[obm-l] Conjunto denso em R

2007-08-08 Por tôpico Artur Costa Steiner
Em agosto/setembro de 2003 um assunto deste tipo foi discutido aqui (motivado 
pelo sumido Claudio Buffara). Eu apresentei uma prova, baseada no principio da 
casa dos pombos, de que, se p eh irracional, entao o conjunto A = {m*p + n | m 
e n sao inteiros} eh denso em R. 
 
Estou agora querendo provar que, novamente para p irracional,  B = {m*p +n | m 
eh inteiro, n eh inteiro positivo} tambem eh denso em R. Talvez haja uma 
solucao simples, baseada na conclusao anterior, mas ainda nao consegui nenhuma 
prova. Alguem pode dar uma sugestao?
 
Abracos
Artur 


Re:[obm-l] Conjunto denso em R

2004-12-29 Por tôpico Artur Costa Steiner
Bem legal esta prova!

Interessante que com este problema me ocorreu uma prova para um fato que foi
discutido aqui hah uns 3 meses: se uma funca nao constante f for continua
periodica em R, entao g(x) = f(x^2) nao eh periodica.
Suponhamos, para facilitar, que o periodo de f seja 1 e admitamos que g seja
periodica com periodo fundamental p>0. Para todo inteiro positivo n, temos
que g(raiz(n)) = f(n) = f(0). Para todo inteiro m, temos entao que g(raiz(n)
+ m*p) = g(raiz(n)) = g(0). Como o conjunto {raiz(n) + m*p} eh denso em R e
g eh continua, concluimos que g(x+ = g(0) para todo real x, de modo que g eh
constante. Logo, f tambem eh constante, contraiamente aa hipotese.
Se o periodo de f for t<>1, entao f(T*x) tem periodo 1, e como T eh
arbitrario, chegamos aa mesma conclusao.

Artur

- Mensagem Original 
De: obm-l@mat.puc-rio.br
Para: "obm-l" 
Assunto: Re:[obm-l] Conjunto denso em R
Data: 28/12/04 16:05



De:[EMAIL PROTECTED]

Para:obm-l@mat.puc-rio.br

Cópia:

Data:Tue, 28 Dec 2004 12:22:40 -0200

Assunto:[obm-l] Conjunto denso em R

  

> Um problrma que me pareceu interessante: mostre que, para todo real p<>0,
o
> conjunto A = {raiz(n) + m*p | n>=0 e m sao inteiros} eh denso em R.
> Artur
> 
Se p for irracional, recairemos num resultado que jah foi muito discutido
aqui na lista.

Pra mim, o interessante eh o caso p = 1, que mostra que {raiz(n)} = parte
fracionaria de raiz(n) eh densa em [0,1], um fato que eu desconhecia, mas
que nao me parece tao absurdo assim.

Sabemos que x(n) = raiz(n) - raiz(n-1) -> 0 quando n -> infinito

Mas raiz(n) - raiz(n-1) = {raiz(n)} - {raiz(n-1)} + [raiz(n)] - [raiz(n-1)].

Tomando a subsequencia x(n^2), teremos:
x(n^2) = 1 - {raiz(n^2-1)} -> 0 quando n -> infinito.
Ou seja, a sequencia {raiz(n^2-1)} -> 1 quando n -> infinito.

Por outro lado, x(n^2+1) = {raiz(n^2+1)} -> 0 quando n -> infinito.

Ou seja, 0 e 1 sao valores de aderencia da sequencia {raiz(n)}.

Um pouco de reflexao e esforco mental (no banheiro) me fez pensar na
sequencia:
y(n) = raiz(n^2 + 2*a*n) - n.
Nao eh dificil ver que y(n) -> a quando n -> infinito.
Alem disso, podemos escrever:
y(n) = {raiz(n^2 + 2*a*n)} + [raiz(n^2 + 2*a*n)] - n

Suponhamos que a seja um racional de (0,1], ou seja, a = p/q onde p e q sao
inteiros positivos e p <= q.

Nesse caso, n^2 + 2*a*n = n^2 + 2*(p/q)*n eh inteiro sempre que n for um
multiplo de q e [raiz(n^2 + 2*a*n)] = n. Portanto, concluimos que:
y(q*n) = {raiz(q^2*n^2 + 2*p*n)} ->  p/q  quando n -> infinito.

Ou seja, todo racional de [0,1] eh valor de aderencia de {raiz(n)}.

Agora, tome um intervalo qualquer I de [0,1]. Sabemos que I contem, em seu
interior, algum racional e que este racional eh limite de alguma
subsequencia de {raiz(n)}. Logo, I conterah todos os termos desta
subsequencia com indices suficientemente grandes, ou seja, {raiz(n)} eh
densa em [0,1]. 

***

Com pequenas adaptacoes, o argumento acima resolve o problema original
proposto pelo Artur.

[]s,
Claudio.


OPEN Internet e Informática
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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re:[obm-l] Conjunto denso em R

2004-12-28 Por tôpico claudio.buffara

 




De:
[EMAIL PROTECTED]




Para:
obm-l@mat.puc-rio.br




Cópia:





Data:
Tue, 28 Dec 2004 12:22:40 -0200




Assunto:
[obm-l] Conjunto denso em R




 
 
> Um problrma que me pareceu interessante: mostre que, para todo real p<>0, o
> conjunto A = {raiz(n) + m*p | n>=0 e m sao inteiros} eh denso em R.
> Artur
> 
Se p for irracional, recairemos num resultado que jah foi muito discutido aqui na lista.
 
Pra mim, o interessante eh o caso p = 1, que mostra que {raiz(n)} = parte fracionaria de raiz(n) eh densa em [0,1], um fato que eu desconhecia, mas que nao me parece tao absurdo assim.
 
Sabemos que x(n) = raiz(n) - raiz(n-1) -> 0 quando n -> infinito
 
Mas raiz(n) - raiz(n-1) = {raiz(n)} - {raiz(n-1)} + [raiz(n)] - [raiz(n-1)].
 
Tomando a subsequencia x(n^2), teremos:
x(n^2) = 1 - {raiz(n^2-1)} -> 0 quando n -> infinito.
Ou seja, a sequencia {raiz(n^2-1)} -> 1 quando n -> infinito.
 
Por outro lado, x(n^2+1) = {raiz(n^2+1)} -> 0 quando n -> infinito.
 
Ou seja, 0 e 1 sao valores de aderencia da sequencia {raiz(n)}.
 
Um pouco de reflexao e esforco mental (no banheiro) me fez pensar na sequencia:
y(n) = raiz(n^2 + 2*a*n) - n.
Nao eh dificil ver que y(n) -> a quando n -> infinito.
Alem disso, podemos escrever:
y(n) = {raiz(n^2 + 2*a*n)} + [raiz(n^2 + 2*a*n)] - n
 
Suponhamos que a seja um racional de (0,1], ou seja, a = p/q onde p e q sao inteiros positivos e p <= q.
 
Nesse caso, n^2 + 2*a*n = n^2 + 2*(p/q)*n eh inteiro sempre que n for um multiplo de q e [raiz(n^2 + 2*a*n)] = n. Portanto, concluimos que:
y(q*n) = {raiz(q^2*n^2 + 2*p*n)} ->  p/q  quando n -> infinito.
 
Ou seja, todo racional de [0,1] eh valor de aderencia de {raiz(n)}.
 
Agora, tome um intervalo qualquer I de [0,1]. Sabemos que I contem, em seu interior, algum racional e que este racional eh limite de alguma subsequencia de {raiz(n)}. Logo, I conterah todos os termos desta subsequencia com indices suficientemente grandes, ou seja, {raiz(n)} eh densa em [0,1]. 
 
***
 
Com pequenas adaptacoes, o argumento acima resolve o problema original proposto pelo Artur.
 
[]s,
Claudio.
 


[obm-l] Conjunto denso em R

2004-12-28 Por tôpico Artur Costa Steiner
Um problrma que me pareceu interessante: mostre que, para todo real p<>0, o
conjunto A = {raiz(n) + m*p | n>=0 e m sao inteiros} eh denso em R.
Artur



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RE: [obm-l] Conjunto denso em R

2003-09-13 Por tôpico Artur Costa Steiner
> > O que significa intersecao nao trivial?
> > A definicao que eu ja vi em varios livros, relativa a espacos
> topologicos, e
> > que Y eh denso em X se o fecho de Y for o proprio X.
> Eu deveria ter escrito não vazia em vez de não trivial.
> A sua definição é equivalente à que eu dei.

Ah! Obrigado. O Eduardo Casagrande tambem fez esta observacao.

Com relacao ao topico original deste asunto, o problema apresentado pelo
Claudio, eu andei pensando nele (no original, aquele que aparece no livro do
Erlon). O Claudio disse que a prova baseada no pricipio da casa dos pombos
estava errada, mas eu creio que eh possivel e provar com base neste
principio. Penguei assim um gancho na ideia do Claudio, que me pareceu OK.
Queremos mostrar que, se a eh irracional, entao A= {n*a+m | m e n sao
inteiros} eh denso em R. Para facilitar, observemos que:

(1) Eh suficiente mostrar que, para todo eps>0, A intersecta (0, eps) --
Pois, se x pertence a A interseccao (0, eps), entao a sequencia {x, 2x,
3x...} estah em A eh e uma PA de razao eps. Logo, para todo real r existe um
inteiro k tal que kx estah em (r, r+eps)

(2) Em virtude de (1), basta mostrar que existem u e v em A tais que
|u-v|=0, definamos frac(x) como a parte fracionaria de x, de
modo que x = Ix + frac(x), com 0<=frac(x)<1. Ix eh o piso de x, o maior
inteiro <= x. Temos entao que S = {frac(na) | m eh natural} eh infinito.
Para ver isto, observemos que se m<>n entao frac(ma)<>frac(na). Pois, se
frac(ma)=frac(na) para n<>n, entao ma - na = Im - In, com Im e In inteiros.
Segue-se entao que, contrariamente aa hipotese basica, a eh racional. Isto
nos mostra que os termos da sequencia {frac(na)} sao distintos 2 a 2, o que
implica que S eh numeravel e infinito.  
 
Tomemos agora [0,1] e o dividamos em um numero finito de intervalos fechados
de comprimento 0, isto eh possivel). Eh imediato que S
eh um subconjunto infinito de [0,1]. E eh aqui que entra em cena o pricipio
da casa dos pombos. Logo, pelo menos um dos subintervalos em que dividimos
[0,1] tem que conter 2 ou mais elementos de S. Na realidade, tem que conter
infinitos elementos de S. Existem assim uma infinidade de naturais p e q
para os quais |frac(pa) - frac(qa)|<>

Re: [obm-l] Conjunto denso em R

2003-09-11 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Wed, Sep 10, 2003 at 05:32:01PM -0300, Artur Costa Steiner wrote:
>> Seja X um espaço topológico e Y um subconjunto de X:
>> Y é denso em X se para todo aberto Z contido em X
>> a interseção de Y com Z é não trivial.
> 
> O que significa intersecao nao trivial?
> A definicao que eu ja vi em varios livros, relativa a espacos topologicos, e
> que Y eh denso em X se o fecho de Y for o proprio X.

Eu deveria ter escrito não vazia em vez de não trivial.
A sua definição é equivalente à que eu dei.

[]s, N.
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Re: [obm-l] Conjunto denso em R

2003-09-10 Por tôpico Eduardo Casagrande Stabel

From: "Artur Costa Steiner" <[EMAIL PROTECTED]>
> > Conjunto denso e quando entre dois elementos
> > quaisquer sempre ha mais um...
>
> Há vários usos para a palavra "denso".
>
> 
>
> (a)
> Seja X um espaço topológico e Y um subconjunto de X:
> Y é denso em X se para todo aberto Z contido em X
> a interseção de Y com Z é não trivial.
>
> O que significa intersecao nao trivial?
> A definicao que eu ja vi em varios livros, relativa a espacos topologicos,
e
> que Y eh denso em X se o fecho de Y for o proprio X.
> Obrigado.
> Artur

Oi Artur!

Na definição do Nicolau, faltou dizer "aberto Z não-vazio". Por "não
trivial", entenda "não vazio". A sua definição é equivalente à que o N. deu,
tente demonstrar isto, Artur.

Abração!
Duda.

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Re: [obm-l] Conjunto denso em R

2003-09-10 Por tôpico Artur Costa Steiner
- Mensagem Original 
De: [EMAIL PROTECTED]
Para: "[EMAIL PROTECTED]" <[EMAIL PROTECTED]>
Assunto: Re: [obm-l] Conjunto denso em R
Data: 10/09/03 14:45


On Wed, Sep 10, 2003 at 01:05:10PM -0300, Johann Peter Gustav Lejeune
Dirichlet wrote:
> Conjunto denso e quando entre dois elementos
> quaisquer sempre ha mais um...

Há vários usos para a palavra "denso".



(a)
Seja X um espaço topológico e Y um subconjunto de X:
Y é denso em X se para todo aberto Z contido em X
a interseção de Y com Z é não trivial.

O que significa intersecao nao trivial?
A definicao que eu ja vi em varios livros, relativa a espacos topologicos, e
que Y eh denso em X se o fecho de Y for o proprio X.
Obrigado.
Artur

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provedor do DF com anti-vírus no servidor de e-mails @

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Re: [obm-l] Conjunto denso em R

2003-09-10 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Wed, Sep 10, 2003 at 01:05:10PM -0300, Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet wrote:
> Conjunto denso e quando entre dois elementos
> quaisquer sempre ha mais um...

Há vários usos para a palavra "denso".



(a)
Seja X um espaço topológico e Y um subconjunto de X:
Y é denso em X se para todo aberto Z contido em X
a interseção de Y com Z é não trivial.



(b)
Um conjunto totalmente ordenado X é denso se entre dois
pontos de X há sempre um terceiro: x1 < x2 implica em que
existe x3, x1 < x3 < x2.



(c)
Um subconjunto Y de um conjunto totalmente ordenado X
é denso em X se para quaisquer x1 < x2 em X existir
y em Y com x1 < y < x2.



Os significados (a) e (c) são equivalentes para subconjuntos
de R mas (c) não faz sentido em R^2, por exemplo.

[]s, N.
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Re: [obm-l] Conjunto denso em R

2003-09-10 Por tôpico Domingos Jr.
Conjunto denso e quando entre dois elementos
quaisquer sempre ha mais um...> x < y + na + m < y, e segue que existe um



Pois então, a minha prova (elementar) está correta, vai aqui completa:

Seja B = {na - m | n, m inteiros não negativos, a > 0 irracional}
B é fechado em relação a adição, basta ver que:
(na - m) + (ka - l) = (n + k)a - (m + l), com (n + k) e (m + l) inteiros não
negativos.

Teorema: Existem infinitos pares p, q de inteiros tal que |p/q - a| < 1/q².
Note que podemos obter valores de q arbitrariamente grandes.

então a = p/q + e, com 0 < |e| < 1/q²
na - m = n(p/q + e) - m = np/q - m + ne
agora tome n = q, m = p, temos
na - m = ne = qe, e logo |na - m| = |qe| = q|e| < 1/q

isso mostra que podemos obter valores arbitrariamente próximos de 0 para
|na - m|.
sendo assim, sejam x < y elementos de B.
existe então um par p, q de inteiros que satisfaz 0 < |qa - p| < y - x.
se qa - p > 0 então:
x < x + qa - p < y, e como provamos B é fechado em relação a adição,
logo existe um elemento entre x e y.
se qa - p < 0 então:
x < y + qa - p < y, e pelo mesmo argumento existe um elem. entre x e y.

[ ]'s


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Re: [obm-l] Conjunto denso em R

2003-09-10 Por tôpico Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
Conjunto denso e quando entre dois elementos
quaisquer sempre ha mais um...
 --- "Domingos Jr." <[EMAIL PROTECTED]>
escreveu: > 
> (**) uma questão chata agora é provar que
> sempre existe p, q que tornem e >
> 0, pois aí teríamos 0 < na + m < 1/q.
> pra mim isso parece verdade pois seria
> extremamente bizarro haver apenas
> aproximações por cima com a precisão
> denominador²!
> 
> 
> nossa, agora que percebi, isso é completamente
> desnecessário...
> tome x < y em B, então para algum q inteiro
> positivo tq 1/q < y - x.
> 
> se -1/q² < e < 0, então
> -1/q < na + m < 0
> x < y + na + m < y, e segue que existe um
> elemento entre x, y em B.
> 
> no caso de 0 < na + m < 1/q tomamos x < x + na
> + m < y.
> 
> uma pergunta: eu conheci a definição de
> conjunto denso com base no que você
> (Cláudio) me disse, é assim mesmo que se prova
> que um conjunto é denso ou
> existe alguma condição adicional?
> 
> vou pensar na questão dos pontos de
> acumulação...
> 
> [ ]'s
> 
>
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> Instruções para entrar na lista, sair da lista
> e usar a lista em
>
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>
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Re: [obm-l] Conjunto denso em R - Marcio

2003-09-10 Por tôpico Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet
Mas fraçoes continuas e o que ha pra esse tipo de
problema...
A soluçao com PCP deve ser parecida...Veja o
artigo do Gugu.
 --- Claudio Buffara
<[EMAIL PROTECTED]> escreveu: > on
09.09.03 20:10, Marcio Afonso A. Cohen at
> [EMAIL PROTECTED]
> wrote:
> 
> > Espero que esteja certo, de uma conferida..
> > 
> > Se a eh irracional positivo, olhe para as
> aproximacoes por fracoes
> > continuas de a.
> >
> Oi, Marcio:
> 
> Realmente, com fracoes continuas o resultado
> sai, mas eu estava pensando
> numa solucao mais elementar, usando apenas o
> PCP.
> 
> > Temos a = a0 + 1/[a1 + 1/[a2+ e as
> reduzidas p_n/q_n (p0/q0 = a0,
> > p1/q1= a0+1/a1, p2/q2=a0+1/[a1+1/a2]... )
> > com n par satisfazem 0 < a - p_n/q_n <
> (1/q_n)^2
> > Como os p_n,q_n sao positivos e tendem para
> infinito, podemos, dado um
> > eps>0 qualquer, escolher n tq 1/q_n < eps.
> > Nesse caso, a desigualdade acima implica 0 <
> (q_n)*a - p_n < eps.
> > Portanto, dado qualquer intervalo (r,r+eps)
> de R+, sempre existe algum
> > multiplo de (q_n)*a - p_n que cai nesse
> intervalo.
> >
> > Para intervalos em R-, voce pode adotar uma
> ideia parecida, mas agora
> > olhando para as reduzidas de ordem impar.
> > 
> Esse eh a ideia chave: separar os casos B inter
> R+ e B inter R-. Obvia,
> depois que alguem pensa nisso! Vou mandar uma
> msg com a solucao mais
> elementar usando essa ideia.
> 
> > Obs: As demonstracoes desses resultados sobre
> as reduzidas decorrem das
> > relacoes t(n+2) = a(n+2)t(n+1)+t(n),
> satisfeitas tanto por t(n)=p(n) quanto
> > por t(n)=q(n). Isso pode ser verificado por
> inducao, e pode ser conjecturado
> > a partir de uma analise das fracoes continuas
> de numeros racionais (que "eh"
> > o algoritmo de euclides).
> > 
> > Obs2: Se a = p/q, p,q inteiros, entao os
> elementos de B sao da forma
> > (np-mq)/q, e como o numerador eh inteiro,
> todos os elementos de B tem modulo
> >> = 1/q. Em particular, B nao eh denso em R.
> > Se a for negativo, entao B soh tem elementos
> negativos e nao eh denso em
> > R.
> >
> Bom ponto. O Domingos tambem observou isso. Com
> a negativo, serah que B tem
> algum ponto de acumulacao?
>  
> Um abraco,
> Claudio.
> 
>
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> e usar a lista em
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Re: [obm-l] Conjunto denso em R - Domingos

2003-09-10 Por tôpico Salvador Addas Zanata

Se x for um ponto de acumulacao de C, entao existe uma seq. de elementos
distintos de C convergindo para x. Mas qualquer seq. de elementos de C vai
para infinito, ne? Logo me parece que nao temos pontos de acumulacao. 

Abraco,

Salvador
 

> 
> Agora, uma questao interessante:
> Se a eh um irracional positivo e C = {n*a + m; m,n: inteiros nao-negativos},
> serah que C tem algum ponto de acumulacao ou todos os seus pontos sao
> isolados?
> 
> Um abraco,
> Claudio.
> 
> 
> =
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[obm-l] Conjunto denso em R - FURADA

2003-09-09 Por tôpico Claudio Buffara
on 09.09.03 14:08, Claudio Buffara at [EMAIL PROTECTED] wrote:

> 
> Um resultado relacionado que eu nao estou conseguindo provar (ou dar algum
> contra-exemplo) eh que o conjunto B = {n*a - m; m, n inteiros POSITIVOS} eh
> denso em R. 
> 

Infelizmente a demonstracao abaixo tem um furo...veja o item (d):

a) Particionamos [0,1) = [0,1/n) U [1/n,2/n) U ... U [(n-1)/n,1)

b) Consideramos os n+1 numeros: 0, a - [a], 2a - [2a], ..., na - [na] e
usamos o PCP para concluir que dois deles, digamos ra - [ra] e sa - [sa],
com 0 <= r < s <= n, pertencem ao mesmo sub-intervalo.

c) Isso quer dizer que 0 < | (sa - [sa]) - (ra - [ra]) | < 1/n, ou seja:
0 < | (s - r)a - ([sa] - [ra]) | < 1/n

d) Mas a > 0   e   r < s  ==>  s - r > 0   e   [sa] - [ra] >= 0.

 A PASSAGEM A SEGUIR NAO EH VALIDA 
Assim: 0 < (s - r)a - ([sa] - [ra]) < 1/n.

Isso nao eh sempre verdade. Por exemplo:

a = 1,501..., r = 1, s = 2 ==>
(s - r)a = 1,501...
[sa] - [ra] = 3 - 1 = 2 ==>
(s - r)a - ([sa] - [ra])  = 0,002... - 1,501... = -0,491... < 0

Foi mal!



OBS: A demonstracao mais sofisticada do Marcio, usando a representacao de a
em fracao continua (cujas reduzidas de ordem par sao sempre > a), continua
valendo. Ou seja, o resultado eh verdadeiro.


Um abraco,
Claudio.


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Re: [obm-l] Conjunto denso em R

2003-09-09 Por tôpico Domingos Jr.

(**) uma questão chata agora é provar que sempre existe p, q que tornem e >
0, pois aí teríamos 0 < na + m < 1/q.
pra mim isso parece verdade pois seria extremamente bizarro haver apenas
aproximações por cima com a precisão denominador²!


nossa, agora que percebi, isso é completamente desnecessário...
tome x < y em B, então para algum q inteiro positivo tq 1/q < y - x.

se -1/q² < e < 0, então
-1/q < na + m < 0
x < y + na + m < y, e segue que existe um elemento entre x, y em B.

no caso de 0 < na + m < 1/q tomamos x < x + na + m < y.

uma pergunta: eu conheci a definição de conjunto denso com base no que você
(Cláudio) me disse, é assim mesmo que se prova que um conjunto é denso ou
existe alguma condição adicional?

vou pensar na questão dos pontos de acumulação...

[ ]'s

=
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[obm-l] Conjunto denso em R - Marcio

2003-09-09 Por tôpico Claudio Buffara
on 09.09.03 20:10, Marcio Afonso A. Cohen at [EMAIL PROTECTED]
wrote:

> Espero que esteja certo, de uma conferida..
> 
> Se a eh irracional positivo, olhe para as aproximacoes por fracoes
> continuas de a.
>
Oi, Marcio:

Realmente, com fracoes continuas o resultado sai, mas eu estava pensando
numa solucao mais elementar, usando apenas o PCP.

> Temos a = a0 + 1/[a1 + 1/[a2+ e as reduzidas p_n/q_n (p0/q0 = a0,
> p1/q1= a0+1/a1, p2/q2=a0+1/[a1+1/a2]... )
> com n par satisfazem 0 < a - p_n/q_n < (1/q_n)^2
> Como os p_n,q_n sao positivos e tendem para infinito, podemos, dado um
> eps>0 qualquer, escolher n tq 1/q_n < eps.
> Nesse caso, a desigualdade acima implica 0 < (q_n)*a - p_n < eps.
> Portanto, dado qualquer intervalo (r,r+eps) de R+, sempre existe algum
> multiplo de (q_n)*a - p_n que cai nesse intervalo.
>
> Para intervalos em R-, voce pode adotar uma ideia parecida, mas agora
> olhando para as reduzidas de ordem impar.
> 
Esse eh a ideia chave: separar os casos B inter R+ e B inter R-. Obvia,
depois que alguem pensa nisso! Vou mandar uma msg com a solucao mais
elementar usando essa ideia.

> Obs: As demonstracoes desses resultados sobre as reduzidas decorrem das
> relacoes t(n+2) = a(n+2)t(n+1)+t(n), satisfeitas tanto por t(n)=p(n) quanto
> por t(n)=q(n). Isso pode ser verificado por inducao, e pode ser conjecturado
> a partir de uma analise das fracoes continuas de numeros racionais (que "eh"
> o algoritmo de euclides).
> 
> Obs2: Se a = p/q, p,q inteiros, entao os elementos de B sao da forma
> (np-mq)/q, e como o numerador eh inteiro, todos os elementos de B tem modulo
>> = 1/q. Em particular, B nao eh denso em R.
> Se a for negativo, entao B soh tem elementos negativos e nao eh denso em
> R.
>
Bom ponto. O Domingos tambem observou isso. Com a negativo, serah que B tem
algum ponto de acumulacao?
 
Um abraco,
Claudio.

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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[obm-l] Conjunto denso em R - Domingos

2003-09-09 Por tôpico Claudio Buffara
on 09.09.03 18:03, Domingos Jr. at [EMAIL PROTECTED] wrote:

> Um resultado relacionado que eu nao estou conseguindo provar (ou dar algum
> contra-exemplo) eh que o conjunto B = {n*a - m; m, n inteiros POSITIVOS} eh
> denso em R.
> 
> 
>  x  
> 
> note que se a < -1, então entre {-1, 0} não existe nenhum elemento de B.
> que tal impor a condição a > 0?
> 
Oi, Domingos:

Realmente, voce tem toda a razao. Temos que supor a > 0.

Agora, uma questao interessante:
Se a eh um irracional positivo e C = {n*a + m; m,n: inteiros nao-negativos},
serah que C tem algum ponto de acumulacao ou todos os seus pontos sao
isolados?

Um abraco,
Claudio.


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Re: [obm-l] Conjunto denso em R

2003-09-09 Por tôpico Claudio Buffara
on 09.09.03 14:08, Claudio Buffara at [EMAIL PROTECTED] wrote:

> 
> Um resultado relacionado que eu nao estou conseguindo provar (ou dar algum
> contra-exemplo) eh que o conjunto B = {n*a - m; m, n inteiros POSITIVOS} eh
> denso em R. 
> 
Obrigado, Domingos e Marcio:

De fato, "a" precisa ser positivo. Alem disso, ajuda um pouco sem
enfraquecer muito a hipotese supor que m e n sao NAO-NEGATIVOS ao inves de
estritamente positivos.
 
Mas o mais importante foi a ideia de separar a demonstracao em duas partes:
1) Provar que B inter R+ eh denso em R+
2) Provar que B inter R- eh denso em R-.

Com essa divisao a coisa vai...

Por exemplo, para a parte 1 teriamos os seguintes passos:

a) Particionamos [0,1) = [0,1/n) U [1/n,2/n) U ... U [(n-1)/n,1)

b) Consideramos os n+1 numeros: 0, a - [a], 2a - [2a], ..., na - [na] e
usamos o PCP para concluir que dois deles, digamos ra - [ra] e sa - [sa],
com 0 <= r < s <= n, pertencem ao mesmo sub-intervalo.

c) Isso quer dizer que 0 < | (sa - [sa]) - (ra - [ra]) | < 1/n, ou seja:
0 < | (s - r)a - ([sa] - [ra]) | < 1/n

d) Mas a > 0   e   r < s  ==>  s - r > 0   e   [sa] - [ra] >= 0.
Assim: 0 < (s - r)a - ([sa] - [ra]) < 1/n.

e) Mas (s - r)a - ([sa] - [ra]) pertence a B. Como n eh arbitrario,
concluimos que inf(B inter R+) = 0.

f) Agora, sejam os reais u, v tais que 0 <= u < v. Dado n > 1/(v - u), vai
existir um elemento de B, digamos pa - q, tal que 0 < pa - q < v - u.

g) Seja m o menor inteiro positivo tal que m(pa - q) > u.
Naturalmente, m(pa - q) = (mp)a - mq pertence a B.

h) Se m(pa - q) >= v, entao:
(m - 1)(pa - q) = m(pa - q) - (pa - q) > v - (v - u) = u ==>
contradicao a definicao de m ==>
m(pa - q) < v ==>
m(pa - q) pertence ao intervalo (u,v) ==>
B inter R+ eh denso em R+.

*

Considerando a particao:
[-1,0) = [-1,-(n-1)/n) U [-(n-1)/n,-(n-2)/n) U... U [-1/n,0)
e os n+1 numeros -1, a - ([a]+1), 2a - ([2a]+1), ..., na - ([na]+1)
e raciocinando de forma analoga, concluimos que B inter R- eh denso em R-.


Um abraco,
Claudio.
  

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Re: [obm-l] Conjunto denso em R

2003-09-09 Por tôpico Marcio Afonso A. Cohen
Espero que esteja certo, de uma conferida..

Se a eh irracional positivo, olhe para as aproximacoes por fracoes
continuas de a.
Temos a = a0 + 1/[a1 + 1/[a2+ e as reduzidas p_n/q_n (p0/q0 = a0,
p1/q1= a0+1/a1, p2/q2=a0+1/[a1+1/a2]... )
com n par satisfazem 0 < a - p_n/q_n < (1/q_n)^2
Como os p_n,q_n sao positivos e tendem para infinito, podemos, dado um
eps>0 qualquer, escolher n tq 1/q_n < eps.
Nesse caso, a desigualdade acima implica 0 < (q_n)*a - p_n < eps.
Portanto, dado qualquer intervalo (r,r+eps) de R+, sempre existe algum
multiplo de (q_n)*a - p_n que cai nesse intervalo.
Para intervalos em R-, voce pode adotar uma ideia parecida, mas agora
olhando para as reduzidas de ordem impar.

Obs: As demonstracoes desses resultados sobre as reduzidas decorrem das
relacoes t(n+2) = a(n+2)t(n+1)+t(n), satisfeitas tanto por t(n)=p(n) quanto
por t(n)=q(n). Isso pode ser verificado por inducao, e pode ser conjecturado
a partir de uma analise das fracoes continuas de numeros racionais (que "eh"
o algoritmo de euclides).

Obs2: Se a = p/q, p,q inteiros, entao os elementos de B sao da forma
(np-mq)/q, e como o numerador eh inteiro, todos os elementos de B tem modulo
>= 1/q. Em particular, B nao eh denso em R.
Se a for negativo, entao B soh tem elementos negativos e nao eh denso em
R.


- Original Message -
From: "Claudio Buffara" <[EMAIL PROTECTED]>
To: "Lista OBM" <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Tuesday, September 09, 2003 2:08 PM
Subject: [obm-l] Conjunto denso em R


> Um resultado relacionado que eu nao estou conseguindo provar (ou dar algum
> contra-exemplo) eh que o conjunto B = {n*a - m; m, n inteiros POSITIVOS}
eh
> denso em R.
>
> Qualquer ajuda serah bem-vinda.
>
> Um abraco,
> Claudio.
>
> =
> Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
> =
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Re: [obm-l] Conjunto denso em R

2003-09-09 Por tôpico Domingos Jr.
Um resultado relacionado que eu nao estou conseguindo provar (ou dar algum
contra-exemplo) eh que o conjunto B = {n*a - m; m, n inteiros POSITIVOS} eh
denso em R.


 x  

note que se a < -1, então entre {-1, 0} não existe nenhum elemento de B.
que tal impor a condição a > 0?

que tal essa idéia?
basicamente B é um conjunto fechado para soma, certo?

pois (na - m) +(ka - l) = (n+k)a - (m+l) e n+k e m+l são inteiros
positivos...

se mostrarmos que é possível obter valores em B tão próximos de zero quanto
se queira, provamos que sempre existe um valor entre dois elementos de B e
logo B é denso.

existem infinitos p, q inteiros positivos (a > 0) tq |p/q - a| < 1/q² (lindo
teorema!)

sendo assim, para algum |e| < 1/q² (**) temos
a = p/q + e
n(p/q + e) - m = np/q - m + ne
tome n = q, m = p, então na + m = ne
|na + m| = |ne| < q*1/q² = 1/q
sendo que os valores de q podem crescer a vontade.

(**) uma questão chata agora é provar que sempre existe p, q que tornem e >
0, pois aí teríamos 0 < na + m < 1/q.
pra mim isso parece verdade pois seria extremamente bizarro haver apenas
aproximações por cima com a precisão denominador²!

[ ]'s

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[obm-l] Conjunto denso em R

2003-09-09 Por tôpico Claudio Buffara
Oi, pessoal:

Um dos resultados mencionados na enquete da beleza matematica foi o seguinte
(27.v):
Se a é irracional, então o conjunto A = {m + n*a; m, n inteiros} é denso
em R (ou seja, qualquer intervalo aberto, por menor que seja, contém algum
elemento de A - de fato, contém uma infinidade de elementos de A).

Esse resultado estah proposto como exercicio no livro de analise do Elon
(Curso de Analise - vol. 1 - capitulo III - ex. 58 da 6a. edicao) e pode ser
demonstrado por meio do PCP, particionando o intervalo [0,1) em n
sub-intervalos iguais (todos da forma [k/n,(k+1)/n) e considerando os n+1
numeros:
0, a - [a], 2a - [2a], ..., na - [na], onde [x] = maior inteiro <= x.

Um resultado relacionado que eu nao estou conseguindo provar (ou dar algum
contra-exemplo) eh que o conjunto B = {n*a - m; m, n inteiros POSITIVOS} eh
denso em R. 

Qualquer ajuda serah bem-vinda.

Um abraco,
Claudio.

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