[obm-l] Re: [obm-l] Pontos de condensação
Vou tentar provar que U é enumerável. Podemos escrever U = Ud união Ue, onde Ud = conjunto dos pontos de condensação à direita de A; Ue definido analogamente. Minha idéia é provar que Ud e Ue são ambos enumeráveis, de modo que U também será. Para cada x pertencente a Ud, existe d(x) > 0 tal que (x - d(x),x) inter A é (no máximo) enumerável. Além disso, nenhum ponto de (x - d(x),x) poderá pertencer a U (e muito menos a Ud). Caso contrário (x - d(x),x) inter A seria não enumerável. Isso estabelece uma bijeção que associa, a cada x em Ud, o intervalo não degenerado (x - d(x),x) o qual não conterá nenhum ponto de Ud. Ou seja, se x e y são elementos distintos de Ud, (x - d(x),x) inter (y - d(y),y) = conjunto vazio. Mas qualquer coleção de intervalos não degenerados disjuntos é necessariamente enumerável (basta tomar um racional em cada intervalo). Logo, Ud é enumerável. Idem para Ue ==> U = Ud união Ue é enumerável. []s, Claudio. 2018-04-10 21:37 GMT-03:00 Artur Steiner: > Em um espaço topológico qualquer, dizemos que x é ponto de condensação de > um conjunto A se, para toda vizinhança V de x, V inter A não for > enumerável. No caso de espaços métricos, podemos mostrar que, sendo C o > conjunto dos pontos de condensação do não enumerável A e C' o complementar > de C, então A inter C não é enumerável e C' inter A é enumerável. > > No caso de R com a métrica Euclidiana, temos dois outros conceitos > correlatos: > > Dizemos que x é ponto de condensação bilateral de A se, para todo eps > 0, > (x - eps, x) inter A e (x, x + eps) inter A não forem enumeráveis. Isto é, > os pontos de A condensam-se em ambos lados de x. E dizemos que x é ponto de > condensação unilateral de A se os pontos de A se condensarem em apenas um > dos lados de x: para todo eps > 0, apenas uma das interseções acima não é > enumerável. Exemplificando: Todo elemento de (0, 1) é ponto de condensação > bilateral do mesmo; 0 e 1 são seus únicos pontos de condensação > uniilaterais. > > Sendo A não enumerável, B o conjunto de seus pontos de condensação > bilaterais e U o conjunto de seus pontos de condensação unilaterais, mostre > que > > A inter B não é enumerável > > U é enumerável. > > Artur Costa Steiner > > -- > Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e > acredita-se estar livre de perigo. -- Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e acredita-se estar livre de perigo.
[obm-l] Re: [obm-l] Pontos de condensação
Bom dia! Cria eu, ter entendido o conceito. Todavia, cheio de dúvidas. O que significa inter ??? A princípio julguei que fosse interseção, mas C e C' estão contidos em A, certo? E B está contido em A, confere? Intuitivamente é razoável. O B será formado por uma união de intervalos, disjuntos, abertos (a direita e a esquerda) e contidos em |R e portanto não enumerável. E o U pelos extremos desses intervalos abertos e portanto enumeráveis. Mas mostrar, nem ideia. Na expectativa... Saudações, PJMS Em 10 de abril de 2018 21:37, Artur Steinerescreveu: > Em um espaço topológico qualquer, dizemos que x é ponto de condensação de > um conjunto A se, para toda vizinhança V de x, V inter A não for > enumerável. No caso de espaços métricos, podemos mostrar que, sendo C o > conjunto dos pontos de condensação do não enumerável A e C' o complementar > de C, então A inter C não é enumerável e C' inter A é enumerável. > > No caso de R com a métrica Euclidiana, temos dois outros conceitos > correlatos: > > Dizemos que x é ponto de condensação bilateral de A se, para todo eps > 0, > (x - eps, x) inter A e (x, x + eps) inter A não forem enumeráveis. Isto é, > os pontos de A condensam-se em ambos lados de x. E dizemos que x é ponto de > condensação unilateral de A se os pontos de A se condensarem em apenas um > dos lados de x: para todo eps > 0, apenas uma das interseções acima não é > enumerável. Exemplificando: Todo elemento de (0, 1) é ponto de condensação > bilateral do mesmo; 0 e 1 são seus únicos pontos de condensação > uniilaterais. > > Sendo A não enumerável, B o conjunto de seus pontos de condensação > bilaterais e U o conjunto de seus pontos de condensação unilaterais, mostre > que > > A inter B não é enumerável > > U é enumerável. > > Artur Costa Steiner > > -- > Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e > acredita-se estar livre de perigo. -- Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e acredita-se estar livre de perigo.
[obm-l] Re: [obm-l] Pontos de condensação de conjuntos em R
Esse eu lembro que ele tá no livro do Elon! Se U_1 é o conjunto dos pontos de condensação unilaterais à esquerda, digamos que para cada x em U_1 temos que o intervalo J_x = ]x, x + eps_x[ tem interseção enumerável com A. Para cada x em U_1, a interseção U inter J_x é vazia, pois se houvesse pontos de U em J_x (que é aberto), haveria uma quantidade não-enumerável de pontos de A dentro de J_x. Portanto, os J_x sãp todos disjuntos, e escolhendo um racional dentro de cada um deles mostramos que eles são enumeráveis! Pelo mesmo argumento, o conjunto U_2 dos pontos de condensação à direita também é enumerável. Me lembrei agora que na verdade o exercício do Elon era pra mostrar que o conjunto dos pontos de acumulação unilateral de qualquer conjunto era enumerável. Era mais ou menos o mesmo argumento que esse, só que cada J_x tinha interseção vazia com A, ao invés de ter interseção enumerável. Isso aí de mostrar que B inter A não é enumerável eu deixo pra depois. abraços! 2013/2/11 Artur Costa Steiner artur_stei...@yahoo.com: Em um espaço topológico qualquer, dizemos que x é ponto de condensação de um conjunto A se, para toda vizinhança V de x, V inter A não for enumerável. Por exemplo, todos os pontos de um disco fechado em R^2 são pontos de condensação do correspondente disco aberto. É imediato que todo ponto de condensação é ponto de acumulação. Em R, com a métrica euclidiana, temos ainda os seguintes conceitos correlatos: Dizemos que x é ponto de condensação bilateral de A se, para todo eps 0, ambos os intervalos (x - eps, x) e (x + eps) tiverem com A interseções não enumeráveis. E dizemos que x é ponto de condensação unilateral de A se, para todo eps 0, um destes intervalos, mas não ambos, tiver com A interseção não enumerável. Isto é, no caso bilateral, os pontos de A condensam-se à direita e à esquerda de x; e, no caso unilateral, apenas em um dos lados (podemos, se quisermos, definir pontos de condensação à direita e à esquerda). Observamos que, com base nestas definições, pontos de condensação bilaterais não são unilaterais. Estes últimos não são casos particulares dos primeiros. Por exemplo, todo elemento de (0, 1) é ponto de condensação bilateral do mesmo. 0 e 1 são os únicos pontos de condensação unilaterais deste conjunto. No caso, não pertencentes ao conjunto. Temos também que 1 é ponto de condensação bilateral de (0, 1) U (1, 2). Não pertencente à união. A questão é: seja A um subconjunto não enumerável de R. Sejam B o conjunto de seus pontos de condensação bilaterais e U o dos pontos de condensação unilaterais. Mostre que U é enumerável B inter A não é enumerável Os seguintes fatos, válidos em qualquer espaço métrico separável (que contenha um conjunto denso enumerável, como os racionais em R), talvez possam ajudar: Sendo C o conjunto de todos os pontos de condensação do não enumerável A, temos que C inter A não é enumerável C é fechado Todo elemento de C é ponto de condensação de A inter C O conjunto dos elementos de A que não são pontos de condensação do mesmo é, no máximo, enumerável Abraços a todos. Artur Costa Steiner = Instru�ões para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html = = Instru��es para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html =