Se não me engano, a referência básica de álgebra linear é o livro do Elon.
Mas é um livro escrito por um matemático, e que adota o ponto de vista de
transformações lineares e não de matrizes (que são mencionadas em uns 2 ou
3 capítulos só).

Sobre o seu problema, acho que X teria que ser uma matriz triangular
superior com zeros na diagonal (mas isso tem que ser provado).
Só que, nesse caso, X^2 terá, no máximo, uma entrada não nula (a do canto
superior direito  X(1,3)) e, portanto, não poderá ser igual a A.
Assim, se a primeira afirmação acima for verdadeira, só n = 1 serve.

[]s,
Claudio.

On Tue, Feb 19, 2019 at 5:44 PM Vanderlei Nemitz <vanderma...@gmail.com>
wrote:

> OuMuito obrigado, Cláudio e demais colegas!
> Eu pensava que usava "apenas" fatos mais simples. Vi a indicação do artigo
> e vou ler, mas queria saber se vocês indicam algum livro ou material para
> estudar essas coisas mais "sofisticadas".
>
> Imagino que na seguinte questão também seja necessário usar autovalores.
> Muito obrigado!
>
> Considere a matriz
> A = 0 1 2
>        0 0 1
>        0 0 0
> Para quantos números naturais n existe uma matriz X tal que X^n = A?
> a) 1
> b) 2
> c) 3
> d) infinitos
>
>
>
>
> Em ter, 19 de fev de 2019 15:23, Bernardo Freitas Paulo da Costa <
> bernardo...@gmail.com escreveu:
>
>> On Tue, Feb 19, 2019 at 7:45 AM Claudio Buffara
>> <claudio.buff...@gmail.com> wrote:
>> >
>> > Toda matriz tem um autovalor. De fato, uma matriz nxn tem n
>> autovalores, que podem não ser reais e nem todos distintos.
>>
>> Tem um detalhe que não afeta a validade da sua demonstração, mas acho
>> importante ressaltar.  A definição de autovalores que dá n autovalores
>> para uma matriz nxn é "algébrica", e não vem necessariamente com n
>> autovetores associados (que são ditos "geométricos").  Isso acontece
>> com matrizes nilpotentes, por exemplo, e de forma mais geral em blocos
>> de Jordan (como o artigo mostra).  O importante (que vem justamente de
>> Jordan) é que para cada autovalor k (SEM multiplicidade, portanto
>> podendo ser menos do que n) sempre tem pelo menos um autovetor X
>> correspondente, e daí você pode usar o seu raciocínio para mostrar que
>> Re(k) = 1/2.  Daí você volta para a álgebra, e vê que as
>> multiplicidades (algébricas) dos autovalores conjugados são iguais.
>> (Talvez até seja possível mostrar que se M é real, as multiplicidades
>> geométricas de autovalores conjugados também são iguais, mas neste
>> caso não precisa)
>>
>> > Dá uma olhada nesse artigo aqui:
>> https://www.maa.org/sites/default/files/pdf/awards/Axler-Ford-1996.pdf
>>
>> Muito bom!!  Vou usar nas minhas aulas de Álgebra Linear.  Uma coisa,
>> entretanto: não vi a demonstração (nem o enunciado) do fato geométrico
>> "há pelo menos um autovetor de verdade para cada autovalor" (e não
>> apenas autovetores generalizados).  Não é difícil com tudo o que já
>> tem no artigo: por exemplo, (T - lambda * I)^k v = 0 mas não com k-1
>> implica que w = (T - lambda I)^{k-1} v é um autovetor "normal" de T.
>>
>> > []s,
>> > Claudio.
>> >
>> >
>> > On Tue, Feb 19, 2019 at 9:23 AM Rodrigo Ângelo <drigo.ang...@gmail.com>
>> wrote:
>> >>
>> >> Oi, Claudio
>> >>
>> >> Nesse caso, como a gente sabe que A tem um auto valor k?
>> >>
>> >> Atenciosamente,
>> >> Rodrigo de Castro Ângelo
>> >>
>> >>
>> >> Em seg, 18 de fev de 2019 às 22:25, Claudio Buffara <
>> claudio.buff...@gmail.com> escreveu:
>> >>>
>> >>> Dada uma matriz qualquer M, vou chamar de M* a conjugada transposta
>> de M (se M for real, M* = transposta de M).
>> >>> Dado um número complexo z, chamarei de z* o conjugado de z.
>> >>> E identificarei números complexos com matrizes 1x1.
>> >>>
>> >>> Seja k um autovalor de A.
>> >>> Então existe uma matriz coluna nx1 não nula X tal que AX = kX ==>
>> X*A* = k*X*
>> >>> X*AX = X*(kX) = kX*X
>> >>> X*A*X = (k*X*)X = k*X*X
>> >>>
>> >>> Somando estas duas equações, obtemos:
>> >>> X*AX + X*A*X = (k+k*)X*X ==>
>> >>> X*(A + A*)X = 2Re(k)X*X ==>
>> >>> X*IX = 2Re(k)X*X ==>
>> >>> X*X = 2Re(k)X*X ==>
>> >>> (1 - 2Re(k))X*X = 0.
>> >>>
>> >>> Como X <> 0, X*X > 0 ==> Re(k) = 1/2.
>> >>>
>> >>> Ou seja, todos os autovalores de A têm parte real = 1/2.
>> >>> Como A é real, o polinômio característico de A tem coeficientes reais
>> ==>
>> >>> os autovalores de A ou são reais (e iguais a 1/2) ou então podem ser
>> particionados em pares da forma 1/2 + ib, 1/2 - ib (b real), cujo produto é
>> 1/4 + b^2 > 0 ==>
>> >>> det(A) = produto dos autovalores de A > 0.
>> >>>
>> >>> []s,
>> >>> Claudio.
>> >>>
>> >>>
>> >>>
>> >>>
>> >>> On Mon, Feb 18, 2019 at 9:50 PM Vanderlei Nemitz <
>> vanderma...@gmail.com> wrote:
>> >>>>
>> >>>> Pessoal, estou pensando na seguinte questão, consegui alguns
>> resultados, mas nada concreto. Alguém com uma ideia que possa resolver?
>> >>>>
>> >>>> Seja A uma matriz real n x n tal que A + A^t = I.
>> >>>> Prove que detA > 0.
>> >>>>
>> >>>> A^t é a transposta de A.
>> >>>>
>> >>>> Muito obrigado!
>> >>>>
>> >>>> Vanderlei
>>
>>
>> --
>> Bernardo Freitas Paulo da Costa
>>
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>>
>>
>> =========================================================================
>> Instru�ões para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
>> http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
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