[PSL-Brasil] ENCONTRO DE TECNOLOGIAS ABERTAS EM LISBOA

2007-04-23 Por tôpico Timotheo Borges

Pessoal,

No Blog do Segio Amadeu esse fim de semana ele escreveu sobre o evento
Encontro de Tecnologias Livres em Lisboa...Segue o link e o texto:

Link: http://samadeu.blogspot.com/

Na quinta, dia 19 de abril ocorreu na cidade de Lisboa o III Encontro de
Tecnologias Abertas de Portugal, que contou com a participação de mais de
600 pessoas.

Participei de um debate com o representante da micro$oft em Portugal. Foi
interessante, a m$ diz que sempre apostou na interoperabilidade (todos riram
nesse momento). Defendeu a existência de dois padrões abertos para
documentos, tentando justificar porque estão apostando no formato open XML
ao invés de apoiar o ODF. Eu disse que quem tem dois padrões, no caso de
garantir a compatibilidade e comunicabilidade plena, não tem nenhum.
Mostrei também que a m$ é favorável ao padrão aberto desde que seja somente
o dela. Por fim, mediante uma afirmação equívocada do representante da m$
sobre o DRM, li um trecho da licença do windows XP. Ficou claro que a m$
utiliza dispositivos de gerenciamento de direitos digitais para vasculhar a
máquina das pessoas. Considero o DRM um ataque ao direito à privacidade e a
liberdade de expressão.

No final do encontro fiz uma apresentação sobre o futuro das tecnologias
abertas. Apresentei o cenário da convergência digital e da mobilidade.
Mostrei as tendências e possibilidades das redes mesh e da conexão viral,
bem como, a importância de defender o Open Spectrum.
___
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PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org
http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil
Regras da lista: 
http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil

Re: [PSL-Brasil] IRPF2007-Livre (primeiro rascunho)

2007-04-23 Por tôpico Pedro A.D.Rezende

Omar Kaminski escreveu:
Pelo fato do software ser livre, o que está intrínseco é sua 
auditabilidade. Segurança, até onde o entendimento leigo alcança, é 
algo que dela decorre.


A velha questão tem uma velha resposta: O sentimento de segurança em 
software inauditável é um ato de fé no fornecedor, enquanto em 
software auditável decorre da livre escolha de em quem confiar para 
auditá-lo.


Pedro, concordo em gênero, número e grau. Mas é fato que a maioria ainda 
nem sabe o que é software livre, quando mais que é auditável. Portanto, 
sugeri que é desejável um trabalho direcionado e em paralelo nesse 
sentido (segurança), para reforçar as estruturas. Uma vez que haja 
esse reconhecimento o resto fica bem mais fácil. E se vier oficialmente, 
da Receita Federal que é a bola da vez, tanto melhor.


Concordo, também, em gênero, número e grau.


[]s
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prof. Pedro Antonio Dourado de Rezende /\
Computacao - Universidade de Brasilia /__\
tcp: Libertatis quid superest digitis serva
http://www.cic.unb.br/docentes/pedro/sd.htm
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Re: [PSL-Brasil] IRPF2007-Livre (primeiro rascunho)

2007-04-23 Por tôpico Ada Lemos

Muito ótimo (expressão do meu padrinho)!!
Muito ótimo mesmo que estamos concordando uns com os outros neste
particular. Assim, teremos mais chances de trabalharmos com os elementos
necessários para se chegar ao objetivo em causa.
O que fazer daqui pra frente,na opinião/visão de vcs, alem do que já vem
sendo feito??
Abs,
Ada


Em 23/04/07, Pedro A.D.Rezende [EMAIL PROTECTED] escreveu:


Omar Kaminski escreveu:
 Pelo fato do software ser livre, o que está intrínseco é sua
 auditabilidade. Segurança, até onde o entendimento leigo alcança, é
 algo que dela decorre.

 A velha questão tem uma velha resposta: O sentimento de segurança em
 software inauditável é um ato de fé no fornecedor, enquanto em
 software auditável decorre da livre escolha de em quem confiar para
 auditá-lo.

 Pedro, concordo em gênero, número e grau. Mas é fato que a maioria ainda
 nem sabe o que é software livre, quando mais que é auditável. Portanto,
 sugeri que é desejável um trabalho direcionado e em paralelo nesse
 sentido (segurança), para reforçar as estruturas. Uma vez que haja
 esse reconhecimento o resto fica bem mais fácil. E se vier oficialmente,
 da Receita Federal que é a bola da vez, tanto melhor.

Concordo, também, em gênero, número e grau.

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Re: [PSL-Brasil] IRPF2007-Livre (primeiro rascunho)

2007-04-23 Por tôpico Pablo Sánchez

Ah sim, quando leio pessoas, não me refiro a nós, que obviamente queremos
isso. ;-) Generalização dá nisso, né? Deveria dizer melhor, algumas pessoas
e algumas várias empresas.

Em 23/04/07, Pablo Sánchez [EMAIL PROTECTED] escreveu:


As pessoas não querem saber de auditar o código, porque auditar o código
requer cérebro e isso deve doer naqueles que não tem.

Elas preferem, de maneira geral, que seja um software que possa ser
auditado no sentido de o que foi feito e quem fez no uso do software, mas
não na forma como o software faz.

Para poder auditar um código tem que ser, antes de tudo, uma pessoa que já
tenha muita experiência, e quem eu conheço que tem essa experiência não tem
o menor interesse em fazer isso pelo salário que pagam por aí, em especial
no governo, assim só acabamos tendo garotos que sequer programaram o
suficiente ou estudaram o suficiente de programação e em especial hackig
(dissassembling, virologias, cryptografias, criptovirologia, etc) para ter
capacidade técnica de fazer tais análises.

Um auditor de código bom, não sai por menos de 12.000 por mês, e ninguém
quer pagar isso, afinal de contas essa pessoa para de produzir trabalho
próprio para verificar (e possivelmente corrigir) código dos outros.

Os custos são elevados em auditoria, por isso ninguém quer fazer. Preferem
que uma empresa lhes diga(minta) que o código dela é bom, a pegar um na
internet e ter que desenbolsar uma grana para que outro diga a mesma coisa
de um código livre.

Em 23/04/07, Omar Kaminski [EMAIL PROTECTED] escreveu:

  Pelo fato do software ser livre, o que está intrínseco é sua
  auditabilidade. Segurança, até onde o entendimento leigo alcança, é
 algo
  que dela decorre.
 
  A velha questão tem uma velha resposta: O sentimento de segurança em
  software inauditável é um ato de fé no fornecedor, enquanto em
 software
  auditável decorre da livre escolha de em quem confiar para auditá-lo.

 Pedro, concordo em gênero, número e grau. Mas é fato que a maioria ainda
 nem
 sabe o que é software livre, quando mais que é auditável. Portanto,
 sugeri
 que é desejável um trabalho direcionado e em paralelo nesse sentido
 (segurança), para reforçar as estruturas. Uma vez que haja esse
 reconhecimento o resto fica bem mais fácil. E se vier oficialmente, da
 Receita Federal que é a bola da vez, tanto melhor.

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[PSL-Brasil] LOGO vencedor (OT)

2007-04-23 Por tôpico Ada Lemos

Gente,

Em brevíssimo - ainda hj , vai estar no site - o resultado oficial da
votação do LOGO para o Ada Digital que foi o número *4 *e de autoria da
Cíntia Cinquini.O *4* foi tachado por alguns como o mais feminino. EX:
Marcus Vinicius Brandão q hj aniversaria
Obrigada a todos que votaram e ajudaram a escolher a nossa cara e tudo o
mais.
À Cíntia os meus agradecimentos público, assim como ao Filipo e Gandhi por
suas criações e ao Omar que sugeriu a votação para a escolha do LOGO.
Com layout e tudo o mais, com LOGO, servidor de streamm, etc, etc, esperamos
fazer um bom site, com vários blogs alem do Ada blog, PARCEIROS, foruns,
interatividades, e conteúdo de peso colocado por quem se interessar em
participar conosco deste nosso trabalho coletivo
Por favor, se inscrevam como membros, mandem sugestões, façam críticas e
tudo o mais.
O Ada Digital tem o meu nome, mas é de todos que dele quiser participar
Super muito obrig*Ada *
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Re: [PSL-Brasil] Din-Din da FAPESP para a MS

2007-04-23 Por tôpico Jefferson Santos

Se existiu um comportamento ilegal e criminoso, deve ser divulgado e torcer
para que a justiça cumpra seu papel (podemos até precionar para que isso
ocorra). Mas eu comentei sobre a venda em si, e não sobre como foi feita e
nem quais métodos foram utilizados, afinal eu não sei como foi.

Não vejo motivo para não se falar na lista sobre o poder que o dinheiro tem,
devemos saber exatamento qual é esse poder para podermos lutar contra ele,
afinal, como foi demostrado por você, ele é um dos fatores que levam a
adoção de software proprietário.

On 4/21/07, Pedro A.D.Rezende [EMAIL PROTECTED] wrote:


Jefferson Santos escreveu:
 A MS é uma empresa como outra qualquer, ela quer mais é ganhar dinheiro.
 Para isso faz lobby, convence e tal, os governos e outras empresas. Ela
 não fez nada de errado, só esta exercendo a função dela...

Ao exercer a função dela ela tem, sim, feito muita coisa errada, no
sentido objetivo das leis humanas. Sejam jurídicas ou morais. Há casos
de sobra transitados em julgado para demonstrar isso (vide
http://www.groklaw.net/staticpages/index.php?page=2005010107100653).

Essa padrão de comportamento, sobeja e reiteramente ilegal, pode ser
explicado pelo fato de conduta criminosa a ter compensado
economicamente, mesmo gerando condenação ou acordos pelos quais ela
indeniza para se livrar do processo e obter a destruição legal de
provas. Se não neste caso (não houve acusação formal nem julgamento),
certamente noutros (abra o link acima e vá lendo).

Entendo que alguns vêem aquilo que chamam de leis econômicas como uma
espécie de lei natural, mas nem todos. Leis naturais são divinas e as
econômicas, não. Quanto às leis humanas, quem voce acha que vai propor e
aprovar leis mais severas que poderiam mudar a situação dessa tal
função?

A título de exemplo, na semana passada circulou notícia de que
parlamentares da Flórida, ao proporem um projeto de lei semelhante ao de
Massachussetts, pela adoção de padrões abertos nos órgãos públicos do
estado, foram imediatamente contactados por lobbistas dessa empresa e
avisados de que, se não retirassem a proposta, poderiam encontrar
dificuldades para levantar contribuições para as próximas eleições.

Fazer apologia do poder do dinheiro nessa lista é impróprio quando esse
poder se choca, como indica ser o caso, com os valores da liberdade aqui
promovidos.


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Re: [PSL-Brasil] ENCONTRO DE TECNOLOGIAS ABERTAS EM LISBOA

2007-04-23 Por tôpico Josef Spillner
Am Montag, 23. April 2007 14:46 schrieb Timotheo Borges:
 Foi interessante, a m$ diz que sempre apostou na interoperabilidade (todos
 riram nesse momento).

Engraçado. No mesmo tempo, na lista public-html do W3C que traz o assunto de 
desenvolver o HTML 5, o representante desta empresa está brigando com os 
caras do outro lado, dizendo que o Explorer do futuro não pode apoiar um HTML 
puro quando alguns sites ainda usam extensões IE. E com a boca fechada sobre 
que os sites vão continuar na mesma maneira enquanto o navegador não muda.

Josef
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Re: [PSL-Brasil] ENCONTRO DE TECNOLOGIAS ABERTAS EM LISBOA

2007-04-23 Por tôpico Marcelo Mendes

On 4/23/07, Timotheo Borges [EMAIL PROTECTED] wrote:

Pessoal,

No Blog do Segio Amadeu esse fim de semana ele escreveu sobre o evento
Encontro de Tecnologias Livres em Lisboa...Segue o link e o texto:

Link: http://samadeu.blogspot.com/

Na quinta, dia 19 de abril ocorreu na cidade de Lisboa o III Encontro de
Tecnologias Abertas de Portugal, que contou com a participação de mais de
600 pessoas.

Participei de um debate com o representante da micro$oft em Portugal. Foi
interessante, a m$ diz que sempre apostou na interoperabilidade (todos riram
nesse momento). Defendeu a existência de dois padrões abertos para
documentos, tentando justificar porque estão apostando no formato open XML
ao invés de apoiar o ODF. Eu disse que quem tem dois padrões, no caso de
garantir a compatibilidade e comunicabilidade plena, não tem nenhum.
Mostrei também que a m$ é favorável ao padrão aberto desde que seja somente
o dela. Por fim, mediante uma afirmação equívocada do representante da m$
sobre o DRM, li um trecho da licença do windows XP. Ficou claro que a m$
utiliza dispositivos de gerenciamento de direitos digitais para vasculhar a
máquina das pessoas. Considero o DRM um ataque ao direito à privacidade e a
liberdade de expressão.

No final do encontro fiz uma apresentação sobre o futuro das tecnologias
abertas. Apresentei o cenário da convergência digital e da mobilidade.
Mostrei as tendências e possibilidades das redes mesh e da conexão viral,
bem como, a importância de defender o Open Spectrum.


A melhor parte está nos comentários do M$Monkey...

--
Free Software is not the only way, but it's a correct way.
Marcelo Mendes ( x_madbot )
[EMAIL PROTECTED] | ICQ: 106452350

-BEGIN PGP SIGNATURE-
Version: GnuPG v1.4.1 (GNU/Linux)

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shih3kdTiOaOn9gka58DKzA=
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[PSL-Brasil] Resultado da votação já no sit e Ada Digital (OT)

2007-04-23 Por tôpico Ada Lemos

 *Encerrada a votação dos logos as 22 horas de sexta-feira dia 20/04. O
mais votado foi o de númerio 4. Clique
aquihttp://adadigital.net/index.php?option=com_polltask=resultsid=16para
verem os resultados das votações, e
aquihttp://adadigital.net/index.php?option=com_contenttask=viewid=84Itemid=46para
verem os 3 (três) mais votados!
*
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Re: [PSL-Brasil] IRPF2007-Livre (primeiro rascunho)

2007-04-23 Por tôpico Pedro A.D.Rezende

Pablo e demais,

Creio que, para o contexto, não é importante o fato dos usuários não 
quererem saber de auditar código, ou de pagar a terceiros para fazê-lo. 
Para se avaliar a natureza do sentimento de segurança que um usuário 
pode ter em relação a um software, mais importante é o fato de que numa 
situação ele PODE, e noutra ele NÃO PODE.


O contexto desse debate é a pergunta original do Kaminski: como provar 
que um software é seguro? (para a qual a resposta oferecida, da qual 
ninguém aqui parece discordar diretamente, é: auditando). Já que leigo 
não audita, e o contexto da pergunta era o de como convencer um órgão 
público a abrir o código de um software sensível, esse contexto remete a 
discussão para um exame da natureza de possíveis provas.


Concordamos que o sentimento de segurança de um leigo, inclusive do 
burocrata que decide se abre ou não o código, se baseia em confiança na 
auditagem de terceiros. Quais terceiros? Eis a questão a que nos remete, 
então, o contexto desse thread. Em resposta, sua contribuição abaixo 
aborda de forma completa a opção de quem escolhe software proprietário, 
mas apenas parcialmente as opções de quem escolhe software livre. 
Gostaria de completá-la, já que esta lista é sobre software livre.


Ressaltar o que o usuário faz ou não faz em relação à auditabilidade, em 
detrimento de que ele pode ou não pode fazer, é manter-se preso à lógica 
do modelo proprietário, que trata desenvolvedor e usuário como públicos 
isolados. Na lógica FOSS qualquer usuário pode ser distribuidor e também 
desenvolvedor, contribuindo para um software cuja utilidade e/ou 
disseminação lhe interesse.


A lógica do modelo proprietário ilumina, nesse contexto, o fato de que o 
usuário termina tendo que confiar, qualquer que seja a licença, no 
desenvolvedor do software, enquanto a lógica do modelo FOSS consegue 
iluminar, nesse contexto, uma diferença qualitativa entre as duas 
situações. O contexto, vale lembrar, não é o de um concurso de 
popularidade para se saber qual critério (de em quem confiar) é o 
preferido. Sabemos que, numa sociedade consumista, o fetiche da marca 
vencerá este. O contexto é o de um concurso de qualidade, para se saber 
qual critério redunda em sentimento menos vulnerável a engodos e 
auto-enganos. Sabemos que, num debate honesto, esta é melhor maneira de 
responder à pergunta retórica como provar, colocada por um advogado.


Na situação que voce descreve, em que o usuário prefere que uma empresa 
lhe diga que o software é seguro, na lógica do modelo FOSS empresa 
ganha o sentido de empreendimento. Empreendimento que será controlado 
por uma só companhia, caso o software seja proprietário, ou por uma 
comunidade de desenvolvedores interessados, caso o software seja livre.


A diferença qualitativa que a lógica do modelo FOSS assim ilumina é a 
seguinte: as chances de haver discrepâncias entre o que diz a empresa 
sobre o código, e o que faz o código, são maiores no primeiro caso 
(proprietário) que no segundo (livre). Pois no primeiro caso os 
interesses do desenvolvedor são monolíticos, sendo o desenvolvedor 
singular, e no segundo caso esses interesses são mediados, sendo o 
desenvolvedor plural. No primeiro caso, entre os maiores interesses está 
o de manter a preferência (dependência) do usuário, e no segundo caso, 
está o de se evitar forks.


Minhas colocações são no sentido de afirmar que essa diferença 
potencializa conflitos de interesse, entre usuário e empresa, em maior 
grau no primeiro caso que no segundo. Para coletar evidências empíricas 
disso basta examinar o ciclo de descoberta, classificação e correção de 
falhas que representam vulnerabilidades ou portas de fundo exploráveis 
em ataques a softwares-commodities (SOs, suites de escritório, SGBDs, 
servidores web, de email, etc.).


Sobre portas de fundo, por exemplo, quando um exploit vendido por uma 
quadrilha russa revelou revelou que havia porta de fundo nas bibliotecas 
de visualização do WMF, diante da descoberta de que ela ali estava, não 
documentada, há quase quinze anos (desde o NT) o desenvolvedor preferiu 
questionar a suspeita de que se tratava de algo intencional, alegando 
tratar-se de falha que, nesses quase quinze anos, lhe havia passado 
desapercebido, agredindo o bom senso de quem entende de programação e 
desassemblou o código envolvido.


Enquanto a notícia que tenho a respeito de situações semelhantes em 
projetos FOSS importantes, como o do Kernel Linux por exemplo, é de que 
a insersão sorrateira de código que poderia operar como porta de fundo 
geralmente não tem passado desapercebida por mais do que uma semana, por 
parte de quem contribui para manter o trecho de código afetado.


Se esse tipo de evidência empírica for considerada insuficiente, pode-se 
ainda googlar zero day exploit (ou 0-day exploit, ou 0day exploit) 
para ver como os dois modelos se comparam frente à mais devastadora e 
sofisticada técnica para praticar crimes por meio digital já posta em 
uso, e 

Re: [PSL-Brasil] IRPF2007-Livre (primeiro rascunho)

2007-04-23 Por tôpico Omar Kaminski

No caso do IR livre, Ada?

O prazo das declarações está se esgotando este ano, faltam só alguns poucos 
dias. Não sei se há tempo hábil para terminar a versão que o Oliva está 
trabalhando em cima, e se der, se surtirá o resultado desejado em termos de 
utilização.


Ou seja, creio que o trabalho ainda não está terminado, é desejável que as 
negociações com a RF prossigam para que ano que vem, na próxima 
declaração, já se tenha tudo pronto e de preferência oficializado.


Omar


- Original Message - 
From: Ada Lemos

To: [EMAIL PROTECTED] ; Projeto Software Livre BRASIL
Sent: Monday, April 23, 2007 9:57 AM
Subject: Re: [PSL-Brasil] IRPF2007-Livre (primeiro rascunho)


Muito ótimo (expressão do meu padrinho)!!
Muito ótimo mesmo que estamos concordando uns com os outros neste 
particular. Assim, teremos mais chances de trabalharmos com os elementos 
necessários para se chegar ao objetivo em causa.
O que fazer daqui pra frente,na opinião/visão de vcs, alem do que já vem 
sendo feito??

Abs,
Ada



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Re: [PSL-Brasil] IRPF2007-Livre (primeiro rascunho)

2007-04-23 Por tôpico Pablo Sánchez

Caro Prof Pedro,

Muito bem colocado o modelo FOSS sobre o proprietário. Realmente, o que vale
mesmo é o simples fato de que em um você tem a possibilidade independente de
autorização, e no outro, você tem que confiar no que a equipe de marketing
diz, porque a de desenvolvedores da empresa fechada, não pode dizer nada,
sujeita a inúmeros processos por vazamento de informação sensível e
sigilosa e acusações de espionagem industrial que podem vir a ocorrer.

Realmente, a maioria de nós nunca auditará o código, especialmente de forma
independente por ser um processo custoso tanto de tempo quanto de recursos -
afinal de contas, ausentar-se do trabalho significa remuneração menor - mas
é reconfortante saber que pelo menos podemos fazê-lo, e que dificilmente
haverá algo que possa nos causar algum dano, já que há muitas pessoas
dispostas a auditar pelo menos o trecho no qual estão interessados.

Um abc!

Em 23/04/07, Pedro A.D.Rezende [EMAIL PROTECTED] escreveu:


Pablo e demais,

Creio que, para o contexto, não é importante o fato dos usuários não
quererem saber de auditar código, ou de pagar a terceiros para fazê-lo.
Para se avaliar a natureza do sentimento de segurança que um usuário
pode ter em relação a um software, mais importante é o fato de que numa
situação ele PODE, e noutra ele NÃO PODE.

O contexto desse debate é a pergunta original do Kaminski: como provar
que um software é seguro? (para a qual a resposta oferecida, da qual
ninguém aqui parece discordar diretamente, é: auditando). Já que leigo
não audita, e o contexto da pergunta era o de como convencer um órgão
público a abrir o código de um software sensível, esse contexto remete a
discussão para um exame da natureza de possíveis provas.

Concordamos que o sentimento de segurança de um leigo, inclusive do
burocrata que decide se abre ou não o código, se baseia em confiança na
auditagem de terceiros. Quais terceiros? Eis a questão a que nos remete,
então, o contexto desse thread. Em resposta, sua contribuição abaixo
aborda de forma completa a opção de quem escolhe software proprietário,
mas apenas parcialmente as opções de quem escolhe software livre.
Gostaria de completá-la, já que esta lista é sobre software livre.

Ressaltar o que o usuário faz ou não faz em relação à auditabilidade, em
detrimento de que ele pode ou não pode fazer, é manter-se preso à lógica
do modelo proprietário, que trata desenvolvedor e usuário como públicos
isolados. Na lógica FOSS qualquer usuário pode ser distribuidor e também
desenvolvedor, contribuindo para um software cuja utilidade e/ou
disseminação lhe interesse.

A lógica do modelo proprietário ilumina, nesse contexto, o fato de que o
usuário termina tendo que confiar, qualquer que seja a licença, no
desenvolvedor do software, enquanto a lógica do modelo FOSS consegue
iluminar, nesse contexto, uma diferença qualitativa entre as duas
situações. O contexto, vale lembrar, não é o de um concurso de
popularidade para se saber qual critério (de em quem confiar) é o
preferido. Sabemos que, numa sociedade consumista, o fetiche da marca
vencerá este. O contexto é o de um concurso de qualidade, para se saber
qual critério redunda em sentimento menos vulnerável a engodos e
auto-enganos. Sabemos que, num debate honesto, esta é melhor maneira de
responder à pergunta retórica como provar, colocada por um advogado.

Na situação que voce descreve, em que o usuário prefere que uma empresa
lhe diga que o software é seguro, na lógica do modelo FOSS empresa
ganha o sentido de empreendimento. Empreendimento que será controlado
por uma só companhia, caso o software seja proprietário, ou por uma
comunidade de desenvolvedores interessados, caso o software seja livre.

A diferença qualitativa que a lógica do modelo FOSS assim ilumina é a
seguinte: as chances de haver discrepâncias entre o que diz a empresa
sobre o código, e o que faz o código, são maiores no primeiro caso
(proprietário) que no segundo (livre). Pois no primeiro caso os
interesses do desenvolvedor são monolíticos, sendo o desenvolvedor
singular, e no segundo caso esses interesses são mediados, sendo o
desenvolvedor plural. No primeiro caso, entre os maiores interesses está
o de manter a preferência (dependência) do usuário, e no segundo caso,
está o de se evitar forks.

Minhas colocações são no sentido de afirmar que essa diferença
potencializa conflitos de interesse, entre usuário e empresa, em maior
grau no primeiro caso que no segundo. Para coletar evidências empíricas
disso basta examinar o ciclo de descoberta, classificação e correção de
falhas que representam vulnerabilidades ou portas de fundo exploráveis
em ataques a softwares-commodities (SOs, suites de escritório, SGBDs,
servidores web, de email, etc.).

Sobre portas de fundo, por exemplo, quando um exploit vendido por uma
quadrilha russa revelou revelou que havia porta de fundo nas bibliotecas
de visualização do WMF, diante da descoberta de que ela ali estava, não
documentada, há quase quinze anos (desde o NT) o 

[PSL-Brasil] IRPF2007-Livre, funcionando

2007-04-23 Por tôpico Alexandre Oliva
A versão Livre do IRPF2007 já Funciona!

Coloquei um snapshot do binário e dos fontes correspondentes em minha
home page (veja a URL abaixo, na assinatura).

Ainda estou trabalhando pra ver se consigo fazê-la funcionar
direitinho numa máquina virtual Livre.

Se alguém puder testar numa proprietária, vamos dizer que seria uma
das raras vezes em que eu talvez ficasse feliz de saber que alguém
usou Software não-Livre ;-)

Façam bom uso!

-- 
Alexandre Oliva http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
FSF Latin America Board Member http://www.fsfla.org/
Red Hat Compiler Engineer   [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org}
Free Software Evangelist  [EMAIL PROTECTED], gnu.org}
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