + k(x).
 
Ou seja, o resultado está provado para uma funçao definida em [0,1] com f(0) = 0.
 
A generalização para o caso geral é fácil. 
Se f:[a,b] - R é de classe C^1, basta considerar a função:
F:[0,1] - R dada por:
F(x) = f(a + (b-a)x) - f(a)
que você recai no caso provado acima.
É claro que F é de classe C^1 em [0,1] e F(0) = 0.
 
[]s,
Claudio.
- Original Message - 
From: Lista OBM mailto:[EMAIL PROTECTED] 
To: [EMAIL PROTECTED] 
Sent: Monday, May 31, 2004 8:50 AM
Subject: [obm-l] função de classe C^1

Gostaria de saber se alguém poderia me ajudar com o seguite problema:
 
Mostre que se f: [a,b] -- é de classe C^1, então f pode escrita como a soma de uma função não crescente com uma uma função não decrescente.
 
 
Grato, Éder.







Re: [obm-l] Re:_[obm-l]_função_de_classe_C^1

2004-06-01 Por tôpico Lista OBM
Meu caro Cláudio, essa solução ficou muito legal, mas muito legal 

mesmo. Obrigado mais uma vez.

PS.: Só uma curiosidade minha: você é aluno (ou professor) de qual 

universidade?Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED] wrote:
Oi, Eder:Aqui vai uma solucao simplificada que leva em conta seus comentarios, alias, todos pertinentes.Seja M = valor maximo atingido pela funcao |f'| no intervalo [a,b].Obviamente, M = 0.Seja h:[a,b] - R definida por:h(x) = f(a) + M(x - a)Entao:h(a) = 0 e h'(x) = M = 0, para todo x em [a,b] == h eh nao-decrescente.Seja k:[a,b] - R definida por:k(x) = f(x) - h(x)Entao:k(a) = f(a) - h(a) = f(a) ek'(x) = f'(x) - h'(x) = |f'(x)| - M = M - M = 0 == k eh nao-crescente.Alem disso, f = h + k.[]s,Claudio.on 01.06.04 08:36, Lista OBM at [EMAIL PROTECTED] wrote:
Meu caro Cláudio,achei muito legal a forma com que você resolveu o problema, mas não consegui enteder o por quê de definir inicialmente f(0) = 0. Além disso, não consegui enteder também sua conclusão, ou seja, dada f:[a,b] - R de classe C^1, basta considerarmos a função: F:[0,1] - R dada por: F(x) = f(a + (b-a)x) - f(a) que recairemos no caso provado anteriormente. De fato, recaímos no caso anterior, mas o que nos garante que f(x) = g(x) + r(x), onde g é não crescente e r é não decrescente. OBS.: Ao invés de definir h(x) = (M+1)x não seria melhor definir h(x) = Mx ? Pois assim teríamos h não descrescente e, consequentemente, k não cresecente, como pedido no problema. Isso foi só uma pergunta!!!, não sei se estou certo.Cláudio_(Prática) [EMAIL PROTECTED] wrote:
Interessante esse problema!Suponhamos, inicialmente, que o intervalo é [0,1] e que f(0) = 0.Como f é C^1 em [0,1], f' existe e é contínua em [0,1].Seja g = |f'| (ou seja, g(x) = |f'(x)| para todo x em [0,1]).Então g também é contínua em [0,1] e, portanto, atinge seu valor máximo, igual a M, nesse intervalo.É claro que M = 0.Seja h:[0,1] - R dada por:h(x) = (M+1)x.h é claramente crescente em [0,1] e h(0) = 0.Seja k:[0,1] - R dada por:k(x) = f(x) - (M+1)x.k eh de classe C^1 e k(0) = 0.Além disso, para todo x em [0,1], k'(x) = f'(x) - (M+1) = |f'(x)| - (M+1)  0.Logo, k eh decrescente em [0,1].É claro que, para todo x em [0,1], f(x)
 = h(x) + k(x).Ou seja, o resultado está provado para uma funçao definida em [0,1] com f(0) = 0.A generalização para o caso geral é fácil. Se f:[a,b] - R é de classe C^1, basta considerar a função:F:[0,1] - R dada por:F(x) = f(a + (b-a)x) - f(a)que você recai no caso provado acima.É claro que F é de classe C^1 em [0,1] e F(0) = 0.[]s,Claudio.
- Original Message - From: Lista OBM mailto:[EMAIL PROTECTED] To: [EMAIL PROTECTED] Sent: Monday, May 31, 2004 8:50 AMSubject: [obm-l] função de classe C^1Gostaria de saber se alguém poderia me ajudar com o seguite problema:Mostre que se f: [a,b] -- é de classe C^1, então f pode escrita como a soma de uma função não crescente com uma uma função não decrescente.Grato, Éder.

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Re: [obm-l] Re:_[obm-l]_função_de_classe_C^1

2004-06-01 Por tôpico Lista OBM
Meu caro Cláudio,

estava olhando com detalhes essa sua última solução e acho que há 

dois pequeníssemos erros, os quais não interferem na solução, pelo 

menos é o que acho:

Se h:[a,b] - R é definida por h(x) = f(a) + M(x - a) tem-se que h(a) = f(a) 

e não h(a) = 0 e como k:[a,b] -- R foi definida como k(x) = f(x) - h(x), 

tem-se que k(a) = f(a) - h(a) = f(a) - f(a) = 0 e não k(a) = f(a).

PS.: Acho que esses pequeníssemos errossão despresíveis em relação 

a sua bela solução, até porque nãoconsigui vê a necessidade de se

analisar os valores queh e k assumemem a.

Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED] wrote:
Oi, Eder:Aqui vai uma solucao simplificada que leva em conta seus comentarios, alias, todos pertinentes.Seja M = valor maximo atingido pela funcao |f'| no intervalo [a,b].Obviamente, M = 0.Seja h:[a,b] - R definida por:h(x) = f(a) + M(x - a)Entao:h(a) = 0 e h'(x) = M = 0, para todo x em [a,b] == h eh nao-decrescente.Seja k:[a,b] - R definida por:k(x) = f(x) - h(x)Entao:k(a) = f(a) - h(a) = f(a) ek'(x) = f'(x) - h'(x) = |f'(x)| - M = M - M = 0 == k eh nao-crescente.Alem disso, f = h + k.[]s,Claudio.on 01.06.04 08:36, Lista OBM at [EMAIL PROTECTED] wrote:
Meu caro Cláudio,achei muito legal a forma com que você resolveu o problema, mas não consegui enteder o por quê de definir inicialmente f(0) = 0. Além disso, não consegui enteder também sua conclusão, ou seja, dada f:[a,b] - R de classe C^1, basta considerarmos a função: F:[0,1] - R dada por: F(x) = f(a + (b-a)x) - f(a) que recairemos no caso provado anteriormente. De fato, recaímos no caso anterior, mas o que nos garante que f(x) = g(x) + r(x), onde g é não crescente e r é não decrescente. OBS.: Ao invés de definir h(x) = (M+1)x não seria melhor definir h(x) = Mx ? Pois assim teríamos h não descrescente e, consequentemente, k não cresecente, como pedido no problema. Isso foi só uma pergunta!!!, não sei se estou certo.Cláudio_(Prática) [EMAIL PROTECTED] wrote:
Interessante esse problema!Suponhamos, inicialmente, que o intervalo é [0,1] e que f(0) = 0.Como f é C^1 em [0,1], f' existe e é contínua em [0,1].Seja g = |f'| (ou seja, g(x) = |f'(x)| para todo x em [0,1]).Então g também é contínua em [0,1] e, portanto, atinge seu valor máximo, igual a M, nesse intervalo.É claro que M = 0.Seja h:[0,1] - R dada por:h(x) = (M+1)x.h é claramente crescente em [0,1] e h(0) = 0.Seja k:[0,1] - R dada por:k(x) = f(x) - (M+1)x.k eh de classe C^1 e k(0) = 0.Além disso, para todo x em [0,1], k'(x) = f'(x) - (M+1) = |f'(x)| - (M+1)  0.Logo, k eh decrescente em [0,1].É claro que, para todo x em [0,1], f(x)
 = h(x) + k(x).Ou seja, o resultado está provado para uma funçao definida em [0,1] com f(0) = 0.A generalização para o caso geral é fácil. Se f:[a,b] - R é de classe C^1, basta considerar a função:F:[0,1] - R dada por:F(x) = f(a + (b-a)x) - f(a)que você recai no caso provado acima.É claro que F é de classe C^1 em [0,1] e F(0) = 0.[]s,Claudio.
- Original Message - From: Lista OBM mailto:[EMAIL PROTECTED] To: [EMAIL PROTECTED] Sent: Monday, May 31, 2004 8:50 AMSubject: [obm-l] função de classe C^1Gostaria de saber se alguém poderia me ajudar com o seguite problema:Mostre que se f: [a,b] -- é de classe C^1, então f pode escrita como a soma de uma função não crescente com uma uma função não decrescente.Grato, Éder.

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Re: [obm-l] Re:_[obm-l]_função_de_classe_C^1

2004-06-01 Por tôpico Claudio Buffara
Title: Re: [obm-l] Re:_[obm-l]_função_de_classe_C^1



Tem razao! Basta por h(x) = M(x - a). 
Como eu comecei supondo que o intervalo era [0,1] e f(0) = 0, a minha h original era da forma h(x) = kx. Acho que por causa disso eu cismei que h(0) tinha que ser 0, mas isso eh claramente desnecessario.

Nada como duas cabecas pensando juntas!

[]s,
Claudio.

on 01.06.04 10:29, Lista OBM at [EMAIL PROTECTED] wrote:

Meu caro Cláudio,
 
estava olhando com detalhes essa sua última solução e acho que há 
 
dois pequeníssemos erros, os quais não interferem na solução, pelo 
 
menos é o que acho:
 
Se h:[a,b] - R é definida por h(x) = f(a) + M(x - a) tem-se que h(a) = f(a) 
 
e não h(a) = 0 e como k:[a,b] -- R foi definida como k(x) = f(x) - h(x), 
 
tem-se que k(a) = f(a) - h(a) = f(a) - f(a) = 0 e não k(a) = f(a).
 
PS.: Acho que esses pequeníssemos erros são despresíveis em relação 
 
a sua bela solução, até porque não consigui vê a necessidade de se 
 
analisar os valores que h e k assumem em a.
 


Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED] wrote:
Oi, Eder:

Aqui vai uma solucao simplificada que leva em conta seus comentarios, alias, todos pertinentes.

Seja M = valor maximo atingido pela funcao |f'| no intervalo [a,b].
Obviamente, M = 0.

Seja h:[a,b] - R definida por:
h(x) = f(a) + M(x - a)
Entao:
h(a) = 0 
e 
h'(x) = M = 0, para todo x em [a,b] == h eh nao-decrescente.

Seja k:[a,b] - R definida por:
k(x) = f(x) - h(x)
Entao:
k(a) = f(a) - h(a) = f(a) 
e
k'(x) = f'(x) - h'(x) = |f'(x)| - M = M - M = 0 == k eh nao-crescente.

Alem disso, f = h + k.

[]s,
Claudio.







Re: [obm-l] Re:_[obm-l]_função_de_classe_C^1

2004-06-01 Por tôpico Claudio Buffara
Title: Re: [obm-l] Re:_[obm-l]_função_de_classe_C^1



Foi um prazer ajudar. Eu achei o problema interessante.

Eu tenho feito uns cursos na USP como ouvinte e, se for aceito, pretendo comecar um mestrado em matematica pura lah em agosto.

E voce? O que faz?

[]s,
Claudio.

on 01.06.04 10:11, Lista OBM at [EMAIL PROTECTED] wrote:

Meu caro Cláudio, essa solução ficou muito legal, mas muito legal 
 
mesmo. Obrigado mais uma vez.
 
PS.: Só uma curiosidade minha: você é aluno (ou professor) de qual 
 
universidade? 






Re: [obm-l] Re:_[obm-l]_função_de_classe_C^1

2004-06-01 Por tôpico Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
Ao definir f(0)=0, a generalidade nao se perde pois o desenho de y=f(x) e igual ao desenho de y-a=f(x-b). Tudo nao passa de uma translaçao de eixos.Lista OBM [EMAIL PROTECTED] wrote:

Meu caro Cláudio,
achei muito legal a forma com que você resolveu o problema, mas não consegui enteder o por quê de definir inicialmente f(0) = 0. Além disso, não consegui enteder também sua conclusão, ou seja, dada f:[a,b] - Rde classe C^1, basta considerarmos a função: 
F:[0,1] - R dada por: F(x) = f(a + (b-a)x) - f(a) que recairemos no caso provado anteriormente. De fato, recaímos no caso anterior, mas o que nos garante que f(x) = g(x) + r(x), ondeg é não crescente e r é não decrescente. 

OBS.:Ao invés dedefinir h(x) = (M+1)x não seria melhor definir h(x) = Mx ? Poisassimteríamos h não descrescente e, consequentemente, k não cresecente, comopedido no problema. Isso foi só uma pergunta!!!, não sei se estou certo.Cláudio_(Prática) [EMAIL PROTECTED] wrote:




Interessante esse problema!

Suponhamos, inicialmente, que o intervalo é [0,1] e que f(0) = 0.

Como fé C^1 em [0,1], f' existe e é contínua em [0,1].
Seja g = |f'| (ou seja, g(x) = |f'(x)| para todo x em [0,1]).
Então g também é contínua em [0,1] e, portanto, atinge seu valor máximo, igual a M,nesse intervalo.
É claro que M = 0.

Seja h:[0,1] - R dada por:
h(x) = (M+1)x.
h é claramente crescente em [0,1] e h(0) = 0.

Seja k:[0,1] - R dada por:
k(x) = f(x) - (M+1)x.
k eh de classe C^1 e k(0) = 0.
Além disso, para todo x em [0,1], 
k'(x) = f'(x) - (M+1) = |f'(x)| - (M+1)  0.
Logo, k eh decrescente em [0,1].

É claro que, para todo x em [0,1], f(x) = h(x) + k(x).

Ou seja, o resultado está provado para uma funçao definida em [0,1] com f(0) = 0.

A generalização para o caso geral é fácil. 
Se f:[a,b] - R é de classe C^1, basta considerar a função:
F:[0,1] - R dada por:
F(x) = f(a + (b-a)x) - f(a)
que você recai no caso provado acima.
É claro que F é de classe C^1 em [0,1] e F(0) = 0.

[]s,
Claudio.

- Original Message - 
From: Lista OBM 
To: [EMAIL PROTECTED] 
Sent: Monday, May 31, 2004 8:50 AM
Subject: [obm-l] função de classe C^1

Gostaria de saber se alguém poderia me ajudar com o seguite problema:

Mostre que se f: [a,b] -- é de classe C^1, então f pode escrita como a soma de uma função não crescente com uma uma função não decrescente.>


Grato, Éder.


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Re: [obm-l] Re:_[obm-l]_função_de_classe_C^1

2004-06-01 Por tôpico Lista OBM
Sougraduando em Matemática e estou no 7.º semestre.

MeuCaro Cláudio, achei tão legal a solução do problemaque fiquei 

olhando-a por algum tempo e estou começando a achar outra coisa:

h:[a,b] -- R pode ser definida apenas como h(x) = Mx, pois não vejo 

porque evaluar h e k em a. Dê olhadinha pra vê se estou certo ou 

equivocado!!!
Claudio Buffara [EMAIL PROTECTED] wrote:
Tem razao! Basta por h(x) = M(x - a). Como eu comecei supondo que o intervalo era [0,1] e f(0) = 0, a minha h original era da forma h(x) = kx. Acho que por causa disso eu cismei que h(0) tinha que ser 0, mas isso eh claramente desnecessario.Nada como duas cabecas pensando juntas![]s,Claudio.on 01.06.04 10:29, Lista OBM at [EMAIL PROTECTED] wrote:
Meu caro Cláudio,estava olhando com detalhes essa sua última solução e acho que há dois pequeníssemos erros, os quais não interferem na solução, pelo menos é o que acho:Se h:[a,b] - R é definida por h(x) = f(a) + M(x - a) tem-se que h(a) = f(a) e não h(a) = 0 e como k:[a,b] -- R foi definida como k(x) = f(x) - h(x), tem-se que k(a) = f(a) - h(a) = f(a) - f(a) = 0 e não k(a) = f(a).

Re: [obm-l] Re:_[obm-l]_função_de_classe_C^1

2004-06-01 Por tôpico Claudio Buffara
Title: Re: [obm-l] Re:_[obm-l]_função_de_classe_C^1



on 01.06.04 14:42, Lista OBM at [EMAIL PROTECTED] wrote:

Sou graduando em Matemática e estou no 7.º semestre.
 
Meu Caro Cláudio, achei tão legal a solução do problema que fiquei 
 
olhando-a por algum tempo e estou começando a achar outra coisa:
 
h:[a,b] -- R pode ser definida apenas como h(x) = Mx, pois não vejo 
 
porque evaluar h e k em a. Dê olhadinha pra vê se estou certo ou 
 
equivocado!!!


Voce estah certissimo!
h(x) = Mx e k(x) = f(x) - Mx funcionam perfeitamente. 
Eu eh que involuntariamente adicionei a condicao (inocua mas desnecessaria) de que h precisava ser nao-negativa em [a,b] (alem de nao-decrescente).

Um problema relacionado: e se o dominio de f for toda a reta? Ainda vai existir uma decomposicao f = h + k, com h nao-decrescente e k nao-crescente?

[]s,
Claudio.