Re: [obm-l] corpo ordenado completo

2003-01-18 Por tôpico Rogerio Fajardo
Só um pequeno comentário (atrasado, pois só hoje vi esse e-mail), Elon 
axiomatizou a existência de um corpo ordenado completo para não ter que 
discutir a construção de um. Ele axiomatizou que existe um, chamou-o de 
números reais, e depois mostrou que todos os corpos ordenados completos são 
isomorfos. A vantagem de construir um corpo ordenado completo (e não 
axiomatizar sua existência) como mostrou Johann em sua resposta a esse 
e-mail, é mostrar a existência de um c.o.c. assumindo apenas axiomas muito 
básicos da teoria dos conjuntos, evitando acrescentar um novo axioma.

Rogério






From: Bruno Lima [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: OBM lISTA [EMAIL PROTECTED]
Subject: [obm-l] corpo ordenado completo
Date: Tue, 7 Jan 2003 20:29:13 -0300 (ART)


No livro do Elon, Curso de analise vol1, no cap 3 ele enuncia o seguinte 
axioma:

 Existe um corpo ordenado completo  , pra mim isso nao tem cara de 
axioma. Nao da pra provar esse fato ?? Ou seja, provar que o conjunto dos 
reais 'e corpo ordenado completo??



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Re: [obm-l] Axioma da Escolha

2002-09-18 Por tôpico Rogerio Fajardo

Realmente, parece que eu gerei mais polêmica do que esperava. Vou indicar um 
site que explica muito bem o Axioma da Escolha - seu enuniado, aplicações e 
discussões filosóficas a respeito de seu uso. O site é: 
http://math.vanderbilt.edu/~schectex/ccc/choice.html


From: Jose Francisco Guimaraes Costa [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: obm-l [EMAIL PROTECTED]
Subject: [obm-l] Axioma da Escolha
Date: Tue, 17 Sep 2002 15:18:29 -0300

Nos últimos dias o assunto mais tratado aqui neste forum vem sendo o Axioma
da
Escolha.

Alguém poderia fornecer o enunciado e um pequeno histórico dele?

JF

-Mensagem Original-
De: Rogerio Fajardo [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED]
Enviada em: Terça-feira, 17 de Setembro de 2002 13:30
Assunto: RE: [obm-l] Axioma da Escolha


  A maneira usual de fazer infinitas escolhas sem usar o axioma da escolha 
é
(...)


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RE: [obm-l] Axioma da Escolha

2002-09-17 Por tôpico Rogerio Fajardo

A maneira usual de fazer infinitas escolhas sem usar o axioma da escolha é 
conseguir uma propriedade que escolhe um elemento de cada conjunto. Por 
exemplo, os racionais são enumeráveis. Em particular, podem ser bem 
ordenados. De fato, podemos escrever essa boa ordem (a lexicográfica, por 
exemplo). Para escolhermos elementos de infinitos conjuntos de racionais, 
basta pegarmos o menor elemento de cada conjunto. Esse tipo de demonstração 
é construtiva, no sentido de que essa escolha não foi feita ao acaso, mas 
obedecendo uma regra explícita.

É claro, como voce ressaltou, o construtivismo não aceita princípios e 
teoremas tidos como fundamentais na matemática. A fim de eliminar algumas 
coisas estranhas da matemática, criou outras mais estranhas ainda. Trata-se 
apenas de uma forma de matemática que não é a mais usual, mas em algum 
momento pode até ser útil. Hoje há quase um consenso em aceitar o axioma da 
escolha. Mas, para alguns, um teorema que não depende do axioma da escolha 
pode ter um status maior do que os outros. Existem muitos trabalhos 
relacionados a independência em Teoria dos Conjuntos que mostram o que seria 
possível sem o axioma da escolha.


From: Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: RE: [obm-l] Axioma da Escolha
Date: Fri, 13 Sep 2002 23:45:41 -0700

  Apenas lembrando, porque costuma-se realçar quando se usa o axioma da
  escolha, há uma corrente filosófica de matemáticos que não aceitam o
  axioma
  da escolha: os construtivistas (ou, mais geralmente, os
intuicionistas). O
  axioma da escolha nos garante a existência de objetos que não podemos
  determinar quem, exatamente, ele é. Esse tipo de coisa os
construtivistas
  não aceitam, pois de que serve saber que existe alguma coisa que nunca
  saberemos quem é, ou onde está? O teorema de Weierstrass, que diz que
toda
  função real contínua sobre um intervalo fechado assume máximo, não é
  aceita
  pelos construtivistas, pois não podemos exibir esse ponto de máximo.
[Artur Costa Steiner]

Ms este teorema é um dos mais importantes da matemática
  Por
  outro lado não podemos dizer que não existe ponto de máximo, pois isso
  seria
  garantir que todos os pontos não são de máximo, o que não devemos
  assegurar.
  Por isso na lógica intuicionista A ou não A pode ser falso, e A não
é
  equivalente a não não A.
[Artur Costa Steiner]

Acho que é também importante lembrar que muitas provas na matemática
basiam-se em infinitas escolhas. Por exemplo, várias das provas dos
teoremas ligados à  compaticidade de espaços métricos enquadram-se nesta
categoria, como o que afirma que S é compacto === S é sequencialmente
compacto. Parece-me que estas provam usam o axioma da escolha. E ninguém
as questiona.

 ,
 Todas essas complicações geradas pelo construtivismo fizeram que
esse
  caísse um pouco no esquecimento. Hoje parece que há poucos matemáticos
  construtivistas. Mas devemos nos lembrar que o argumento central que
gerou
  o
  construtivismo faz sentido. Realmente, podemos pensar o que fazemos
com
  coisas obtidas não construtivamente. Enfim, há sempre uma fagulha de
  construtivista em nós. É certo que os mais radicais não admitem nem
prova
  por absurdo, mas o axioma da escolha já seria o maior crime que se
poderia
  cometer contra o construtivismo. Por isso, nas demonstrações, é sempre
bom
  ressaltar o que é construtivo e o que não é. Por exemplo, o Paradoxo
de
  Banach-Tarski, sobre a duplicação da esfera, citada pelo Paulo, é
  não-construtiva.
  Sobre o problema da violência, resta um consolo: se o conjunto dos
  bandidos, dado pelo problema, já estiver bem ordenado (por exemplo, se
é
  enumerável), não precisamos do axioma da escolha, e não cometeremos
uma
  violência contra os intuicionistas. O difícil vai ser achar bandidos
bem
  ordenados...
 
[Artur Costa Steiner]
Quando podemos fazer infinitas escolhas sem usar o axioma da escolha?
Sempre que tivermos conjuntos bem ordenados? Por exemplo, se fizermos
infinitas escolhas em infinitos subconjuntos dos racionais, então não
precisamos do axioma?

Artur
 

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Re: [obm-l] violencia

2002-09-09 Por tôpico Rogerio Fajardo

Olá, Vinicius

  Cada vez que voce retira um elemento de C e coloca em R, na verdade voce 
mudou o conjunto C. Ou seja, cada escolha que voce fez, no processo 
indutivo, foi sobre um conjunto diferente. É semelhante a demonstração de 
que todo conjunto infinto possui um subconjunto enumerável, em que, dado um 
conjunto V, construímos indutivamente um conjunto S colocando nele, a cada 
passo, um elemento de V que não está em S, usando o Axioma da Escolha


From: Vinicius José Fortuna [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: [obm-l] violencia
Date: Sun, 8 Sep 2002 18:41:45 -0300

Oi Rogério
Acho que não saquei. Em que momento foi utilizado o axioma da escolha? Eu
nem tinha infinitos conjuntos! Apenas conjuntos infinitos.

Até mais

Vinicius

- Original Message -
From: Rogerio Fajardo [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Sunday, September 08, 2002 2:17 PM
Subject: Re: [obm-l] violencia


  É bom notar que essa solução usa o axioma da escolha (de infinitos
conjuntos
  não-vazios, escolhemos um elemento de cada). É essencial o axioma da
escolha
  para resolvê-lo?
 
 
  From: Vinicius José Fortuna [EMAIL PROTECTED]
  Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
  To: [EMAIL PROTECTED]
  Subject: Re: [obm-l] violencia Date: Sat, 7 Sep 2002 23:44:58 -0300
  
  - Original Message -
  From: Fernanda Medeiros [EMAIL PROTECTED]
  To: [EMAIL PROTECTED]
  Sent: Saturday, September 07, 2002 8:45 PM
  Subject: [obm-l] violencia
  
  
Olá,
alguém pode dar uma ajuda nestas questões?
1.a)uma gang tem infinitos bandidos e cada um dos meliantes tem um
  único
inimigo no interior da gang,que ele quer matar.Prove q é possivel
  reunir
uma quantidade infinita de bandidos desta gang, semq  haja  o 
risco
de
  q
um bandido mate outro durante a reunião.
  
  Pense no seguinte algoritmo:
  Temos o conjunto C de candidatos à reunião que inicialmente contém 
todos
os
  infinitos bandidos da gangue.
  Temos o conjunto R de bandidos selecionados para a reunião que
inicialmente
  está vazio.
  
  A cada passo do algoritmo procuramos em C alguém que não que matar
ninguém
  de R e ninguém em R quer matá-lo.
  Seja M o subconjunto de C de bandidos que pelo menos um de R quer 
matar.
  Como cada bandido de R só quer matar um, |M|=|R|
  Então, como R é finito, M será finito e V=C-M será infinito, pois C é
  infinito.
  V será o subconjunto de C dos bandidos que ninguém de R quer matar.
  Em V procuramos um bandido que não quer matar ninguém de R, retiramos 
ele
  de
  C, o inserimos em R e repete-se o processo.
  
  Se sempre for possível encontrar tal bandido, o processo se repetirá
  indefinidamente e com R sempre crescendo. Assim teremos infnitos 
bandidos
  na
  reunião sem derramamento de sangue.
  
  Se em algum momento não for possível encontrar um bandido em V, é 
porque
  todos os bandidos de V querem matar alguém de R. Ou seja, ninguém de V
quer
  matar outro de V. Pegamos, então, V como o conjunto de bandidos para a
  reunião. Como V é infinito, teremos infinitos participantes na reunião.
  
b)Se cada bandido tiver um nº finito mas indefinido de inimigos(um
  bandido
pode ter 2 inimigos, outro somente 1, um terceiro pode ter 20 e 
assim
  por
diante).Será sempre possivel promover uma reunião com infinitos
bandidos
  sem
risco de derramamento de sangue?
  Não é possível. Existe um contra-exemplo:
  Ordene os bandidos formando uma sequência. Imagine que cada bandido 
quer
  matar todos que vêm antes dele na sequência. Nunca poderemos ter dois
  bandidos 'a' e 'b' na reunião, pois ou a vem antes de b, ou b vem antes
de,
  assim haverá um que vai querer matar o outro. Então só poderemos ter um
  bandido na reunião.
  
  Até mais
  
  Vinicius Fortuna
  IC-Unicamp


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Re: [obm-l] violencia

2002-09-08 Por tôpico Rogerio Fajardo

É bom notar que essa solução usa o axioma da escolha (de infinitos conjuntos 
não-vazios, escolhemos um elemento de cada). É essencial o axioma da escolha 
para resolvê-lo?


From: Vinicius José Fortuna [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: [obm-l] violencia Date: Sat, 7 Sep 2002 23:44:58 -0300

- Original Message -
From: Fernanda Medeiros [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Saturday, September 07, 2002 8:45 PM
Subject: [obm-l] violencia


  Olá,
  alguém pode dar uma ajuda nestas questões?
  1.a)uma gang tem infinitos bandidos e cada um dos meliantes tem um 
único
  inimigo no interior da gang,que ele quer matar.Prove q é possivel 
reunir
  uma quantidade infinita de bandidos desta gang, semq  haja  o risco de 
q
  um bandido mate outro durante a reunião.

Pense no seguinte algoritmo:
Temos o conjunto C de candidatos à reunião que inicialmente contém todos os
infinitos bandidos da gangue.
Temos o conjunto R de bandidos selecionados para a reunião que inicialmente
está vazio.

A cada passo do algoritmo procuramos em C alguém que não que matar ninguém
de R e ninguém em R quer matá-lo.
Seja M o subconjunto de C de bandidos que pelo menos um de R quer matar.
Como cada bandido de R só quer matar um, |M|=|R|
Então, como R é finito, M será finito e V=C-M será infinito, pois C é
infinito.
V será o subconjunto de C dos bandidos que ninguém de R quer matar.
Em V procuramos um bandido que não quer matar ninguém de R, retiramos ele 
de
C, o inserimos em R e repete-se o processo.

Se sempre for possível encontrar tal bandido, o processo se repetirá
indefinidamente e com R sempre crescendo. Assim teremos infnitos bandidos 
na
reunião sem derramamento de sangue.

Se em algum momento não for possível encontrar um bandido em V, é porque
todos os bandidos de V querem matar alguém de R. Ou seja, ninguém de V quer
matar outro de V. Pegamos, então, V como o conjunto de bandidos para a
reunião. Como V é infinito, teremos infinitos participantes na reunião.

  b)Se cada bandido tiver um nº finito mas indefinido de inimigos(um 
bandido
  pode ter 2 inimigos, outro somente 1, um terceiro pode ter 20 e assim 
por
  diante).Será sempre possivel promover uma reunião com infinitos bandidos
sem
  risco de derramamento de sangue?
Não é possível. Existe um contra-exemplo:
Ordene os bandidos formando uma sequência. Imagine que cada bandido quer
matar todos que vêm antes dele na sequência. Nunca poderemos ter dois
bandidos 'a' e 'b' na reunião, pois ou a vem antes de b, ou b vem antes de,
assim haverá um que vai querer matar o outro. Então só poderemos ter um
bandido na reunião.

Até mais

Vinicius Fortuna
IC-Unicamp


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Re: [obm-l] LATEX

2002-07-12 Por tôpico Rogerio Fajardo

Eu tive que aprender a usar o LaTeX em 3 dias. Para isso, peguei na 
biblioteca da faculdade o livro de Leslie Lamport LaTeX: A document 
Preparation System. É uma das referências para aprender LaTeX, e é bem 
objetivo e simples de entender. Eu o recomendo.


From: Nandinha - IG [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: [obm-l] LATEX
Date: Fri, 12 Jul 2002 09:15:56 -0300


   OI Gente..
   Preciso aprender URGENTEMENTE a usar o LATEX.
   Alguem poderia me ensinar ou indicar algum site q ensine a usar esse 
programa?
   Abraços
   Nandinha




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[obm-l] Re:

2002-05-24 Por tôpico Rogerio Fajardo


Sendo r o raio da Terra (ou da bola), o comprimento da terra é de 2pi*r. 
Aumentando em 1, o comprimento passa a ser 2pi*r+1. O raio dessa corda passa 
a ser (2pi*r+1)/2pi. Logo, a diferença dos raios é de
r+1/2pi-r=1/2pi, independente se r é o raio da Terra ou da bola!

From: Adherbal Rocha Filho [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Date: Sun, 19 May 2002 11:51:23 +


  mais um probleminha:
suponha q a Terra eh uma esfera e que uma corda está amarrada ao redor da
linha do equador.Agora suponha que esta corda eh aumentada em um metro
,formando uma circunferencia maior,qual será a distancia entre a superficie
da Terra e a corda? E se eu fizesse o mesmo pra uma bola de futebol,qual
seria a distancia?

valeu!
[]´s
Adherbal


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Re: [obm-l] Problemão que circulou em outra lista

2002-05-10 Por tôpico Rogerio Fajardo


Alguém já sabe a solução deste problema? Não consegui fazer e estou 
curioso, pois não me parece ter solução.
Pelo que percebi, cada vez que um fala Não sei, ele dá uma dica para o 
outro. Isto significa que, em cada instante, dependendo do número que ele 
estivesse pensando, poderia saber. Por exemplo, se o Sr. P soubesse que o 
produto era 121, quando o Sr. S disse que a soma é menor que 99, ele já 
mataria o problema, pois 121=121*1 ou 121=11*11, e não há outra opção. 
Sabendo que a soma é menor que 99, ele já eliminaria a primeira opção e 
saberia quais eram os números.
Quando Sr. P disse Eu não sei, o Sr. S já percebeu que os números
não podiam ser dois primos cujo produto era maior ou igual a 98, pois, se 
fosse, pelo argumento acima o Sr. P resolveria o problema. Mas, mesmo assim, 
Sr. S não resolveu o problema, e diss Eu não sei. Se o problema tem 
solução, isso significa que, dependendo da soma que o Sr. S conhecesse, ele 
teria dito Eu sei. A pergunta é: para quais números ele mataria o problema 
só do Sr. P dizer: Eu não sei? Para mim, isso paree não ter solução, pois 
as possibilidades para a soma são muitas, ao contrário do produto.

From: Marcos Melo [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: obm-l [EMAIL PROTECTED]
Subject: [obm-l] Problemão que circulou em outra lista
Date: Thu, 25 Apr 2002 20:46:21 -0200

Para o caso de não ter circulado por esta lista:

*** Texto do Problema *
Dois amigos se encontram. Um tem o produto de dois numeros (Sr. P) e
o outro
tem a soma dos dois numeros (Sr. S). Nenhum dos dois sabe quais sao
os
numeros. Entao eles desenvolvem o seguinte dialogo:

Sr. S: A soma eh menor que 99.
Sr. P: Deste jeito, eu nao sei quais sao os numeros.
Sr. S: Entao eu tambem nao sei quais sao os numeros.
Sr. P: Se voce nao sabe ainda, eu tambem nao sei.
Sr. S: Como voce nao sabe, eu tambem nao sei.

Sr. P: Agora, eu sei quais sao os numeros.
Sr. S: Eu tambem sei.

Quais sao os numeros?
*

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Re: [obm-l] Re: [obm-l] Filosófica...

2002-04-20 Por tôpico Rogerio Fajardo


A luz também não é matéria? Se o universo duplicar de tamanho, os fótons da 
luz também duplicam de tamanho, e sua velocidade também. Isso é o que eu 
acho, não entendo muito de física. Mas de qualquer forma, antes de tentar 
responder a essa pergunta (ou concluir que ela é indecidível, como eu e o 
Ricardo Miranda), devemos definir uma coisa: O que é tamanho? Imagino que é 
necessário um referencial. Se todo o universo duplicar de tamanho, como fica 
o referencial? Pelo pouco que sei de física, o referencial é baseado na 
própria velocidade da luz. Nesse caso, dizer que o universo duplicou de 
tamanho é absolutamente a mesma coisa que dizer que a velocidade da luz 
reduziu pela metade. Neste caso, sua resposta estaria certo. Mas qual seria 
o referencial do tempo?

 Rogério

From: Vinicius José Fortuna [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: [obm-l] Re: [obm-l] Filosófica...
Date: Fri, 19 Apr 2002 22:28:36 -0300

Veja quantos metros a luz anda em um segundo.
Constataremos que a velocidade da luz caiu para a metade do que 
conhecíamos!

Será que essa resposta serviu?

Vinicius Fortuna

- Original Message -
From: Rafael WC [EMAIL PROTECTED]
To: OBM [EMAIL PROTECTED]
Sent: Friday, April 19, 2002 5:38 PM
Subject: [obm-l] Filosófica...


  Com a informação de que tudo no universo tinha
  duplicado de tamanho no decorrer da noite passada,
  como se poderia verificar a veracidade de tal
  informação?
 
  Alguém se arrisca???
 
  Rafael.
 
  =
  Rafael Werneck Cinoto
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Re: [obm-l] Filosófica...

2002-04-19 Por tôpico Rogerio Fajardo


Eu me arrisco a responder essa pergunta com a idéia de teoria dos modelos da 
matemática. Não tem como constatar se o universo duplicou de tamanho ou não. 
Logo voce pode admitir que isso seja verdadeiro ou falso, sem chegar a 
contradição. Assim como a hipótese do contínuo é indepente da teoria dos 
conjuntos, i.e., podemos aceitá-la como verdadeira ou falso sem chegar em 
nenhuma contradição (não pode ser provada nem refutada), assim o fato do 
universo ter duplicado é independente da teoria que explica o comportamente 
do universo sob a ótica do homem (ou seja, a física, já que a física foi 
criada e é estudada pelo homem).
   Esse é um ponto de vista que eu tenho a respeito não só dessa, mas de 
todas questões filosóficas que dizem respeito ao universo em que vivemos: o 
determinismo do universo (o universo está completamente determinado, 
inclusive nosso futuro, pelas leis da física), o idealismo (a matéria não 
existe, o que existe é o nosso pensamento, alguém me corrija se não é bem 
isso), etc, etc.  Costumo explicar todas essas questões sob o ponto de vista 
da teoria dos modelos (com ênfase ao teorema da incompletude de Godel). 
Admitir ou não essas coisas como verdadeira, em nada alterará a nossa 
concepção do universo. Não há por que elas sejam necessariamente 
verdadeiras, ou necessariamente falsas. Elas são independentes, 
indecidíveis.
   Portanto, se voce acreditar que o universo duplicou de ontem para hoje, e 
eu não acreditar, não há por que achar que um de nós está certo e o outro 
errado. A resposta final que eu dou à pergunta, se o universo duplicou ou 
não é: tanto faz.

 Rogério


From: Rafael WC [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: OBM [EMAIL PROTECTED]
Subject: [obm-l] Filosófica...
Date: Fri, 19 Apr 2002 13:38:20 -0700 (PDT)

Com a informação de que tudo no universo tinha
duplicado de tamanho no decorrer da noite passada,
como se poderia verificar a veracidade de tal
informação?

Alguém se arrisca???

Rafael.

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Re: [obm-l] En: Livros interessantes

2002-02-07 Por tôpico Rogerio Fajardo

Olá, colegas

Em falar em livros interessantes, eu gostaria de saber se alguém conhecem 
bons livros de história da matemática. Mas gostaria de livros que não 
enfatizassem a história, em si, mas a matemática. Explicando melhor: eu 
queria conhecer melhor a matemática em seu contexto histórico, o que motivou 
a criação de cada área da mtemática, por que sentiram a necessidade de criar 
a lógica matemática como fundamento da matemática, por que criaram a 
topologia, a teoria dos conjuntos, o ZFC, etc. Às vezes sinto falta dessas 
notas históricas para apreciar e entender melhor os diversos ramos da 
matemática.

Rogério


From: Josimar [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: [obm-l] En: Livros interessantes
Date: Thu, 7 Feb 2002 00:59:05 -0200


- Original Message -
From: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Wednesday, February 06, 2002 4:56 PM
Subject: Livros interessantes


 
  Olá Josimar,
 
  Não consegui ainda me re-inscrever na lista , por isso peço que repasse
  este e-mail à lista obm-l. Grato !!
 
  Gente,
  Um livro que achei bastante interessante foi Einstein viveu aqui!, uma
  espécie de relato sobre a vida de Einstein, fala sobre a celebre frase 
eu
  vejo isso, mas não posso acreditar que Deus jogue dados com o universo!
  e também sobre várias faces de Einstein (Sabiam que ele chegou a dar 
aulas
  particulares para pagar suas contas??).  Pegando carona nessa frase,
indicaram-me
  um outro livro chamado Sútil é o Senhor!, ao que me parece também
relacionado
  à Einstein.
 
  Um informação: o título do primeiro livro, assim como a contra-capa, são
  em função de um charge publicada em um jornal americano após a morte de
  Einstein.
 
  Há também um pequeno livreto que ganhei de um livreiro aqui no rio,
dedicado
  à Leopoldo Nachbin, brilhante matemático brasileiro.  Um trabalho 
bonito,
  preparado por seu Filho (o pesquisador do IMPA André Nachbin) em memória
  de seu Pai, um dos fundadores e grandes pesquisadores desta instituição.
  Neste trabalho há depoimentos e estórias de vários matemáticos e do
próprio
  André Nachbin, à respeito de Leopoldo.
 
  Abraços A todos!!
 
  PS: Nicolau, seria possível verificar porque não consigo me resgistrar 
ao
  mandar e-mail para o majordomo ??
 
 
 
 
  
  A busca mais veloz e precisa da internet. Acesse agora:
http://www.zoom.com.br.
 

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Re: [obm-l] Re: [obm-l] [Fwd: Sobre a importância de um teorema ou conjectura, e matemáticos Brasileiros]

2002-02-03 Por tôpico Rogerio Fajardo

Não sou professor, ainda sou aluno de bacharelado, mas concordo plenamente 
que livros como o TIO PETROS... (eu li e achei sensacional) deveria ser 
recomendado no ensino médio. Eu posso dizer que acabei escolhendo matemática 
por sorte, pois, como esses 95% dos alunos do ensino médio, eu não fazia 
idéia do que era a Matemática Superior. Pensava, como a maioria, que era só 
conta, onde tinha que usar bastante raciocínio. Gostava de matemática, mas 
quando conhecia a matemática superior na faculdade, com toda sua beleza e 
suas peculiaridades que no ensino médio nem imaginava que existia, percebi 
que realmente estava no curso certo. Algumas frases que eu ouvia,e ainda 
ouço, e creio que todos os matemáticos ouvem, mostram a imagem que se tem da 
matemática:
   Você estuda matemática? Então responde depressa: quanto é 3471*43698?
   Você estuda matemática? Dá-me uma calculadora e eu faço tudo que voce 
faz
   Talvez bons livros de divulgação como esses citados, mostrem aos alunos o 
que é matemática.

Rogério

From: Josimar [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: [obm-l] Re: [obm-l] [Fwd: Sobre a importância de um teorema ou 
conjectura, e matemáticos Brasileiros]
Date: Wed, 30 Jan 2002 11:24:02 -0200

Olá amigos!
Como estou há muitos meses afastado, tenho receio de dizer algo já 
mencionado.
Um outro excelente livro, na mesma linha que o do Simon Singh, é TIO 
PETROS E A CONJECTURA DE GOLDBACH  de Apostolos Doxiadis, editora 34. 
Sendo que este não é um documentário, mas sim um romance, verdadeiramente 
emocionante. Acredito que livros como esses deveriam ser levados aos alunos 
do ensino médio. Estou certo de que não se trata de exagero dizer que cerca 
de 95% dos alunos terminam o Ensino Médio, sem ter a mais vaga idéia de que 
a Matemática ainda é feita nos dias de hoje, ou seja, não é algo pronto, 
acabado, esgotado. Vejo isso como um forte indicador de que há muita coisa 
errada. O pior é o aluno sai da escola com essa mentalidade mesmo depois de 
estudar (sabe lá Deus como) números complexos, sistemas lineares etc. Creio 
que o problema seria atenuado se o próprio professor de matemática não 
tivesse também tão distante da realidade. Tento disseminar esses livros, 
essa idéia, mas confesso que não raro encontro relutância entre meus 
próprios colegas, mas felizmente é comum ter boa receptividade por parte de 
alguns alunos. O único problema é que não me devolvem os livros. Ou jogam 
fora ou gostam muito.

Alguém acredita que FERMAT tivera blefado?
É irrefutável a idéia de que FERMAT de fato não conseguira demonstrar?
[]s, Josimar

   - Original Message -
   From: Augusto César Morgado
   To: [EMAIL PROTECTED]
   Sent: Monday, January 28, 2002 9:18 PM
   Subject: [obm-l] [Fwd: Sobre a importância de um teorema ou conjectura, 
e matemáticos Brasileiros]




    Original Message  From:  - Mon Jan 28 21:11:16 2002
 X-UIDL:  gED!~Rc!a9'!-LN!!
 X-Mozilla-Status:  0001
 X-Mozilla-Status2:  
 Return-Path:  mailto:[EMAIL PROTECTED]
 Received:  from nplex.globo.com (email.globo.com [200.208.9.53]) 
by trex.centroin.com.br (8.12.1/8.12.1) with ESMTP id g0SDRZnQ008826 for 
[EMAIL PROTECTED]; Mon, 28 Jan 2002 11:27:35 -0200 (EDT)
 Received:  by nplex.globo.com (5.1.061) id 3C54C802812B for 
[EMAIL PROTECTED]; Mon, 28 Jan 2002 11:22:01 -0200
 Message-ID:  [EMAIL PROTECTED]
 Date:  Mon, 28 Jan 2002 10:22:00 -0300
 From:  [EMAIL PROTECTED]
 Subject:  Sobre a importância de um teorema ou conjectura, e 
matemáticos Brasileiros
 To:  [EMAIL PROTECTED]
 MIME-Version:  1.0
 Content-Type:  text/plain; charset=ISO-8859-1
 Content-Transfer-Encoding:  8bit
 X-MIME-Autoconverted:  from quoted-printable to 8bit by 
trex.centroin.com.br id g0SDRZnQ008826
 X-UIDL:  gED!~Rc!a9'!-LN!!



Caro Prof. Morgado,
Enviei mensagem ao Nicolau, solicitando que fosse repassada à lista de 
discussão
a mensagem abaixo, porém recebi uma notificação de erro relacionado ao 
e-mail
dele.  Seria possível você fazer esse repasse ?
Eu não sou mais cadastrado na lista, porém ainda acompanho os arquivos 
disponíveis
no site da lista e gostaria de emitir uma opinião.
Grato.
Alexandre Vellasquez (Saudações Tricolores)
--

Quanto à importância de um teorema ou conjectura, acredito que ela deva
ser dada em função dos trabalhos que estejam baseados nesse primeiro 
resultado.
No livro de Simon Singh, verifica-se isso em relação à conjectura de 
Taniyama-Shimura,
que em certa altura se mostra mais importante que o próprio Último Teorema
de Fermat (que não entendo porque era assim chamad
o e não apenas de Conjectura
de Fermat, uma vez que ainda não havia demonstração para ele). Segundo
o livro, há um grande número de trabalhos que se iniciam por Considerando
verdadeira a Conjectura de Taniyama-Shimura. OU seja, caso 

Re: [obm-l] Teorema de Fermat

2002-01-30 Por tôpico Rogerio Fajardo


Me deixa eu ver se entendi. A função zeta(s) NÃO é  soma(1/n^s),  senão ela 
não estaria definida para todo s complexo. Mas ela é uma extensão de 
soma(1/n^s) onde está definida, para todo plano complexo. É isso? Nós vamos 
estudar isso em funções analíticas?
  Isso (a hipótese de Riemann) me parece mais um problema de análise do que 
de teoria dos números. Por que é considerado teoria dos números?


From: Bruno F. C. Leite [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: [obm-l] Teorema de Fermat
Date: Mon, 28 Jan 2002 23:38:39 -0200

At 21:27 28/01/02 +, you wrote:
Como? zeta(-2)=1^2+2^2+3^2+4^2+...=0 ??

Sim, é isso mesmo, não é surpreendente?





É brincadeira! Isto está errado!!!

A série zeta(s)=soma(1/n^s), n=1,2...infinito (s é um complexo) SÓ CONVERGE
PARA Re(s)1, LOGO SÓ DEFINE UMA FUNÇÃO PARA Re(s)1!!!

Já vou explicar isto melhor.

Isso nem com a lógica paraconsistente consigo entender!!!
Pode me explicar o que vc quer dizer com essa extensão para todo o plano
complexo (desculpe minha ignorância em teoria dos números e/ou análise
complexa, mas não sei o que é holomorfa, pólo nem continuação analítica).
Se a fórmula de zeta é a fórmula q vc mencionou, e a exponenciação por
complexo é a que eu conheço (expansão pelo polinômio de Taylor da função
e^x, não consigo imaginar nenhuma raíz trivial. O q me parece imediato é
que não possui raiz real (a parte imaginária não pode ser nula) posi sei
que a função a^x (a0) não tem raiz real.

Imagine uma função f:(disco unitário aberto de R^2) - R, derivável,
digamos f(x,y)=x+10. Veja que podemos estender esta função de vários modos
(e deixando a extensão ainda derivável) para um domínio maior, digamos R^2.
Por exemplo, podemos definir g:R^2-R por g(x,y)=x+10, mas há vários outros
jeitos, do tipo

g(x,y)=x+10 se x=1
g(x,y)=x^2/2+10,5 se x1

Quando trocamos funções R^2-R por funções de C em C, isto nao acontece.
Por exemplo, se temos uma função do disco unitário aberto do plano complexo
em C que é HOLOMORFA (holomorfa=derivável) SÓ HÁ UM MODO DE ESTENDÊ-LA PARA
UMA FUNÇÃO HOLOMORFA DE DOMÍNIO MAIOR. (um outro exemplo: se f é holomorfa
e conhecemos f na fronteira de um círculo, f já está determinada dentro do
círculo. - o que é fantástico, aliás...)

Veja, temos uma função (zeta) definida para Re(s)1, ok? Ela é holomorfa no
semiplano {z complexo | Re(z)1}, e pode ser estendida DE UMA ÚNICA FORMA
para uma função holomorfa no plano todo, digamos rogerio(s). Isso é a
continuação analítica!!! [na verdade ela não vai ser analítica no plano
todo, ela vai ter um ponto em que ela explode - UM POLO - em s=1]

Se re(s)1, rogerio(s)=zeta(s)=soma(1/n^s), certo?
E se re(s)1?? Embora a série de zeta não faça sentido, a função
rogerio(s) está definida!!!
Oras, então DEFINIMOS, para re(s)1, zeta(s)=rogerio(s).

Só para ser o mais repetitivo possível: zeta(s) só coincide com a série
soma (1/n^s)  se Re(s)1
Logo zeta(-2) NAO É e NEM PODERIA SER 1^2+2^2+3^2...

Ah, e a exponenciação com complexos de fato é a da série de Taylor, mas é
mais fácil pensar em exp(a+bi)=e^a(cos b +i sen b). Como vc falou, é óbvio
que zeta não tem raízes nos reais 1, mas não é TAO fácil ver que ela não
se anula em todo o semiplano re(s)1.

Espero ter deixado as coisas mais claras, assim como espero não ter dito
nenhuma asneira!

Bruno Leite
www.ime.usp.br/~brleite


Outro abração,
  Rogério

From: Bruno F. C. Leite [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: [obm-l] Teorema de Fermat
Date: Mon, 28 Jan 2002 03:04:31 -0200

At 00:46 28/01/02 +, you wrote:

Quais são as raízes triviais da função zeta?

Olá Rogério Godel Júnior,

A função zeta é definida inicialmente pela equação

zeta(s)=soma(1/n^s), n=1,2...infinito (s é um complexo)

Esta série converge se e só se a parte real de s é1. No semiplano (z
complexo | Re(z)1} não é difícil ver que zeta(s) NUNCA se anula.

de fato, temos soma(mu(n)/n^s),n=1,2,...infinito = 1/zeta(s) !!!

(para saber o que é mu(n), consulte o email do Nicolau que está indo 
junto
com este email...lá embaixo)

Lembro-me de que quando aprendi esta fórmula acima (donde segue que zeta
nunca se anula) pensei que a hipótese de Riemann não fazia o menor 
sentido.
Afinal, ela dia que os zeros não triviais (mas zeta não se anula!?) de
zeta(s) têm parte real =1/2 (mas, se Re(s)=1/2, a série nem ao menos
converge )

Mas é claro que eu estava errado. Pode-se estender a definição de zeta 
para
todo o plano complexo (holomorfa, com um pólo em s=1) por continuação
analítica, e agora sim a função zeta tem raízes e faz sentido falar de
zeta(1/2+bi)...

Pode-se provar que vale o seguinte:

$\zeta(1-s)=2(2\pi)^{-s} \gamma(s)\cos(s\pi /2)\zeta(s)$

(onde gamma é aquela função que o professor de estatística usava, lembra? 
-
a que generaliza o fatorial)

Se vc botar s=2n+1 (n1 natural) na formula acima, vai descobri que
zeta(-2)=zeta(-4)=zeta(-6)=...=0

Os inteiros pares negativos são chamados zeros 

Re: [obm-l] Mais Cardinalidade

2002-01-22 Por tôpico Rogerio Fajardo


Cardinalidade alef 0 é a cardinalidade dos conjuntos enumeráveis (isto é, 
que têm bijeção com os naturais). É a menor cardinalidade que existe para 
conjuntos infinitos.

A próxima cardinalidade infinita, imediatamente após alef 0, é o alef 1. 
Depois vem o alef 2, o alef 3 e assim por diante. Depois de tudo isso vem o 
alef w (leia-se: alef omega), onde w, em teoria dos conjuntos, é o conjunto 
dos naturais, que também é o número ordinal que vem depois de todos os 
naturais (representa o infinito, que é maior que todos os naturais). Depois 
vem alef w+1, onde w+1 é o ordinal que vem imediatamente após w, depois 
temos w+2, w+3,..., w+w=2w, 2w+1,..., 3w,...,4w,...,ww=w^2,...,w^w,..., etc. 
Para estudar os números cardinais, é necessário, primeiro, estudar os 
cardinais. De modo geral, os ordinais generalizam a idéia da contagem. Todos 
os conjuntos bem ordenados (i.e., conjuntos em que todos os seus 
subconjuntos possuem um menor elemento) são isomorfos a algum ordinal (há 
uma bijeção que preserva a ordem).

A cardinalidade c é a cardinalidade dos reais. A hipótese do contínuo afirma 
que não há conjunto infinito cuja cardinalidade é maior que alef 0 e menor 
que c, isto é c=alef 1. Mas a hipótese do contínuo é independente do ZFC, 
não podemos demonstrar que é verdadeiro nem falso.
Quanto o que vc falou do conjunto das partes, a hipótese do contínuo 
generalizada diz exatamente o que vc imaginou: alef n+1 é a cardinalidade do 
conjunto das partes de um conjunto de cardinalidade alef n (observe que 
existe uma bijeção entre os reais e as partes dos naturais). Mas isso não 
pode ser provado, é independente do ZFC. Pode ser que o conjunto das partes 
dos naturais tenha uma cardinalidade muito maior que alef 1.

Existe uma teoria muito interessante sobre os grandes cardinais (eu não a 
conheço). A existência de grandes cardinais também é independente do ZFC.

O Halmos tem um capítulo bem explicativo sobre números ordinais (devem ser 
estudados antes dos cardinais), mas relaciona pouco lógica com teoria dos 
conjuntos (fala pouco da independência da hipótese do contínuo, os grandes 
cardinais, etc). Para isso, você precisa consultar um livro mais avançado de 
lógica e teoria dos conjuntos. Acho que o livro indicado pelo Paulo (O 
teorema de Godel e a hipotese do continuo) seja ideal. Para suas dúvidas 
iniciais, que envolve só teoria dos conjuntos, recomendo o Halmos, para um 
primeiro estudo (obs.: tem tradução, Teoria ingênua dos conjuntos, mas 
parece que a edição mais antiga tem uma tradução melhor).

Rogério

From: Carlos Maçaranduba [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: [obm-l] Mais  Cardinalidade
Date: Mon, 21 Jan 2002 12:33:36 -0300 (ART)

estou lendo algo sobre isso..gostaria de alguns
esclarecimentos Quais são os conjuntos de
cardinalidade alef zero??e alef mais c???Quer dizer
que temos 3 conjuntos infinitos com cardinalidades
diferentes (c , alef e alef mais c)???

No livro que eu estou olhando ele prova que a
cardinalidade do conjunto das partes de um conjunto x
é  maior que a cardinalidade do conjunto x.Entao se eu
conseguir uma função bijetora entre um conjunto y e o
conjunto das partes de x é a mesma coisa que dizer que
a cardinalidade de y é maior que a de x???è assim que
ele chega a alef???Qual o conjunto que originou o
conjunto das partes no qual é o contradominio da
função bijetora no qual tem os irracionais como
dominio???entendeu onde quero chegar??pode ser que eu
entendi errado é que o livro é em ingles e a notação é
muito complicadafico grato por quem puder
esclarecer sobre isso




  --- Nicolau C. Saldanha
[EMAIL PROTECTED] escreveu:  On Thu,
Dec 27, 2001 at 02:07:52PM -0200, Vinicius
  José Fortuna wrote:
   Ué, eu sempre entendi que a cardinalidade de um
  conjunto fosse o número de
   elemento do mesmo.
  
   Se dois conjuntos possuem infinitos elementos, eu
  achava que a
   cardinalidade fosse a mesma. Alguém tem um
  conceito mais preciso de
   cardinalidade?
 
  Cantor. :-)
 
  Cantor começou uma revolução na matemática ao
  descobrir que uns infinitos
  são maiores do que outros. Dois conjuntos A e B têm
  o mesmo cardinal
  (segundo Cantor) se existir uma bijeção entre A e B.
  O cardinal de A
  é menor do que o de B se existir uma função injetora
  de A para B mas
  não existir uma bijeção. Cantor demostrou que
 
   |N| = |Z| = |Q| = |A|  |R| = |C|
 
  onde estes são os conjuntos de números naturais,
  inteiros, racionais,
  algébricos, reais e complexos. Em particular, isto
  demonstrava a
  existência de números transcendentes (não
  algébricos), novidade na época.
 
  Tudo isto está em Naïve Set Theory de Halmos (e em
  um milhão de outros
  lugares).
 
  []s, N.

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Consistência da inconsistência???!!!!

2002-01-12 Por tôpico Rogerio Fajardo

Olá a todos,

   Desculpem incomodar vcs novamente com perguntas de lógica-matemática, 
metamatemática, teorema de godel, etc. Mas uma coisa me deixou realmente 
confuso.
   Pelo segundo teorema de godel, a sentença ZFC é consistente é 
independente de ZFC. Isto significa (se ZFC for consistente) que
ZFC + ZFC é inconsistente é consistente???

Rogério


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Re: Historia e Matematica

2002-01-11 Por tôpico Rogerio Fajardo


Será que o Teorema de Pitágoras foi mesmo provado por Pitágoras? Ou já se o 
conhecia muito antes, no Egito ou outro país oriental?

From: Fabio Garrido [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: Historia e Matematica
Date: Thu, 10 Jan 2002 13:58:45 -0200

Ola..

Se generalizarmos dessa maneira ficara´ incoerente chamarmos, por exemplo, 
o Teorema de Pitagoras por seu devido nome apesa dele ser o autor. Pois 
como vcs mesmo dizem a matematica é universal.

[]s
Fabio


At 15:17 10/01/2002 +, you wrote:

Ola Pessoal,

E verdade, o Prof Jose Paulo esta coberto de razao. Eu errei. Nao ha 
Teorema Russo : ha TEOREMA, pois a Matematica e Universal e os seus 
resultados, qualquer que seja a nacionalidade do autor, sao patrimonio de 
toda a humanidade. Mas e igualmente verdade que se num concurso de beleza 
nos fixarmos nossa atencao no dedo do pe  da miss ele nao sera tao bonito 
...

Um abraco
Paulo Santa Rita
5,1314,100102

From: Jose Paulo Carneiro [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: OBM-Lista [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: Historia e Matematica
Date: Wed, 9 Jan 2002 21:34:51 -0200

Achei curiosa esta expressao Teorema Russo.
Ja imaginou se a moda pega?
Teorema americano, teorema ingles, teorema indiano (olha o Ramanujan 
ahi),
teorema frances, teorema brasileiro (eu tambem tenho um), ...
Poupem-me...
JP


- Original Message -
From: Paulo Santa Rita [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Wednesday, January 09, 2002 6:42 PM
Subject: Historia e Matematica


Ola Pessoal,

Ja que falamos anteriormente sobre uma Excelente Antologia de
Logica-Matematica, peco licenca para sugerir uma outra Antologia, 
igualmente
excelente e que trata da HISTORIA DOS METODOS MATEMATICOS, isto e, um 
livro
didatico com forte enfoque historico.

Ela consiste de trabalhos dos MAIORES MATEMATICOS RUSSOS  de todos os
tempos. Existe uma traducao para o Espanhol, que e um idioma que todos os
brasileiros leem e e a que vou apresentar :

SAO TRES VOLUMES:

TITULO
La Matematica :
su contenido, metodos y significado

AUTORES
Kolmogorov, Aleksandrov, Liapunov, Laurientiev y otros

EDITORA
Alianza Universidad Editorial
Calle Milan, 38 - Madrid

ISBN : 84-206-2993-6

So para aticar o interesse de voces :

Seja dy=( (x^A)*((m + n*(x^B)))^C )dx. Que condicao devem satisfazer A, B 
e
C para que possamos exprimir a integral de dy como combinacao de 
funcoes
elementares, sejam elas algebricas ou transcendentes ?

Se voce nao conhecer a resposta a esta pergunta ( que e um Teorema Russo 
)
pode ser que fique tentando, tal como um *Sisifo, encontrar a integral 
... E
e muito comum cairmos num Binomio Diferencial assim ... Aqui mesmo na 
Lista
ja propuserao problemas que recaem nele.

A resposta a pergunta que fiz e o

TEOREMA DE CHEBYSHEV : So e possivel encontrar uma funcao cuja derivada 
seja
( (x^A)*((m + n*(x^B)))^C se :

1) C e um inteiro
2) (A+1)/B e um inteiro
3) (A+1)/B + C e um inteiro

Para cada um dos casos acima Chebyshev mostra como achar a integral 
atraves
de uma substituicao inteligente. Mais ainda, Chebyshev mostra que o 
binomio
acima pode vir de uma tentativa de calculo de area ou de volume por UMA
medida e como usar DUAS MEDIDAS para as coisas serem sempre integraveis.

Assim, conhecer este teorema pode evitar muito trabalho inutil, ou seja :
todo braco tem limites ...

Agora eu pergunto : No livro de calculo da sua estante tem esse teorema ?

Um Grande abraco a todos
Paulo Santa Rita
4,1634,090102

* : SISIFO e um ser mitologico que, por castigo, estava obrigado a subir 
um
Monte muito alto empurrando uma imensa pedra em forma de esfera. Quando
chegava no topo Monte a pedra se soltava e ele era obrigado a subir
novamente, repetindo o sacrificante trabalho ... indefinidamente. Diz-se,
portanto, que quando alguem executa repetidamente uma tentativa que com
certeza sabemos que nao sera bem sucedida que e UM TRABALHO DE SISIFO

Acento agudo no primeiro i )

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Re: Teorema de Godel

2002-01-08 Por tôpico Rogerio Fajardo


Um sistema é completo se não existe sentença indecidível (que não dá pra 
provar a sentença nem sua negação). Ou seja, um sistema incompleto é aquele 
que não decide tudo. A definição de consistência é semelhante. Um sistema 
é CONSISTENTE se não entra em contradição (não dá pra provar uma sentença E 
sua negação). Observe que, no teorema de godel, ao criarmos a fórmula P que 
diz eu não posso ser provada, uma das seguintes coisas ocorre:
  1) Não dá para provar P nem ¬P. Nesse caso, o sistema é INCOMPLETO.
  2) Tanto P como ¬P podem ser provados. Nesse caso, o sistema é 
INCONSISTENTE (i.e., entra em contradição).

Observe que a sentença (A e ¬A)=B é verdadeira, para quaisquer fórmulas A e 
B. Portanto, se provarmos A e ¬A, podemos provar qualquer fórmula B. Ou 
seja, DE UMA CONTRADIÇÃO PROVAMOS QUALQUER COISA. Por isso considero o 
segundo teorema de godel (se um sistema é consistente, não podemos provar 
sua consistência) muito mais drástico que o primeiro. Se um dia, alguém 
provar que a matemática (o sistema ZFC de teoria dos conjuntos, que serve de 
base para praticamente toda matemática moderna) é inconsistente, todas as 
fórmulas matemáticas serão teoremas (1+1=3, todo triângulo é isósceles, 
nenhum triângulo é isósceles, o Último Teorema de Fermat, etc), e portanto, 
quase tudo que foi feito até agora, em matemática, será destruído, pois 
sairá como corolário do teorema a matemática é inconsistente. Mas, se a 
matemática é consistente (como todos acreditam), nunca o provaremos, e 
sempre haverá essa chance de provarmos que a matemática é inconsistente.



From: Frederico Pessoa [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: Teorema de Godel
Date: Tue, 8 Jan 2002 16:31:56 -0200

Tava tentando ignorar essa parte por enquanto... Mas já que estão falando
tanto...


O que é um sistema consistente ???


[]'s
Fred


- Original Message -
From: Rogerio Fajardo [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Monday, January 07, 2002 5:54 PM
Subject: Re: Teorema de Godel


 
  Também não entendi o que ele chama de lema diagonal, mas creio que se
  refere às fórmulas de 2 variáveis livres ¬ExPROVA(x,y,z) que eu 
mencionei.
  De fato, se imaginarmos essas fórmulas, substituindo y e z por número,
  obtemos, para cada para (y,z) uma sentença (p.ex. ¬ExPROVA(x,1000,100)).
Se
  considerarmos as fórmulas ¬ExPROVA(x,y,z) com y=z (como fizemos) isso 
nos
dá
  uma espécie de diagonal de Cantor, e uma dessas sentenças dessa 
diagonal
  (aquela da forma ¬ExPROVA(x,n,n) onde n é o número de Godel da fórmula 
de
  uma variável livre ¬ExPROVA(x,y,y)) é a sentença G que diz G não pode 
ser
  demonstrado. Para o primeiro terorema da incompletude, temos:
 1)Se provarmos G, provamos que G pode ser demonstrada, isto é,
provamos
  ¬G, e o nosso sistema é inconsistente.
 2)Se provarmos ¬G, então provamos que G pode ser demonstrada, e,
logo,
  provamos G e, novamente, obtemos um sistema inconsistente.
 Portanto, se o sistema for consistente, e nele conseguirmos construir
uma
  fórmula como G, não conseguiremos provar nem G nem ¬G (nosso sistema 
será
  incompleto). Mas godel mostra que, para construirmos uma sentença como 
G,
  basta que o sistema seja capaz de exprimir a aritmética e seus axiomas e
  regras de inferência formem um conjunto recursivo (pode ser codificado
na
  aritmética). Essa é a hipótese que está no site.
 Para o 2ºteorema, vimos que, se provarmos G, nosso sistema será
  inconsistente. Logo, se o sistema é consistente, não podemos provar G.
  Portanto, se provarmos que o sistema é consistente, provamos que não
podemos
  provar G. Mas dizer G não pode ser provada é a própria G, portanto,
nosso
  sistema será inconsistente (como vimos). Portanto, o segundo teorema nos
diz
  que se um sistema é consistente e obedece as condições do teorema 1, 
então
  não podemos provar sua consistência.
 
 
 
  From: Carlos Maçaranduba [EMAIL PROTECTED]
  Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
  To: [EMAIL PROTECTED]
  Subject: Re: Teorema de Godel
  Date: Sat, 5 Jan 2002 15:48:40 -0300 (ART)
  
  Dá uma olhada neste endereço e explica-me por favor
  que diagonal é essa.È a mesma usada por
  Cantor???Ajuda-me a compreender o 1 teorema que esta
  neste site.
  
  http://www.cle.unicamp.br/prof/carnielli/teoremas_de_godel.htm
  
  
--- Rogerio Fajardo [EMAIL PROTECTED]
  escreveu: 
A idéia é criar uma sentença que diz: eu não posso
ser provada, ou seja,
uma sentença, cujo número de godel é x, que diz que
não existe demonstração
para a fórmula cujo número de godel é x.
   Para entender a fórmula que godel criou, é
necessário o conceito de
variável livre. A fórmula x é primo possui uma
variável livre x, não
podemos deizer que ela é verdadeira ou falsa sem
conhecer o valor de x. Para
eliminar essa variável livre, tem duas maneiras: uma
é substituir x por um
número (p.ex. 7 é primo), outra é colocar um
quantificador

Re: Livro sobre Godel

2002-01-05 Por tôpico Rogerio Fajardo


Dizem que o livro Godel's proof de Nagel e Newman (acho que tem tradução) 
é muito bom. Também tem um livro de Raymond Smullyan (não me lembro bem o 
nome, mas acho que é Godel's incompleteness theorem ou algo parecido). 
Nunca li esse livro nem ouvi nenhum comentrário sobre ele, mas o autor é um 
lógico muito bom e escreve bastante livros de divulgação (como, por exemplo, 
Os enigmas de Sherazade e Alice no país dos enigmas), e livros mais 
avançados, como First-Order Logic (que eu estudei no começo da minha 
iniciação científica e é excelente).
Pelo autor, acredito que o livro dele sobre o teorema de godel deve ser bom, 
mas acho que o Godel's proof é mais o que vc quer.
   Talvez seja bom, depois de ler um dos livros acima, que são mais 
acessíveis, dar uma olhada no original de Godel: On formally undecidable 
propositions of Principia Mathematica and Related Systems, da editora Dover 
(é baratinho, perto da maioria dos livros por aí), que tem muita coisa 
interessante (o livro é fino, de 72 páginas sendo que metade é um prefácio 
para ajudá-lo a entender o livro).

Rogério

From: Daniel [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: Lista OBM [EMAIL PROTECTED]
Subject: Livro sobre Godel
Date: Fri, 04 Jan 2002 23:49:37 -0300

 Olá a todos, ocorreram alguns problemas no meu e-mail e perdi 
algumas das discussões.
 Poderiam me dizer se existe algum livro sobre o Teorema de 
Godel, à venda, no estilo daquele O último teorema de Fermat?

Obrigado
 Daniel


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Re: Teorema de Godel

2002-01-02 Por tôpico Rogerio Fajardo


A idéia é criar uma sentença que diz: eu não posso ser provada, ou seja, 
uma sentença, cujo número de godel é x, que diz que não existe demonstração 
para a fórmula cujo número de godel é x.
   Para entender a fórmula que godel criou, é necessário o conceito de 
variável livre. A fórmula x é primo possui uma variável livre x, não 
podemos deizer que ela é verdadeira ou falsa sem conhecer o valor de x. Para 
eliminar essa variável livre, tem duas maneiras: uma é substituir x por um 
número (p.ex. 7 é primo), outra é colocar um quantificador (existe x t.q. 
x é primo). Note que uma fórmula sem variável livre (que chamamos 
sentença) deve ser ou verdadeira ou falsa (i.e, sua negação verdadeira) em 
um modelo matemático fixado (que precisa ser definido, mas, intuitivamente, 
é uma interpretação para o significado das fórmulas). O sistema de axiomas 
ideal deve provar ou a sentença ou sua negação. Pois bem, godel cria uma 
sentença que não pode ser provada nem ela nem sua negação.

Para obter essa sentença, godel criou a fórmula PROVA(x,y,y) que significa: 
A sequência de fórmulas cujo número é x é uma demonstração da fórmula (de 
número y) de uma variável livre, substituindo sua variável livre pelo valor 
y. Por exemplo, se 1000 é o número da fórmula x é primo, 
PROVA(12345,1000,1000) diz: 12345 é o número da demonstração de 1000 é 
primo.

A fórmula ¬ExPROVA(x,y,y) diz a fórmula de número y, substituindo sua  
variável livre por y, não póde ser provada. No nosso exemplo, 
¬ExPROVA(x,100,1000) diz não existe demonstração de que 1000 é primo. Pois 
bem, ¬ExPROVA(x,y,y) tem uma variável livre y, e tem um número (seja g esse 
número). Portanto a fórmula ¬ExPROVA(x,g,g) é uma sentença (note que g não é 
uma variável, mas um número conhecido, que eu já calculei). E essa sentença 
diz: A fórmula de número g, substituindo sua variável livre por g, não pode 
ser provada. Mas quem é a fórmula de número g? É o próprio ¬ExPROVA(x,y,y). 
E substituindo sua variável livre por g? É a propria sentença 
¬ExPROVA(x,g,g). Portanto, ¬ExPROVA(x,g,g)  diz ¬ExPROVA(x,g,g) não pode 
ser provada, que gera o paradoxo que queríamos (uma sentença que diz eu 
não posso ser provada).

Observe que, se um sistema for consistente, eu de fato não consigo provar 
¬ExPROVA(x,g,g). Mas isso se o sistema for consistente (i.e., não provar uma 
fórmula e sua negação). Caso contrário, tudo vira teorema, e tudo pode ser 
provado (de uma contradição provamos qualquer coisa), inclusive 
¬ExPROVA(x,g,g). Mas se eu provar a consistência do sistema, eu acabei de 
provar que ¬ExPROVA(x,g,g) não pode ser provada. Mas isso, como vimos, é o 
próprio ¬ExPROVA(x,g,g), e chegamos numa contradição. Concluindo: a segunda 
parte do Teorema de Godel (conhecido como segundo teorema de godel) diz que, 
se um sistema for consistente, sua consistência não pode ser provada (dentro 
do próprio sistema).

Uma observação importante é que, apesar de dar a idéia geral da 
demonstração, a demonstração que está no site está longe de ser completa. 
Fica a pergunta: como godel criou (ou provou que existe) a fórmula 
PROVA(x,y,y) usando só o fato de que o sistema é capaz de exprimir a 
aritmética e de que seus axiomas formam um conjunto recursivo (consigo 
decidir, através de um algoritmo finito, se uma fórmula é axioma ou não). É 
interessante olhar no trabalho original de godel (On formally undecidable 
propositions of principia mathematica and related systens) como ele 
codifica cada axioma, e cada regra de inferência, em termos de relações 
aritméticas. Repare que a fórmula indecidível ¬ExPROVA(x,g,g), no fundo é 
uma gigantesca fórmula que só envolve números, conectivos lógicos, e as 
operações + e *.


From: Carlos Maçaranduba [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED], [EMAIL PROTECTED]
Subject: Teorema de Godel
Date: Wed, 2 Jan 2002 18:43:16 -0300 (ART)

neste endereço há uma demonstração do teorema de godel
que aparentemente é simples de se entender.Alguem
poderia ver a parte que ele usa o predicado
PROVA(x,g,g) e explicar-me pq ele faz isso?


http://www.pr.gov.br/celepar/celepar/batebyte/edicoes/2000/bb95/teorema.htm

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Cardinalidade

2001-12-27 Por tôpico Rogerio Fajardo


Olá, colegas da lista,

  Dados dois conjuntos, A e C, infinitos, com cardinalidade de C maior que 
de A, é sempre possível achar um conjunto B tal que AxB tem a mesma 
cardinalidade de C?
  Todo conjunto infinito A tem a mesma cardinalidade de AxA (como ocorre com 
N e com R)? Se isso vale, já temos a resposta para a pergunta de cima 
(considerando B=C e que card(A)card(C)).

Rogério


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Re: beal

2001-12-17 Por tôpico Rogerio Fajardo


No livro Filosofia da Matemática, de Stephen Barker, li uma comparação 
muito interessante para explicar o que é o princípio da indução. Ele compara 
os números naturais com uma fila infinita de peças de dominó colocadas em 
pé. Se derrubarmos a primeira peça e, se soubermos que cada peça, ao cair, 
derrubará a seguinte, saberemos que todas serão derrubadas.

Agora, quanto à conjectura de Beal, nunca ouvi falar. Aliás, nunca ouvi 
falar de nenhum matemático chamado Beal. Alguém sabe algo sobre ele?



From: Marcelo Souza [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: beal
Date: Sun, 16 Dec 2001 20:37:23 +

2) Vc quer aprender indução, é isso? Eu acho que o artigo do Elon da 
revista
Eureka é uma boa pedida para um treino assim como para um aprendizado, está
bem explicado, não está confuso...É bom ler, mas é melhor ainda ter certeza
do que se pode fazer com indução.
O princípio da indução diz, basicamente, que, dada uma propriedade S(n)
válida para um número n natural. Se S(1) é válida e, se o fato de S(K) 
valer
implicar que S(K+1) vale, então, S vale para todos os naturais.
Vejamos um exemplo simples:
Mostre que 1+2+3+...+n = [n(n+1)]/2
Primeiro passo: Ver se vale para n=1
1=1(2)/2 =1 (0K)
Segundo: Assuma que vale para K e tente provar para K+1
Se vale para K então

1+2+...+k = k(k+1)/2
Vc quer provar para k+1, certo? Logo, o lado esquerdo está precisando de
somar k+1, para não alterar, somar dos dois lados
1+2+...+k+(k+1)=k(k+1)/2 + (k+1)
   = (k+1)(k+2)/2
Isto prova que vale para k+1, pois note que é a mesma fórmula de k, mas com
k+1 ao invés de k.
Faça como exercício esta
Mostrar que 1+2^2+3^2+...+n^2=n(n+1)(2n+1)/6
Ok
valeu
Marcelo


From: gabriel guedes [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: beal
Date: Sat, 15 Dec 2001 18:46:37 -0200

tudo bem colegas da lista,
1)Alguem ja ouviu  falar na conjectura de beal oque que ela propõe e 
etc???

2)Estava dando uma olhada em indução finita , e queria me a profundar
,alguem conhece um bom livro  ?


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Re: Completude da Geometria e Teorema de Godel

2001-12-17 Por tôpico Rogerio Fajardo
 SONHO
  EISNTENIANO de encontrar UM CONJUNTO DE EQUACOES QUE
  EXPLICAM TODO O
  UNIVERSO.
 
  Godel, nos permitiu comecar a pensar NO SENTIDO, NA
  SEMANTICA, NO FIM, NA
  FUNCAO, NO PAPEL, NA INTERPRETACAO TELEOLOGICA, como
  algo mais que mera
  filosofia barata. Se se retirar o sentido das
  coisas, as coisa perdem o
  sentido. Agora, como articular de forma consistente
  e seria este sentido ?
 
  Todos os danos que estamos causando ao mundo
  natural, que vem ha anos
  preocupando ecologistas do mundo inteiro, promanam
  de nossa ignorancia com
  respeito ao papel e o sentido dos fenomenos. O ideal
  seria que nos nos
  relacionassemos com a natureza respeitando os seus
  acontecimentos ou o papel
  que cada coisa tem. Todavia, quem tem que dar esta
  linguagem, como sempre, e
  a Matematica, e muito provavelmente foi o Teorema de
  Godel o primeiro passo
  neste sentido.
 
  Um abraco
  Paulo Santa Rita
  6,1500,141201
 
 
 
  From: Rogerio Fajardo
  [EMAIL PROTECTED]
  Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
  To: [EMAIL PROTECTED]
  Subject: Completude da Geometria e Teorema de Godel
  Date: Fri, 14 Dec 2001 14:08:24 +
  
  Olá,
  
O que diz o teorema da completude da geometria
  euclideana? Alguns livros
  chamam de categoricidade, ou coisa parecida, e
  parece que diz que todos os
  modelos (para geom. euclideana) são isomorfos entre
  si. Mas isso não
  implica
  que não existe sentenças independentes na geom.
  euclideana? E isso não
  contraria o Teorema de Godel (afinal, na geometria
  eu posso expressar a
  aritmética)?
  
  Rogério
  
  
 
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Limite

2001-12-14 Por tôpico Rogerio Fajardo

Olá, a todos

   Eu e meus colegas tivemos dificuldade para resolver um limite, 
aparentemente simples, que alguns colegas do 1º ano nos pediram para 
resolver. Tudo indica que o resultado tem que dar 0. Acabamos chegando em 
alguma coisa, com muito trabalho, mas supondo (sem provar) a existência do 
limite. Queremos o limite quando x tende a infinito de:
x^2/[(x^2-1)^(1/2)] - x

Obrigado


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Completude da Geometria e Teorema de Godel

2001-12-14 Por tôpico Rogerio Fajardo

Olá,

  O que diz o teorema da completude da geometria euclideana? Alguns livros 
chamam de categoricidade, ou coisa parecida, e parece que diz que todos os 
modelos (para geom. euclideana) são isomorfos entre si. Mas isso não implica 
que não existe sentenças independentes na geom. euclideana? E isso não 
contraria o Teorema de Godel (afinal, na geometria eu posso expressar a 
aritmética)?

Rogério


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Re: Infinito

2001-12-14 Por tôpico Rogerio Fajardo

Um conjunto é infinito se existe uma bijeção (correspondência 1 a 1)dele com 
um subconjunto próprio. Por exemplo, a função f(n)=2n, definida nos 
naturais, é bijetora com o conjunto dos números pares, que é um subconjunto 
próprio dos naturais.



From: Gustavo Nunes Martins [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: obm-l [EMAIL PROTECTED]
Subject: Infinito
Date: Fri, 14 Dec 2001 12:54:17 -0200

Queria saber qual a definicao de infinito. Sempre ouvi falar disso, mas
nunca me disseram o que se entende por 'infinito' exatamente.



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Re: Axioma da Escolha

2001-12-10 Por tôpico Rogerio Fajardo

No 2ºgrau a gente sai com uma idéia de que tudo que se prova em matemática é 
absoluto, incontestável, uma verdade universal. Mas na verdade, na 
matemática moderna, o conceito de verdade depende, dentre outras coisas 
(Tarski definiu formalmente o que significa verdade em matemática) dos 
axiomas que vc assume. Os axiomas eram usados desde Euclides, como verdades 
evidentes em si mesmas. Para a matemática moderna, no entanto, não existe 
nada evidente em si mesmo. Um conjunto de axiomas define uma teoria, e nessa 
teoria esses axiomas são verdadeiros, em outras não (p.ex. geometria 
euclideana e geometrias não-euclideanas).

O axioma da escolha é um dos mais polêmicos axiomas de teoria dos conjuntos. 
Muitos matemáticos não o aceitam, por trazer consequências estranhas na 
matemática. Porém, a maioria o usa (mesmo os que não o aceitam, muitas vezes 
o usam sem perceber).

Um interessante link sobre o assunto: 
http://math.vanderbilt.edu/~schectex/ccc/choice.html

Entre outras coisas, lá vc vai ver uma frase muito interessante (e 
explicativa) de Bertrand Russel sobre o axioma da escolha.

   Rogério

From: Eduardo Casagrande Stabel [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Axioma da Escolha
Date: Fri, 7 Dec 2001 02:52:23 -0200

Ola!

Em alguns textos matematicos, eu ja li a sentenca papapá segue do axioma 
da
escolha. O que exatamente isso quer dizer? Que eh uma consequencia
imediata? Por exemplo, cito duas frases:

1 - Segue do axioma da escolha que todo espaco vetorial possui uma base
2 - Segue do axioma da escolha que todo conjunto possui uma boa ordem

Talvez esse assunto fuja do segundo grau, perdao. Mas alguem poderia me dar
uma ideia de o que eu devo entender por essas frases?

Obrigado!
Eduardo.



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Re: Não deveria existir multiplicação por 0

2001-11-29 Por tôpico Rogerio Fajardo

Multiplicação e adição são operações, i.e., são funções que associam, a cada 
par de números, um número. Como 0 é um número, não podemos desprezá-lo, 
proibindo-os de multiplicar alguém.

O fato 0x=0 para todo x, não leva a contradição nenhuma. Ao contrário, 
prova-se que 0x=0. Cuidado, a matemática é cautelosa. Lembre-se: divisão e 
subtração não são (a princípio) operações. a/b não é uma operação, como a+b, 
mas é uma abreviatura para: um número x t.q. bx=a.
Esse número pode não existir, que é o caso de x/0, para qualquer x.

Como eu disse, 0x=0 pode ser provado a partir das propriedades seguintes 
(válidas para inteiros, racionais e reais):
1. comutatuvidade: a+b=b+a, para todo a, b.
ab=ba, para todo a,b
2.associatividade: (a+b)+c=a+(b+c) e (ab)c=a(bc), para todo a,b,c
3. Elemento neutro (da adição):
 Existe um número x t.q. x+y=y, para todo y (esse x é o famoso 0)
4. Elemento oposto: Para todo x existe y t.q. x+y=0 (costumamos chamar y de 
-x)
5.Distributividade: x(a+b)=xa+xb

Prova de que 0x=0:
Por 1, 0x=x0. Como 0=0+0 (por 3), x0=x(0+0)=x0+x0 (por 5). Por 4,
existe (-x0), t.q. x0+(-x0)=0. Mas, como x0=x0+x0, temos 
0=x0+(-x0)=x0+x0+(-x0)=x0+(x0+(-x0))(por 2). Mas x0+(x0+(-x0))=x0+0=x0. 
Juntando as igualdades, chegamos em x0=0.

Se vc não quer x0=0, vc terá que mudar uma das 5 afirmações acima, o que não 
parece conveniente.

From: Wassermam [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Não deveria existir multiplicação por 0
Date: Tue, 27 Nov 2001 13:48:00 -0200

Na minha opinião particular esta totalmente erronio multiplicação por 0, eu
acho errado acho que não deveria existir
Eu posso dar mil explicaçòes pq não mas vou dar poucas
0x=1 agora de uma olhada nisto, vc não pode dividir os 2 termos por 0 e se 
vc
fazer o 0x=0 dai isto esta errado
e eu 5tb não concordo que 0^0=1 pois todo numero elevado a 0 =1
Deveria ser 0 ou infinito pois
2.2.2= 2^3
2.2=2^2
2=2^1
1=2^0
notem que esta noção deum saiu deste conceito ve que quando mais diminui o
elevado vai se dividindo por 0
Mas o 0 é um caso a parte
0=0^x
0.0.0=0^3
Dai como que podeira se dividir por 0 isto não tem lógica, então nunca 
deveria
multiplicação por 0 pois dai vc não tem o processo inverço em uma equação
algébrica, e pensando concretamente vc vai pegar uma pessoa e vai 
multiplicar
por 0, isso não deveria existir.

Desculpe pela falata de linearidade no pensamento mas acho que deu pra 
entender



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Re: Reformulando um problema mal definido

2001-11-29 Por tôpico Rogerio Fajardo

Eu acho que poderia escrever: a é o menor n tal que cos(x)=(n-2)/3, para 
algum e b é o maior n tal que Deveria especificar se n é natural, 
inteiro ou real. Na verdade, se é inteiro ou real não vai fazer diferença. 
Mas se é natural, teríamos a=0, pois n não pode ser negativo.


From: Alexandre Tessarollo [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: Reformulando um problema mal definido
Date: Fri, 23 Nov 2001 00:35:44 -0200



Gustavo Nunes Martins wrote:
 
  Caiu uma pergunta num vestibular e desconfio que ela esteja
  mal-formulada. Vejam:
 
   = significa menor que ou igual a e k^y significa k elevado a y.
 
  Questao:
 
  Fato 1: Sabe-se que cos(x) = (n-2)/3
  Fato 2: E sabido que a=n=b
  Calcule a+b
  -Fim da questao-
 
  Como os valores de cos(x) so podem estar entre -1 (inclusive) e +1
  (inclusive), 'n' pode ser qualquer coisa entre -1 (inclusive) e +5
  (inclusive). Essa conclusao sera chamada de conclusao 1.
 
  Nada do que foi escrito no enunciado impede que 'b' seja, por exemplo,
  10^727, pois esse valor nunca contraria o fato 2, que e o fato de que so
  e sabido que 'b' e um numero qualquer maior ou igual a 'n'.
 
  Tambem pelo fato 2 e pela conclusao 1, o numero 'a' pode ser -10^747,
  pois e menor que qualquer valor possivel de 'n'. 'a' ainda pode ser
  -10^767 e muitos outros valores.
 
  Concluo que a+b nao tem um valor fixo.
 
  Acho a questao mal-feita. Quem a formulou nao perguntou o que desejava
  perguntar: ache a soma do menor valor possivel de 'n' com o maior valor
  possivel de 'n'.
 
  Conheco gente que resolveu essa questao que que o que foi informado
  era que 'a' era o minino valor possivel de 'n' e que 'b' era o maximo
  possivel.
 
  Como formular bem esta questao ultizilando apenas simbolos matematicos?


   Hum... A única maneira que me ocorre é:
a=MIN(n)
b=MAX(n)

   Creio q esta seja a forma correta. No entanto, por ser uma questão de
um vestiba, não acredito ser a mais apropriada, afinal, os alunos de 2o
grau não conhecem esta notação. (Para ser sincero, não estou muito
seguro desta notação.) Não sei como faria isto só com notação
p/vestibulandos... Eu usaria texto mesmo...

[]'s

Alexandre Tessarollo


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Re: Teorema de galois

2001-11-21 Por tôpico Rogerio Fajardo


Afinal, quem provou que para as equações polinomiais de grau maior ou igual 
a 5 não existem fórmulas como as de Báskara? Abel ou Galois? Qual foi a 
contribuição de cada um na Teoria dos Grupos?

Aproveitando o assunto de grupos simples, gostaria de saber um pouco sobre o 
chamado grupo monstro. Parece-me que é o maior grupo simples finito, ou 
algo parecido (alguém, por favor, corrija-me ou confirme). Quais são as 
aplicações desse grupo na matemática?

Rogério

From: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: Teorema de galois
Date: Sun, 14 Oct 2001 20:26:02 -0200

On Sat, Oct 13, 2001 at 08:41:54PM -0300, Carlos Maçaranduba wrote:
  alguém poderia dar uma prova simples como funciona o
  teorema de galois relativo a representação das raizes
  de um polinomio em função de seus coeficientes.Pq a
  partir do 5 grau não existe formula assim como existe
  a fómula de baskára para o 2 grau???

Desculpe, mas acho que você está pedindo demais.
Teoria de Galois é um assunto não trivial e vai
ser bem difícil conseguir dar uma prova em um e-mail
relativamente curto.

Com o perdão do trocadilho, entretanto, a palavra chave
é mesmo a que você usou: simples. Só que quem é simples
não é a prova, é o grupo das permutações pares de um conjunto
de 5 elementos. É o grupo de simetrias de um dodecaedro
e um diagrama de Cayley dele é a bola de futebol.

[]s, N.


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Re: Unicamp: Ensino Medio?!

2001-10-27 Por tôpico Rogerio Fajardo

Concordo plenamente. Mas por que tiraram limites, derivada e integral ao
invés de determinantes, nos vestibulares? Por que não pedem coisas mais 
aplicáveis ? A idéia de basear o ensino médio baseado no vestibular não é 
absurda, dado que espera-se que o vestibular cobre do aluno aquilo que é 
esperado que ele tenha aprendido no ensino médio. Se quisermos mudar o 
conteúdo do ensino médio, devemos mudar o vestibular.
A proposta de colocar rudimentos de cálculo diferencial e integral no 
vestibular, em lugar de determinantes, continua à tona. Só que não sei como 
os alunos propensos a cursos de humanas e biológicas, e não de exatas, iria 
receber isso.

E estatística? Taí, uma coisa de matemática que é útil, aplicável e todos 
precisam saber, mesmo quem estuda humanas. Podia ser ensinado no ensino 
médio.

Peço desculpas ao prof. Nicolau por ter interpretado mal o que ele disse. 
Descrevi uma opinião minha interpretando, erroneamente, como sendo, também, 
dele.

From: David Daniel Turchick [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: Unicamp: Ensino Medio?!
Date: Thu, 25 Oct 2001 17:39:36 -0200

Por que não aprendemos aplicações da matemática no colegial? A resposta é
simples: vestibular.

Pelo menos aqui em São Paulo, a minha impressão é que quase todas as 
escolas
tem como idéia de um bom colegial darem tudo o que é pedido no vestibular.
Não que isso seja um parâmetro ruim, o vestibular realmente deve(ria) 
servir
para ver se a pessoa já está ou não apta a continuar estudando. Mas 
acontece
que as escolas (pelo menos essa foi a minha experiência) acabam ficando
muito presas no programa do vestibular, onde se encontra determinantes, e
não limites e derivada.

Se um dia o manual da FUVEST (fundação p/ vestibular da USP e algumas 
outras
instituições públicas) disser que o programa da prova de matemática 
consiste
apenas em saber o nome dos números naturais, é isso que vai ser dado na
maioria das escolas, e se disser que cai teoria de grupos e topologia
diferencial, é isso que será ensinado, criando uma legião de odiadores de
matemática. Eu sei que exagerei um pouquinho, mas infelizmente, é essa a
impressão que eu tenho da maioria dos colegiais daqui: cursinhos de três
anos...

No meu curso, eu achei que ficou faltando um pouquinho de lógica matemática
e, se eu bem me lembro, muitas demostrações em geometria, por exemplo essa
do V-A+F=2, que alguém acabou de mencionar na lista. Às vezes, seria bom 
que
os professores dessem pelo menos (e em muitos casos somente) uma idéia 
geral
da demonstração, não se deve esperar que muitos alunos a faça ou a entenda.

Espero que educação matemática não seja fora de tópico; se for, me
desculpem!

David



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Re: Construção axiomática dos números

2001-08-16 Por tôpico Rogerio Fajardo


Vi como se constroem (em termos de conjuntos) os reais a partir dos 
racionais, os racionais a partir dos inteiros, e os naturais a partir do 
conjunto vazio. E os inteiros? como eu os construo dos naturais? (Qual é a 
melhor forma de colocar sinal usando conjuntos?).

Outra coisa: usando essas construções, não estaria errado eu falar que os 
naturais estão contidos nos inteiros, que estão contidos nos racionais, 
etc...? Afinal, o número real 1 é diferente do número racional 1.

From: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: Construção axiomática dos números
Date: Mon, 13 Aug 2001 09:40:46 -0300

On Sun, Aug 12, 2001 at 05:09:56PM -0300, David Daniel Turchick wrote:
  Será que alguém da lista poderia me sugerir um livro em que eu encontre 
uma
  construção axiomática dos números (em especial, dos conjuntos IN e IR)?

A frase 'construção axiomática' é um pouco estranha, se você constrói
o conjunto dos números naturais dentro da teoria dos conjuntos então
você não precisa de axiomas novos, um número natural passa a ser um tipo
especial de conjunto e os 'axiomas' de Peano passam a ser teoremas.

A construção dos números naturais dentro da teoria dos conjuntos está
em explicada em 'Naïve Set Theory', de Paul Halmos, UTM
(sei que existe tradução mas o que eu tenho é o original em inglês).
O 'handbook of mathematical logic' discute (entre várias outras coisas)
os axiomas de Peano em lógica de primeira ordem. Aqui estamos indo para
o lado dos teoremas de incompletude de Gödel, por exemplo, acho que não
era esta a intenção da sua pergunta.

Se por outro lado você está procurando uma descrição das propriedades
fundamentais (axiomas?) dos números naturais e reais voltada para 
estudantes
de graduação e mestrado ou para matemáticos de outras áreas que não lógica 
ou
teoria dos conjuntos então você talvez os primeiros capítulos do livro
de análise do Elon (curso de análise, vol 1, projeto Euclides)
estejam mais próximos do que você procura.

Finalmente, se você quer ver alguma matemática com menos de 50 anos
o livro 'On Numbers and Games' de John Conway começa com a construção
de uma classe de números muito ampla, os números surreais,
que inclui como subclasses não apenas os naturais e reais mas também
os ordinais e cardinais infinitos.

[]s, N.


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Re: LIVROS BONS

2001-07-06 Por tôpico Rogerio Fajardo

Já que o assunto é livro, alguém sabe onde eu acho (de preferência por um 
preço acessível, usado,p.ex.) os livros de análise de Royden e Apostol? Tb 
queria o livro de Álgebra de Birkhoff e McLane.
obs: moro em são paulo

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S pra quem quiser saber tb, eu achei uns 5 livros (algebra I) na livraria ciencia e cultura, novinhos, inclusive foi lah que eu comprei o meu.
[]s, MArcelo

From: josimat<[EMAIL PROTECTED]>
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: OBM<[EMAIL PROTECTED]>
Subject: LIVROS BONS
Date: Wed, 4 Jul 2001 15:08:50 -0300

H algum tempo, apareceu aqui nesta lista algum procurando pelos livros do Morgado, E. Wagner e M. Jorge. Vi alguns exemplares (por R$20) novos (lgebra I e Geometria I) na livraria YAN LIVROS, na rua 7 de setembro, 169, Rio, tel. 2262-9347.
Abraos, Josimar
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Re:

2001-06-25 Por tôpico Rogerio Fajardo

Pq se não isso não fosse verdade (se o sol é verde a lua é quadrada), então 
seria verdade que o sol é verde e falso que a lua é quadrada. Mas não é 
verdade que o sol é verde. Quando vc tem uma condicional (se p então q), a 
sentença só será falsa se p for verdade e q for falso.

Isso parece meio absurdo, mas não é. Para entender isso como uma coisa 
clara, vc deve desligar a idéia intuitiva de causa e consequência que temos 
de se...então... Dizer que se p é verdade então q é verdade, não quer dizer 
que q é verdade só porque q é verdade. Quer dizer, simplesmente, que não 
ocorre de p ser verdadeiro e q falso.


From: P51 Mustang [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Date: Sat, 23 Jun 2001 20:29:41 -0300 (ART)

PQ SE  O SOL EH VERDE(O Q NAO EH) O LUA PODE SER
QUADRADA(O Q TB NAO EH)

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Re: lógica

2001-06-25 Por tôpico Rogerio Fajardo

É verdadeira, como eu comentei na outra resposta. Se p então q é definido 
como sendo equivalente a (não p) ou q. Aí torna clara a veracidade da 
afirmação abaixo.


From: [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: lógica
Date: Sat, 23 Jun 2001 17:31:13 EDT

Se o sol é verde então a lua é quadrada.

A afirmação acima colegas é verdadeira ou falsa? Aguardo comentários.
Grato

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quadrado mágico

2001-05-19 Por tôpico Rogerio Fajardo

Alguém pode me dizer qual é a solução do quadrado mágico (ou tapete mágico) 
5 por 5? Existe uma fórmula geral para qualquer quadrado n por n?

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Re: Aprendendo mat. sem perder o resto

2001-05-04 Por tôpico Rogerio Fajardo

A sugestão que eu daria é tratar de estudar bem para o vestibular e passar 
numa boa faculdade. Aí vc poderá se dedicar integralmente para o que vc 
escolheu (matemática, física, engenharia, etc), sem ter essas outras 
matérias incomodando. Mas isso não impede de vc dar ênfase a matemática e 
exatas ao estudar para o vestibular.

Um detalhe: se vc quer aprender *bem* a Matemática faça bacharelado em 
matemática, iniciação científica, mestrado, doutorado, pós-doutorado no 
exterior, etc, etc,etc... Só assim vc vai quase conseguir o que quer.


From: Gustavo Martins [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Aprendendo mat. sem perder o resto
Date: Thu, 3 May 2001 16:43:47 -0300

Colegas:

Estou no 3º ano do Ens. Médio e percebi que se eu desejo aprender *bem* a 
Matemática e outras matérias exatas, tenho que ter dedicação quase 
exclusiva, ficando com pouquíssimo tempo para estudar os outros assuntos 
(biologia, geografia, etc). Porém, se eu tiver que fazer isso, posso me dar 
mal. Creio que alguns já passaram por esse problema e podem me dar algum 
tipo de sugestão para que eu possa aprender bem as matérias exatas e sobrar 
algum tempo para as outras. Qualquer ajuda serve.

Atenciosamente,
Gustavo

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axiomas e verdades matemáticas

2001-04-12 Por tôpico Rogerio Fajardo

Caros colegas da lista,

Estudando um pouco de fundamentos da matemática, me vieram grandes 
dúvidas sobre o que é uma "verdade absoluta" em matemática, independente de 
qualquer sistema de axiomas, e como prová-las.
A primeira dúvida: o que é um sistema de axiomas? Em algumas disciplinas 
do bacharelado em matemática, como Análise Real e Álgebra, vemos 
demonstrações a partir de alguns axiomas, como as propriedades de adição e 
multiplicação, propriedades de ordenação e axioma do supremo. Porém, as 
deduções dos teoremas a partir dos axiomas, usam os argumentos lógicos 
tradicionais, tidos como verdadeiros e incontestáveis.
Mas alguns sistemas mais formalizados, utilizam regras de inferência 
como Modus Ponens e substituição uniforme. As sentenças (as chamadas wff) 
passam a ser sequências de símbolos que obedecem certas regras de formação e 
os teoremas são obtidos mecanicamente a partir dos axiomas e regras de 
inferência. As sentenças acabam se tornando livres de qualquer significado 
intuitivo para demonstrarmos os teoremas.
   Ficam, aí, duas perguntas: 1-todos sistemas são formalizados dessa 
maneira, incluindo ZFC e Postulado de Euclides? 2-Por mais mecânico que 
seja, o fato de um sistema implicar tal teorema, não é uma verdade 
independente do sistema? Não seria uma verdade absoluta que estou admitindo 
como verdadeira sempre?

   Outra dúvida ainda mais cruel. A matemática moderna defende que todas as 
verdades matemáticas precisam decorrer de um sistema de axiomas, de forma 
que, nada que se demonstra em matemática é absoluto. Uma pergunta: O teorema 
de Godel depende de que axiomas? Ou melhor, a metamatemática se baseia em 
que axiomas, se ela, em si, estuda os sistemas de axiomas? Se dissermos: o 
teorema de Godel se baseia no ZFC ou em outro sistema de teoria dos 
conjuntos (segundo a matemática moderna, toda a matemática é baseada em um 
sistema de axiomas para teoria dos conjuntos), então quer dizer que, se 
mudássemos esse sistema, poderíamos ter que o teorema de Godel fosse falso, 
revendo a possibilidade de cumprir o velho sonho de termos uma matemática 
consistente e completa.
O segundo teorema de Godel diz que, se um sistema é consistente, sua 
consistência não pode ser provada dentro do próprio sistema. Surge a dúvida: 
como provar a consistência? Um sistema é consistente ou não é consistente. 
Isso é absoluto. Ou ele prova uma sentença e sua negação ou ele não prova 
nenhuma sentença e sua negação. Não faz sentido dizermos que isso depende se 
estamos trabalhando no ZFC ou não.

Em resumo: afinal, o que é absoluto na Matemática? Em outras palavras, o 
que realmente afirma, como verdade, essa ciência (ou ramo do saber, se não 
querem chamar a matemática de ciência) à qual dedicamos tantas horas por dia 
e que está tão presente no nosso cotidiano? Dizer que nada na Matemática é 
absoluto, é o mesmo que dizer "A matemática nada afirma, ela não existe", já 
que um ramo do saber que nada afirma não existe.

Agradeço a atenção e paciência de terem lido tudo isso. Agradeço mais 
ainda se alguém responder ou pelo menos indicar um bom livro onde eu posso 
estudar Fundamentos da Matemática realmente "a fundo".

Rogério
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Re: triângulo com mais de 180o?

2001-04-09 Por tôpico Rogerio Fajardo


Isso significa que poderíamos substituir o axioma das paralelas pelo
axioma: "Existe um triângulo em que a soma dos ângulos é 180°"? Isto é,
a existência de um triângulo cuja soma dos ângulos é 180° implica o axioma 
das paralelas e, consequentemente, que em todos os triângulos a soma dos 
ângulos é 180°?

From: "Antonio" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: triângulo com mais de 180o?
Date: Sun, 8 Apr 2001 18:46:03 -0300

 Até onde eu saiba, em geometrias não euclidianas, a soma dos ângulos 
do
triângulo pode ser tanto menor qto maior do que 180 graus.
 Mas como esta não é minha especialidade, deixo para os mestres da 
lista
comentarem mais o assunto!

- Original Message -
From: "Rodrigo Villard Milet" [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Sunday, April 08, 2001 1:14 AM
Subject: Re: triângulo com mais de 180o?


  A soma dos ângulos internos de um triângulo só é 180 graus na geometria
  euclidiana. Explicanco melhor : Se você verificar que a soma dos ângulos
  internos de um triângulo é 180, você só pode estar trabalhando com a
  geometria euclidiana. De fato, num triânguo esférico, a soma dos ângulos
  internos do triângulo é  180 graus. Mas esse triângulo não é definido 
na
  geometria plana euclidiana. Note que a prova de que a soma dos angulos é
180
  decorre do axioma das paralelas, que só é definido na geo euclidiana.
   Certamente, se você considerar uma geometria na superfície de uma 
esfera,
  onde as retas são os grandes círculos, note que PAB será um triângulo 
sim.
  Mas como nessa geometria não vale o axioma das paralelas, não podemos
  afirmar nada sobre a soma dos ângulos (só q ela é   180).
   Abraços,
   ¡Villard!
  -Mensagem original-
  De: vinicius [EMAIL PROTECTED]
  Para: [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED]
  Data: Domingo, 8 de Abril de 2001 00:55
  Assunto: triângulo com mais de 180o?
 
 
  considerem a forma esférica da Terra. tracemos duas linhas de seu 
extremo
  superior ou inferior (pólo norte ou pólo sul) - ponto P - até dois 
pontos
  distintos pertencentes à linha do Equador - pontos A e B. PAB pode ser
  considerado um triângulo? se a resposta for afirmativa, este triângulo
  possuirá soma interna de seus ângulos maior que 180o. isto está de 
acordo
  com a definição de triângulo?
  
  
 
 


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Re: Profissional da Matemática

2001-03-23 Por tôpico Rogerio Fajardo

Olá, futuro colega

   Estudo Matemática na USP e não me arrependo da escolha. Na USP, o 
primeiro ano de Matemática é o ciclo básico, a partir do segundo vc escolhe 
entre: estatística, matemática e matemática aplicada. A primeira opção tem 
um mercado de trabalho muito bom e é mais prático. O curso de Matemática 
(que é o que eu estudo) é mais voltado para formação de pesquisadores. É 
essencial, para quem faz matemática pura, que continue com o mestrado e 
doutorado.
Durante o bacharelado vc pode fazer iniciação científica: vc escolhe um 
assunto q te interessa e procura uma professor q está pedindo aluno de 
iniciação científica. Ele direcionará o q vc deve estudar e passará alguns 
problemas pra vc pensar. Vc pode pedir uma bolsa para a CNPq ou FAPESP e 
será pago pra estudar. Creio que é a melhor coisa do bacharelado em 
matemática da USP: a iniciação científica.
   O curso de matemática aplicada é voltado para o mercado de trabalho, como 
vc perguntou. No final do curso, vc escolhe um assunto à que vc quer aplicar 
a matemática. Vc pode escolher qq coisa, desde que sua opção seja aprovada. 
Então vc fará um bloco de disciplinas da área q vc escolheu: Engenharia, 
computação, economia, biologia, etc (os mais escolhidos são economia e 
computação) e atuará ajudando esses profissionais em suas "continhas".
   As áreas de economia e computação pedem bastante profissionais de 
matemática, mesmo se vc fizer matemática pura, embora essa seja mais voltada 
à formação acadêmica.

Rogério


From: [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: Lista de Discussao [EMAIL PROTECTED]
Subject: Profissional da Matemática
Date: Wed, 21 Mar 2001 22:07:28 -0300

Sou estudante que concluiu o ensino médio recentemente,moro em Sao Paulo
e gostaria de obter algumas informações sobre o curso de Bach. em 
Matemática.
Queria saber onde esse profissional atua, se eh possivel ele se associar
com engenheiros, biologos, geologos, etc, e que opções de cursos de pós
graduação são recomendáveis atualmente para o graduado.
Outra dúvida: eh possível complementear o curso de bach. com o de 
licenciatura?
Quais os beneficios?
Agradeceria também se pudessem me informar sobre o curso de Matemática na
USP.

Obrigado e abraços,
Flavio Daher.




___

http://www.zipmail.com.br O e-mail que vai aonde você está.




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Re: Demonstracao impossivel.

2001-03-10 Por tôpico Rogerio Fajardo


E quanto vale (-1)^3 ? E ((-1)^2)^(3/2) ? (não deve dar o mesmo valor?). E 
(-1)^pi?

Essas perguntas e demonstrações como essa me gera dúvida: como formalizar o 
conceito de exponenciação de números negativos a números racionais ou reais. 
Como eu formalizo isso se chegar a absurdos?

From: [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: Lista OBM [EMAIL PROTECTED]
Subject: Demonstracao impossivel.
Date: Sat, 10 Mar 2001 16:27:54 -0300

Pessoal: vi esta demonstração em outro fórum:

   sqrt(-1) = (-1)^(1/2)
= (-1)^(2/4)
= ((-1)^2)^(1/4)
= 1^(1/4)
= 1

   Curiosa, não?

   Luiz

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Re: prob

2001-02-10 Por tôpico Rogerio Fajardo

Qual é a definição de probabilidade em amostras infinitas? Meu colega me 
passou um problema que me gerou a mesma dúvida. Como formaliza esse conceito 
de probabilidade em casos como este?


From: "josimat" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: "OBM" [EMAIL PROTECTED]
Subject: prob
Date: Sat, 10 Feb 2001 21:18:12 -0200

Considere a aquacao do segundo grau generica: x^2+bx+c=0.
Qual a probabilidade de, escolhendo aleatoriamente os coeficientes "b" e 
"c", sortearmos uma equacao com raizes reais?

[]s JOSIMAR

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Re: Godel

2001-02-01 Por tôpico Rogerio Fajardo

Já foi citado um muito bom, aqui na lista. 
http://www.dmm.im.ufrj.br/diversos/godel.htm
É um bom começo. Apesar de ser um pouco informal, é ótimo para dar a idéia 
geral do teorema. Depois vc procura algum material com a demonstração mais 
formal. Para isso, não conheço nenhum site, mas vc pode ler o livro "Godel's 
Proof" ou o teorema original de Godel: "On formally undecidable propositions 
of Principia Mathematica and related systems", da editora Dover. Esse último 
é muito técnico, mas tem uma introdução que ajuda bastante a compreensão do 
teorema.

Rogério


From: "Bruno Woltzenlogel Paleo" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: "Olympium" [EMAIL PROTECTED],Ciência-List 
[EMAIL PROTECTED],"OBMList" [EMAIL PROTECTED]
Subject: Godel
Date: Thu, 1 Feb 2001 08:55:57 -0200

Alguem conhece algum bom site sobre o teorema de Godel?

até mais...

Bruno Woltzenlogel Paleo
http://br.geocities.com/dopelganger5/
[EMAIL PROTECTED]


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lógica de segunda ordem

2001-01-30 Por tôpico Rogerio Fajardo

Caros colegas da lista

Já estudei um pouco de lógica de primeira ordem, mas nem sei o que é lógica 
de segunda ordem, terceira, e assim por diante. Alguém pode me explicar?

Rogério
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Re: ajuda

2001-01-24 Por tôpico Rogerio Fajardo


Considere, primeiro, que A possa ser igual a B. Temos que, para cada 
elemento de X:
1)Não pertence a A nem a B
2)Pertence só a B
3)Pertence a A e a B
Como para cada elemento de X temos essas três possibilidades, temos
um total de 3 elevado a n combinações. Como o enunciado pede que A
seja diferente de B, subtrai o número de pares ordenados (A,A) em que A é 
subconjunto de X, ou seja, 2 elevado a n (número de subconjuntos de X)

Rogério

From: "filho" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: ajuda
Date: Wed, 24 Jan 2001 09:24:53 -0200

Seja X um conjunto com n elementos. Mostre que o número de pares (A,B) tais 
que A,B são subconjuntos de X, A é um
subconjunto de B, e A diferente de B é igual a  3 elevado a n  menos 2 
elevado a n .


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Re: polinomial

2001-01-21 Por tôpico Rogerio Fajardo

A função de que eu falei é o próprio polinômio. Um polinômio de grau ímpar tem número par de concavidades. Isso implica que, se ela começa crescente, ela termina crescente. Se ela começa decrescente, ela termina decrescente. Isso é suficiente para ela ser sobrejetora e, portanto, em algum lugar vale zero. Como o Daniel ressaltou, isso só vale para coeficientes reais.
Rogério

From: "Daniel" <[EMAIL PROTECTED]>
Reply-To: [EMAIL PROTECTED] 
To: <[EMAIL PROTECTED]>
Subject: Re: polinomial 
Date: Sat, 20 Jan 2001 19:28:49 -0300 
 
 Como o Rogério, o Augusto e eu dizemos, estes teoremas são válidos apenas para polinôminos com coeficientes reais, para polinôminos com coesficientes complexos não são válidos. 
 Ajudou? 
 Daniel 
 
 
 - Original Message - 
 From: Fabiano Gomes 
 To: [EMAIL PROTECTED] 
 Sent: Saturday, January 20, 2001 3:38 PM 
 Subject: Re: polinomial 
 
 
 mas então, como fica a questão da função abordada pelo Rogério isso ficou meio vago para mim... 
 alguém se habilita?? 
 
 abraços, 
 Fabiano. 
 - Original Message - 
 From: Augusto Morgado 
 To: [EMAIL PROTECTED] 
 Sent: Saturday, January 20, 2001 12:22 PM 
 Subject: Re: polinomial 
 
 
 Vou fazer um comentário idiota, mas tenho visto tanta bobagem a esse 
 respeito em vestibulares (UNIRIO, UFF, etc...)...que penso valer a pena 
 realçar isso. 
 Tudo isso diz respeito a polinomios de coeficientes reais. O polinomio 
 x-i, por exemplo, 
 eh de grau impar e nao possui nenhuma raiz real. 
 
 Rogerio Fajardo wrote: 
  
  Uma equação polinomial de grau n tem n raízes (distintas ou não, reais 
  ou não). Acontece que todas as raízes complexas vêm aos pares, pois se 
  a+bi é uma raiz de uma equação polinomial, seu conjugado a-bi também é 
  uma raiz dessa equação. Logo, uma equação polinomial de grau ímpar tem 
  pelo menos uma raiz real, pois tem número ímpar de raízes. 
  
  Se vc pensar em no gráfico da função polinomial, fica imediato que uma 
  função de grau ímpar cruza o eixo x pelo menos uma vez, pois se ela 
  começa crescendo desde o menos infinito, ela terminará crescendo até o 
  mais infinito, e vice-versa, sendo obrigatória a passagem pelo zero. 
  
  Rogério 
  
  From: "Henrique Lima Santana" 
  Reply-To: [EMAIL PROTECTED] 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Subject: polinomial 
  Date: Sat, 20 Jan 2001 02:40:06 -0200 
   
   
   
   Olá pessoal, 
   Tenho uma dúvida: por quê toda equação polinomial de grau ímpar 
  tem pelo menos uma raiz real? 
   []s, Henrique 
   
  _ 
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  -- 
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Re: polinomial

2001-01-20 Por tôpico Rogerio Fajardo

Uma equação polinomial de grau n tem n raízes (distintas ou não, reais ou não). Acontece que todas as raízescomplexas vêm aos pares, pois se a+bi é uma raiz de uma equação polinomial, seu conjugado a-bi também é uma raiz dessa equação. Logo, uma equação polinomial de grau ímpar tem pelo menos uma raiz real, pois tem número ímpar de raízes. 
Se vc pensar em no gráfico da função polinomial, fica imediato que uma função de grauímpar cruza oeixo x pelo menos uma vez, poisse ela começa crescendo desde o menos infinito, ela terminará crescendo até o mais infinito, e vice-versa, sendo obrigatória a passagem pelo zero.
Rogério

From: "Henrique Lima Santana" <[EMAIL PROTECTED]>
Reply-To: [EMAIL PROTECTED] 
To: [EMAIL PROTECTED] 
Subject: polinomial 
Date: Sat, 20 Jan 2001 02:40:06 -0200 
 
 
 
 Olá pessoal, 
 Tenho uma dúvida: por quê toda equação polinomial de grau ímpar 
tem pelo menos uma raiz real? 
 []s, Henrique 
 
_ 
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Re: limite do M.H.S.

2001-01-17 Por tôpico Rogerio Fajardo

Usando a derivada, cheguei na mesma expressão mas sem a constante 2 multiplicando. Sendo a velocidade a derivada do deslocamento, de onde veio esse 2? Onde eu errei na minha dedução?
 Rogério

From: "José Paulo Carneiro" <[EMAIL PROTECTED]>
Reply-To: [EMAIL PROTECTED] 
To: <[EMAIL PROTECTED]>
Subject: Re: limite do M.H.S. 
Date: Wed, 17 Jan 2001 04:45:18 -0200 
 
O limite procurado eh o limite de 
[A.cos(w(t+h)+f) - A.cos(wt+f)] / h, quando h tende a 0. 
Agora aplique a formula cos(p)-cos(q)=2 sen[(p+q)/2].sen[(q-p)/2], para tornar aquela expressao igual a: 
-2A multiplicado por sen(wt+f+wh/2) [este fator tende a sen(wt+f)], multiplicado por 
sen(wh/2)/h. Este ultimo fator eh o mesmo que w/2 vezes sen(u)/u, onde u=wh/2 estah tendendo a 0. 
Por um resultado classico de limites, sen(u)/u tende a 1 quando u tende a 0. Logo, o limite em questao eh: 
-2A.w/2.sen(wt+f) = -2Aw.sen(wt+f) 
 
Conferiu com o que voce achou geometricamete? 
JP 
 
 
 
-Mensagem original- 
De: Daniel <[EMAIL PROTECTED]>
Para: Lista da OBM <[EMAIL PROTECTED]>
Data: Quarta-feira, 17 de Janeiro de 2001 00:50 
Assunto: limite do M.H.S. 
 
 
 Por um acaso poderiam me ajudar com um limite, matéria da qual ainda não estudei tudo? É o seguinte: 
 No Movimento Hamônico Simples, a função horária de elongação é dada por: 
 
 x = A.cos(wt+f), 
 
 Consegui deduzir a função da velocidade usando trigonometria, mas sei que 
 
 v = lim Dx/Dt, quando Dt tende a zero, 
 A pergunta é como calcular tal limite da função horária acima? 
 
 Daniel 
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Re: paradoxo de zenão - ajuda

2000-12-04 Por tôpico Rogerio Fajardo




From: "Jorge Peixoto  Morais" [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: paradoxo de zenão - ajuda
Date: Sat, 2 Dec 2000 22:11:08 -0200

Dos três paradoxos só não conheço o da flecha. Pode diminuir minha
curiosidade?

Uma flecha que voa está em repouso, pois a cada instante ela está em repouso 
numa determinada posicao. Portanto, estará em repouso o tempo todo.
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Re: Livros de Grande Valor

2000-11-09 Por tôpico Rogerio Fajardo

Ola,

 Obrigado pelo aviso. Mas vc poderia passar o telefone deles? Eu sou de 
São Paulo e gostaria de saber se dá para encomendar livros por telefone, 
pois fica difícil, para mim, visitar pessoalmente o sebo.
 Será que lá eu encontro o Pricipia Matematica ou as obras completas de 
Goedel por um preço mais acessível?

   Rogério


From: "Paulo Santa Rita" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Livros de Grande Valor
Date: Wed, 08 Nov 2000 12:00:28 -0500

Ola Amigos,

Nao se consegue aprender bem sem bons livros. Todos sabem
disso. Ocorre que os livros costumam ser caros ...

Eu recebi uma mensagem segundo a qual na Livraria Sao Jose (
Um dos melhores sebos da cidade ), na rua do Carmo, no
centro da cidade do Rio de janeiro, chegou uma quantidade
enorme ( mais de 5000 ) de livros de matematica excelentes.

Os livros de geometria analitica do Prof Nicolay Efimov
estao la...

Os livros sao usados mas sempre estao em bom estado. E
custam, em muitos casos, menos de um terco do valor padrao


Eu nao conheco os donos da livraria, mas sei que os colegas
desta lista sao verdadeiramente estudiosos e poderao
encontrar obras raras, que nao sao mais publicadas e outras,
a baixo preco.

Um Grande abraco a todos
Paulo Santa Rita
4,1452,08112000


 
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Re: estranho

2000-09-15 Por tôpico Rogerio Fajardo

Já que o assunto é Teoria dos Conjuntos, gostaria que alguém me resolvesse 
algumas dúvidas:
   1)A cardinalidade do conjunto dos números reais é 2^n, onde n é a 
cardinalidade do conjunto dos naturais. Existe, então, uma bijeção entre o 
conjunto dos reais e o conjunto dos subconjuntos dos naturais? Como prova?
   2)Existe uma bijeção entre o conjunto dos reais e o conjunto dos 
subconjuntos enumeráveis dos reais?
   3)Qual seria um exemplo de um conjunto maior do que o dos reais?

Rogerio Fajardo


From: "Nicolau C. Saldanha" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: estranho
Date: Tue, 12 Sep 2000 13:53:17 -0300 (BRT)



On Mon, 11 Sep 2000, Eduardo Favarão Botelho wrote:

  Espera aí!
 
  Que negócio é esso de que um infinito é maior que o outro? como 
assim
  ser Q um conjunto enumerável?
  Estou confuso.
  E aproveitando a deixa, gostaria de deixar um problema bonitinho:
  calcule S, sendo
 
  S = 1 +2/2 +3/4 +4/8 +5/16 + ...
 
  Abraços, Eduardo
 
 
  Um exemplo:
  tome o conjunto dos números reais R.
  lembre-se que Q (conjunto dos numeros racionais) e I (conjunto dos 
numeros
  irracionais) estao contidos em R.
  Escolha um elemento de R aleatoriamente.
  Sabe qual e a probabilidade desse elemento ser racional?
  ZERO, apesar de Q ser um conjunto infinito e denso em R e portanto esse
  evento e perfeitamente possivel.
  Isto decorre do fato de Q ser um conjunto enumeravel (se e que isso faz
  algum sentido para voce) e I, assim como R nao sao enumeraveis, ou seja 
sao
  "muito maiores".
 

Um conjunto infinito X é enumerável se existe bijeção entre X e N,
o conjunto dos naturais.

O cardinal de X é igual ao de Y se existe bijeção entre X e Y.
Escreve-se |X| = |Y|.
X é infinito enumerável se |X| = |N|.

O cardinal de X é maior ou igual do que o de Y se existir:
(a) função injetora de Y para X;
(b) função sobrejetora de X para Y.
As condições (a) e (b) são equivalentes.
Escreve-se |X| = |Y|.

Naturalmente, escreve-se |X|  |Y| quando |X| = |Y| mas |X| != |Y|
(onde != significa 'diferente de', ou seja, 'não igual a').

Pode-se demonstrar que |N| = |Z| = |Q|  |R| = |C|,
onde estes são os conjuntos dos naturais, inteiros, racionais,
reais e complexos.
Para qualquer conjunto X, sempre temos |X|  |P(X)|,
onde P(X) = {Y | Y é subconjunto de X} é o conjunto das partes de X.
Para quaisquer conjuntos infinitos X e Y temos |X| = |Y| ou |Y| = |X|
e |X U Y| = |X x Y| = max(|X|,|Y|).

O assunto é grande, veja um bom livro de teoria dos conjuntos,
como Naïve Set Theory, Halmos (existe tradução).

[]s, N.


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lógica e fundamentos

2000-08-30 Por tôpico Rogerio Fajardo

Olá, pessoal

 Sou aluno do 1° ano de Bacharelado de Matemática e comecei a me 
interessar muito por lógica e fundamentos da matemática. Tenho algumas 
dúvidas que gostaria que alguém me tirasse. A primeira é a seguinte: toda a 
matemática é construída a partir de axiomas, que não são provados, e a 
partir deles são deduzidas as verdades matemáticas dentro desse sistema. Mas 
essa relação de implicação é uma verdade matemática, e precisa de axiomas 
para o provar. Como se dá isso? Os teoremas da lógica dispensam provas? 
Outra coisa: a incompletude de Gödel, que diz que a aritmética não pode ser 
deduzida a partir de sistemas de axiomas, só vale para sistema do tipo 
mecânico?

  grato pela atenção,
  Rogério

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Re: Matemática e Física

2000-08-30 Por tôpico Rogerio Fajardo


Olá, David

 É uma boa idéia discutir esse tipo de questão. Tenho outras: o que é 
Física? O que é Matemática? Essas duas ciências evoluíram enormemente nos 
últimos séculos, mas não se chegou a um acordo para uma definição delas, 
principalmente sobre a matemática. Se alguém tiver algumas idéias sobre 
essas questões, serão bem aceitas.

  grato pela atenção,
 Rogério

From: "David Pereira" [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Matemática e Física
Date: Tue, 29 Aug 2000 19:41:16 -0300

"A Matemática é um método de explicar o que tem por dentro da cabeça de um
físico."

Eu concordo em parte com essa frase. Creio que aja um feedback entre as dua
ciências. Algo como, uma não vive sem a outra. O que vocês acham de
discutirmos esta questão?

[]s
David




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