[obm-l] Re: [obm-l] Dúvida

2003-01-10 Por tôpico larryp



Acho que a melhor maneira de responder a esta pergunta é 
através de um exemplo:

Considere o seguinte problema: 
Prove que se um triângulo tem duas bissetrizes 
internas iguais, então ele é isósceles.Solução (fornecida pelo 
Prof. Eduardo Wagner):Desenhe o triangulo ABC e as bissetrizes BD e 
CE.Construa o paralelogramo BDFE e trace CF.Assinale os 
angulos:ABC = 2b, ACB = 2c, EFD = b, DFC = x, DCF = y.EF = BD = EC. 
Logo, b + x = c + y.Suponha que os angulos B e C sejam 
desiguais.

SEM PERDA DE GENERALIDADE, suponha queB  C, por 
exemplo, e observe as implicacoes:B  Cb  cx  yDC 
 DFDC  BEDBC = b  c = EBC (contradicao).Logo, os 
angulos B e C sao iguais.

***

PERGUNTA: Você acha que a solução acima está completa, ou 
será que ficou faltando trataro caso B  C?

Se fôssemos aderirestritamente às leis 
dalógica com 100% de rigor, deveríamos, de fato, tratar também o caso B 
 C. Entretanto, o tratamento deste caso seria totalmente análogo ao do caso 
B  C (bastando, de fato, inverter a direção das desigualdades). Assim, o 
Prof. Eduardo considerou (com total razão) que o caso B  C era 
suficientemente geral, ou seja, bastava tratar este caso a fim de estabelecer o 
resultado desejado. Em outras palavras, a suposição de que B  C não reduziu 
o grau de generalidade da demonstração (o que teria ocorrido, por exemplo, se 
ele tivesse suposto que B = 2*C ou que C  B  C + 10 graus).

Espero ter sido claro.

Um abraço,
Claudio Buffara.


  - Original Message - 
  From: 
  Fernando 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Thursday, January 01, 1998 9:35 
  AM
  Subject: [obm-l] Dúvida
  
  
  Gostaria que alguém me tirasse a seguinte 
  dúvida:
  
  Em alguns demonstrações matemáticas, observo a seguinte 
  expressão: Sem perda de generalidade, podemos admitir que ( por exemplo: 
  ABCD, AB=0).Qual a argumentação lógica para essa 
  suposição:
  Atenciosamente
  Fernando.


Re: [obm-l] [(n^m) - n] multiplo de m ?

2003-01-05 Por tôpico larryp



Caro Felipe: 

Infelizmente o resultado não é verdadeiro. Por 
exemplo, tome n=2 e m=9. Neste caso,9 e2 são primos entre si 
mas2^9 - 2 = 510, o qual não é múltiplo de 9.


No entanto, existe um teoremaimportante de 
teoria dos números que diz o seguinte:

Sejam m e ninteiros positivos primos entre 
si. Seja Phi(m) o número de inteiros positivos menores ou iguais que m e primos 
com m. Então, n^Phi(m) - 1 é múltiplo de m.

Um caso particular deste teorema é quando m é 
primo. Neste caso Phi(m) = m - 1 (por que?), e o teorema diz o seguinte: Se m é 
primo e n é um inteiro não divisível por m, então n^m - n é múltiplo de m. Uma 
forma de provar isto é por indução sobre n. Vale o esforço de 
tentar...

Um abraço,
Claudio.

  - Original Message - 
  From: 
  felipe mendona 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Sunday, January 05, 2003 12:49 
  AM
  Subject: [obm-l] [(n^m) - n] multiplo de 
  m ?
  
  
   
   Ola colegas 
  de lista...eu tenho um problema em maos, que me atormenta a tempos,ele tem um 
  aspecto angelical mas é verdadeiramente diabolico, concluam voces mesmos,ele é 
  beeem dificil.Segue abaixo:
  
   Se n,m sao inteiros positivos diferentes 
  de 1,prove que [(n^m) - n] é multiplo de m se m é 
  impar. Bonito, 
  nao!Eu provei apenasos casos em que n e m 
  sao primos entre si.
   Alguem tem uma boa 
  ideia? Fica a cargo de voceis.
   
   
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  ! nbsp; Felipe Mendonça 
  Vitória-ES.
  
   
  
  
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Re: [obm-l] geometria

2003-01-05 Por tôpico larryp



Problema 2:

ABCD 
é um quadrilátero cíclico. Areta tangentepor A encontra CB em 
K,e a reta tangentepor B encontra DA em M,de maneira que BK=BC e AM=AD. 
Mostre que o quadrilátero tem dois lados 
paralelos.

O resultado estará provado se conseguirmos mostrar 
que os ângulos MAB e MDC são iguais.

1)Tome pontos L em AK e N em MB tais que A 
esteja entre K e L eque B esteja entre M e N e em seguida use as propriedades dos ângulos e arcos na 
circunferência:

Arco AB = KAB = MDB = KCA = MBA

Arco ADC = ABC

Arco BCD = BAD


2) Com as igualdades de ângulos deduzidas acima, 
conclua que certos triângulos são semelhantes:

KCA = KABe CKA = AKB == 
Triângulos KCA e KABsão semelhantes 
==
AC / AB = KC / KA = KA / KB == KA^2 
= KB * KC

MDB = MBA e DMB = BMA ==
Triângulos MBD e MAB são semelhantes 
==
BD / AB= MD / MB = MB / MA == 
MB^2 = MA * MD


3) Levando em conta que KC = 2 * KB e MD = 2 * MA, 
teremos:

KA^2 = 2 * KB^2 e MB^2 = 2 * MA^2 
==
KA / KB = MB / MA = 
raiz(2)

Ou seja, AC / AB = KA / KB = MB / MA = BD / AB = 
raiz(2)

Assim, AC = BD = AB * raiz(2)


4) Cordas iguais subentendem arcos iguais. 

AC = BD == Arco ADC = Arco BCD 
==
Ângulo ABC = Ângulo BAD.


5) ABCD é cíclico == 
ABC + CDA = 180 graus ==
BAD + CDA = 180 graus

Mas, MAB + BAD = 180 graus (são suplementares) 
==
MAB = CDA = MDC ==
AB // CD e o resultado está provado.


  - Original Message - 
  From: 
  Eder 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Thursday, January 02, 2003 2:51 
  PM
  Subject: [obm-l] geometria
  
  Doisproblemas que não estou conseguindo 
  resolver:
  
  1)ABCD 
  é um quadrilátero.M é um ponto interno a esse quadrilátero de forma que ABMD é 
  um paralelogramo.O ângulo CBM é igual ao ângulo CDM.Mostre que o ângulo ACD é 
  igual ao ângulo BCM.
  
  2)ABCD 
  é um quadrilátero cíclico.Areta tangentepor A encontra CB em 
  K,e a reta tangentepor B encontra DA em M,de maneira que BK=BC e 
  AM=AD.Mostre que o quadrilátero tem dois lados 
  paralelos.
  
  Qualquer 
  ajuda/resolução é bem vinda.
  
  
  Eder


Re: [obm-l] conjuntos abertos na reta real

2003-01-05 Por tôpico larryp
Caro Artur:

Seja X um conjunto aberto da reta real. Então, pelo teorema da existência
(para cada aberto X, existe uma família enumerável de intervalos abertos
disjuntos dois a dois cuja união é X), podemos escrever X = UNIÃO A(i), onde
i pertence a N e os A(i) são intervalos abertos disjuntos dois a dois.

Em algum ponto da demonstração da existência dos A(i) deve ter aparecido o
seguinte fato:
Se x pertence a X, então x pertence a A(i), para algum i, e A(i) é o maior
sub-intervalo de X que contém x

Suponhamos que X = UNIÃO B(j) ( j em N, e os B(j) intervalos abertos
disjuntos dois a dois) e que as duas representações são distintas.

Neste caso, existirá um índice r tal que B(r) será diferente de A(i) para
todo i.

Seja x pertencente a B(r). Então B(r) é o maior sub-intervalo de X que
contém x.

Por outro lado, existe um índice s tal que x pertence a A(s), e A(s) é o
maior sub-intervalo de X que contém x.

Assim, A(s) = B(r) ==

Contradição pois, por hipótese, B(r) é diferente de A(i) para todo i ==

As duas representações são idênticas.

Espero que isto seja útil.

Um abraço,
Claudio.

- Original Message -
From: Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Saturday, January 04, 2003 11:33 PM
Subject: [obm-l] conjuntos abertos na reta real


 Feliz 2003 para todos!

 Sabemos que, na reta real, todo conjunto aberto é dado por uma união
 disjunta e numerável de intervalos abertos. Quase todos os livros de
 Análise Real apresentam a prova deste teorema. Estou agora tentanto
 provar que esta representação de conjuntos abertos é única, e estou
 encontrando alguma difculdade. Deve haver algum detalhe, talvez trivial,
 que esteja me passando. Alguém poderia ajudar?

 Obrigado.
 Artur

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Re: [obm-l] geometria

2003-01-05 Por tôpico larryp



Problema 1:
ABCD 
é um quadrilátero.M é um ponto interno a esse quadrilátero de forma que ABMD é 
um paralelogramo.O ângulo CBM é igual ao ângulo CDM.Mostre que o ângulo ACD é 
igual ao ângulo BCM.

Tome o ponto N no mesmo semi-plano que C em relação a DM e de 
forma que o segmento DN seja paralelo a MC e tenha o mesmo 
comprimentodeste == 

MDNC é paralelogramo ==

triângulos DNA e MCB são congruentes e CN // 
MD.


triângulos DNA e MCB serão congruentes == 

ângulo AND = ângulo BCM e ângulo NAD = ângulo 
CBM

CN // MD == ângulo DCN = ângulo CDM


ângulo DCN = ângulo CDM = ângulo CBM = ângulo NAD 
==

ADNC é cíclico ==

ângulos AND e DCA compreendem o mesmo arco (AD) 
==

ângulo AND = ângulo ACD


Mas, ângulo AND = ângulo BCM ==

ângulo ACD = ângulo BCM e o resultado está 
provado.




  - Original Message - 
  From: 
  Eder 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Thursday, January 02, 2003 2:51 
  PM
  Subject: [obm-l] geometria
  
  Doisproblemas que não estou conseguindo 
  resolver:
  
  1)ABCD 
  é um quadrilátero.M é um ponto interno a esse quadrilátero de forma que ABMD é 
  um paralelogramo.O ângulo CBM é igual ao ângulo CDM.Mostre que o ângulo ACD é 
  igual ao ângulo BCM.
  
  2)ABCD 
  é um quadrilátero cíclico.Areta tangentepor A encontra CB em 
  K,e a reta tangentepor B encontra DA em M,de maneira que BK=BC e 
  AM=AD.Mostre que o quadrilátero tem dois lados 
  paralelos.
  
  Qualquer 
  ajuda/resolução é bem vinda.
  
  
  Eder


Re: [obm-l] Naturais

2003-01-04 Por tôpico larryp



O elemento situado na linha "i" e coluna "j" é 
igual ao resto da divisão de i^j por j.

Isso também pode ser expresso como i^j mod 
j.

Assim, por exemplo:

2^5 = 32 deixa resto 2 na divisão por 5 == 
A(2,5) = 2.

7^4 = 2401 deixa resto 1na divisão por 4 
== A(7,4) = 1.


- Original Message - 

  From: 
  [EMAIL PROTECTED] 
  
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Saturday, January 04, 2003 6:35 
  AM
  Subject: [obm-l] Naturais
  Olá pessoal, 
  Alguém consegue entender a tabela de periodo natural do site: 
  http://www.sweb.cz/vladimir_ladma/english/notes/texts/naturalp.htm 
  Ps: É em inglês, mas o problema está mais com a tabela do que 
  com o texto. 


[obm-l] Re: [obm-l] polinômios

2003-01-04 Por tôpico larryp

- Original Message -
From: Marcelo Leitner [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Saturday, January 04, 2003 12:43 PM
Subject: Re: [obm-l] polinômios


 On Sat, Jan 04, 2003 at 12:56:05AM -0500, [EMAIL PROTECTED] wrote:
  Olá pessoal,
 
  Se 2x + 5 é identico à (x + m)^2 - (x - n)^2, então m^3 - n^3 é igual à:
 
  Ps: Meu gabarito está com alguns problemas de correspondência de
questões só
  para vcs terem uma idéia neste exercício ele deu como resposta o
seguinte:
  Pedro lucrou 20%. Incrível, não!?
 
  Mas as alternativas são:
  a) 19 c) 35
  b) 28 d) 37
 
  Neste exercício o que eu procurei fazer foi desenvolver os produtos
notáveis
  e procurais a identidade de polinômios, mas o valor que encontrei para
m^3 -
  n^3 não foi um nº inteiro, mas sim uma equação em função de m e n
associado
  ao 15.
 ---end quoted text---

 Note que (x+m)^2 - (x-n)^2 eh uma diferenca de quadrados, logo
  = (x+m + x-n)(x+m - x+n) = (2x+m+n)(m+n) = 2x(m+n) + (m+n)^2 = 2x + 5

A idéia é essa, mas você trocou um sinal.

(x+m)^2 - (x-n)^2 = (x+m+x-n)(x+m-x+n) = (2x+m - n)(m+n) =
= 2(m+n)x + (m+n)(m-n) = 2x + 5
==  m+n = 1 e (m+n)(m-n) = 5 ==
m + n = 1  e  m - n = 5   ==
m = 3 e n = -2  ==  m^3 - n^3 = 3^3 - (-2)^3 = 27 + 8 = 35.


 por identidade de polinomios, m+n = 1, (m+n)^2 = 5   -  Oops!

 Foi o que consegui enxergar nesse exercicio..
 Espero ter ajudado um pouco,
 --
 Marcelo R Leitner [EMAIL PROTECTED]
 =
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 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
 O administrador desta lista é [EMAIL PROTECTED]
 =



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
O administrador desta lista é [EMAIL PROTECTED]
=



Re: [obm-l] Trigonometria

2003-01-03 Por tôpico larryp



As funções seno e cosseno são periodicas, com 
período = 2*pi, ou seja, qualquer que seja x, teremos sen(x+2*pi) = sen(x) e 
cos(x+2*pi)=cos(x).

A função tangente é periódica de período = pi 
== tg(x+pi)=tg(x).

Bom, 9pi/4 = pi/4 + 2pi == tg(9pi/4) = tg(pi/4 
+ 2pi) = tg(pi/4 + pi) = tg(pi/4).

Acho que com essa explicação você consegue calcular 
a, b e c do seu e-mail.

  - Original Message - 
  From: 
  [EMAIL PROTECTED] 
  
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Friday, January 03, 2003 4:01 
  AM
  Subject: [obm-l] Trigonometria
  Por que tg(9pi/4) = 
  tg(pi/4) ? Como fazer estas conversões? Regra de três ou os conceitos de arcos 
  côngruos e/ou equações trigonométricas? Como calcular: a) sen 27pi 
  b) sen (-37pi/3) c)cos (15pi/2) Se vcs me explicarem como 
  fazer estes três eu ficarei muito agradecido, pois assim poderei fazer o 
  restante do meu caderno de estudos. Ps: O exercício que eu estou fazendo 
  tem + ou - 18, a maioria eu fiz utilizando regra de três, ou seja, 
  transformando os radianos em graus, dividindo por 360º e pegando o resto como 
  valor notável mas o problema é que este resto nem sempre dava um valor 
  notável. Será que meu erro está em transformar em graus? Devo fazer regra de 
  três de radianos para radianos, pois neste tipo de exercício como vocês 
  podem ver acima, pede para calcular o sen,cos e tg só de radianos e não de 
  graus. Em alguns casos eu até resolvi facilmente como sen (17pi/2) ou sen 
  (-13pi/2), pois encontrava valores notáveis. Mas, nos itens como em a, b,c não 
  encontrei esses valores notáveis. 


Re: [obm-l] Fatoriais

2003-01-03 Por tôpico larryp



A primeira coisa a fazer neste problema é 
determinar que números tem fatorial igual a 1. Naturalmente, estes números são 0 
e 1.

Se 5x-7 = 0, então x = 7/5.

Se 5x-7 = 1, então x = 8/5

Assim, as rãízes da equação são x1 = 7/5 e x2 = 
8/5.

x1 + x2 = 7/5 + 8/5 = 15/5 = 3.

  - Original Message - 
  From: 
  [EMAIL PROTECTED] 
  
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Friday, January 03, 2003 7:47 
  PM
  Subject: [obm-l] Fatoriais 
  Porque a soma raízes da 
  equação (5x-7)! = 1 é igual a 3 ? 



Re: [obm-l] (nenhum assunto)

2003-01-02 Por tôpico larryp



O R na resolução é o raio da base do cone. O raio 
do semicírculo inicial está sendo chamado de g (de geratriz). 

A afirmativa que precisa ser justificada é a de que 
um semicírculo gera um cone equilátero (ou seja, um no qual a geratriz é igual 
ao diâmetro da base). Isso não é muito difícil. Basta observar que:
Comprimento do semicírculo = Perímetro da Base do 
Cone ==
Pi * g = 2 * Pi * 
R == g = 2 * R == 20 = 2 * R == 
R = 10 cm.

  - Original Message - 
  From: 
  [EMAIL PROTECTED] 
  
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Thursday, January 02, 2003 4:27 
  AM
  Subject: [obm-l] (nenhum assunto)
  Vejam esta questão que no final eu direi 
  minha dúvida: (FUVEST90) Um pedaço de cartolina possui a forma de um 
  semicírculo de raio 20 cm. Com essa cartolina, um menino constrói um chapéu 
  cônico e o coloca com a base apoiada sobre uma mesa. Qual a distância do bico 
  do chapéu à mesa? Resolução: Sendo o formato um 
  semicírculo, o cone obtido será eqüilátero, isto é, g = 2R, onde g = 20 cm. 
  Logo, R = 10 cm. A distância pedida é a altura do cone, que é obtida por meio 
  da seguinte relação: g^2 = H^2 +R^2 ; H= sqrt 300= 10sqrt3 Dúvida: Na 
  resolução foi dito que g= 20cm. Como 20? No enunciado diz que o raio=20 
  e os cone equilátero não têm a g= diâmetro? Ou seja, não deveria ser g=40? 
  Onde está meu erro colegas? Ps: Esta é a questão 38 do 
  end.eletrônico:http://www.klickeducacao.com.br:8000/vt/vt/Qf/vtqf06/vtqf06.htm#30 
   


[obm-l] Re: [obm-l] Geometria analítica

2003-01-02 Por tôpico larryp



A mediana desejada une o vértice B (4,5) ao 
ponto médio de AC (4,3).

Repare que ambos os pontos têm a mesma abscissa 
(coordenada x). Assim, a reta que os une é: x = 4.

  - Original Message - 
  From: 
  [EMAIL PROTECTED] 
  
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Thursday, January 02, 2003 5:13 
  AM
  Subject: [obm-l] Geometria 
analítica
  
  Determine a equação da mediana relativa ao lado 
  AC de um triângulo cujos vértices são os pontos A(1,2) , B(4,5) e C(7,4). 
  Resposta 
  A equação da mediana é x=4. Como operar para chegar na 
  equação da mediana como nessa questão ? 
  


[obm-l] Re: [obm-l] composição de simetrias

2003-01-02 Por tôpico larryp



Tanto álgebra como geometria estudam simetrias. 
Existe uma sub-área da álgebra chamada Teoria dos Grupos, a qual estuda 
sistematicamente, e de forma abstrata, simetrias em geral. Neste caso, por 
simetria entende-se alguma operação ou transformação sobre um dado conjunto que 
deixa este conjunto, ou partes dele, imutável.

Por exemplo, em geometria, uma simetria pode ser 
uma rotação, uma translação ou uma reflexão (ou rebatimento), ou seja, um 
movimento rígido qualquer que deixe imutável oconjunto de pontos em 
consideração.

Um resultado elementar de teoria dos grupos diz que 
existem 6 simetrias em um triângulo equilátero no plano. Uma delas é uma rotação 
de 120 graus, digamos, no sentido anti-horário. Você consegue achar as outras 
cinco?

- Original Message - 

  From: 
  [EMAIL PROTECTED] 
  
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Thursday, January 02, 2003 5:42 
  AM
  Subject: [obm-l] composição de simetrias 
  
  Que área da matemática 
  estuda composição de simetrias: Álgebra, geometria...? 



[obm-l] Re: [obm-l] sequência mais complicada que a dos primos

2003-01-02 Por tôpico larryp



Qualquer que seja n, dados os n primeiros termos de 
uma sequência qualquer, existe sempre uma infinidade de fórmulas que podem 
"explicar" aqueles termos.

Por exemplo, dados X1, X2, ..., Xn, podemos 
semprepostular um polinômio:
F(X) = A(0) + A(1)*X +A(2)*X^2 + ... + 
A(n)*X^(n), de grau n tal que:

F(1) = 1*A(0) + 1*A(1) + 1^2*A(2) + ... + 
1^n*A(n) = X1
F(2) = 1*A(0) + 2*A(1) + 2^2*A(2) + ... + 
2^n*A(n) = X2
.
F(n) = 1*A(0) + n*A(1) + n^2*A(2) + ... + 
n^n*A(n) = Xn

Repare que este é um sistema de n equações lineares 
em (n+1) incógnitas (os A(i), 0 = i = n), o qual tem uma infinidade de 
soluções, que correspondem a uma infinidade do fórmulas polinomiais que produzem 
os n termos da sequência.

Assim, os seus 8 termos podem ser explicados por 
uma infinidade de polinômios de grau 8 (ou maior), apesar de possivelmente haver 
alguma razão mais interessante, da mesma forma que na sequencia dos dobros dos 
primos.

  - Original Message - 
  From: 
  [EMAIL PROTECTED] 
  
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Wednesday, January 01, 2003 1:56 
  PM
  Subject: [obm-l] sequência mais 
  complicada que a dos primos 
  Olá amigos, a sequência dos primos vcs acharam fácil, não é ? Agora 
  para tornar mais estimulante criei está daqui: 0, 69, 47, 38, 69, 79, 84, 
  07... Aumentei o número de termos para evitar divergências numéricas. 
  Ps: Numa sequência numérica o interessante não é só descobrir a "razão 
  ou lógica" de quem elaborou, mas também descobrir outras "razões" para a 
  mesma sequência. Por exemplo, a questão dos dobros dos números primos que 
  enviei tinha poucos termos, e isso foi percebido por vcs como uma possibidade 
  de divergência, pois eram inúmeras as "razões" que poderiam ser encontradas e 
  isso e fantástico na matemática. Depois enviarei a resposta, mas acho que 
  a única razão para está sequência é a minha, pois nem o site: 
  http://www.research.att.com/~njas/sequences/ conseguiu decifrar mesmo tendo um 
  banco de dados com mais de 5000 sequências.  



[obm-l] Re: [obm-l] Princípio de Dirichlet

2003-01-02 Por tôpico larryp



Tome um número natural "n" qualquer. 

Considere os números 1, 11, 111, , 1, 
e 111..11 (onde o último número é formado por (n+1) algarismos 1, e os 
restos que cada um destes números deixa quando dividido por n.

Existem n+1 números mas apenas n restos possíveis 
(0, 1, ..., n-1). Assim, pelo princípio de Dirichlet, têm de existir na lista 
acimadois números formados só por algarismos ´1´ que deixam o mesmo resto 
(suponhamos que o maiorseja formado por "p" e o menor por "q" algarismos 
´1´ (p  q) ).

Subtraindo o menor do maior, você obtém um número 
da forma 11...1100..00, formado por "(p-q)" 1´s seguido de "q" zeros, o qual é 
divisível por "n" (estou usando o fato de que se "a" e "b" deixam o mesmo resto 
na divisão por "n" então "a-b" é divi´sível por "n".


  - Original Message - 
  From: 
  [EMAIL PROTECTED] 
  
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Thursday, January 02, 2003 11:52 
  AM
  Subject: [obm-l] Princípio de 
  Dirichlet
  Caros amigos, 
  muita paz! Feliz ano novo a todos! Como resolver a seguinte questão referente a Dirichlet: 
  Prove que todo número natural 
  tem um múltiplo que se escreve, na base 10, apenas com os algarismos 0 e 
  1. Fonte: Análise 
  Combinatória e Probabilidade. Coleção do Professor de matemática. Sociedade 
  Brasileira de Matemática. Autores:  
 Augusto César de Oliveira Morgado João Bosco Pitombeira de 
  Carvalho
   Paulo Cezar Pinto Carvalho Pedro Fernadez ATT. João Carlos 



Re: [obm-l] trigonometria

2003-01-02 Por tôpico larryp



tg(9pi/4) = tg(pi/4) = 1 = 6x / pi 
== x = pi/6 == 3x = pi/2 == cos 3x = 
cos(pi/2) = 0.

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  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Thursday, January 02, 2003 7:15 
  PM
  Subject: [obm-l] trigonometria
  Porque se a tg 
  (9pi/4)=6x/pi, então cos 3x é zero? 



[obm-l] Re: [obm-l] sistema de equaçoes

2003-01-02 Por tôpico larryp



Sugestão: tire o log das duas equações, 
obtendo:

x*log2 + y*log3 = log108
x*log4 + y*log2 = log128

Agora, você tem um sistema linear c/ 2 equações e 2 
incógnitas.

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  Sent: Thursday, January 02, 2003 7:16 
  PM
  Subject: [obm-l] sistema de 
equaçoes
  Uma com dúvida na 
  seguinte questão: 2^x *3^y=108 4^x*2^y=128 Ps: a resposta é 6 
  Eu não estou conseguindo resolver este sistema de equações pois sempre eu 
  "caio"em uma equação com potências de bases diferentes em um membro e outro. 
  


Re: [obm-l] complexos

2003-01-02 Por tôpico larryp



i+ 1/(1+i) = [i(1+i) + 1 ]/(1+i) 
=(i-1+1)/(1+i) = i/(1+i).

O módulo é 1/raiz(1^2+1^2) = 1/raiz(2) = 
raiz(2)/2

  - Original Message - 
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  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Thursday, January 02, 2003 7:16 
  PM
  Subject: [obm-l] complexos
  Se z = i + 1/(1 + i) 
  calcule o módulo de Z: Ps: No meu caderno de exercícios a resposta é 
  sqrt10/2 mas eu só estou chegando no resultado sqrt10/4. Eu estou 
  multiplicando a parcela com denominador imaginário pelo seu conjugado, tirando 
  o mmc, separando a de b e aplicando a fórmula sqrta(a^2 +b^2) mas não chego na 
  resposta do gabarito. 


[obm-l] Re: [obm-l] área lateral de um cone

2003-01-02 Por tôpico larryp



Faça um "corte" no cone segundo alguma geratriz e 
"desenrole-o" (fazendo assim a tão chamada planificação - termo mais chique mas 
muito menos intuitivo do que "cortar e desenrolar"). Esqueça a base (que não 
contribui para a área lateral). Você vai ter umsetor circular de raio = g 
(geratriz) e cujo setor da circunferência correspondente tem comprimento igual 
ao perímetro da base: 2*pi*R (R = raio da base).

Imagino que você conheça as fórmulas de Setor 
Circular:

Comprimento do Setor = Raio do Setor * Ângulo 
Central

Área do Setor = 1/2 * Raio do Setor^2 * Angulo 
Central

Agora:
Comprimento do Setor = 2*pi*R
Raio do Setor = g

Portanto:
Ângulo Central = 2*pi*R/g

Ou seja,
Área do Setor = 1/2 * g^2 * 2*pi*R/g = 1/2 * 
2*pi*R*g

Mas Área do Setor = Área Lateral do 
Cone.

Assim:
Área Lateral do Cone = 1/2 * 2*pi*R*g

OBS: A dedução acima só vale para o caso de um cone 
circular reto.


  - Original Message - 
  From: 
  [EMAIL PROTECTED] 
  
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Thursday, January 02, 2003 4:12 
  AM
  Subject: [obm-l] área lateral de um 
  cone
  Alguns livros de matemática do ensino médio, normalmente trazem aquelas 
  explicações do por quê de tais fórmulas, explicando suas origens e evitando 
  que o aluno decore, mas sim entenda. Um exemplo disso é a explicação da 
  fórmula da área lateral de um cone que fazendo a planificação da para provar a 
  fórmula: Área lateral =1/2 * 2piR *g , que simplificando resulta em S lateral= 
  piR.g. O que eu não entendi foi da onde "saiu" o fator 1/2 



[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Subconjuntos de {1,2,..,n} com Média Inteira

2003-01-02 Por tôpico larryp
Caro Domingos Jr.:

Obrigado pela observação. Apesar de ser fácil mostrar que se X tem aquela
forma específica, então X = X*, este fato tinha que estar explicitado na
demostração.

Sobre o cálculo de P(n) propriamente dito, eu chequei o site:
http://www.research.att.com/~njas/sequences/
e a sequência dos P(n), que começa com 1, 2, 5, 8, 15, 26, 45, ... estava
lá. Infelizmente, o site só indica uma fórmula assintótica para P(n) ~
2^(n+1)/n.

Interessante observar que, distribuindo os 2^n - 1 subconjuntos não vazios
de In por n grupos de acordo com a classe de congruência mod n a que
pertence a soma de seus elementos, a fórmula assintótica acima diz que a
classe 0 tem proporcionalmente mais elementos do que o que seria de se
esperar (2^n / n).

Outra sequência que lá está é a do meu outro problema - o da reordenação dos
naturais tal que cada segmento inicial tem média inteira. Esta começa com 1,
3, 2, 6, 4, 11, 5, 14, ...

Vou seguir seu conselho e postar uma nova mensagem com este problema pra ver
se alguém tem alguma contribuição a fazer.

Um abraço,
Claudio Buffara.

- Original Message -
From: Domingos Jr. [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Thursday, January 02, 2003 9:02 PM
Subject: [obm-l] Re: [obm-l] Subconjuntos de {1,2,..,n} com Média Inteira


 Olá, estive viajando e por tanto só estou lendo suas mensagens em 2003!

 (...)
 até aqui parece tudo bem...

  Seja X um elemento de @n com k elementos ( 1 = k = n ).
 
  No que se segue, vamos escrever X da seguinte forma:
  X = { A(1) , A(2) , ... , A(k) }
  e supor sempre que A(1)  A(2)  ...  A(k).
 
  Assim, X* = ( n+1-A(k) , n+1-A(k-1) , ... , n+1-A(1) }
  e n+1-A(k)  n+1-A(k-1)  ...  n+1-A(1)
 
  Consideremos, separadamente, os casos: k par e k ímpar
 
  CASO 1: k é par = k = 2r.
  X = X*  ==
  A(2r) = n+1-A(1) ,
  A(2r-1) = n+1-A(2) ,
   ...
  A(r+1) = n+1-A(r)  ==
  X = X* = { A(1) , ... , A(r) , n+1-A(r) , ... , n+1-A(1) }
 
  Assim, M(X) = M(X*) = r(n+1)/k = (n+1)/2 = m.
 
  Ou seja, todo X que é igual a X* tem média inteira.
 
  Repare que A(1)  A(2)  ...  A(r)  n+1-A(r), ou seja:
  A(1)  A(2)  ...  A(r)  (n+1)/2 = m.
 
  Desta forma, o número de elementos X de @n com k=2r elementos tais que X
=
  X* é igual ao número de subconjuntos de r elementos do conjunto {1, 2,
 ...,
  m-1}, ou seja, C(m-1,r).

 a demonstração aqui precisa ser nas duas direções, troque = por =!
 a mesma coisa para a próxima...

  Por conseguinte, o número total de elementos de X de @n é obtido pela
soma
  destes valores desde k = 1 até k = m-1, ou seja, este número é igual a:
  C(m-1,1) + C(m-1,2) + ... + C(m-1,m-1)  =  2^(m-1) - 1.
 
  CASO 2: k é ímpar = k = 2r-1.
  X = X*  ==
  A(2r-1) = n+1-A(1) ,
  A(2r-2) = n+1-A(2) ,
   ...
  A( r+1) = n+1-A(r-1) ,
  A(r) = n+1-A(r)  ==
  A(r) = (n+1)/2 = m  e
  X = X* = { A(1) , .. , A(r-1) , A(r) = m , n+1-A(r-1) , ... ,
 n+1-A(1) }
 
  M(X) = M(X*) = [m + (r-1)(n+1)] / k = [m + (r-1)2m]/(2r-1) =
  = m(2r-1)/(2r-1) = m
 

 (...)

  Espero que não haja nenhum furo desta vez.

 Assim esperamos!

  Ainda permanece o problema de se determinar uma expressão para P(n) em
  função de n, ou pelo menos, em função de P(m) com m  n. Além disso,
este
  problema pode ter alguma relação com o seguinte:

 determinar P(n) deve ser bem complicado, eu acho que pode ser utilizada a
 idéia da minha mensagem anterior, decompor P(n+1) = P(n) + T(n).

  Seja a sequência X: N -- N  (N = conjunto dos inteiros positivos),
 definida
  por:
  X(1) = 1, e, para n =1, X(n+1) = menor inteiro positivo tal que:
  (i) X(n+1) não pertence a { X(1) , X(2) , ... , X(n) }, e
  (ii) o conjunto { X(1), ..., X(n), X(n+1) } tem média inteira.
  Prove que X é uma bijeção.
 
  Um abraço,
  Claudio Buffara.

 Que tal colocar essa problema como uma nova postagem? Assim mais pessoas
 acompanhariam...

 Gostei, parece que funciona, mas é mais complicada e extensa do que eu
 imaginava (e desejava!). Uma pena, no entanto, que a minha idéia não tenha
 podido ser melhor explorada (se é que dela pode-se sair em algum
resultado),
 parecia uma alternativa bem elegante...

 [ ]'s

 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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[obm-l] Sequência 1, 3, 2, 6, 8, 4, 11, 5, 14

2003-01-02 Por tôpico larryp
Existe um site bem interessante para quem gosta de sequências numéricas:
The On-Line Encyclopedia of Integer Sequences

http://www.research.att.com/~njas/sequences/

Neste site, a sequência 1, 3, 2, 6, 8, 4, 11, 5, 14, ... é descrita como
sendo uma permutação dos inteiros positivos tal que a média aritmética de
cada segmento inicial é inteira.

O meu problema é justamente provar que esta descrição está correta.

Em outras, palavras:

Seja a sequência X: N -- N  (N = conjunto dos inteiros positivos),
definida por:
X(1) = 1, e, para n  1, X(n) = menor inteiro positivo tal que:
(i) X(n) não pertence a { X(1) , X(2) , ... , X(n-1) }, e
(ii) o conjunto { X(1), ..., X(n) } tem média aritmética inteira.
Prove que X é uma bijeção (ou seja, cada inteiro positivo aparece na
sequência exatamente uma vez).

Provar que X é bem definida e injetiva é fácil. O problema é provar que X é
sobrejetiva.

Agradeço antecipadamente qualquer ajuda.

Um abraço,
Claudio Buffara.

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Re: [obm-l] Teorema de Silvester

2003-01-01 Por tôpico larryp
Caro Paulo:

Você levantou uma questão interessante e relevante tanto para quem está
escrevendo um livro ou artigo expositório quanto para quem está prestando um
exame discursivo.

Eu me lembro de uma discussão há pouco tempo aqui na lista sobre a
necessidade ou não de se justificar a fórmula da área de um triângulo via
determinantes, e a conclusão pareceu ser que um candidato poderia usar esta
fórmula sem precisar prová-la (até porque trata-se de um resultado bastante
conhecido, tipo fórmula da distância de ponto a reta, ou área da elipse, por
exemplo).

No entanto, o que você acharia, como professor, se um aluno escrevesse numa
prova, sem nenhuma justificativa adicional, algo do tipo e como um inteiro
positivo tem um número ímpar de divisores, podemos concluir que ele é um
quadrado perfeito. ou então e como para cada k com 0  k  n, o
coeficiente binomial C(n,k) é par, temos que n é uma potência de 2.
Portanto, ... ?

No caso do livro que contém o resultado do Conway, até por razões didáticas,
eu concordo com a sua argumentação. O fato de termos de preencher algumas
lacunas elementares na exposição ajuda, e muito, na solidificação do
conhecimento (nada como ser obrigado a pensar um pouco, de vez em quando!).

A única coisa que realmente me incomoda é o uso de expressões do tipo
CLARAMENTE, TRIVIALMENTE, É ÓBVIO QUE, etc. quando o resultado ao qual a
expressão se refere não é evidente (como seria, por exemplo, o caso da
desigualdade 1 = Ra = M ou algum caso de congruência de triângulos), mas
apenas elementar (caso, na minha opinião, dos dois exemplos que eu dei
acima, da desigualdades 2 = Ra  m e, por exemplo, de vários teoremas de
geometria, tipo lei dos senos e dos cossenos, Pitágoras, fórmula de Heron
para área do triângulo, etc.)

Por outro lado, acho que você foi injustiçado em sua prova de análise. Na
questão do Xn versus (Xn) sem comentários - o seu Prof. também deve tirar
pontos por caligrafia E, pelo menos para mim, a sequência 1, 2, 1, 3, 1,
4,.. é CLARAMENTE divergente e CLARAMENTE tem 1 como valor de aderência -
muito mais claramente do que 2 = Ra  m.

Dito isso, ainda não provei o resultado, mas pelo menos achei n subconjuntos
que satisfazem às condições. Se X = {1,2,...,n} então teremos A(1) = {1,n},
A(2) = {2,n}, ..., A(n-1) = {n-1,n} e A(n) = {1,2,...,n-1}. Além disso,
nenhum deles pode ser removido sem que algum par fique descoberto . O
problema agora é que eu fico tentando achar uma sacada genial, que prova o
resultado em 1 linha, e como eu não sou o John Conway

Um abraço,
Claudio.

- Original Message -
From: Paulo Santa Rita [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Wednesday, January 01, 2003 9:35 PM
Subject: Re: [obm-l] Teorema de Silvester


 Ola Claudio e demais
 colegas desta lista ... OBM-L,

 Ola Claudio ! Acho que voce concorda comigo que o raciocinio que voce
 desenvolveu para ver que, para qualquer a em X, 2 = Ra  m, e bastante
 elementar, certo ? Imagine o que ocorreria se em uma exposicao cientifica
 nos fossemos obrigados a demonstrar explicitamente cada detalhe ...

 Muito Provavelmente, o Conway supos isso evidente. O Livro a que me referi
 tem esta beleza : voce precisa parar para ESTUDAR A DEMONSTRACAO : ele nao
 perde tempo com detalhes mais ou menos faceis de perceber !

 Tudo isso me faz lembrar um Prof de Analise que eu tive. Numa questao de 2
 pontos ele tirou ( eu acho que a questao era : PROVE QUE FECHO(X)=PONTOS
DE
 ACUMULACAO DE X unido FRONTEIRA DE X ).4 duas vezes simplesmente porque ao
 falar sobre uma sequencia eu coloquei Xn e nao (Xn). Mais adiante, numa
 outra questao, como contra-exemplo da afirmacao Toda sequencia que tem um
 valor de aderencia e convergente eu apresentei a sequencia
1,2,1,3,1,4,1,5,
 ... O Prof tirou .5 alegando que que era preciso provar que tal sequencia
 nao e convergente ... 

 Bom, como eu ja conhecia um pouquinho de analise, o Prof era inflexivel e
eu
 ja havia lido e visto Grandes Mestres desta area, que evidentemente nao
 perdem tempo com estas picuinhas, conclui que o melhor era deixa-lo
perdido
 em seu apego ( ou a-te-pego ? ) a um rigor improficuo.

 Em sintese, acho suas demonstracoes validas e eu estava pensando se
deveria
 ou nao explicar porque 2 = Ra  m, nao obstante estar mais inclinado a
 supor que aqui na lista todos perceberiam com facilidade as razoes de tal
 desigualdade.

 O Conway admite outras evidencias, proseguindo ... se a nao esta em Ai
 entao Ra = |Ai|, onde Ai e o numero de elementos de Ai. Isso e realmente
 evidente ou e preciso demonstrar ?

 Um abraco
 Paulo Santa Rita
 4,2125,010103



 From: Cláudio \(Prática\) [EMAIL PROTECTED]
 Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Subject: Re: [obm-l] Teorema de Silvester
 Date: Mon, 30 Dec 2002 14:50:42 -0200
 
 Caro Paulo:
 
 Ainda não descobri a solução mágica do Conway, mas discordo do
 claramentecom o qual ele começa.
 
  Se a pertence a X, seja Ra o numero de subconjuntos Ai, i em
 {1,2,...,M }, tal que a pertence a 

[obm-l] Re: [obm-l] Álgebra (Equação)

2003-01-01 Por tôpico larryp



raiz(2) / m = 3 / raiz(2) - 
1

raiz(2) / m = ( 3 - raiz(2) 
) / raiz(2)

2/ m = 3 - raiz(2) 

m = 2 / ( 3 - raiz(2) ) 


m = 2 * ( 3 + raiz(2) ) / ( 9 - 2 
)

m = ( 6 + 2*raiz(2) ) / 7

No penúltimo passo, eu racionalizei o denominador, 
multiplicando o numerador e o denominador por ( 3 + raiz(2) ).

  - Original Message - 
  From: 
  [EMAIL PROTECTED] 
  
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Thursday, January 02, 2003 1:14 
  AM
  Subject: [obm-l] Álgebra (Equação)
  Olá pessoal, 
  vcs conseguem resolver uma equação que caiu na unesp que é a seguinte: 
  3/sqrt2 - sqrt2/m= 1 Ps: A resposta é m= (6 + 2sqrt2)/7, mas estou 
  encontrando algumas dificuldades algébricas. 



[obm-l] Re: [obm-l] Equação irracional

2003-01-01 Por tôpico larryp



Como 5 - 2x aparece num denominador e sob o sinal 
de raiz quadrada, temos que ter:

5 - 2x  0 == 2x  5 
== x = 1 ou x = 2 (procura-se solução em inteiros 
positivos).

Respeitada esta condição, a equação pode ser 
re-arranjada como:
5 - 2x = 5 - 2x.

Se não houvesse restrição alguma, qualquer número 
seria solução. Assim, o conjunto-solução é igula ao conjunto de todos os números 
que satisfazem a restrição, ou seja, {1,2}, e a aqução tem 2 
soluções.

  - Original Message - 
  From: 
  [EMAIL PROTECTED] 
  
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Wednesday, January 01, 2003 2:04 
  PM
  Subject: [obm-l] Equação irracional
  Pessoal como resolver 
  esta questão : Quantos números inteiros, estritamente positivos, 
  satisfazem a equação Sqrt (5-2x)=5-2x/ sqrt(5-2x)? Ps: A resposta no meu 
  fascículo é 2, mas como chegar nesse resultado?  



[obm-l] Re: [obm-l] O que é o princípio da indução finita?

2002-12-31 Por tôpico larryp



O princípio da indução finita é um dos axiomas de 
Peano, os quais definem o conjunto dos números naturais.

Ele diz o seguinte:
Seja N o conjunto dos números naturais (inteiros 
positivos)
Seja X um subconjunto de N com as seguintes 
propriedades:
a) 1 pertence a X, e
b) se n pertence a X então n+1 pertence a 
X
Neste caso, X = N.

Existe uma formulação que talvez seja mais 
apropriada para a resolução de problemas:
Seja P(x) uma proposição relativa ao número natural 
x.
a) Se P(1) for verdadeira, e
b) Se supondo P(n) verdadeira, pudermos provar que 
P(n+1) é verdadeira
Então, P(n) será verdadeira para cada número 
natural n.

O exemplo mais manjado é o seguinte:

Prove que 1 + 2 + 3 + ... + n = n(n+1)/2, para todo 
natural n.

Caso Base: 
n =1 == 1= 
1*(1+1)/2 == a fórmula vale para n = 1

Hipótese de Indução: 
A fórmula vale para o natural n, ou 
seja:
1 + 2+ ... + n = n(n+1)/2

O caso n+1:
Somando (n+1) aos dois membros da fórmula para n, 
teremos:
1 + 2 + ... + n+ (n+1) = n(n+1)/2 
+ (n+1) = (n+1)(n/2 + 1) = (n+1)(n+2)/2

Ou seja, dado que a fórmula vale para n, foi 
possível provar que ela vale para n+1.

Pelo princípio da indução finita, a fórmula vale 
para todo natural n.



 



  - Original Message - 
  From: 
  [EMAIL PROTECTED] 
  
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Tuesday, December 31, 2002 3:56 
  AM
  Subject: [obm-l] O que é o princípio da 
  indução finita?
  Alguém poderia me 
  explicar o que é o princípio da indução finita, pois estava vendo a prova do ITA 
  e em vários anos sempre caia uma questão ou outra que exigia o 
  conhecimento deste tópico. Se alguém tiver algumas questões no computador e 
  pudesse copiar e colar no corpo do e-mail para eu entender bem o conceito eu 
  ficaria agradecido. 


[obm-l] Re: [obm-l] Triângulos-continuação

2002-12-31 Por tôpico larryp



A demonstração da 
volta (no triângulo ABC, sejam BD e CE bissetrizes dos ângulos ABC e ACB, 
respectivamente; se BD = CE então ABC é isosceles) sai por meio do uso de dois 
teoremas:

1. A bissetriz de um ângulo divide o lado oposto a 
este ângulo em partes proporcionais aos outros dois lados; e
2. Lei dos cossenos.

No triângulo ABC, temos: BC = a, AC = b, AB = c, BD 
= CE = x.

Usando o teorema (1), teremos:
D divide AC em partes proporcionais a AB e BC, ou 
seja:
AD = b*c/(a+c) CD = 
a*b/(a+c)

E divide AB em partes proporcionais a AC e BC, ou 
seja:
AE = b*c/(a+b) BE = 
a*c/(a+b)

Agora o passo mais importante da 
demonstração:
Aplicamos a lei dos cossenos aos triângulos AEC e 
BEC, mas ao invés de usar os ângulos ACE e BCE (que seriam a escolha óbvia, já 
queque são iguais, pois CE é bissetriz) usamos os ângulos AEC e BEC, que 
sâo suplementares: cos(AEC) = -cos(BEC) = M.

Em AEC: AC^2 = AE^2 + CE^2 - 
2*AE*CE*cos(AEC)

Em BEC: BC^2 = BE^2 + CE^2 - 
2*BE*CE*cos(BEC)

Ou seja,

b^2 = [b*c/(a+b)]^2 + x^2 - 
2*x*b*c/(a+b)*M

a^2 = [a*c/(a+b)]^2 + x^2+ 
2*x*a*c/(a+b)*M

Agora, M não tem nada a ver com o que queremos 
provar. Assim, a idéia é fazer M desaparecer. Para isso, multiplicamos a 
primeira equação por a, a segunda por b:

a*b^2 = a*[b*c/(a+b)]^2 + a*x^2 - 
2*x*a*b*c/(a+b)*M

b*a^2 = b*[a*c/(a+b)]^2 + b*x^2+ 
2*x*a*b*c/(a+b)*M

E somamos as duas equações:

a*b*(a+b)= a*b*c^2/(a+b) + (a+b)*x^2

Dividindo por a+b:

a*b = a*b*c^2/(a+b)^2 + x^2

Resolvendo para x^2:

x^2 = a*b*[ 1 - c^2/(a+b)^2 ]

De maneira inteiramente análoga, usando os triângulos ADB e BDC (sem 
esquecer que BD = EC = x), obtemos:

x^2 = a*c*[ 1 - b^2/(a+c)^2 ]

Ou seja,

b - b*c^2/(a+b)^2 = c - b^2*c/(a+c)^2 ==

b - c = b*c*[ c/(a+b)^2 - b/(a+c)^2 ]

Suponhamos agora que b  c. Então, por esta 
última expressão, teremos que ter, necessariamente:

c/(a+b)^2  b/(a+c)^2.

No entanto b  c ==a+b  a+c 
== (a+b)^2  (a+c)^2 == 1/(a+c)^2  1/(a+b)^2 == b/(a+c)^2 
 c/(a+b)^2 == CONTRADIÇÃO

Analogamente, se supusermos que b  c também 
cairemos em contradição.

A única conclusão possível é que b = c, ou seja, AB 
= AC e ABC é isosceles.

- Original Message - 

  From: 
  Eduardo Estrada 
  To: Olimpíada Matemática 
  Sent: Tuesday, December 31, 2002 12:11 
  AM
  Subject: [obm-l] 
  Triângulos-continuação
  
  Olá,
  Asdemonstrações aqui apresentadas do Teorema de que, dado um 
  triângulo ABC, este é isósceles se, e só se, suas bissetrizes são iguais não 
  foram totalmente completas. Isto é, foi demonstrado que, se um triângulo é 
  isósceles, então suas bissetrizes BD e CE são iguais. Agora,falta 
  demonstrar a recíproca, ainda nãoprovada:
  1) Tomem-se os triângulos ABD e AEC (adotando o mesmo esquema);
  2) BD = CE (hip.);
  3) BÂD = CÂE (comum);
  4) A partir daqui, não consegui enxergar mais muita coisa e queria também 
  ajuda, lembrando que, na verdade, temos que concluir que AB = AC;
  Obrigado,
  Eduardo
  
  
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Internet


[obm-l] Besouro Cartesiano e 2003

2002-12-30 Por tôpico larryp



Dois problemas bonitinhos:

1) Um besouro no plano cartesiano quer (?) ir do 
ponto (5,8) até o ponto (-11/2,-3/2). Sua velocidade é constante, igual a 2 
unidades / minuto, exceto quando está no segundo quadrante (x0 e y0), no 
qual sua velocidade é apenas 1 unidade / minuto.

Qual o trajeto que minimizará a duração de sua 
jornada?


2) Prove que existe uma potência de2 cujos 
primeiros quatro algarismos são 2, 0, 0 e 3. 
Sugestão: Log(2) na base 10 é 
irracional.
Obs: O resultado continua válido se ao invés de 2 
tivermos qualquer inteiro positivo que não seja uma potência de 10 e se ao invés 
de 2, 0, 0 e 3, tivermos uma sequência arbitrariamente longa de algarismos 
quaisquer (naturalmente, com o primeiro diferente de zero).

Um abraço,
Claudio Buffara.



Re: [obm-l] sequencias

2002-12-30 Por tôpico larryp



Com 4 termos, pode ser um monte de coisas, mas eu 
chutaria que é a sequencia dos dobros dos números primos.

Você já conhece esta aqui?
1 , 11 , 21 , 
1211 , 111221 , 


Pra quem gosta de sequências, aqui tem uma boa que 
está me dando trabalho.

Defina a seguinte seqência:

X(1) = 1

Para n  1:
X(n) = menor inteiro positivo tal que:
a) X(n) é diferente de todos os termos 
anteriores;
b) X(1) + X(2) + ... + X(n) é múltiplo de 
n.

Assim, X(2) = 3, X(3) = 2, X(4) = 6, 
etc...

Prove que todos os inteiros positivos aparecem 
exatamente uma vez nesta sequencia.

Um abraço,
Claudio.

  - Original Message - 
  From: 
  [EMAIL PROTECTED] 
  
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Monday, December 30, 2002 9:18 
  PM
  Subject: [obm-l] sequencias
  Desculpem não é 
  2,6,10,14 mas sim 4,6,10,14.