Re: [PSL-Brasil] Microsoft, No =?ISO-8859-1?Q?vell, _inova=E7=F5es_de_ruptura_e_SL?=

2006-12-24 Por tôpico Antonio Fonseca

Colocando nestes termos isso está bem alinhado com as postura assumida por
Gates recentemente sobre temas relacionados. Sobre o vídeos "piratas" no
Youtube e outra sobre DRM. ;-)

http://www.computerworld.com/blogs/node/2803
http://www.techcrunch.com/2006/12/14/bill-gates-on-the-future-of-drm/

Nunca é demais esquecer que a Microsoft mais se beneficiou com o que ela
chama de pirataria de software, do que realmente foi prejudicada.

É isso aí, só o tempo nos dirá.

Abraço,

On 12/24/06, Olival Júnior <[EMAIL PROTECTED]> wrote:



Em 23/12/2006, às 22:47, Antonio Fonseca escreveu:

> Gostaria de fazer um comentário apenas sobre a idéia do "cookbook".
> O fato do pacto não se tratar de uma sabotagem imediatista e
> simplória não elimina o risco a longo prazo, você concorda? Não
> exclui a possibilidade do "cookbook".
>

Claro. Acho q precisamos de pelo menos uns 5 anos (o ciclo de vida
habitual dos produtos MS) para saber o rumo q a empresa vai realmente
tomar. Enquanto isso, veja só esses dois artigos sobre a MS
contratando um "open source evangelist" e como eles deram um Zune
para um contribuidor do Linux.com para q ele o doasse para q algum
hacker (no melhor sentido possível) descobrisse como instalar Linux
no produto.


Aliás, um Zune com Linux tem um potencial fantástico. Out-of-the-box
os usos da capacidade wireless do Zune são bastante limitadas. Vc
pode apenas enviar músicas com DRM entre Zunes, as quais podem tocar
3 vezes ou ficar 3 dias no Zune q as recebe (o q acontecer primeiro).
Vc *não* pode usar o wi-fi do Zune sequer para instalar músicas
vindas do seu micro ou receber um streaming em uma rede wifi.
Limitações q a MS teve de colocar no produto para conseguir fechar
acordos com a indústria musical (além de pagar uma taxa por cada Zune
vendido, para horror da Apple).

Agora, imagine um Zune rodando Linux. De repente, vc não tem mais o
maldito DRM obrigatório. E seu wi-fi pode ser usado para algo útil:
imagine vc configurar um Zune para enviar um streaming em uma rede
wifi. Ou poder trocar livremente seus arquivos com outros usuários do
produto. Ou ainda usar o aparelho para jogar em rede (já q temos Doom
rodando nos iPods, p q não no Zune tbém?). Já vejo um Counter Strike
(ou similar livre) para Zune/Linux. :-)

Dá a impressão q a MS tem gde interesse em q hackers independentes
quebrem as proteções do Zune, pois só assim eles terão condições de
realmente encarar o domínio do iPod. Esta versão do Zune sem dúvida
foi criada apenas para a MS "testar as águas" do mercado de vídeo/
música online. Vamos ver até onde eles vão.

[ ]s,

olival.junior___
PSL-Brasil mailing list
PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org
http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil
Regras da lista:
http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil





--
ANTONIO FONSECA
http://antoniofonseca.wordpress.com/
___
PSL-Brasil mailing list
PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org
http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil
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http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil

Re: [PSL-Brasil] Microsoft, No =?ISO-8859-1?Q?vell, _inova=E7=F5es_de_ruptura_e_SL?=

2006-12-23 Por tôpico Antonio Fonseca

Pequenas mudanças que permitiram desenvolver melhor suas idéias, eu gostei.
Acho sua teoria interessante.

Gostaria de fazer um comentário apenas sobre a idéia do "cookbook". O fato
do pacto não se tratar de uma sabotagem imediatista e simplória não elimina
o risco a longo prazo, você concorda? Não exclui a possibilidade do
"cookbook".

Mas eu prefiro evitar exercícios de futurologia.

Abraço,

On 12/23/06, Olival Júnior <[EMAIL PROTECTED]> wrote:


Só para constar, publiquei uma versão revisada do texto em meu blog, com
diversos links para alguns termos e artigos q explicam vários conceitos q
utilizei. O URL é http://obarboza.blogspot.com

[ ]s,

olival.junior

Em 23/12/2006, às 02:12, Antonio Fonseca escreveu:

Quais concorrentes? Quantos ficaram de pé nos últimos vinte anos, em
condições reais de combate com a Microsoft?

Desculpe, mas no seu texto original você me deu a impressão de acreditar
já estar vendo mudanças que levarão a uma Microsoft re-editada, mais ética,
não mais a "boa e velha máquina de moer a concorrência, sedenta pelo lucro a
todo custo".

Eu sinceramente ainda não consigo enxergar isso. E exatamente por isso
ainda sou forçado a acreditar que a aproximação com o FOSS é apenas parte da
mesma estratégia de sempre, de desestabilização e cooptação.

Mas não desperdice seu latin comigo, eu também concordo que existe alguma
esperança.

Na minha modesta opinião o evento mais extraordinário que presenciei em
2006 foi o anúncio da futura aposentadoria do Gates.

Sinceramente eu ainda não consigo ver a Microsoft sem Bill Gates, é quase
como se fosse possível uma Microsoft sem o Windows! ;-)

On 12/22/06, Olival Júnior <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
>
>
> Em 22/12/2006, às 22:42, Antonio Fonseca escreveu:
>
> > Sua teoria é interessante e você utilizou uma boa argumentação. Mas
> > ela não passa de conjectura. Como exercício intelectual é ótima.
>
> Certamente não sou pretensioso a ponto de me achar dono da verdade.
> Mas, acho q muitas pessoas estão utilizando uma análise extremamente
> reducionista sobre o assunto, talvez pelo tradicional ímpeto de
> enxergar a MS apenas como uma máquina de moer a concorrência. Apesar
> dos esqueletos no armário, não foi apenas através de jogadas
> duvidosas q a empresa chegou ao nível de penetração de mercado q tem
> hoje. E muita gente parece estar esquecendo disso, enquanto ela vai
> aos poucos fazendo seu dever de casa e ganhando espaços q poderiam
> estar sendo ocupados por concorrentes mais atentos.
>
> >
> > Ainda faltam praticamente todos os indícios necessários para dar a
> > ela alguma credibilidade. E a aposentadoria de Gates, Allchin e
> > outros executivos de alto escalão da Microsoft não são o bastante.
>
> Vc tem certeza? Quais indícios vc considera relevantes neste caso?
> Curiosamente, as teorias de inovação de ruptura falam justamente
> sobre como essas reviravoltas acontecem e os "indícios" tradicionais
> só aparecem qdo já é tarde demais . . . Eu vejo todo dia a MS indo
> cada vez mais para o lado de serviços, embora sua "cash cow" ainda
> seja o licenciamento de software. Ela tem caixa para experimentar e
> errar várias vezes, então se dá ao luxo de lançar um Zune da vida só
> para experimentar com as possibilidades de distribuição de música e
> vídeo. Suas unidades de negócio de games estão crescendo, vide o
> fenômeno do XBox, q provavelmente vai desbancar o PS3 como console
> dominante (pelo menos nos EUA) e tem pretensões de se estabelecer
> como media center. Estão experimentando algumas licenças OSI e já
> aperfeiçoaram seus processos de liberar padrões através do ECMA (eles
> costumam fazer isso rapidamente qdo há interesse).
>
> Enfim, há sinais de q a empresa está mudando. Para mim a dúvida maior
> será o ritmo desta mudança, pois será isto q determinará o sucesso da
> empreitada. Mas, como já disse antes, é apenas mais uma visão do
> assunto. Não explica a totalidade do fenômeno, tampouco é a palavra
> final sobre o q está acontecendo.
>
> >
> > Em toda sua história a Microsoft jamais deixou de ser uma empresa
> > com ímpeto monopolista.
>
> E qual empresa capitalista deixou de ter ímpeto monopolista? Vc
> realmente acha q a IBM, por exemplo, não tem "ímpetos monopolistas"?
> Vá lidar com os caras na hora em q querem vender algo deles . . . No
> final das contas, eles querem ser seu provedor único de serviços. Se
> isso passar pelas licenças de produtos IBM, ótimo, mas, caso
> contrário, ainda querem deter o monopólio naquilo em q competem. Vá
> visitar o Banco Central para ver do q estou falando.
>
> E a Oracle? Aliás, esta última, q tantos consideravam "amiguinha" do
> SL em virtude de algumas contribuições menores, mostrou bem a sua
> cara ao gerar um tipo de FUD sobre gnu/linux q a MS jamais
> conseguiria gerar diretamente. Ao dizer q ia oferecer o Oracle Linux,
> ela conseguiu prejudicar mais as distribuições corporativas (em
> especial a Red Hat) do q a SCO conseguiu fazer em todos este anos.
> Tendo em vista q muitos usam Red 

Re: [PSL-Brasil] Microsoft, No =?ISO-8859-1?Q?vell, _inova=E7=F5es_de_ruptura_e_SL?=

2006-12-23 Por tôpico Antonio Fonseca

Ok, vou dar uma olhada.

Abraço,

On 12/23/06, Olival Júnior <[EMAIL PROTECTED]> wrote:


Só para constar, publiquei uma versão revisada do texto em meu blog, com
diversos links para alguns termos e artigos q explicam vários conceitos q
utilizei. O URL é http://obarboza.blogspot.com

[ ]s,

olival.junior

Em 23/12/2006, às 02:12, Antonio Fonseca escreveu:

Quais concorrentes? Quantos ficaram de pé nos últimos vinte anos, em
condições reais de combate com a Microsoft?

Desculpe, mas no seu texto original você me deu a impressão de acreditar
já estar vendo mudanças que levarão a uma Microsoft re-editada, mais ética,
não mais a "boa e velha máquina de moer a concorrência, sedenta pelo lucro a
todo custo".

Eu sinceramente ainda não consigo enxergar isso. E exatamente por isso
ainda sou forçado a acreditar que a aproximação com o FOSS é apenas parte da
mesma estratégia de sempre, de desestabilização e cooptação.

Mas não desperdice seu latin comigo, eu também concordo que existe alguma
esperança.

Na minha modesta opinião o evento mais extraordinário que presenciei em
2006 foi o anúncio da futura aposentadoria do Gates.

Sinceramente eu ainda não consigo ver a Microsoft sem Bill Gates, é quase
como se fosse possível uma Microsoft sem o Windows! ;-)

On 12/22/06, Olival Júnior <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
>
>
> Em 22/12/2006, às 22:42, Antonio Fonseca escreveu:
>
> > Sua teoria é interessante e você utilizou uma boa argumentação. Mas
> > ela não passa de conjectura. Como exercício intelectual é ótima.
>
> Certamente não sou pretensioso a ponto de me achar dono da verdade.
> Mas, acho q muitas pessoas estão utilizando uma análise extremamente
> reducionista sobre o assunto, talvez pelo tradicional ímpeto de
> enxergar a MS apenas como uma máquina de moer a concorrência. Apesar
> dos esqueletos no armário, não foi apenas através de jogadas
> duvidosas q a empresa chegou ao nível de penetração de mercado q tem
> hoje. E muita gente parece estar esquecendo disso, enquanto ela vai
> aos poucos fazendo seu dever de casa e ganhando espaços q poderiam
> estar sendo ocupados por concorrentes mais atentos.
>
> >
> > Ainda faltam praticamente todos os indícios necessários para dar a
> > ela alguma credibilidade. E a aposentadoria de Gates, Allchin e
> > outros executivos de alto escalão da Microsoft não são o bastante.
>
> Vc tem certeza? Quais indícios vc considera relevantes neste caso?
> Curiosamente, as teorias de inovação de ruptura falam justamente
> sobre como essas reviravoltas acontecem e os "indícios" tradicionais
> só aparecem qdo já é tarde demais . . . Eu vejo todo dia a MS indo
> cada vez mais para o lado de serviços, embora sua "cash cow" ainda
> seja o licenciamento de software. Ela tem caixa para experimentar e
> errar várias vezes, então se dá ao luxo de lançar um Zune da vida só
> para experimentar com as possibilidades de distribuição de música e
> vídeo. Suas unidades de negócio de games estão crescendo, vide o
> fenômeno do XBox, q provavelmente vai desbancar o PS3 como console
> dominante (pelo menos nos EUA) e tem pretensões de se estabelecer
> como media center. Estão experimentando algumas licenças OSI e já
> aperfeiçoaram seus processos de liberar padrões através do ECMA (eles
> costumam fazer isso rapidamente qdo há interesse).
>
> Enfim, há sinais de q a empresa está mudando. Para mim a dúvida maior
> será o ritmo desta mudança, pois será isto q determinará o sucesso da
> empreitada. Mas, como já disse antes, é apenas mais uma visão do
> assunto. Não explica a totalidade do fenômeno, tampouco é a palavra
> final sobre o q está acontecendo.
>
> >
> > Em toda sua história a Microsoft jamais deixou de ser uma empresa
> > com ímpeto monopolista.
>
> E qual empresa capitalista deixou de ter ímpeto monopolista? Vc
> realmente acha q a IBM, por exemplo, não tem "ímpetos monopolistas"?
> Vá lidar com os caras na hora em q querem vender algo deles . . . No
> final das contas, eles querem ser seu provedor único de serviços. Se
> isso passar pelas licenças de produtos IBM, ótimo, mas, caso
> contrário, ainda querem deter o monopólio naquilo em q competem. Vá
> visitar o Banco Central para ver do q estou falando.
>
> E a Oracle? Aliás, esta última, q tantos consideravam "amiguinha" do
> SL em virtude de algumas contribuições menores, mostrou bem a sua
> cara ao gerar um tipo de FUD sobre gnu/linux q a MS jamais
> conseguiria gerar diretamente. Ao dizer q ia oferecer o Oracle Linux,
> ela conseguiu prejudicar mais as distribuições corporativas (em
> especial a Red Hat) do q a SCO conseguiu fazer em todos este anos.
> Tendo em vista q muitos usam Red Hat para rodar Oracle hoje, vc acha
> q se a Oracle oferecer a stack completa esses clientes não vão largar
> a Red Hat?
>
> O "ímpeto monopolista" está na natureza do capitalismo. Acreditar q
> uma empresa ou outra não têm essa motivação é não enxergar
> completamente o mercado em q elas estão envolvidas. Uma empresa q
> "joga limpo" em um campo, pode simplesme

Re: [PSL-Brasil] Microsoft, No =?ISO-8859-1?Q?vell, _inova=E7=F5es_de_ruptura_e_SL?=

2006-12-22 Por tôpico Antonio Fonseca

Quais concorrentes? Quantos ficaram de pé nos últimos vinte anos, em
condições reais de combate com a Microsoft?

Desculpe, mas no seu texto original você me deu a impressão de acreditar já
estar vendo mudanças que levarão a uma Microsoft re-editada, mais ética, não
mais a "boa e velha máquina de moer a concorrência, sedenta pelo lucro a
todo custo".

Eu sinceramente ainda não consigo enxergar isso. E exatamente por isso ainda
sou forçado a acreditar que a aproximação com o FOSS é apenas parte da mesma
estratégia de sempre, de desestabilização e cooptação.

Mas não desperdice seu latin comigo, eu também concordo que existe alguma
esperança.

Na minha modesta opinião o evento mais extraordinário que presenciei em 2006
foi o anúncio da futura aposentadoria do Gates.

Sinceramente eu ainda não consigo ver a Microsoft sem Bill Gates, é quase
como se fosse possível uma Microsoft sem o Windows! ;-)

On 12/22/06, Olival Júnior <[EMAIL PROTECTED]> wrote:



Em 22/12/2006, às 22:42, Antonio Fonseca escreveu:

> Sua teoria é interessante e você utilizou uma boa argumentação. Mas
> ela não passa de conjectura. Como exercício intelectual é ótima.

Certamente não sou pretensioso a ponto de me achar dono da verdade.
Mas, acho q muitas pessoas estão utilizando uma análise extremamente
reducionista sobre o assunto, talvez pelo tradicional ímpeto de
enxergar a MS apenas como uma máquina de moer a concorrência. Apesar
dos esqueletos no armário, não foi apenas através de jogadas
duvidosas q a empresa chegou ao nível de penetração de mercado q tem
hoje. E muita gente parece estar esquecendo disso, enquanto ela vai
aos poucos fazendo seu dever de casa e ganhando espaços q poderiam
estar sendo ocupados por concorrentes mais atentos.

>
> Ainda faltam praticamente todos os indícios necessários para dar a
> ela alguma credibilidade. E a aposentadoria de Gates, Allchin e
> outros executivos de alto escalão da Microsoft não são o bastante.

Vc tem certeza? Quais indícios vc considera relevantes neste caso?
Curiosamente, as teorias de inovação de ruptura falam justamente
sobre como essas reviravoltas acontecem e os "indícios" tradicionais
só aparecem qdo já é tarde demais . . . Eu vejo todo dia a MS indo
cada vez mais para o lado de serviços, embora sua "cash cow" ainda
seja o licenciamento de software. Ela tem caixa para experimentar e
errar várias vezes, então se dá ao luxo de lançar um Zune da vida só
para experimentar com as possibilidades de distribuição de música e
vídeo. Suas unidades de negócio de games estão crescendo, vide o
fenômeno do XBox, q provavelmente vai desbancar o PS3 como console
dominante (pelo menos nos EUA) e tem pretensões de se estabelecer
como media center. Estão experimentando algumas licenças OSI e já
aperfeiçoaram seus processos de liberar padrões através do ECMA (eles
costumam fazer isso rapidamente qdo há interesse).

Enfim, há sinais de q a empresa está mudando. Para mim a dúvida maior
será o ritmo desta mudança, pois será isto q determinará o sucesso da
empreitada. Mas, como já disse antes, é apenas mais uma visão do
assunto. Não explica a totalidade do fenômeno, tampouco é a palavra
final sobre o q está acontecendo.

>
> Em toda sua história a Microsoft jamais deixou de ser uma empresa
> com ímpeto monopolista.

E qual empresa capitalista deixou de ter ímpeto monopolista? Vc
realmente acha q a IBM, por exemplo, não tem "ímpetos monopolistas"?
Vá lidar com os caras na hora em q querem vender algo deles . . . No
final das contas, eles querem ser seu provedor único de serviços. Se
isso passar pelas licenças de produtos IBM, ótimo, mas, caso
contrário, ainda querem deter o monopólio naquilo em q competem. Vá
visitar o Banco Central para ver do q estou falando.

E a Oracle? Aliás, esta última, q tantos consideravam "amiguinha" do
SL em virtude de algumas contribuições menores, mostrou bem a sua
cara ao gerar um tipo de FUD sobre gnu/linux q a MS jamais
conseguiria gerar diretamente. Ao dizer q ia oferecer o Oracle Linux,
ela conseguiu prejudicar mais as distribuições corporativas (em
especial a Red Hat) do q a SCO conseguiu fazer em todos este anos.
Tendo em vista q muitos usam Red Hat para rodar Oracle hoje, vc acha
q se a Oracle oferecer a stack completa esses clientes não vão largar
a Red Hat?

O "ímpeto monopolista" está na natureza do capitalismo. Acreditar q
uma empresa ou outra não têm essa motivação é não enxergar
completamente o mercado em q elas estão envolvidas. Uma empresa q
"joga limpo" em um campo, pode simplesmente estar garantindo para si
um nicho ainda não contemplado por outras. Aliás, não fosse isso p q
será q as distribuições gnu/linux corporativas procuram se
diferenciar tanto no código, ao invés de se aterem somente aos
serviços? Esforços como o LSB seriam desnecessários caso estas
distribuições realmente fossem tão cooperativas qto alguns acreditam
q elas sejam. Certificações próprias então, nem pensar . . .

> Eu continuo enxergando a Microsoft da mesma forma e nada ainda foi
> 

Re: [PSL-Brasil] Microsoft, No =?ISO-8859-1?Q?vell, _inova=E7=F5es_de_ruptura_e_SL?=

2006-12-22 Por tôpico Antonio Fonseca

Olival,

Sua teoria é interessante e você utilizou uma boa argumentação. Mas ela não
passa de conjectura. Como exercício intelectual é ótima.

Ainda faltam praticamente todos os indícios necessários para dar a ela
alguma credibilidade. E a aposentadoria de Gates, Allchin e outros
executivos de alto escalão da Microsoft não são o bastante.

Em toda sua história a Microsoft jamais deixou de ser uma empresa com ímpeto
monopolista.

Até em condições mais adversas, como foi o caso do crescimento da Internet
(a Micrososft saia de um longo e penoso processo de desenvolvimento do
Windows 95 e da MSN pré-Internet), a Microsoft apenas realizou as alterações
de estratégia necessárias para manter o seu monopólio intacto.

Eu continuo enxergando a Microsoft da mesma forma e nada ainda foi
suficiente para me fazer pensar diferente, mesmo em relação a esse
enfrentamento com o FOSS.

Sim, continua sendo um enfrentamento. Na tentativa de mudar as regras e
trazer o jogo para o terreno em que a Microsoft leve vantagem.

Em relação a IBM é importante não esquecer que a empresa precisou se
reinventar para sobreviver. Ou ela fazia isso ou fechava as portas.

E ao que me consta a MS não sofre hoje de nenhum problemas de ordem
financeira.

Abraço,

On 12/22/06, Olival Júnior <[EMAIL PROTECTED]> wrote:


Desculpem o tamanho do texto, mas faz um certo tempo q estou querendo
apresentar a minha visão do acordo MS/Novell e não consegui escrever
nada mais enxuto do q isso. Mas, acredito q quem conseguir ler tudo
pode ter uma nova perspectiva do q está acontecendo.

Há pouco tempo atrás aconteceu um debate entre Dave Winer e o
Scobleizer sobre inovação na MS. O primeiro afirmava q a MS não
inovava em nada, esperava os startups criarem um mercado e assistiam
este crescer até o momento em q decidiam competir nele. O segundo,
como bom ex-funcionário da MS, dizia q não era bem assim e q a MS
tinha uma série de pequenas inovações q eram importantes, embora
longe de serem radicais (o exemplo era o ClearType).

Colocando isso sob a óptica das teorias de inovação de ruptura de
Christensen ("O Dilema do Inovador", "Crescimento pela Inovação",
"Seeing What's Next"), a estratégia da MS é bem clara: ela é uma
expert em inovações de sustentação (o tipo que não gera ruptura),
sejam elas incrementais (ClearType, as inúmeras versões do MS Office)
ou radicais (como será o MS Office 2007). As inovações de ruptura de
novo mercado ficam na mão de empresas emergentes, mas a MS possui uma
série de táticas para cooptar este tipo de inovação e agregá-la ao
seu portfolio de produtos. Normalmente isso acontecia com sucesso pq
a rede de valor sobre a qual a MS construiu seu negócio acabava se
sobrepondo com a rede de valor dos outros produtos de software q ela
agregou ao longo de sua existência. O negócio de produção de
software, até então, tinha dos mesmos fornecedores aos mesmos clientes.

Agora, a coisa mudou. Software Livre e de Código Aberto é uma
tecnologia de ruptura por natureza. A rede de valor em torno de um
Mozilla Firefox, por exemplo, é bem diferente da que havia ao redor
do Netscape Navigator (para quem não lembra, um produto licenciado
comercialmente às empresas). A MS tem recursos para tirar proveito de
praticamente qqr tipo de oportunidade q surgir à sua frente, mas seus
processos de trabalho e seus valores não são adequados para um "Mundo
sem Portões". O próprio professor Christensen (acadêmico de Harvard)
alertou a empresa em uma palestra (e ele cita explicitamente o gnu/
linux em seu último livro).

Como a MS poderia lidar com a inovação de ruptura representada pelo
Software Livre? A IBM, qdo decidiu investir no PC, entendeu q não
tinha processos e valores para lidar com a tecnologia de ruptura q
tinha em mãos (o computador pessoal). Assim, criou uma unidade
separada em Boca Raton para desenvolver o produto sem a interferência
dos executivos da matriz (o grupo de Boca Raton era conhecido como
"the Wild Ducks").

A MS pode estar seguindo um caminho similar com o acordo com a
Novell. Vamos repassar os fatos: primeiro o Bill Gates, q está longe
de ser tolo, anuncia (aparentemente a sério) seu afastamento da
empresa no prazo de 2 anos. P q? Consta q o próprio teria reconhecido
suas limitações (lembram a questão dos valores q eu citei acima?) ao
lidar com um novo mercado de TI e teria renunciado à sua posição em
favor do Ray Ozzie, sujeito com mais visão e preparo para os novos
tempos.

Além disso, a MS comprar ou criar uma distribuição traria descrédito
imediato a este produto. Com a possível exceção da turma do Mono, a
comunidade FLOSS em geral é pouco simpática à MS e possui uma memória
coletiva bastante forte na hora de lembrar das declarações infelizes
dos principais executivos da empresa a respeito de SL. O q fazer
então? Um acordo com uma empresa distinta com alguns processos de
trabalho similares que já apresentava uma certa credibilidade junto à
comunidade FLOSS (credibilidade merecida, tendo em vista os produtos
proprietários da SUSE e d