Olá, Bernardo!
Muito obrigado!
Ficou claro!
Essa diagonal é a "diagonal de Cantor"?
Um abraço!
Luiz

On Sun, Apr 15, 2018, 7:04 AM Bernardo Freitas Paulo da Costa <
bernardo...@gmail.com> wrote:

> 2018-04-15 5:36 GMT-03:00 Luiz Antonio Rodrigues <rodrigue...@gmail.com>:
> > Olá, amigos!
> > Bom dia!
> > Estou lendo "Matemática Discreta" da SBM e me deparei com o trecho que eu
> > reproduzi abaixo.
> >
> >
> > A principal contribuição de Cantor foi exibir casos em que não é possível
> > obter uma bijeção entre dois conjuntos infinitos.
> > (...)
> > Seja C o conjunto de todas as sequências infinitas em que todos os termos
> > são iguais a zero ou um.
> > Suponhamos que fosse possível uma função f: N -> C, em que cada
> sequência de
> > C aparecesse exatamente uma vez como imagem. Vamos construir uma
> sequência s
> > formada por 0s e 1s (ou seja, um elemento de C) do seguinte modo: se o
> > primeiro termo da sequência f(1) é zero, o primeiro termo de s é 1;
> senão, é
> > zero. Se o segundo termo da sequência f(2) é zero, o segundo termo de s
> é 1;
> > senão, é zero. Prosseguimos, sempre escolhendo o n-ésimo termo s(n) como
> > sendo o oposto do n-ésimo termo da sequência f(n). A sequência s assim
> > construída difere pelo menos na posição n de cada sequência f(n). Logo,
> não
> > pertence à imagem de f. Mas nossa suposição era de que todos os
> elementos de
> > C aparecessem como imagem!
> > Temos, assim, uma contradição, que mostra a impossibilidade de construir
> uma
> > bijeção de N em C.
> >
> > Já o reli diversas vezes. Eu "travei" na frase "A sequência s assim
> > construída difere pelo menos na posição n de cada sequência f(n)."
>
> Acho que ajuda a entender se você fizer um exemplo.  Claro que um
> exemplo não prova nada, mas espero que ilumine a construção usada.
>
> Suponha, assim, que f seja da seguinte forma:
> 1 -> 0100101010101
> 2 -> 010101010101
> 3 -> 1111111111001
> 4 -> 000000000000
> 5 -> 1110111010101
>
> Agora, vou construir a tal da sequência s, "descobrindo" o valor de
> cada um dos elementos, um a um:
>
> O primeiro elemento de s é o "oposto" do primeiro elemento de f(1).
> Como o primeiro elemento de f(1) é 0, vai ser um:
>
> s = 1....
>
> O segundo elemento de s é o oposto do segundo elemento de f(2) (que é 1):
>
> s = 10....
>
> O terceiro elemento, oposto do terceiro de f(3), dá s = 100...
> O quarto, s = 1001...
> O quinto, s = 10010
>
> Agora, repare s não pode ser f(1), nem f(2), nem f(3), nem f(4), ...
> Porque o primeiro elemento de s é diferente do primeiro de f(1).  O
> segundo de s, diferente do segundo de f(2). E assim por diante.
> Muitas vezes, num quadro-negro, o pessoal faz a tabela que eu esbocei
> acima, e envolve os elementos da "diagonal descendente", e depois cria
> a sequência dos opostos.
>
> Abraços,
> --
> Bernardo Freitas Paulo da Costa
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>  acredita-se estar livre de perigo.
>
>
> =========================================================================
> Instru�ões para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
> =========================================================================
>

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.

Responder a