Bom dia a todos.
Acho que está ocorrendo uma grande confusão na condução
política do governo e com certeza, como velho brizolista, não foi para isso que
votei no Lula.
Mas creio ser importante resgatar uma história dos tempos do
Allende, quando durante um comício um cidadão meio "borracho" gritava:"Es un
gobierno de mierda" e tanto bradou que foi perguntado por algum circunstante se
deveriam então "derrubar" o governo.
Resposta:"Es un gobierno de mierda, pero és mi
gobierno"
O Lula pode ter se perdido, sim, mas precisamos resgatar o que
nos fez elegê-lo presidente, pois as forças do obscurantismo se articulam
claramente, especialmente nos meios de comunicação, para inviabilizar ao
governo, nos querendo fazer acreditar que são os "escolhidos" pela providência
divina para salvar o país.
Assistir aos discursos que vêm sendo pronunciados no Senado
pela malta que "cresceu" na "Banda de Música" da UDN e sustentou o golpe e
os governos militares em proveito próprio e acham que agora "são" oposição e
portanto têm solução para tudo, realmente é de dar engulhos!
Meio século no poder e nada fizeram, que não tivesse uma
contrapartida pessoal, e querem em dois anos que se conserte o estrago que
ficou.
Vale a pena reler algumas notícias de jornal enfocando
quarenta anos atrás, em especial na "Tribuna da Imprensa" aqui do Rio(www.tribunadaimprensa.com.br) ;
para ficarmos num tema palpitante e atual, vale checar as notícias sobre os
escândalos da CONSULTEC e da HANNA MINING CORPORATION, que
envolviam alguns dos "salvadores da pátria" atuais ou a seus
ascendentes à época.
Já assistimos ao filme em preto e branco e o revemos
agora a cores e som dolby estéreo!
Reafirmo:"Es un gobierno de mierda, pero é mi
gobierno"
Maximus Santiago.
Niterói
----- Original Message -----
Sent: Wednesday, November 24, 2004 7:15
PM
Subject: [VotoEletronico] Degeneração
neoliberal / Acordos espúrios
Listeiros
Enviei à rede PDT (redepdt arroba
hotmail.com), a mensagem abaixo.
Abraço
Walter Del Picchia
SE A URNA NÃO IMPRIMIR, SEU VOTO PODE
SUMIR.
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--------------------------- Mensagem Original
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Assunto: Degeneração neoliberal / Acordos espúrios De: "Walter Del
Picchia" <[EMAIL PROTECTED] /> Data: Qua, Novembro 24, 2004 7:02 pm
Para: [EMAIL PROTECTED]
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O artigo abaixo ajuda-nos a responder à
questão: 'Para onde estão levando o Brasil?'. E com este sistema eleitoral
altamente fraudável, não podemos contar nem com uma eventual correção de rumos
em próximas eleições. Proteste! Comece assinando o apoio ao Alerta
Contra a Insegurança do Sistema Eleitoral
Informatizado (em
www.votoseguro.com/alertaprofessores ).
Walter Del Picchia - Escola
Politécnica da USP - S.Paulo
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Financial Times
24/11/2004 Lula negocia para fortalecer a
coalizão neoliberal Presidente quer base para votar a reforma trabalhista,
entre outras
Raymond Colitt Em São Paulo
O presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, do Brasil, está preparando nesta semana a segunda
fase de uma mudança de gabinete elaborada para consolidar a sua
"aliança arco-íris" e aumentar a eficiência do seu governo.
Lula
oferecerá cargos no gabinete aos seus aliados, procurando garantir uma
maioria confortável no Congresso para a aprovação da sua agenda de
reformas. O centrista Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), o
maior no Senado, e o de centro-direita Partido Progressista (PP), o quarto
maior na Câmara dos Deputados, vão obter um outro ministério cada, disseram
nesta terça-feira (23/11) assessores presidenciais.
Segundo
analistas políticos, os dois partidos querem ministérios que tenham
não apenas orçamentos elevados, mas que proporcionem também exposição
pública para incrementar a visibilidade das legendas em antecipação às
eleições gerais de 2006. "Queremos a fatia que nos cabe no governo federal",
disse José Borba, parlamentar do PMDB.
Lula se engajou pessoalmente em
lobbies junto a congressistas do PMDB durante jantares privados a fim de
dissuadi-los de abandonarem a sua aliança governista. O PMDB votará a
proposta de deixar o governo em 12 de dezembro.
Nesta semana, membros
do gabinete do Partido dos Trabalhadores (PT), de Lula, foram informados de
que terão que ceder poder aos aliados para que seja construída uma coalizão
mais sólida.
"O PT não será um obstáculo aos esforços do presidente
para obter uma maioria parlamentar, ainda que isso signifique abrir mão de
espaço político", disse José Genoíno, o presidente do PT. O partido espera
relançar a sua agenda de reformas, que está encalhada na Câmara dos Deputados
há meses, devido em grande parte às campanhas eleitorais municipais de
outubro.
As suas duas prioridades são uma lei de falência e uma de
parceria entre os setores público e privado, dando mais garantias a
credores e investidores. No ano que vem o governo apresentará propostas para
abolir caras e incômodas leis trabalhistas e sindicais, disse ao Financial
Times o líder do PT no Senado, Aloízio Mercadante.
As mudanças
consistem também em um expurgo dos membros do governo considerados
ineficientes, especialmente os da ala esquerda, que foram nomeados por terem
apoiado Lula na sua campanha pela presidência.
Neste mês, meia-dúzia de
funcionários-chave do governo deixou seus cargos. Carlos Lessa e Darc Costa
foram defenestrados na semana passada dos cargos de presidente e
vice-presidente, respectivamente, do grande Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES).
Ambos defendiam políticas econômicas
nacionalistas e intervencionistas e se chocaram repetidamente com os ministros
mais inclinados ao neoliberalismo, liderados por Antônio Palocci, ministro da
Fazenda.
Em uma demonstração a mais de apoio aos neoliberais, a
liderança do PT rejeitou no último fim de semana os apelos da dissidência
do partido para que mudasse a política econômica.
A liderança
argumentou que as recentes derrotas eleitorais na disputa pelas prefeituras
de São Paulo e Porto Alegre não se deveram à ortodoxia econômica, mas sim à
falta de coalizões.
"A política econômica do governo está mostrando
resultados, e não vamos substituí-la de forma alguma pelo populismo", garantiu
Mercadante.
Tradução: Danilo Fonseca
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