Olival Gomes Barboza Junior escreveu:

Em 27/07/2006, às 12:14, Ufa escreveu:

http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=3884&sid=1
Comitê quer normatizar o uso do software livre e adotar padrão ODF nos
documentos oficiais

Luiz Queiroz

( . . .)

Ricardo Bimbo, da Cobra Tecnologia, ao coordenar a reunião, lembrou
que, atualmente, quando alguém no governo redige um texto oficial pelo
Word, da Microsoft, não sabe que, por questões contratuais, acabou
transferindo a autoria deste conteúdo para a dona da licença, no caso:
A multinacional.


?!?!

". . . transferindo a **autoria** . . ."? Isso é verdade? Afinal, se for por aí, a MS seria "autora" de algumas dezenas de milhares ou milhões de documentos os mais diversos, incluindo textos sigilosos (os quais, se ela for a "autora", não poderia obter por meios ilegítimos e depois alegar a "propriedade" do conteúdo?), pesquisas científicas (idem o anterior), artigos em jornais e revistas (já imaginou se o jornalista escrevesse o texto falando mal da empresa no Word e a MS exigisse a retirada do texto de uma pauta por ser "autora" dele?), etc

Enfim, a questão não era do formato ser proprietário e, pela licença de uso dos produtos MS, não poder sofrer engenharia reversa legalmente, tornando o conteúdo de um texto .doc uma autêntica "caixa preta", sem tocar na questão da "autoria" do conteúdo?

[ ]s,


Voce tem razão Olival;
essa é outra deturpação da matéria em tela, e não foi erro do Bimbo.

Eu estava lá. na segunda fila, pretando bastante atenção ao que falava Bimbo naquele momento, para corrigi-lo caso viesse a dizer alguma imprecisão que pudesse comprometer seu trabalho ali no CISL. Justamente como fiz com o Leonardo, até quebrando o protocolo, para corrigi-lo em relação ao ODF e a versão 1.5 do e-ping.

E me lembro perfeitamente que o Bimbo falou corretamente, da propriedade do ARQUIVO ser da MS (através da jurisprudência que reconhece como objeto de propriedade o formato em que tal arquivo é gravado, jurisprudência à qual está subordinada as EULAs da MS), e não a propriedade do CONTEÚDO ou do TEXTO representado no arquivo

As palavras que o jornalista botou na fala do Bimbo no lugar de "ARQUIVO",(quiçá à guisa de "simplificar para o leigo"?) nunca foram pronunciadas por ele nesse contexto, não são sinônimas, especialmente na informática, levam à compreensão exagerada do que foi argumentado, e errônea do que está em jogo.
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prof. Pedro Antonio Dourado de Rezende /\
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