Re: [PSL-Brasil] Re: Digest PSL-Brasil, volume 25, assunto 144

2006-11-28 Por tôpico Ana Maria Moraes de Albuquerque Lima

Oi Ricardo e Ada,

Na minha dissertação de mestrado, no capítulo 2 página 46, eu escrevi sobre
algumas definições sobre inclusão digital e as suas respectivas bases
teóricas. A minha dissertação se encontra em
http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1026  e
talvez possa ser útil para quem ainda não tem claro o que é inclusão
digital. Eu gosto mais da teoria da brecha digital gerada por quem tem
fluência tecnológica e quem não tem do Mitchel Resnick. Gosto muito da
definição do Sergio Amadeu e a questão da inclusão digital com software
livre é muito bem debatida no livro que ele organizou com o João Cassino -
Software Livre e Inclusão Digital da Editora Conrad.

Um abraço,
Ana Maria.
Em 27/11/06, Ricardo L. A. Banffy [EMAIL PROTECTED] escreveu:


Precisamente, Ada.

Já me envolvi em uma discussão aqui nessa lista, especificamente sobre
se inclusão digital exige software livre ou se são conceitos totalmente
desconectados.

Acho que muitos sabem o que é, mas você vai ter uma definição diferente
vinda de cada um para quem perguntar.

Ada Lemos wrote:
 Vc está falando sobre o CONCEITO??
 Bom, de repente, precisa-se de estabelecer um CONCEITO claro entendível
 pra todos do que seje INCLUSÃO como se tem para LETRAMENTO
 Ai OK.
 É isto mesmo, compreendi vc??
 Ada

 On 11/27/06, *Ricardo L. A. Banffy* [EMAIL PROTECTED]
 mailto:[EMAIL PROTECTED] wrote:

 Eu não tenho muitas dúvidas sobre se muitas pessoas têm ou não
 convicções muito fortes sobre o que é inclusão digital.

 Mas acho que cabe a pergunta: todos concordam sobre o que é inclusão
 digital?


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[PSL-Brasil] VERDADES INCONVENIENTES NASCEM DE PERGUNTAS INCONVENIENTES

2006-11-28 Por tôpico Edgard Piccino

http://samadeu.blogspot.com/
VERDADES INCONVENIENTES NASCEM DE PERGUNTAS INCONVENIENTES

A ABES, Associação Brasileria de Empresas de Software, divulgou
recentemente uma pesquisa que está sendo utilizada pelos seus membros
e pela Microsoft para atacar o software livre no programa PC para
Todos.
O programa PC Conectado, hoje, PC para Todos, foi um sucesso e ampliou
a base instalada de software livre no Brasil. Isto fez com que a
microsoft começasse a baixar os preços de suas licenças e tentar de
todas as formas impedir que as máquinas saissem de fábrica com 26
softwares livres instalados. A concorrência promovida pelo software
livre teve como efeito imediato a redução do preço das licenças de
software proprietário, para o desgosto do monopólio.
Para tentar conter o avanço do software livre, uma das estratégias do
monopólio é pagar todos os anúncios publicitários das empresas de
hardware. Por isso, lemos propaganda de computadores nas páginas de
jornal com o seguinte texto: empresa tal recomenda M$. Obviamente se
fizermos o balanço contábil do que a empresa de hardware paga para a
microsoft e retirarmos o que a microsoft paga em anúncios e promoções
podemos perceber que ela está quase dando suas licenças gratuitamente.
Mas isto não é uma prática anti-concorrencial? Sim.O CADE irá agir?

Agora, a microsoft coloca uma propaganda na TV que dá a impressão que
o software livre é um software pirata ou ruim, sendo que o software
instável e repleto de vírus é o deles. Isto não seria uma propaganda
enganosa? E o CONAR ( Conselho Nacional de Auto-Regulamentação
Publicitária ) fará algo?

Por fim, algumas perguntas sobre a pesquisa da ABES precisam ser feitas:

1) Por que uma pesquisa feita em junho foi divulgada somente agora?
Será que é para impedir as vendas de computadores com software livre
na véspera do Natal? Será que é para influenciar na montagem do novo
governo Lula?

2) Por que a pesquisa não peguntou quantas máquinas com start edition,
da microsoft, foram trocados por windows pirata?

3) Por que a pesquisa da ABES não quis saber quantos computadores
vendidos somente com windows serve para a instalação de todos os
demais softwares piratas? Ou será que a ABES não sabe que soemnte a
licença para o Office (pacote de escritório da m$) custa R$ 1200,00
(mais que o computador)?

4) Por que a pesquisa foi feita somente em dois estados ou segundo
está escrito nas Unidades Federais de São Paulo e Paraná?

5) Por que a ABES não faz uma pesquisa para saber qual o grau da
pirataria geral no país? Será que é porque ela descobrirá uma verdade
inconveniente: a pirataria é que mantém o monopólio da microsoft.
Quantas pessoas que compram computadores que custam R$ 1800,00
gastariam mais R$ 1400,00 somente nos demais aplicativos da m$, sem
falar no Corel, no Photoshop, entre outras licenças.

Acho que a tentativa de manter o monopólio tem limites. A concorrência
é melhor, reduz custos, melhora a qualidade e, por isso, devemos
defendê-la. Não seria o caso, do CADE, do Ministério Púbico Federal e
outros órgãos de defesa da concorrência entrarem em ação?

posted by samadeu
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Re: [PSL-Brasil] VERDADES INCONVENIENTES NASCEM DE PERGUNTAS INCONVENIENTES

2006-11-28 Por tôpico Olival Júnior
Acho q o artigo está um pouco entusiasmado, mas carece de  
detalhamento em alguns pontos. Dando uma de advogado do diabo, vamos  
ver:


Em 28/11/2006, às 11:58, Edgard Piccino escreveu:


Para tentar conter o avanço do software livre, uma das estratégias do
monopólio é pagar todos os anúncios publicitários das empresas de
hardware. Por isso, lemos propaganda de computadores nas páginas de


O monopólio não paga todos os anúncios. Ele estabelece acordos onde  
o fabricante de hardware se compromete a colocar em seus anúncios q  
recomenda determinado S.O.. Os termos destes acordos teriam de ser  
esclarecidos antes de se fazer uma afirmação dessas, senão fica uma  
afirmação tão confiável qto o Ballmer afirmando q o linux fere  
propriedade intelectual da MS . . . ;-)



Mas isto não é uma prática anti-concorrencial? Sim.O CADE irá agir?


Qto custa um lote de 1000 cpus Core 2 Duo e qto custa uma versão OEM  
pré-instalada do Windows em 1000 computadores? Entende? :-)




Agora, a microsoft coloca uma propaganda na TV que dá a impressão que
o software livre é um software pirata ou ruim, sendo que o software
instável e repleto de vírus é o deles. Isto não seria uma propaganda
enganosa? E o CONAR ( Conselho Nacional de Auto-Regulamentação
Publicitária ) fará algo?


Eu não vi essa propaganda, mas pelo q li na lista não há um consenso  
se essa propagando é anti-SL ou se isso é simplesmente a MS  
vendendo o seu peixe. Se for por aí, aquela propaganda do Peugeot 407  
q diz q todos os demais carros são brinquedos seria ofensiva a quem  
não tivesse um carro desses. Ou então essas propagandas de carros  
cross (cross-fox, cross-celta, ecosport, etc) teriam de ser beeem  
mais simples . . .



2) Por que a pesquisa não peguntou quantas máquinas com start edition,
da microsoft, foram trocados por windows pirata?


Pelo q eu tinha entendido, as máquinas com Windows Start Edition NÃO  
faziam parte do programa PC para Todos, q foi o objeto da pesquisa.




3) Por que a pesquisa da ABES não quis saber quantos computadores
vendidos somente com windows serve para a instalação de todos os
demais softwares piratas? Ou será que a ABES não sabe que soemnte a
licença para o Office (pacote de escritório da m$) custa R$ 1200,00
(mais que o computador)?


Na verdade, as licenças educacionais são bem mais baratas. O MS  
Office for Mac, por explo, custa R$399,00 com direito a 3 licenças  
(então dá pouco mais de R$100,00 por micro). Claro q não tem tudo o q  
o MS Office for WIndows Pro tem (o Access, por explo), mas já  
demonstra q a afirmação de q o Office custa 1,2mil reais é meio  
genérica e teria de ser mais detalhada qto à versão e modalidade do  
licenciamento. Mas, obviamente, não acho q isso tenha feito cair a  
pirataria e coisa e tal.


Já q a pesquisa da ABES foi telefônica, qto custaria uma comunidade  
com tanta gente com noções de estatística montar uma escala para  
fazer uma pesquisa deste tipo? Não seria uma boa resposta à ABES?




5) Por que a ABES não faz uma pesquisa para saber qual o grau da
pirataria geral no país? Será que é porque ela descobrirá uma verdade
inconveniente: a pirataria é que mantém o monopólio da microsoft.
Quantas pessoas que compram computadores que custam R$ 1800,00
gastariam mais R$ 1400,00 somente nos demais aplicativos da m$, sem
falar no Corel, no Photoshop, entre outras licenças.


Na verdade, ela solta todo ano aqueles números fantásticos dizendo q  
a Receita perde mais de 1 Bilhão de reais em impostos por causa da  
pirataria, q não sei quantos milhares de empregos deixam de ser  
gerados, etc e tal. A informação q foi extrapolada no texto (da MS se  
beneficiar das cópias não autorizadas) exige uma pesquisa mais bem  
feita. Felizmente, uns caras de Harvard já fizeram isso e  
demonstraram q o modelo de negócios da MS é impulsionado pela  
pirataria. :-)




defendê-la. Não seria o caso, do CADE, do Ministério Púbico Federal e
outros órgãos de defesa da concorrência entrarem em ação?


Se houvesse um caso bem estruturado, talvez. Como está agora, acho q  
precisa de mais evidências.


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[PSL-Brasil] Novell cancela projeto em SL . . .

2006-11-28 Por tôpico Olival Júnior
Para os que não lêem slashdot.org ou digg.com, saiu uma notícia aqui  
(http://linux.slashdot.org/article.pl?sid=06/11/28/1958210from=rss)  
dizendo q a Novell não está mais apoiando o projeto Hula.


Particularmente, sempre vi o projeto Hula como mais outro projeto de  
webmail + agenda (como o tal do OpenGroupware.org ou algo assim.  
Alguém lembra?). Todos esses projetos parecem começar dizendo q serão  
o MS Exchange killer e depois de um tempo percebe-se q a coisa não é  
bem assim.


Acho q quem não usa MS Exchange já possui milhares de alternativas  
livres para suas funcionalidades e normalmente não vai querer jogar  
fora todo o investimento em integração da solução fora por um projeto  
ou outro (vejam só, vc tem de integrar um servidor de e-mail - pop,  
imap, etc -, um anti-spam, um anti-vírus, um front-end web, uma  
ferramenta de agenda, o banco de dados onde os compromissos - e  
talvez as msgs - serão guardados, etc).


Por outro lado, como eu sempre disse em várias oportunidades, o MS  
Exchange possui um fator de TCO q poucos levam em conta, chamado  
cost of disposal (custo de jogar algo fora, sendo bem literal): o  
Exchange guarda suas msgs e agenda em uma base proprietária, e nas  
versões recentes tem laços estreitos com o MS Active Directory, q lhe  
serve de catálogo de endereços, facilita o uso de certificados  
digitais, etc. A partir de determinado volume de mensagens e número  
de usuários, migrar uma instalação MS Exchange para qualquer coisa  
(seja livre ou proprietária), sem perdas significativas envolve um  
esforço hercúleo, se é q seria totalmente possível. Assim, quem já se  
comprometeu em algum momento com MS Exchage acaba ficando dependente  
pro resto da vida.


E aí chega essa notícia da Novell pouco tempo depois do famigerado  
acordo com a MS. Fica a dúvida: a Novell está com poucos recursos e  
resolveu priorizar o q pode dar certo ou no meio do texto do acordo  
com a MS havia previsão de se jogar fora tudo o q não fosse  
diretamente ligado às ofertas do SUSE Linux (como o Mono, por explo)?  
A Novell se vendeu ou está trabalhando pra não ser vendida? ;-)


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[PSL-Brasil] PL sobre incentivos para a viabiliza ção do desenvolvimento arquivado. Falta saber por que.

2006-11-28 Por tôpico Omar Kaminski

http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/Detalhes.asp?p_cod_mate=67403

PLS  00106 / 2004 de 28/04/2004

Regulamenta a concessão de incentivos destinados a viabilizar o 
desenvolvimento cultural e socioeconômico, o bem estar da população e a 
autonomia tecnológica do País, de que tratam os §§ 3º a 5º do artigo 218 e o 
artigo 219 da Constituição Federal.


28/11/2006 CE - Comissão de Educação
Situação:  APROVADO PARECER NA COMISSÃO
A Comissão, reunida no dia de hoje, delibera pelo arquivamento do presente 
projeto de autoria da Senadora Roseana Sarney por 15 (quinze) votos, 
relatado pelo Senador Roberto Cavalcanti. Anexado à fl. 30, ofício do Senhor 
Presidente Eventual da Comissão, Senador Paulo Paim, comunicando ao Senhor 
Presidente do Senado Federal, Senador Renan Calheiros, a aprovação do 
projeto. 


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