[obm-l] RES: [obm-l] Re: [obm-l] Existe um único k

2013-01-18 Por tôpico Albert Bouskela
Olá!

 

Repare que a abordagem do Artur demonstra a unicidade para R, logo, a 
demonstração para Z (um subconjunto de R) é automática.

 

A respeito da sua questão: Se x.y=0, então “x” ou “y” é igual a zero, repare 
que:

 

a+0=a Isto pela própria definição de zero, i.e., não é passível de demonstração.

Logo: a-a=0 daí a(1-1)=0 daí a.0=0 

 

Sds.,

  _  

Albert Bouskela

 mailto:bousk...@msn.com bousk...@msn.com

 

De: owner-ob...@mat.puc-rio.br [mailto:owner-ob...@mat.puc-rio.br] Em nome de 
ennius
Enviada em: quinta-feira, 17 de janeiro de 2013 17:20
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Assunto: [obm-l] Re: [obm-l] Existe um único k

 

Caro Artur,
A questão trata somente de números inteiros. No universo Z, precisamos então 
mostrar que a igualdade
x.y = 0 implica x = 0 ou y = 0.
Gostaria de ajuda nesse ponto.
Ennius Lima
___

 

  _  

Em 16/01/2013 21:24, Artur Costa Steiner   mailto:steinerar...@gmail.com 
steinerar...@gmail.com  escreveu:
Na realidade, se a e b  0 são reais quaisquer, então existe um único c tal 
que a = bc. De fato, se c e cd satisfazem a esta condição, então 

a = cb
a = db
0 = cb - db = (c -d)b 

Como os reais formam um corpo, logo um anel de integridade, com relação à soma 
e a multiplicação, segue-se, como b não é nulo, que c - d = 0 e que c = d.



Artur Costa Steiner

Em 16/01/2013, às 19:44, Pedro Chaves brped...@hotmail.com escreveu:

 
 Amigos da Lista,
 
 Usando-se a definição:  Um número inteiro d (diferente de zero) é divisor de 
 um inteiro n, quando existe um inteiro k, tal que
 n = kd, como provar que o número k, quando existe, é único?
 
 Desde já, muito obrigado pela atenção.
 Pedro Chaves
 
 _ 
 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 =

=
Instru��es para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=

= 
Instru絥s para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em 
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html 
= 



[obm-l] Soma de funções periódicas

2013-01-18 Por tôpico Artur Costa Steiner
Eu estou querendo provar isto, mas ainda não cheguei lá não. 

Sejam f e g funções de R em R contínuas, periódicas e não constantes. Então, f 
+ g é periódica se, e somente se, a relação entre os períodos mínimos de f e de 
g for racional.

A parte se é fácil de mostrar. Para a recíproca, observei que, sendo p e q os 
períodos mínimos de f e de g, então conjunto A = {mp - qn, me e n inteiros 
positivos} , é denso em R. Para todo x, há uma sequênvia em A que converge para 
x, e isso acaba nos mostrando que

lim k -- oo, k inteiro, f(-n_k q) + g(m_k p) = f(x) + g(x)

Mas disto não se conclui que f + g não é periódica.

Abraços

Artur Costa Steiner
=
Instru��es para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


[obm-l] Re: [obm-l] Soma de funções periódicas

2013-01-18 Por tôpico Pedro Angelo
Vamos lá..

Imagine que f é periódica de período fundamental p, e g é periódica de
período fundamental q, com p/q irracional, e suponha por absurdo que
h=f+g é periódica de período r. Então r não pode ser ao mesmo tempo
múltiplo racional de p e de q. Suponhamos que r não é multiplo inteiro
de q, ou seja, r/q é irracional.

Digamos que r é múltiplo racional de p, ou seja, existem números
inteiros n e m não nulos com nr=mp=T. Então f(x+T)=f(x) e h(x+T)=h(x)
para todo x. Portanto a diferença h-f=g entre eles também satisfaz a
mesma equação: g(x+T)=g(x) para todo x. Além disso, podemos aumentar
quantos períodos T quisermos: g(x+kT)=g(x) para todo k inteiro e todo
x real. É fácil ver onde isso vai chegar: g(x) é constante num
conjunto denso, e por ser contínua, é constante, o que é absurdo pela
suposição que você fez.

Digamos então que ambos r/p e r/q são irracionais. Nesse caso, temos
h(x+kr)=h(x) para todo x. Portanto, f(x)+g(x) = f(x+r) + g(x+r) =
f(x+2r) + g(x+2r) = etc = h(x). Podemos fixar um x r substituir a
sequência x+kr por uma sequência a_k contida num período de f, de
maneira que f(x+kr)=f(a_k), e fazer o mesmo para g, obtendo
g(x+kr)=g(b_k). Dados quaisquer dois elementos a e b, a dentro do
período de f onde a_k é denso, e b dentro do período de g onde b_k é
denso, podemos construir duas subequencias. Uma delas, a'_k, é
subsequência de a_k convergindo para a, e a outra é uma subsequência
b'_k de b_k usando somente os índices usados em a'_k. (temos que
corrigir a'_k para usar somente os índices usados na construção de
b'_k). Agora, olhamos para o limite quando k vai para infinito de
f(a'_k)+g(b'_k). Por um lado, essa expressão é igual a h(x) para todo
k. Por outro, f(a'_k) tende para f(a) e g(b'_k) tende para g(b) (já
que f e g são contínuas). Portanto, para quaisquer a e b,
f(a)+g(b)=h(x), ou seja, ambas f e g são constantes! Absurdo!

Foi difícil mas saiu : ) tá um bocado confuso, mas espero que dê pra
entender. Se alguém tiver uma solução mais simples, eu adoraria ver.

2013/1/18 Artur Costa Steiner steinerar...@gmail.com:
 Eu estou querendo provar isto, mas ainda não cheguei lá não.

 Sejam f e g funções de R em R contínuas, periódicas e não constantes. Então, 
 f + g é periódica se, e somente se, a relação entre os períodos mínimos de f 
 e de g for racional.

 A parte se é fácil de mostrar. Para a recíproca, observei que, sendo p e q os 
 períodos mínimos de f e de g, então conjunto A = {mp - qn, me e n inteiros 
 positivos} , é denso em R. Para todo x, há uma sequênvia em A que converge 
 para x, e isso acaba nos mostrando que

 lim k -- oo, k inteiro, f(-n_k q) + g(m_k p) = f(x) + g(x)

 Mas disto não se conclui que f + g não é periódica.

 Abraços

 Artur Costa Steiner
 =
 Instru�ões para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 =

=
Instru��es para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Re: [obm-l] Soma de funções periódicas

2013-01-18 Por tôpico Artur Costa Steiner
Obrigado Pedro. Eu me perdi naquela parte da sequência ser densa. Mas, com 
base, na sua idéia, acho que podemos também seguir o seguinte raciocínio.

No caso de r ser múltiplo racional de p. Conforme mostrado, para todo x, g(x + 
T) = g(x). Isto implica que T = mp seja período de g. Logo, mp é múltiplo 
inteiro de seu período fundamental q. Assim, mp = kq para algum inteiro 
positivo k, do que deduzimos que p/q = k/m é racional. Logo, temos uma 
contradição. 

No caso de r/p e r/q serem irracionais. Aqui eu me perdi, vou analisar mais.

Abraços

Artur Costa Steiner

Em 18/01/2013, às 19:26, Pedro Angelo pedro.fon...@gmail.com escreveu:

 Vamos lá..
 
 Imagine que f é periódica de período fundamental p, e g é periódica de
 período fundamental q, com p/q irracional, e suponha por absurdo que
 h=f+g é periódica de período r. Então r não pode ser ao mesmo tempo
 múltiplo racional de p e de q. Suponhamos que r não é multiplo inteiro
 de q, ou seja, r/q é irracional.
 
 Digamos que r é múltiplo racional de p, ou seja, existem números
 inteiros n e m não nulos com nr=mp=T. Então f(x+T)=f(x) e h(x+T)=h(x)
 para todo x. Portanto a diferença h-f=g entre eles também satisfaz a
 mesma equação: g(x+T)=g(x) para todo x. Além disso, podemos aumentar
 quantos períodos T quisermos: g(x+kT)=g(x) para todo k inteiro e todo
 x real. É fácil ver onde isso vai chegar: g(x) é constante num
 conjunto denso, e por ser contínua, é constante, o que é absurdo pela
 suposição que você fez.
 
 Digamos então que ambos r/p e r/q são irracionais. Nesse caso, temos
 h(x+kr)=h(x) para todo x. Portanto, f(x)+g(x) = f(x+r) + g(x+r) =
 f(x+2r) + g(x+2r) = etc = h(x). Podemos fixar um x r substituir a
 sequência x+kr por uma sequência a_k contida num período de f, de
 maneira que f(x+kr)=f(a_k), e fazer o mesmo para g, obtendo
 g(x+kr)=g(b_k). Dados quaisquer dois elementos a e b, a dentro do
 período de f onde a_k é denso, e b dentro do período de g onde b_k é
 denso, podemos construir duas subequencias. Uma delas, a'_k, é
 subsequência de a_k convergindo para a, e a outra é uma subsequência
 b'_k de b_k usando somente os índices usados em a'_k. (temos que
 corrigir a'_k para usar somente os índices usados na construção de
 b'_k). Agora, olhamos para o limite quando k vai para infinito de
 f(a'_k)+g(b'_k). Por um lado, essa expressão é igual a h(x) para todo
 k. Por outro, f(a'_k) tende para f(a) e g(b'_k) tende para g(b) (já
 que f e g são contínuas). Portanto, para quaisquer a e b,
 f(a)+g(b)=h(x), ou seja, ambas f e g são constantes! Absurdo!
 
 Foi difícil mas saiu : ) tá um bocado confuso, mas espero que dê pra
 entender. Se alguém tiver uma solução mais simples, eu adoraria ver.
 
 2013/1/18 Artur Costa Steiner steinerar...@gmail.com:
 Eu estou querendo provar isto, mas ainda não cheguei lá não.
 
 Sejam f e g funções de R em R contínuas, periódicas e não constantes. 
 Então, f + g é periódica se, e somente se, a relação entre os períodos 
 mínimos de f e de g for racional.
 
 A parte se é fácil de mostrar. Para a recíproca, observei que, sendo p e 
 q os períodos mínimos de f e de g, então conjunto A = {mp - qn, me e n 
 inteiros positivos} , é denso em R. Para todo x, há uma sequênvia em A 
 que converge para x, e isso acaba nos mostrando que
 
 lim k -- oo, k inteiro, f(-n_k q) + g(m_k p) = f(x) + g(x)
 
 Mas disto não se conclui que f + g não é periódica.
 
 Abraços
 
 Artur Costa Steiner
 =
 Instru�ões para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 =
 
 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 =

=
Instru��es para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


[obm-l] Binomiais

2013-01-18 Por tôpico marcone augusto araújo borges




Demonstre que no desenvolvimento de (a + b)^n os coeficientes são todos ímpares 
se,e somente se,n é da forma 2^s - 1.