Re: [PSL-BA] Adoção do ODF no governo estadual

2011-07-11 Por tôpico Paulo Estrela
O que estão fazendo nos outros estados é a criação de uma lei em nível
estadual para que o poder executivo estadual dê preferência a padrões
abertos. Até agora o paraná e o rio de janeiro fizeram isso. Creio que
poderíamos trabalhar junto a algum deputado estadual para aprovarmos isso
aqui. O fato de já haver outros estados que aprovaram o PL já é um bom
indicativo. Existe também um PL federal, mas não sei o status dele. A lei
estaudal do Paraná é essa aqui e a do Rio é igual:

*Súmula:* Dispõe que os órgãos e entidades da Administração Pública Direta,
Indireta, Autárquica e Fundacional do Estado do Paraná, bem como os órgãos
autônomos e empresas sob o controle estatal adotarão, preferencialmente,
formatos abertos de arquivos para criação, armazenamento e disponibilização
digital de documentos.

A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a
seguinte lei:

*Art. 1°.* Os órgãos e entidades da Administração Pública Direta, Indireta,
Autárquica e Fundacional do Estado do Paraná, bem como os órgãos autônomos e
empresas sob o controle estatal adotarão, preferencialmente, formatos
abertos de arquivos para criação, armazenamento e disponibilização digital
de documentos.

*Art. 2°.* Entende-se por formatos abertos de arquivos aqueles que:

*I -* possibilitam a interoperabilidade entre diversos aplicativos e
plataformas, internas e externas;

*II -* permitem aplicação sem quaisquer restrições ou pagamento de
royalties;

*III -* podem ser implementados plena e independentemente por múltiplos
fornecedores de programas de computador, em múltiplas plataformas, sem
quaisquer ônus relativos à propriedade intelectual para a necessária
tecnologia;

*Art. 3°.* Os entes, mencionados no art. 1º desta lei, deverão estar aptos
ao recebimento, publicação, visualização e preservação de documentos
digitais em formato aberto, de acordo com a norma ISO/IEC 26.300 (Open
Document format – ODF).

*Art. 4°.* Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Outros documentos sobre o assunto:


   - ISO/IEC 26300:2006, clique aqui http://miud.in/lFl
   - NBR ISO/IEC 26300 12/mai/2008 clique
aquihttp://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=1549
   - Lei 15.742 18/dez/2007 Governo do Paraná clique
aquihttp://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/pesquisarAto.do?action=exibircodAto=30indice=1totalRegistros=1
   - Projeto de Lei 3070 25/mar/2008 - Câmara dos Deputados clique
aquihttp://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=387780
   - Protocolo Brasilia ODF clique
aquihttp://www.softwarepublico.gov.br/4cmbr/arquivos/view/publicacoes/Protocolo_Brasilia_3_3.pdf
   - Lei 2213: 08/dez/2010 - Prefeitura de Novo Hamburgo RS clique
aquihttp://miud.in/lFq
   - Pano Institucional para adoção de ODF na Provincia de Misiones -
   Argentina clique aqui http://www.odfworkshop.com/2007_berlin/111.pdf
   - Decreto 1800 29/ago/2007 - Misiones Argentina clique
aquihttp://www.misiones.gov.ar/egov/dmdocuments/Decreto-1800-07.pdf
   -
   
http://softwarelivre.org/furusho/blog/governador-sergio-cabral-do-rio-sancionou-ontem-a-lei-59782011-sobre-odf


http://pt.wikipedia.org/wiki/OpenDocument#Leis_e_Protocolos


Até mais,

Paulo Estrela
http://tabugado.com - De volta a ativa!



2011/7/6 Euripedes_Brito Cunha_Junior britojun...@gmail.com

 Celso,

 Faça o esboço/rascunho fático, que complemento com o jurídico.
 Não vejo no MP (MPE e MPF) a mesma compreensão dos assuntos relativos a TI
 que existe no meio dos advogados, dos magistrados e em outros órgãos
 públicos. E veja que o MPF da Bahia tem um dos autores/pesquisadores mais
 capacitados na matéria, dentro e fora do MPF (Vladimir Aras).

 IMPORTANTE: Assinarmos juntos não é problema, mas a representação é um 
 *processo
 administrativo*, em que há um representante (pessoa física ou jurídica)
 e um representado, cujo responsável legal responderá ao processo
 administrativo. Quem serão representante e representado? Você e o próprio
 MPF? Talvez o procedimento não seja de representação, mas um *pedido de
 providência,* ou equivalente. E talvez o requerente não deva ser um
 próprio servidor do órgão.

 []s

 Eurípedes

 Em 6 de julho de 2011 04:18, Celso Macêdo celso...@gmail.com escreveu:

 Estava pensando em entrar com uma representação no MPF (local onde
 trabalho)

 [...]

 Precisaria de ajuda para dar um arcabouço jurídico e aumentar a quantidade
 de argumentos, citando princípios constitucionais e princípios do direito
 administrativo.
 [...]

 Com a palavra, os juristas da lista.

 Em 4 de julho de 2011 09:09, Alexandre Moura 
 alexandre.mo...@gmail.comescreveu:

 Muito órgãos usam o BR/Open/Libre Office, mas sempre usando o formato M$
 como padrão de documentos para manter a compatibilidade com suítes
 proprietárias (leia-se M$ Office).



 ___
 PSL-BA mailing list
 PSL-BA@listas.dcc.ufba.br
 https://listas.dcc.ufba.br/mailman/listinfo/psl-ba

___
PSL-BA mailing list

Re: [PSL-BA] como o PT enterrou o regime público nas Comunicações

2011-07-11 Por tôpico Rafael Gomes
Alguém poderia moderar essa thread?

2011/7/8 Cris Alves cristinaalve...@hotmail.com


 --
 Date: Fri, 8 Jul 2011 18:30:05 -0700
 From: jonic...@yahoo.com.br
 Subject: Enc: [intercomradio] como o PT enterrou o regime público nas
 Comunicações
 To: palmeir...@bol.com.br; cristinaalve...@hotmail.com; b...@ufba.br;
 valdiviopi...@oi.com.br; bala...@ufba.br


 - Mensagem encaminhada -
 *De:* Antonio Francisco Magnoni afmagn...@faac.unesp.br
 *Para:* leco...@yahoogrupos.com.br; fnpj f...@yahoogrupos.com.br;
 intercomra...@yahoogrupos.com.br
 *Enviadas:* Sexta-feira, 8 de Julho de 2011 15:54
 *Assunto:* [intercomradio] como o PT enterrou o regime público nas
 Comunicações


   Marcos Dantas: Qual é mesmo a diferença entre PT e PSDB?
 8 de Julho de 2011 – 13h41
 *Dantas: como o PT enterrou o regime público nas Comunicações*
  Nos últimos 15 anos, o campo político-econômico das Comunicações passou
 por profundas mudanças em todo o mundo, como parte mesmo das transformações
 operadas no próprio sistema capitalista mundial. Não foram meras reformas
 “neoliberais”, respostas superestruturais às transformações em curso. Foram
 mudanças de natureza econômica e política, por um lado impulsionadas pelo,
 e, por um lado, impulsionadoras do reordenamento geral de todo o sistema.
  *Por Marcos Dantas, no Instituto Telecom, reproduzido no 
 Vermelhohttp://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=6id_noticia=158318
 *
  A esquerda nunca entendeu muito bem esse processo, resistiu por um bom
 tempo até mesmo a admiti-lo, jamais conseguiu formular-lhe um projeto
 político alternativo.
 O resultado, como tem dito o filósofo István Meszáros, é termos hoje, ao
 menos nas democracias liberais ocidentais, dois partidos de direita, aquele
 que se diz Conservador (ou denominações similares) e faz políticas conforme;
 e aquele que se diz “Social-Democrata” ou “Socialista” e faz política
 conforme… a dos conservadores.
  O PT, no Brasil, não escapou à sina dos partidos socialistas europeus, na
 última década. Na Europa, através dos “indignados” – que nada podem fazer
 além de manifestar indignação – estamos vendo onde chegou esse impasse. O
 Brasil que aguarde a sua vez.
  Salvo no êxito de seus programas focados e compensatórios, programas estes
 teorizados e formulados pelos neoliberais aos quais faltava, porém,
 disposição política e substrato social para implementá-los, o PT, no governo
 Lula e, agora, neste início de governo Dilma, apenas deu continuidade, em
 alguns casos aprofundou, as políticas herdadas do governo FHC. Foi assim na
 macroeconomia, foi assim nas políticas industrial-tecnológicas, energéticas,
 educacionais, agrícolas… foi assim nas Comunicações.
  Durante 60 ou 70 anos, até os anos 1980, ao longo do padrão capitalista
 então dominante, alcunhado “fordista”, as políticas de Comunicações, em todo
 o mundo, eram pautadas por um princípio básico: serviço público. Mesmo nos
 Estados Unidos, onde o setor era oligopolisticamente controlado por grandes
 corporações empresariais (ATT, NBC, ABC, CBS), prevalecia a ideia de que
 esta era uma área que deveria estar submetida ao interesse público,
 existindo uma agência de governo encarregado de zelar por isso: a FCC
 (Federal Communications Comission). Nos demais países, em geral, o setor
 era, todo ele, diretamente estatizado. No Brasil, as telecomunicações eram
 estatais, e a radiodifusão dependia de concessões públicas.
  Nos países capitalistas avançados, o regime público atingiu um dos seus
 principais objetivos: a universalização dos serviços. Estatísticas dos anos
 1970 mostravam que em todos os países europeus ocidentais, nos Estados
 Unidos, no Japão, praticamente 100% das residências possuíam tanto
 receptores de televisão quanto linhas telefônicas, sem falar, claro, do
 atendimento às indústrias, estabelecimentos comerciais, bancos e, também,
 escolas e demais serviços públicos. Não era o caso do Brasil. Só então
 começávamos a expandir a nossa planta telefônica e o acesso à televisão. Na
 década 1990, menos de 20% das nossas residências tinham linhas telefônicas e
 menos de 80%, televisão (uma desigualdade que, vis-à-vis os países centrais,
 fala por si).
  Então o capitalismo mudou, logo mudaram as Comunicações. Reestruturam-se
 as corporações multinacionais, nisto as redes de comunicação ganham novas e
 estratégicas funções nos circuitos de acumulação. Emergem, em menos de duas
 décadas, grandes conglomerados mediáticos globais, incorporando
 telecomunicações e produção/programação de conteúdos em um mesmo modelo de
 negócios que, logo, aspira também, para o seu interior, a nascente internet.
  O antigo telefone de voz começa a ser substituído por novos meios
 tecnológicos e práticas sociais de intercâmbio e interação que essas
 corporações comandam. A antiga televisão aberta começa a desaparecer,
 substituída por centenas de canais pagos de acesso fixo ou móvel, e pela
 internet. Em alguns países, a exemplo da Holanda, ela