Re: [obm-l] Vetores e complexos etc

2007-11-19 Por tôpico Carlos Nehab




Oi, Sergio,

Como o Arthur tambm te respondeu, como sempre de forma maravilhosa,
agora voc tem duas respostas diferentes mas complementares para sua
pergunta.

Mas  engraado. Voc sacou o "meu" ponto.
O
entusiamo  realmente de adolescente quando se trata de fazer os
meninos criarem intuio sobre os conceitos
e o ferramental matemtico. S assim eu acho que criaro "jogo de
cintura" para serem bons "resolvedores de problemas" no futuro E
de fato eu abro mo
mesmo de "formalismos" na primeira (e segunda) apresentao de um
conceito novo. 

Meu entendimento (e no estou s nisto, tenho timas companhias... - o
velho Piaget e principalmente o Vigotsky - de quem sou profundo
admirador...,  que o mtodo dedutivo s pode ser
usado quando j h alguma intuio desenvolvida na cabea dos
meninos. Por isto, no tenho nenhum constrangimento de ser
"radicalmente intuitivo"... 

Mas no tenha dvidas: quando comecei (h uns 40 e tal anos) eu dava
aula para mim, no para os alunos. Tenho esta conscincia crtica. Mas
alguns anos depois (no foi to rpido como eu gostaria...) eu descobri
que tinha que dar aula para os alunos... Acho at que alguns coroas da
lista (rsrsrsrsrs) me pegaram na fase jovem narcsica (aquela em que a
gente d aula para a gente mesmo). Meu trauma foi quando pela
primeira vez tive que ensinar os "epsilons e deltas" de limites...
Caramba, quase fui linchado pelos alunos... E eles tinham razo: eu
bem que merecia um enforcamentozinho...

Mas veja, sou absolutamente favorvel ao formalismo. A questo 
apenas em que momento os meninos esto em condies de assimil-lo. 

Quanto ao produto de complexos, no h muito o que dizer de
criativo... A gente comea pela lgebra, como  de se esperar zw =
(a+bi)(c+di) etc mas o interessante  claro,  mostrar que se |w | =
1 o que voc tem  uma rotao, o que l na frente nos possibilita
matar inmeros problemas clssicos de Geometria usando complexos... 

Se voc  fissurado neste tema (como eu sou) veja possivelmente o
melhor link atual sobre isto: 
http://www.cut-the-knot.org/arithmetic/algebra/ComplexNumbersGeometry.shtml

Abrao
Nehab

PS: Acho que me deu uma certa preguia para detalhar o "acima" mas
mesmo assim acho que sua pergunta original foi respondida... Se voc
discordar, reclame...

Srgio Martins da Silva escreveu:

  
  
  
  
  Nehab,
  
  Gostei do entusiasmo pela didtica.
Aguardo o produto de complexos.
  
  Abraos,
  
  Srgio
  
-
Original Message - 
From:
Carlos Nehab 
To:
obm-l@mat.puc-rio.br 
    Sent:
Wednesday, November 14, 2007 12:05 AM
Subject:
Re: [obm-l] Vetores e complexos etc


Oi, Srgio,

Interessante a pergunta e tive um ataque maluco de prolixidade na
resposta Virou quase uma aula de introduo a como "criar intuio
sobre isto" mas j que escrevi , ai vai :-)

Ficou ENOORME  Espero que te
ajuda... e que o majordomo no me "cape"...





=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


RE: [obm-l] Vetores e complexos etc

2007-11-18 Por tôpico Luís Lopes

Sauda,c~oes, 
 
E já que estamos nisso. 
Qual a diferença entre imagem e afixo no plano de Argand-Gauss: (a,b)=a+bi é 
imagem e/ou afixo 
ou nada disso? []'s 
Luís 


From: [EMAIL PROTECTED]: [EMAIL PROTECTED]: Re: [obm-l] Vetores e complexos 
etcDate: Thu, 15 Nov 2007 14:46:34 -0200



Nehab,
 
Gostei do entusiasmo pela didática. Aguardo o produto de complexos.
 
Abraços,
 
Sérgio 
 
_
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Re: [obm-l] Vetores e complexos

2007-11-16 Por tôpico Sérgio Martins da Silva
Artur,

Gostei da perspectiva de estruturas algébricas. 

Obrigado,

Sérgio
  - Original Message - 
  From: Artur Costa Steiner 
  To: obm-l@mat.puc-rio.br 
  Sent: Wednesday, November 14, 2007 10:20 AM
  Subject: RES: [obm-l] Vetores e complexos


  A diferença  fundamental entre o plano cartesiano e o plano complexo não 
reside, na realidade, na natureza de seus componentes. Tanto os elementos de 
R^2 como os elementos dos complexos C são pares ordenados de números reais. Ate 
aí, não há absolutamente nenhuma diferença. 

  A diferenca aparece quando deixamos de considera-los apenas como conjuntos e 
passamos a considera-los como estruturas algebricas. O R^2 eh um espaco 
vetorial sobre o corpo dos reais, mas o R^2, com a estrutura algebrica nele 
definida, nao eh um corpo, Nao podemos dois multiplicar elementos de R^2 e 
obter outro elemento de R^2. O chamado produto escalar, ou interno, nao atende 
a esta condicao. Nem o chamado produto vetorial, geralmente definido em R^3, na 
Fisica, e muito usado na mecanica e no eletromagnetismo.

  Mas, quando equipamos R^2 com as operacoes de soma e multiplicacao, definidas 
por (a ,b) + (c , d) = (a +b, c + d)  e (a ,b) * (c , d) = ((ac - bd) ,  (ad + 
bc)), obtemos um corpo. A estrutura algebrica conhecida como corpo e que 
satisfaz a todos os axiomas que a definem. 

  Assim, vistos meramente como conjuntos, R^2 e C sao identicos. Mas vistos 
como estruturas algebricas, sao diferentes. 

  De forma rigorosa, ao nos referrimos ao corpo dos complexos, nao deveriamos  
escrever apenas C, mas sim (C, + , *), para siginificar um corpo com relacao as 
operacoes de adicao e multiplicacao anteriormente citadas. Uma terna composta 
pelo conjunto C, formado pelos pares de reais, pela operacao + e pela operacao 
*, jah citadas. Mas, por uma questao de simplicidade, escreve-se apenas C, 
estando subentendida estrutura de corpo e as operacoes + e *.. 

  Eh usual representar-se o elemento de C de parte real a e parte imaginaria b 
por a + bi, e nao por (a, b). Mas eh a mesma coisa. Isso dah aos complexos um 
sentido mais de numero e podemos entao dizer que os reais sao subconnjunto (ou 
melhor, sub corpo) de C, formado pelos elementos com parte imaginaria nula. 

  Matematicamente, hah um isomorfismo entre o conjunto dos pares (a, b) e os 
numeros a + bi, o qual identifica um conjunto com o outro. Por exemplo, o real 
1 eh identificado com (1,0) e i é identificado com (0 , 1). Em um bom livro de 
algebra voce acha estes conceitos.

  Artur   
-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED] nome de colombo
Enviada em: terça-feira, 13 de novembro de 2007 21:08
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Assunto: Re: [obm-l] Vetores e complexos


Não tem nenhuma diferença, a única coisa que muda é que quando estamos no 
plano complexo podemos multiplicar os vetores (a,b)(c,d), o que não existia no 
plano cartesiano. E lógico quando podemos multiplicar os vetores, dizemos que 
estamos multiplicando números complexos. 
t+
Jones


On Nov 13, 2007 1:12 PM, Sérgio Martins [EMAIL PROTECTED] wrote:

  Colegas,

  Qual a diferença do plano cartesiano para o plano complexo, ou seja, 
entre (a,b) representando um vetor e um número complexo? 

  Um abraço,

  Sérgio 



Re: [obm-l] Vetores e complexos etc

2007-11-15 Por tôpico Sérgio Martins da Silva
Nehab,

Gostei do entusiasmo pela didática. Aguardo o produto de complexos.

Abraços,

Sérgio
  - Original Message - 
  From: Carlos Nehab 
  To: obm-l@mat.puc-rio.br 
  Sent: Wednesday, November 14, 2007 12:05 AM
  Subject: Re: [obm-l] Vetores e complexos etc


  Oi, Sérgio,

  Interessante a pergunta e tive um ataque maluco de prolixidade na 
resposta  Virou quase uma aula de introdução a como criar intuição sobre 
isto mas já que escrevi , ai vai  :-)

  Ficou ENOORME   Espero que te ajuda...  e que o majordomo não me 
cape...



RES: [obm-l] Vetores e complexos

2007-11-14 Por tôpico Artur Costa Steiner
A diferença  fundamental entre o plano cartesiano e o plano complexo não 
reside, na realidade, na natureza de seus componentes. Tanto os elementos de 
R^2 como os elementos dos complexos C são pares ordenados de números reais. Ate 
aí, não há absolutamente nenhuma diferença. 
 
A diferenca aparece quando deixamos de considera-los apenas como conjuntos e 
passamos a considera-los como estruturas algebricas. O R^2 eh um espaco 
vetorial sobre o corpo dos reais, mas o R^2, com a estrutura algebrica nele 
definida, nao eh um corpo, Nao podemos dois multiplicar elementos de R^2 e 
obter outro elemento de R^2. O chamado produto escalar, ou interno, nao atende 
a esta condicao. Nem o chamado produto vetorial, geralmente definido em R^3, na 
Fisica, e muito usado na mecanica e no eletromagnetismo.
 
Mas, quando equipamos R^2 com as operacoes de soma e multiplicacao, definidas 
por (a ,b) + (c , d) = (a +b, c + d)  e (a ,b) * (c , d) = ((ac - bd) ,  (ad + 
bc)), obtemos um corpo. A estrutura algebrica conhecida como corpo e que 
satisfaz a todos os axiomas que a definem. 
 
Assim, vistos meramente como conjuntos, R^2 e C sao identicos. Mas vistos como 
estruturas algebricas, sao diferentes. 
 
De forma rigorosa, ao nos referrimos ao corpo dos complexos, nao deveriamos  
escrever apenas C, mas sim (C, + , *), para siginificar um corpo com relacao as 
operacoes de adicao e multiplicacao anteriormente citadas. Uma terna composta 
pelo conjunto C, formado pelos pares de reais, pela operacao + e pela operacao 
*, jah citadas. Mas, por uma questao de simplicidade, escreve-se apenas C, 
estando subentendida estrutura de corpo e as operacoes + e *.. 
 
Eh usual representar-se o elemento de C de parte real a e parte imaginaria b 
por a + bi, e nao por (a, b). Mas eh a mesma coisa. Isso dah aos complexos um 
sentido mais de numero e podemos entao dizer que os reais sao subconnjunto (ou 
melhor, sub corpo) de C, formado pelos elementos com parte imaginaria nula. 
 
Matematicamente, hah um isomorfismo entre o conjunto dos pares (a, b) e os 
numeros a + bi, o qual identifica um conjunto com o outro. Por exemplo, o real 
1 eh identificado com (1,0) e i é identificado com (0 , 1). Em um bom livro de 
algebra voce acha estes conceitos.
 
Artur   

-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED] nome de colombo
Enviada em: terça-feira, 13 de novembro de 2007 21:08
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Assunto: Re: [obm-l] Vetores e complexos


Não tem nenhuma diferença, a única coisa que muda é que quando estamos no plano 
complexo podemos multiplicar os vetores (a,b)(c,d), o que não existia no plano 
cartesiano. E lógico quando podemos multiplicar os vetores, dizemos que estamos 
multiplicando números complexos. 
t+
Jones


On Nov 13, 2007 1:12 PM, Sérgio Martins  [EMAIL PROTECTED] wrote:


Colegas,
 
Qual a diferença do plano cartesiano para o plano complexo, ou seja, entre 
(a,b) representando um vetor e um número complexo? 
 
Um abraço,

 
Sérgio 




[obm-l] Vetores e complexos

2007-11-13 Por tôpico Sérgio Martins
Colegas,

Qual a diferença do plano cartesiano para o plano complexo, ou seja, entre
(a,b) representando um vetor e um número complexo?

Um abraço,

Sérgio


Re: [obm-l] Vetores e complexos

2007-11-13 Por tôpico colombo
Não tem nenhuma diferença, a única coisa que muda é que quando estamos no
plano complexo podemos multiplicar os vetores (a,b)(c,d), o que não existia
no plano cartesiano. E lógico quando podemos multiplicar os vetores, dizemos
que estamos multiplicando números complexos.
t+
Jones

On Nov 13, 2007 1:12 PM, Sérgio Martins [EMAIL PROTECTED] wrote:

 Colegas,

 Qual a diferença do plano cartesiano para o plano complexo, ou seja, entre
 (a,b) representando um vetor e um número complexo?

 Um abraço,

 Sérgio



Re: [obm-l] Vetores e complexos etc

2007-11-13 Por tôpico Carlos Nehab




Oi, Srgio,

Interessante a pergunta e tive um ataque maluco de prolixidade na
resposta Virou quase uma aula de introduo a como "criar intuio
sobre isto" mas j que escrevi , ai vai :-)

Ficou ENOORME  Espero que te
ajuda... e que o majordomo no me "cape"...

0) No fundo no fundo, um "par de eixos"  um
belo artifcio para modelar inmeros objetos ou situaes em matemtica
(e fsica, etc), que ajudam um bocado a gente. Vamos a seu primeiro
exemplo, o Plano Cartesiano... (no fundo voc falou pelo menos em 3
abstraes: plano cartesiano, vetores e complexos... vamos devagar...

1) Primeiro pensemos no problema de posicionar um ponto em um plano,
usando os dois eixos como "referenciais" (como poderamos estar
interessados em posicionar um ponto na Terra, atravs da longitude e
latitude; ou a posio de uma casa no jogo de batalha naval, etc). Ai,
 claro, que dois nmeros (a tal da abscissa e da ordenada) resolvem
adequadamente esta situao.

Ento conseguimos associar (biunivocamente) um ponto do plano a um par
de nmeros e reciprocamente (sem entrar no merito - nem agora nem
depois - , que a reta e os reais so amiguinhos).  Veja que,
concretamente, um ponto (uma abstrao geomtrica) no tem NADA,
absolutamente NADA que haver com um par de nmeros (outra abstrao),
mas esta "identificao" nos pemite trabalhar em dois "ambientes"
diferentes e nos permite associar, portanto, conjunto de pares de
nmeros a um conjunto de pontos do plano (que no fundo  uma figura -
ou seja, um objeto da geometria)
Portanto, associamos pares de nmeros a figura da geometria plana.

2) Vejamos, agora outra associao. Dada uma "relao real - uma equao ou inequao"
envolvendo duas variveis, por exemplo, y = 2x + 1, podemos imaginar
que ela  verdadeira para vrios pares de nmeros x e y e como j
pensamos em pares de nmeros reais h pouco, poderamos ento imaginar
que o conjunto soluo desta "relao"  identificvel com um conjunto
de pontos do plano... Ento, olha que genial: conseguimos (viva
Descartes etc) associar um conjunto de pontos do plano (uma figura
geomtrica) a uma equao (uma outra abstrao)... Da, "olhamos"
para a equao x^2 + y^2 = 1 e "vemos" uma
circunferncia. No  brbaro a naturalidade com que fazemos isto sem
muitas vezes perceber a brutal abstrao envolvida ? Ah, adoraria que
todos os profesores do mundo percebessem como isto  um novo paradigma
para o(a)s menino(a)s de 7a e 8a srie (agora 8a e 9a)... No  a toa
que neguinho chega no segundo grau - muitas vezes no vestiba - , e no
consegue entender NADA, mas NADA de NADA de NDA de geometria
analitica... Foram maltratados l no
incio... e tambm no fim :-)
.
3) Vetorzinhos da Fsica...
A gente aprende que um vetor fica definido quando conhecemos sua
direo, sentido e mdulo. Bem, ai adoraramos que as setinhas nos
ajudassem (pois setinhas possuem tamanho, direo e sentido...).  Mas
uma setinha de um ponto A a um ponto B NO  um vetor.  Verdade que
outras setinhas tambm podem ter o mesmo mdulo direo e sentido e
ento um vetor  identificado com o conjunto das setinhas bl, bl, bl
(ta uma boa oportunidade para falar em relaes de equivalncia -
entre setinhas, etc, etc) 
 
Ento, podemos imaginar que  til pr caramba representar um vetor de
tal mdulo, direo e sentido por uma setinha na origem de um sistema
de eixos (ortogonais). A, d para perceber que suas projees sobre
os eixos coincidem com as coordenadas do ponto extremo da setinha
anterior... (um pulo do gato!).

Ento ficou interessante identificarmos um vetor por um par de nmeros
que representam suas projees sobre os dois eixos e ao mesmo tempo tal
par de numeros seria (tambm) o ponto extremidade da setinha de origem
na origem e que o representa Depois, o professor de Fsica nos
ensina como somar vetores, subtrair e a gente fica feliz da vida pois
descobrimos que basta somar ou subtaris as componentes dos dois vetores
que obtemos o vetor soma. Ou seja, descobrirmos que  til imaginar
que estamos somando e subtraindo pares de nmeros reais pois isto 
MUITO til para a Fsica

Ento, os pares de nmeros que antes serviam para "localizar" um ponto no plano, tiveram outra funcionalidade.
Quando imaginamso que os pares de nmeros representam vetores do plano
(suas componentes) j botamos as manguinas de fora e estamos somando e
subtarindo pares de nmeros reais PORQUE  TILpelo menos pros
nossos vetorzinhos...

Mas ai (para no me alongar quase 
infinitamente...) a Fsica vem com o papo que  interessante calcular
a projeo de um vetor u = (u1, u2) sobre outro vetor v = (v1, v2), por
exemplo, onde u1 e v1 so as projees de u e v sobre Ox e u2 e v2
sobre Oy. Ai a gente percebe que a conta a fazer  |u|.
cos alfa, onde alfa  o ngulo entre u e v... e esta conta d u1.v1 +
u2.v2  que a Fsica (e ns tambm) adoramos chamar de produto escalar
de dois vetores(usando a lei dos cosenos a gente mostra isto).

Ento, os tadinhos dos pares de pontos que comearam apenas sendo uma
forma til de localizar pontos no plano, alm de j terem sido
"somados" e