Edu,

1. Normalmente, projetos de grande porte e alcance cultural conseguem captar
25% do "limite" estabelecido pelo MINC. O normal é que Bethania consiga
captar uns 300 mil pra esse projeto. E olhe lá. Os orçamentos são
supervalorizados porque sabe-se que não vai haver captação consistente do
valor do projeto.

2. Ela (Bethania) é artista decadente. Vá ver quanto ela vende ultimamente e
as plateias de seus shows. Bethania hoje é tão pedinte de arte quanto
qualquer outro artista. Ninguém conhece Bethania. Seus shows não chamam
ninguém.

3. Outros projetos para blogs e video-logs conseguiram valores superiores ao
da Bethania. Basta consulta ro site do MinC. E o TAL "VALOR"  nada quer
dizer.

4. O empenho no projeto garante o máximo de 66,3% de "ação de renúncia". O
resto é por conta do contratante. Eu não contrataria Bethania e seus
maneirismo poéticos. Troço chato que nada acrescentaria a uma empresa.

Você contrataria? Mandaria seus cliente "assistirem" Bethania cheia de mãos
e roquitos declamando "Navio negreiro"? Eu não.


abs

Em 17 de março de 2011 22:05, Eduardo S. Martins <edusim...@gmail.com>escreveu:

> A informação foi veiculada pela imprensa de forma tendenciosa, pois dá a
> entender que Maria Bethânia saiu do Minc com um cheque de 1,3 milhões de
> reais na mão. Não foi isso, ela obteve autorização do Minc para tentar e é
> bom frisar esse verbo, "tentar", captar este valor junto à iniciativa
> privada, sendo que as empresas que derem dinheiro pra ela montar o tal blog,
> poderão abater no imposto de renda o valor. Porém, eu acho o projeto do blog
> indefensável por que:
>
> a) Os técnicos do MINC deram parecer contrário ao projeto, mas mesmo assim
> a Bethânia conseguiu a autorização do Ministério para captar o dinheiro,
> cabendo frisar que sem esta autorização, as empresas não tem como abater no
> imposto de renda depois. Mas se os técnicos do Minc deram parecer contrário,
> como a Bethânia conseguiu a autorização? É a pergunta que fica;
>
> b) Pelo orçamento do projeto, 600 mil reais é para a remuneração da própria
> Bethânia, ou seja, metade do valor. A outra metade representa tudo o que foi
> reservado para a produção das centenas de filmes, pagamentos dos demais
> encarregados pela criação e manutenção do site, assessoria de imprensa,
> divulgação, etc., etc. Pô, 600 mil só pra ela?
>
> c) Acho que a Bethânia, uma artista consagrada, de renome, não precisa
> desta "força" do Minc, tem inúmeros artistas espalhadas pelo Brasil, em
> começo de carreira ou lutando com dificuldades que o apoio do Minc teria
> mais sentido. Eu adoro a Bethânia, mas com o prestígio que tem, não precisa
> de dinheiro público para montar um blog.
>
> d) E é bom frisar, é dinheiro público sim. Ela não receberá 1,3 milhões do
> Minc, mas se conseguir captar isso, 1,3 milhões deixarão de entrar nos
> cofres públicos, porque as empresas que deram dinheiro pra ela abaterão no
> imposto de renda;
>
> e) Não sou contra o financiamento público de atividades culturais, no caso
> de cinema, por exemplo, fora dos EUA, em nenhum lugar do mundo ele sobrevive
> sem apoio do Estado, porém, sou contra os critérios utilizados, que sempre
> beneficiam quem, na verdade, não precisa;
>
> abs.
> Eduardo Martins
>
>
>
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