Re: [obm-l] Matriz e determinante

2019-02-19 Por tôpico Claudio Buffara
Se não me engano, a referência básica de álgebra linear é o livro do Elon.
Mas é um livro escrito por um matemático, e que adota o ponto de vista de
transformações lineares e não de matrizes (que são mencionadas em uns 2 ou
3 capítulos só).

Sobre o seu problema, acho que X teria que ser uma matriz triangular
superior com zeros na diagonal (mas isso tem que ser provado).
Só que, nesse caso, X^2 terá, no máximo, uma entrada não nula (a do canto
superior direito  X(1,3)) e, portanto, não poderá ser igual a A.
Assim, se a primeira afirmação acima for verdadeira, só n = 1 serve.

[]s,
Claudio.

On Tue, Feb 19, 2019 at 5:44 PM Vanderlei Nemitz 
wrote:

> OuMuito obrigado, Cláudio e demais colegas!
> Eu pensava que usava "apenas" fatos mais simples. Vi a indicação do artigo
> e vou ler, mas queria saber se vocês indicam algum livro ou material para
> estudar essas coisas mais "sofisticadas".
>
> Imagino que na seguinte questão também seja necessário usar autovalores.
> Muito obrigado!
>
> Considere a matriz
> A = 0 1 2
>0 0 1
>0 0 0
> Para quantos números naturais n existe uma matriz X tal que X^n = A?
> a) 1
> b) 2
> c) 3
> d) infinitos
>
>
>
>
> Em ter, 19 de fev de 2019 15:23, Bernardo Freitas Paulo da Costa <
> bernardo...@gmail.com escreveu:
>
>> On Tue, Feb 19, 2019 at 7:45 AM Claudio Buffara
>>  wrote:
>> >
>> > Toda matriz tem um autovalor. De fato, uma matriz nxn tem n
>> autovalores, que podem não ser reais e nem todos distintos.
>>
>> Tem um detalhe que não afeta a validade da sua demonstração, mas acho
>> importante ressaltar.  A definição de autovalores que dá n autovalores
>> para uma matriz nxn é "algébrica", e não vem necessariamente com n
>> autovetores associados (que são ditos "geométricos").  Isso acontece
>> com matrizes nilpotentes, por exemplo, e de forma mais geral em blocos
>> de Jordan (como o artigo mostra).  O importante (que vem justamente de
>> Jordan) é que para cada autovalor k (SEM multiplicidade, portanto
>> podendo ser menos do que n) sempre tem pelo menos um autovetor X
>> correspondente, e daí você pode usar o seu raciocínio para mostrar que
>> Re(k) = 1/2.  Daí você volta para a álgebra, e vê que as
>> multiplicidades (algébricas) dos autovalores conjugados são iguais.
>> (Talvez até seja possível mostrar que se M é real, as multiplicidades
>> geométricas de autovalores conjugados também são iguais, mas neste
>> caso não precisa)
>>
>> > Dá uma olhada nesse artigo aqui:
>> https://www.maa.org/sites/default/files/pdf/awards/Axler-Ford-1996.pdf
>>
>> Muito bom!!  Vou usar nas minhas aulas de Álgebra Linear.  Uma coisa,
>> entretanto: não vi a demonstração (nem o enunciado) do fato geométrico
>> "há pelo menos um autovetor de verdade para cada autovalor" (e não
>> apenas autovetores generalizados).  Não é difícil com tudo o que já
>> tem no artigo: por exemplo, (T - lambda * I)^k v = 0 mas não com k-1
>> implica que w = (T - lambda I)^{k-1} v é um autovetor "normal" de T.
>>
>> > []s,
>> > Claudio.
>> >
>> >
>> > On Tue, Feb 19, 2019 at 9:23 AM Rodrigo Ângelo 
>> wrote:
>> >>
>> >> Oi, Claudio
>> >>
>> >> Nesse caso, como a gente sabe que A tem um auto valor k?
>> >>
>> >> Atenciosamente,
>> >> Rodrigo de Castro Ângelo
>> >>
>> >>
>> >> Em seg, 18 de fev de 2019 às 22:25, Claudio Buffara <
>> claudio.buff...@gmail.com> escreveu:
>> >>>
>> >>> Dada uma matriz qualquer M, vou chamar de M* a conjugada transposta
>> de M (se M for real, M* = transposta de M).
>> >>> Dado um número complexo z, chamarei de z* o conjugado de z.
>> >>> E identificarei números complexos com matrizes 1x1.
>> >>>
>> >>> Seja k um autovalor de A.
>> >>> Então existe uma matriz coluna nx1 não nula X tal que AX = kX ==>
>> X*A* = k*X*
>> >>> X*AX = X*(kX) = kX*X
>> >>> X*A*X = (k*X*)X = k*X*X
>> >>>
>> >>> Somando estas duas equações, obtemos:
>> >>> X*AX + X*A*X = (k+k*)X*X ==>
>> >>> X*(A + A*)X = 2Re(k)X*X ==>
>> >>> X*IX = 2Re(k)X*X ==>
>> >>> X*X = 2Re(k)X*X ==>
>> >>> (1 - 2Re(k))X*X = 0.
>> >>>
>> >>> Como X <> 0, X*X > 0 ==> Re(k) = 1/2.
>> >>>
>> >>> Ou seja, todos os autovalores de A têm parte real = 1/2.
>> >>> Como A é real, o polinômio característico de A tem coeficientes reais
>> ==>
>> >>> os autovalores de A ou são reais (e iguais a 1/2) ou então podem ser
>> particionados em pares da forma 1/2 + ib, 1/2 - ib (b real), cujo produto é
>> 1/4 + b^2 > 0 ==>
>> >>> det(A) = produto dos autovalores de A > 0.
>> >>>
>> >>> []s,
>> >>> Claudio.
>> >>>
>> >>>
>> >>>
>> >>>
>> >>> On Mon, Feb 18, 2019 at 9:50 PM Vanderlei Nemitz <
>> vanderma...@gmail.com> wrote:
>> 
>>  Pessoal, estou pensando na seguinte questão, consegui alguns
>> resultados, mas nada concreto. Alguém com uma ideia que possa resolver?
>> 
>>  Seja A uma matriz real n x n tal que A + A^t = I.
>>  Prove que detA > 0.
>> 
>>  A^t é a transposta de A.
>> 
>>  Muito obrigado!
>> 
>>  Vanderlei
>>
>>
>> --
>> Bernardo Freitas Paulo da Costa
>>
>> --
>> Esta mensagem foi 

Re: [obm-l] Matriz e determinante

2019-02-19 Por tôpico Vanderlei Nemitz
OuMuito obrigado, Cláudio e demais colegas!
Eu pensava que usava "apenas" fatos mais simples. Vi a indicação do artigo
e vou ler, mas queria saber se vocês indicam algum livro ou material para
estudar essas coisas mais "sofisticadas".

Imagino que na seguinte questão também seja necessário usar autovalores.
Muito obrigado!

Considere a matriz
A = 0 1 2
   0 0 1
   0 0 0
Para quantos números naturais n existe uma matriz X tal que X^n = A?
a) 1
b) 2
c) 3
d) infinitos




Em ter, 19 de fev de 2019 15:23, Bernardo Freitas Paulo da Costa <
bernardo...@gmail.com escreveu:

> On Tue, Feb 19, 2019 at 7:45 AM Claudio Buffara
>  wrote:
> >
> > Toda matriz tem um autovalor. De fato, uma matriz nxn tem n autovalores,
> que podem não ser reais e nem todos distintos.
>
> Tem um detalhe que não afeta a validade da sua demonstração, mas acho
> importante ressaltar.  A definição de autovalores que dá n autovalores
> para uma matriz nxn é "algébrica", e não vem necessariamente com n
> autovetores associados (que são ditos "geométricos").  Isso acontece
> com matrizes nilpotentes, por exemplo, e de forma mais geral em blocos
> de Jordan (como o artigo mostra).  O importante (que vem justamente de
> Jordan) é que para cada autovalor k (SEM multiplicidade, portanto
> podendo ser menos do que n) sempre tem pelo menos um autovetor X
> correspondente, e daí você pode usar o seu raciocínio para mostrar que
> Re(k) = 1/2.  Daí você volta para a álgebra, e vê que as
> multiplicidades (algébricas) dos autovalores conjugados são iguais.
> (Talvez até seja possível mostrar que se M é real, as multiplicidades
> geométricas de autovalores conjugados também são iguais, mas neste
> caso não precisa)
>
> > Dá uma olhada nesse artigo aqui:
> https://www.maa.org/sites/default/files/pdf/awards/Axler-Ford-1996.pdf
>
> Muito bom!!  Vou usar nas minhas aulas de Álgebra Linear.  Uma coisa,
> entretanto: não vi a demonstração (nem o enunciado) do fato geométrico
> "há pelo menos um autovetor de verdade para cada autovalor" (e não
> apenas autovetores generalizados).  Não é difícil com tudo o que já
> tem no artigo: por exemplo, (T - lambda * I)^k v = 0 mas não com k-1
> implica que w = (T - lambda I)^{k-1} v é um autovetor "normal" de T.
>
> > []s,
> > Claudio.
> >
> >
> > On Tue, Feb 19, 2019 at 9:23 AM Rodrigo Ângelo 
> wrote:
> >>
> >> Oi, Claudio
> >>
> >> Nesse caso, como a gente sabe que A tem um auto valor k?
> >>
> >> Atenciosamente,
> >> Rodrigo de Castro Ângelo
> >>
> >>
> >> Em seg, 18 de fev de 2019 às 22:25, Claudio Buffara <
> claudio.buff...@gmail.com> escreveu:
> >>>
> >>> Dada uma matriz qualquer M, vou chamar de M* a conjugada transposta de
> M (se M for real, M* = transposta de M).
> >>> Dado um número complexo z, chamarei de z* o conjugado de z.
> >>> E identificarei números complexos com matrizes 1x1.
> >>>
> >>> Seja k um autovalor de A.
> >>> Então existe uma matriz coluna nx1 não nula X tal que AX = kX ==> X*A*
> = k*X*
> >>> X*AX = X*(kX) = kX*X
> >>> X*A*X = (k*X*)X = k*X*X
> >>>
> >>> Somando estas duas equações, obtemos:
> >>> X*AX + X*A*X = (k+k*)X*X ==>
> >>> X*(A + A*)X = 2Re(k)X*X ==>
> >>> X*IX = 2Re(k)X*X ==>
> >>> X*X = 2Re(k)X*X ==>
> >>> (1 - 2Re(k))X*X = 0.
> >>>
> >>> Como X <> 0, X*X > 0 ==> Re(k) = 1/2.
> >>>
> >>> Ou seja, todos os autovalores de A têm parte real = 1/2.
> >>> Como A é real, o polinômio característico de A tem coeficientes reais
> ==>
> >>> os autovalores de A ou são reais (e iguais a 1/2) ou então podem ser
> particionados em pares da forma 1/2 + ib, 1/2 - ib (b real), cujo produto é
> 1/4 + b^2 > 0 ==>
> >>> det(A) = produto dos autovalores de A > 0.
> >>>
> >>> []s,
> >>> Claudio.
> >>>
> >>>
> >>>
> >>>
> >>> On Mon, Feb 18, 2019 at 9:50 PM Vanderlei Nemitz <
> vanderma...@gmail.com> wrote:
> 
>  Pessoal, estou pensando na seguinte questão, consegui alguns
> resultados, mas nada concreto. Alguém com uma ideia que possa resolver?
> 
>  Seja A uma matriz real n x n tal que A + A^t = I.
>  Prove que detA > 0.
> 
>  A^t é a transposta de A.
> 
>  Muito obrigado!
> 
>  Vanderlei
>
>
> --
> Bernardo Freitas Paulo da Costa
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>  acredita-se estar livre de perigo.
>
>
> =
> Instru�ões para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
> =
>

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.



Re: [obm-l] Matriz e determinante

2019-02-19 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
On Tue, Feb 19, 2019 at 7:45 AM Claudio Buffara
 wrote:
>
> Toda matriz tem um autovalor. De fato, uma matriz nxn tem n autovalores, que 
> podem não ser reais e nem todos distintos.

Tem um detalhe que não afeta a validade da sua demonstração, mas acho
importante ressaltar.  A definição de autovalores que dá n autovalores
para uma matriz nxn é "algébrica", e não vem necessariamente com n
autovetores associados (que são ditos "geométricos").  Isso acontece
com matrizes nilpotentes, por exemplo, e de forma mais geral em blocos
de Jordan (como o artigo mostra).  O importante (que vem justamente de
Jordan) é que para cada autovalor k (SEM multiplicidade, portanto
podendo ser menos do que n) sempre tem pelo menos um autovetor X
correspondente, e daí você pode usar o seu raciocínio para mostrar que
Re(k) = 1/2.  Daí você volta para a álgebra, e vê que as
multiplicidades (algébricas) dos autovalores conjugados são iguais.
(Talvez até seja possível mostrar que se M é real, as multiplicidades
geométricas de autovalores conjugados também são iguais, mas neste
caso não precisa)

> Dá uma olhada nesse artigo aqui: 
> https://www.maa.org/sites/default/files/pdf/awards/Axler-Ford-1996.pdf

Muito bom!!  Vou usar nas minhas aulas de Álgebra Linear.  Uma coisa,
entretanto: não vi a demonstração (nem o enunciado) do fato geométrico
"há pelo menos um autovetor de verdade para cada autovalor" (e não
apenas autovetores generalizados).  Não é difícil com tudo o que já
tem no artigo: por exemplo, (T - lambda * I)^k v = 0 mas não com k-1
implica que w = (T - lambda I)^{k-1} v é um autovetor "normal" de T.

> []s,
> Claudio.
>
>
> On Tue, Feb 19, 2019 at 9:23 AM Rodrigo Ângelo  wrote:
>>
>> Oi, Claudio
>>
>> Nesse caso, como a gente sabe que A tem um auto valor k?
>>
>> Atenciosamente,
>> Rodrigo de Castro Ângelo
>>
>>
>> Em seg, 18 de fev de 2019 às 22:25, Claudio Buffara 
>>  escreveu:
>>>
>>> Dada uma matriz qualquer M, vou chamar de M* a conjugada transposta de M 
>>> (se M for real, M* = transposta de M).
>>> Dado um número complexo z, chamarei de z* o conjugado de z.
>>> E identificarei números complexos com matrizes 1x1.
>>>
>>> Seja k um autovalor de A.
>>> Então existe uma matriz coluna nx1 não nula X tal que AX = kX ==> X*A* = 
>>> k*X*
>>> X*AX = X*(kX) = kX*X
>>> X*A*X = (k*X*)X = k*X*X
>>>
>>> Somando estas duas equações, obtemos:
>>> X*AX + X*A*X = (k+k*)X*X ==>
>>> X*(A + A*)X = 2Re(k)X*X ==>
>>> X*IX = 2Re(k)X*X ==>
>>> X*X = 2Re(k)X*X ==>
>>> (1 - 2Re(k))X*X = 0.
>>>
>>> Como X <> 0, X*X > 0 ==> Re(k) = 1/2.
>>>
>>> Ou seja, todos os autovalores de A têm parte real = 1/2.
>>> Como A é real, o polinômio característico de A tem coeficientes reais ==>
>>> os autovalores de A ou são reais (e iguais a 1/2) ou então podem ser 
>>> particionados em pares da forma 1/2 + ib, 1/2 - ib (b real), cujo produto é 
>>> 1/4 + b^2 > 0 ==>
>>> det(A) = produto dos autovalores de A > 0.
>>>
>>> []s,
>>> Claudio.
>>>
>>>
>>>
>>>
>>> On Mon, Feb 18, 2019 at 9:50 PM Vanderlei Nemitz  
>>> wrote:

 Pessoal, estou pensando na seguinte questão, consegui alguns resultados, 
 mas nada concreto. Alguém com uma ideia que possa resolver?

 Seja A uma matriz real n x n tal que A + A^t = I.
 Prove que detA > 0.

 A^t é a transposta de A.

 Muito obrigado!

 Vanderlei


-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.


=
Instru��es para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Matriz e determinante

2019-02-19 Por tôpico Rodrigo Ângelo
Muito obrigado!

Tendo estudado álgebra apenas nos reais eu achava que algumas matrizes não
tinham auto valores. Obrigado por esclerecer.

Atenciosamente,
Rodrigo de Castro Ângelo


Em ter, 19 de fev de 2019 às 09:45, Claudio Buffara <
claudio.buff...@gmail.com> escreveu:

> Toda matriz tem um autovalor. De fato, uma matriz nxn tem n autovalores,
> que podem não ser reais e nem todos distintos.
> Dá uma olhada nesse artigo aqui:
> https://www.maa.org/sites/default/files/pdf/awards/Axler-Ford-1996.pdf
>
> []s,
> Claudio.
>
>
> On Tue, Feb 19, 2019 at 9:23 AM Rodrigo Ângelo 
> wrote:
>
>> Oi, Claudio
>>
>> Nesse caso, como a gente sabe que A tem um auto valor k?
>>
>> Atenciosamente,
>> Rodrigo de Castro Ângelo
>>
>>
>> Em seg, 18 de fev de 2019 às 22:25, Claudio Buffara <
>> claudio.buff...@gmail.com> escreveu:
>>
>>> Dada uma matriz qualquer M, vou chamar de M* a conjugada transposta de M
>>> (se M for real, M* = transposta de M).
>>> Dado um número complexo z, chamarei de z* o conjugado de z.
>>> E identificarei números complexos com matrizes 1x1.
>>>
>>> Seja k um autovalor de A.
>>> Então existe uma matriz coluna nx1 não nula X tal que AX = kX ==> X*A* =
>>> k*X*
>>> X*AX = X*(kX) = kX*X
>>> X*A*X = (k*X*)X = k*X*X
>>>
>>> Somando estas duas equações, obtemos:
>>> X*AX + X*A*X = (k+k*)X*X ==>
>>> X*(A + A*)X = 2Re(k)X*X ==>
>>> X*IX = 2Re(k)X*X ==>
>>> X*X = 2Re(k)X*X ==>
>>> (1 - 2Re(k))X*X = 0.
>>>
>>> Como X <> 0, X*X > 0 ==> Re(k) = 1/2.
>>>
>>> Ou seja, todos os autovalores de A têm parte real = 1/2.
>>> Como A é real, o polinômio característico de A tem coeficientes reais
>>> ==>
>>> os autovalores de A ou são reais (e iguais a 1/2) ou então podem ser
>>> particionados em pares da forma 1/2 + ib, 1/2 - ib (b real), cujo produto é
>>> 1/4 + b^2 > 0 ==>
>>> det(A) = produto dos autovalores de A > 0.
>>>
>>> []s,
>>> Claudio.
>>>
>>>
>>>
>>>
>>> On Mon, Feb 18, 2019 at 9:50 PM Vanderlei Nemitz 
>>> wrote:
>>>
 Pessoal, estou pensando na seguinte questão, consegui alguns
 resultados, mas nada concreto. Alguém com uma ideia que possa resolver?

 *Seja A uma matriz real n x n tal que A + A^t = I.*
 *Prove que detA > 0.*

 A^t é a transposta de A.

 Muito obrigado!

 Vanderlei

 --
 Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
 acredita-se estar livre de perigo.
>>>
>>>
>>> --
>>> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>>> acredita-se estar livre de perigo.
>>
>>
>> --
>> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>> acredita-se estar livre de perigo.
>
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
> acredita-se estar livre de perigo.

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.



Re: [obm-l] Matriz e determinante

2019-02-19 Por tôpico Claudio Buffara
Toda matriz tem um autovalor. De fato, uma matriz nxn tem n autovalores,
que podem não ser reais e nem todos distintos.
Dá uma olhada nesse artigo aqui:
https://www.maa.org/sites/default/files/pdf/awards/Axler-Ford-1996.pdf

[]s,
Claudio.


On Tue, Feb 19, 2019 at 9:23 AM Rodrigo Ângelo 
wrote:

> Oi, Claudio
>
> Nesse caso, como a gente sabe que A tem um auto valor k?
>
> Atenciosamente,
> Rodrigo de Castro Ângelo
>
>
> Em seg, 18 de fev de 2019 às 22:25, Claudio Buffara <
> claudio.buff...@gmail.com> escreveu:
>
>> Dada uma matriz qualquer M, vou chamar de M* a conjugada transposta de M
>> (se M for real, M* = transposta de M).
>> Dado um número complexo z, chamarei de z* o conjugado de z.
>> E identificarei números complexos com matrizes 1x1.
>>
>> Seja k um autovalor de A.
>> Então existe uma matriz coluna nx1 não nula X tal que AX = kX ==> X*A* =
>> k*X*
>> X*AX = X*(kX) = kX*X
>> X*A*X = (k*X*)X = k*X*X
>>
>> Somando estas duas equações, obtemos:
>> X*AX + X*A*X = (k+k*)X*X ==>
>> X*(A + A*)X = 2Re(k)X*X ==>
>> X*IX = 2Re(k)X*X ==>
>> X*X = 2Re(k)X*X ==>
>> (1 - 2Re(k))X*X = 0.
>>
>> Como X <> 0, X*X > 0 ==> Re(k) = 1/2.
>>
>> Ou seja, todos os autovalores de A têm parte real = 1/2.
>> Como A é real, o polinômio característico de A tem coeficientes reais ==>
>> os autovalores de A ou são reais (e iguais a 1/2) ou então podem ser
>> particionados em pares da forma 1/2 + ib, 1/2 - ib (b real), cujo produto é
>> 1/4 + b^2 > 0 ==>
>> det(A) = produto dos autovalores de A > 0.
>>
>> []s,
>> Claudio.
>>
>>
>>
>>
>> On Mon, Feb 18, 2019 at 9:50 PM Vanderlei Nemitz 
>> wrote:
>>
>>> Pessoal, estou pensando na seguinte questão, consegui alguns resultados,
>>> mas nada concreto. Alguém com uma ideia que possa resolver?
>>>
>>> *Seja A uma matriz real n x n tal que A + A^t = I.*
>>> *Prove que detA > 0.*
>>>
>>> A^t é a transposta de A.
>>>
>>> Muito obrigado!
>>>
>>> Vanderlei
>>>
>>> --
>>> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>>> acredita-se estar livre de perigo.
>>
>>
>> --
>> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>> acredita-se estar livre de perigo.
>
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
> acredita-se estar livre de perigo.

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.



Re: [obm-l] Matriz e determinante

2019-02-19 Por tôpico Rodrigo Ângelo
Oi, Claudio

Nesse caso, como a gente sabe que A tem um auto valor k?

Atenciosamente,
Rodrigo de Castro Ângelo


Em seg, 18 de fev de 2019 às 22:25, Claudio Buffara <
claudio.buff...@gmail.com> escreveu:

> Dada uma matriz qualquer M, vou chamar de M* a conjugada transposta de M
> (se M for real, M* = transposta de M).
> Dado um número complexo z, chamarei de z* o conjugado de z.
> E identificarei números complexos com matrizes 1x1.
>
> Seja k um autovalor de A.
> Então existe uma matriz coluna nx1 não nula X tal que AX = kX ==> X*A* =
> k*X*
> X*AX = X*(kX) = kX*X
> X*A*X = (k*X*)X = k*X*X
>
> Somando estas duas equações, obtemos:
> X*AX + X*A*X = (k+k*)X*X ==>
> X*(A + A*)X = 2Re(k)X*X ==>
> X*IX = 2Re(k)X*X ==>
> X*X = 2Re(k)X*X ==>
> (1 - 2Re(k))X*X = 0.
>
> Como X <> 0, X*X > 0 ==> Re(k) = 1/2.
>
> Ou seja, todos os autovalores de A têm parte real = 1/2.
> Como A é real, o polinômio característico de A tem coeficientes reais ==>
> os autovalores de A ou são reais (e iguais a 1/2) ou então podem ser
> particionados em pares da forma 1/2 + ib, 1/2 - ib (b real), cujo produto é
> 1/4 + b^2 > 0 ==>
> det(A) = produto dos autovalores de A > 0.
>
> []s,
> Claudio.
>
>
>
>
> On Mon, Feb 18, 2019 at 9:50 PM Vanderlei Nemitz 
> wrote:
>
>> Pessoal, estou pensando na seguinte questão, consegui alguns resultados,
>> mas nada concreto. Alguém com uma ideia que possa resolver?
>>
>> *Seja A uma matriz real n x n tal que A + A^t = I.*
>> *Prove que detA > 0.*
>>
>> A^t é a transposta de A.
>>
>> Muito obrigado!
>>
>> Vanderlei
>>
>> --
>> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>> acredita-se estar livre de perigo.
>
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
> acredita-se estar livre de perigo.

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.