Re: [PSL-Brasil] Microsoft, No =?ISO-8859-1?Q?vell, _inova=E7=F5es_de_ruptura_e_SL?=
Colocando nestes termos isso está bem alinhado com as postura assumida por Gates recentemente sobre temas relacionados. Sobre o vídeos "piratas" no Youtube e outra sobre DRM. ;-) http://www.computerworld.com/blogs/node/2803 http://www.techcrunch.com/2006/12/14/bill-gates-on-the-future-of-drm/ Nunca é demais esquecer que a Microsoft mais se beneficiou com o que ela chama de pirataria de software, do que realmente foi prejudicada. É isso aí, só o tempo nos dirá. Abraço, On 12/24/06, Olival Júnior <[EMAIL PROTECTED]> wrote: Em 23/12/2006, às 22:47, Antonio Fonseca escreveu: > Gostaria de fazer um comentário apenas sobre a idéia do "cookbook". > O fato do pacto não se tratar de uma sabotagem imediatista e > simplória não elimina o risco a longo prazo, você concorda? Não > exclui a possibilidade do "cookbook". > Claro. Acho q precisamos de pelo menos uns 5 anos (o ciclo de vida habitual dos produtos MS) para saber o rumo q a empresa vai realmente tomar. Enquanto isso, veja só esses dois artigos sobre a MS contratando um "open source evangelist" e como eles deram um Zune para um contribuidor do Linux.com para q ele o doasse para q algum hacker (no melhor sentido possível) descobrisse como instalar Linux no produto. Aliás, um Zune com Linux tem um potencial fantástico. Out-of-the-box os usos da capacidade wireless do Zune são bastante limitadas. Vc pode apenas enviar músicas com DRM entre Zunes, as quais podem tocar 3 vezes ou ficar 3 dias no Zune q as recebe (o q acontecer primeiro). Vc *não* pode usar o wi-fi do Zune sequer para instalar músicas vindas do seu micro ou receber um streaming em uma rede wifi. Limitações q a MS teve de colocar no produto para conseguir fechar acordos com a indústria musical (além de pagar uma taxa por cada Zune vendido, para horror da Apple). Agora, imagine um Zune rodando Linux. De repente, vc não tem mais o maldito DRM obrigatório. E seu wi-fi pode ser usado para algo útil: imagine vc configurar um Zune para enviar um streaming em uma rede wifi. Ou poder trocar livremente seus arquivos com outros usuários do produto. Ou ainda usar o aparelho para jogar em rede (já q temos Doom rodando nos iPods, p q não no Zune tbém?). Já vejo um Counter Strike (ou similar livre) para Zune/Linux. :-) Dá a impressão q a MS tem gde interesse em q hackers independentes quebrem as proteções do Zune, pois só assim eles terão condições de realmente encarar o domínio do iPod. Esta versão do Zune sem dúvida foi criada apenas para a MS "testar as águas" do mercado de vídeo/ música online. Vamos ver até onde eles vão. [ ]s, olival.junior___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil -- ANTONIO FONSECA http://antoniofonseca.wordpress.com/ ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Microsoft, No =?ISO-8859-1?Q?vell, _inova=E7=F5es_de_ruptura_e_SL?=
Pequenas mudanças que permitiram desenvolver melhor suas idéias, eu gostei. Acho sua teoria interessante. Gostaria de fazer um comentário apenas sobre a idéia do "cookbook". O fato do pacto não se tratar de uma sabotagem imediatista e simplória não elimina o risco a longo prazo, você concorda? Não exclui a possibilidade do "cookbook". Mas eu prefiro evitar exercícios de futurologia. Abraço, On 12/23/06, Olival Júnior <[EMAIL PROTECTED]> wrote: Só para constar, publiquei uma versão revisada do texto em meu blog, com diversos links para alguns termos e artigos q explicam vários conceitos q utilizei. O URL é http://obarboza.blogspot.com [ ]s, olival.junior Em 23/12/2006, às 02:12, Antonio Fonseca escreveu: Quais concorrentes? Quantos ficaram de pé nos últimos vinte anos, em condições reais de combate com a Microsoft? Desculpe, mas no seu texto original você me deu a impressão de acreditar já estar vendo mudanças que levarão a uma Microsoft re-editada, mais ética, não mais a "boa e velha máquina de moer a concorrência, sedenta pelo lucro a todo custo". Eu sinceramente ainda não consigo enxergar isso. E exatamente por isso ainda sou forçado a acreditar que a aproximação com o FOSS é apenas parte da mesma estratégia de sempre, de desestabilização e cooptação. Mas não desperdice seu latin comigo, eu também concordo que existe alguma esperança. Na minha modesta opinião o evento mais extraordinário que presenciei em 2006 foi o anúncio da futura aposentadoria do Gates. Sinceramente eu ainda não consigo ver a Microsoft sem Bill Gates, é quase como se fosse possível uma Microsoft sem o Windows! ;-) On 12/22/06, Olival Júnior <[EMAIL PROTECTED]> wrote: > > > Em 22/12/2006, às 22:42, Antonio Fonseca escreveu: > > > Sua teoria é interessante e você utilizou uma boa argumentação. Mas > > ela não passa de conjectura. Como exercício intelectual é ótima. > > Certamente não sou pretensioso a ponto de me achar dono da verdade. > Mas, acho q muitas pessoas estão utilizando uma análise extremamente > reducionista sobre o assunto, talvez pelo tradicional ímpeto de > enxergar a MS apenas como uma máquina de moer a concorrência. Apesar > dos esqueletos no armário, não foi apenas através de jogadas > duvidosas q a empresa chegou ao nível de penetração de mercado q tem > hoje. E muita gente parece estar esquecendo disso, enquanto ela vai > aos poucos fazendo seu dever de casa e ganhando espaços q poderiam > estar sendo ocupados por concorrentes mais atentos. > > > > > Ainda faltam praticamente todos os indícios necessários para dar a > > ela alguma credibilidade. E a aposentadoria de Gates, Allchin e > > outros executivos de alto escalão da Microsoft não são o bastante. > > Vc tem certeza? Quais indícios vc considera relevantes neste caso? > Curiosamente, as teorias de inovação de ruptura falam justamente > sobre como essas reviravoltas acontecem e os "indícios" tradicionais > só aparecem qdo já é tarde demais . . . Eu vejo todo dia a MS indo > cada vez mais para o lado de serviços, embora sua "cash cow" ainda > seja o licenciamento de software. Ela tem caixa para experimentar e > errar várias vezes, então se dá ao luxo de lançar um Zune da vida só > para experimentar com as possibilidades de distribuição de música e > vídeo. Suas unidades de negócio de games estão crescendo, vide o > fenômeno do XBox, q provavelmente vai desbancar o PS3 como console > dominante (pelo menos nos EUA) e tem pretensões de se estabelecer > como media center. Estão experimentando algumas licenças OSI e já > aperfeiçoaram seus processos de liberar padrões através do ECMA (eles > costumam fazer isso rapidamente qdo há interesse). > > Enfim, há sinais de q a empresa está mudando. Para mim a dúvida maior > será o ritmo desta mudança, pois será isto q determinará o sucesso da > empreitada. Mas, como já disse antes, é apenas mais uma visão do > assunto. Não explica a totalidade do fenômeno, tampouco é a palavra > final sobre o q está acontecendo. > > > > > Em toda sua história a Microsoft jamais deixou de ser uma empresa > > com ímpeto monopolista. > > E qual empresa capitalista deixou de ter ímpeto monopolista? Vc > realmente acha q a IBM, por exemplo, não tem "ímpetos monopolistas"? > Vá lidar com os caras na hora em q querem vender algo deles . . . No > final das contas, eles querem ser seu provedor único de serviços. Se > isso passar pelas licenças de produtos IBM, ótimo, mas, caso > contrário, ainda querem deter o monopólio naquilo em q competem. Vá > visitar o Banco Central para ver do q estou falando. > > E a Oracle? Aliás, esta última, q tantos consideravam "amiguinha" do > SL em virtude de algumas contribuições menores, mostrou bem a sua > cara ao gerar um tipo de FUD sobre gnu/linux q a MS jamais > conseguiria gerar diretamente. Ao dizer q ia oferecer o Oracle Linux, > ela conseguiu prejudicar mais as distribuições corporativas (em > especial a Red Hat) do q a SCO conseguiu fazer em todos este anos. > Tendo em vista q muitos usam Red
Re: [PSL-Brasil] Microsoft, No =?ISO-8859-1?Q?vell, _inova=E7=F5es_de_ruptura_e_SL?=
Ok, vou dar uma olhada. Abraço, On 12/23/06, Olival Júnior <[EMAIL PROTECTED]> wrote: Só para constar, publiquei uma versão revisada do texto em meu blog, com diversos links para alguns termos e artigos q explicam vários conceitos q utilizei. O URL é http://obarboza.blogspot.com [ ]s, olival.junior Em 23/12/2006, às 02:12, Antonio Fonseca escreveu: Quais concorrentes? Quantos ficaram de pé nos últimos vinte anos, em condições reais de combate com a Microsoft? Desculpe, mas no seu texto original você me deu a impressão de acreditar já estar vendo mudanças que levarão a uma Microsoft re-editada, mais ética, não mais a "boa e velha máquina de moer a concorrência, sedenta pelo lucro a todo custo". Eu sinceramente ainda não consigo enxergar isso. E exatamente por isso ainda sou forçado a acreditar que a aproximação com o FOSS é apenas parte da mesma estratégia de sempre, de desestabilização e cooptação. Mas não desperdice seu latin comigo, eu também concordo que existe alguma esperança. Na minha modesta opinião o evento mais extraordinário que presenciei em 2006 foi o anúncio da futura aposentadoria do Gates. Sinceramente eu ainda não consigo ver a Microsoft sem Bill Gates, é quase como se fosse possível uma Microsoft sem o Windows! ;-) On 12/22/06, Olival Júnior <[EMAIL PROTECTED]> wrote: > > > Em 22/12/2006, às 22:42, Antonio Fonseca escreveu: > > > Sua teoria é interessante e você utilizou uma boa argumentação. Mas > > ela não passa de conjectura. Como exercício intelectual é ótima. > > Certamente não sou pretensioso a ponto de me achar dono da verdade. > Mas, acho q muitas pessoas estão utilizando uma análise extremamente > reducionista sobre o assunto, talvez pelo tradicional ímpeto de > enxergar a MS apenas como uma máquina de moer a concorrência. Apesar > dos esqueletos no armário, não foi apenas através de jogadas > duvidosas q a empresa chegou ao nível de penetração de mercado q tem > hoje. E muita gente parece estar esquecendo disso, enquanto ela vai > aos poucos fazendo seu dever de casa e ganhando espaços q poderiam > estar sendo ocupados por concorrentes mais atentos. > > > > > Ainda faltam praticamente todos os indícios necessários para dar a > > ela alguma credibilidade. E a aposentadoria de Gates, Allchin e > > outros executivos de alto escalão da Microsoft não são o bastante. > > Vc tem certeza? Quais indícios vc considera relevantes neste caso? > Curiosamente, as teorias de inovação de ruptura falam justamente > sobre como essas reviravoltas acontecem e os "indícios" tradicionais > só aparecem qdo já é tarde demais . . . Eu vejo todo dia a MS indo > cada vez mais para o lado de serviços, embora sua "cash cow" ainda > seja o licenciamento de software. Ela tem caixa para experimentar e > errar várias vezes, então se dá ao luxo de lançar um Zune da vida só > para experimentar com as possibilidades de distribuição de música e > vídeo. Suas unidades de negócio de games estão crescendo, vide o > fenômeno do XBox, q provavelmente vai desbancar o PS3 como console > dominante (pelo menos nos EUA) e tem pretensões de se estabelecer > como media center. Estão experimentando algumas licenças OSI e já > aperfeiçoaram seus processos de liberar padrões através do ECMA (eles > costumam fazer isso rapidamente qdo há interesse). > > Enfim, há sinais de q a empresa está mudando. Para mim a dúvida maior > será o ritmo desta mudança, pois será isto q determinará o sucesso da > empreitada. Mas, como já disse antes, é apenas mais uma visão do > assunto. Não explica a totalidade do fenômeno, tampouco é a palavra > final sobre o q está acontecendo. > > > > > Em toda sua história a Microsoft jamais deixou de ser uma empresa > > com ímpeto monopolista. > > E qual empresa capitalista deixou de ter ímpeto monopolista? Vc > realmente acha q a IBM, por exemplo, não tem "ímpetos monopolistas"? > Vá lidar com os caras na hora em q querem vender algo deles . . . No > final das contas, eles querem ser seu provedor único de serviços. Se > isso passar pelas licenças de produtos IBM, ótimo, mas, caso > contrário, ainda querem deter o monopólio naquilo em q competem. Vá > visitar o Banco Central para ver do q estou falando. > > E a Oracle? Aliás, esta última, q tantos consideravam "amiguinha" do > SL em virtude de algumas contribuições menores, mostrou bem a sua > cara ao gerar um tipo de FUD sobre gnu/linux q a MS jamais > conseguiria gerar diretamente. Ao dizer q ia oferecer o Oracle Linux, > ela conseguiu prejudicar mais as distribuições corporativas (em > especial a Red Hat) do q a SCO conseguiu fazer em todos este anos. > Tendo em vista q muitos usam Red Hat para rodar Oracle hoje, vc acha > q se a Oracle oferecer a stack completa esses clientes não vão largar > a Red Hat? > > O "ímpeto monopolista" está na natureza do capitalismo. Acreditar q > uma empresa ou outra não têm essa motivação é não enxergar > completamente o mercado em q elas estão envolvidas. Uma empresa q > "joga limpo" em um campo, pode simplesme
Re: [PSL-Brasil] Microsoft, No =?ISO-8859-1?Q?vell, _inova=E7=F5es_de_ruptura_e_SL?=
Quais concorrentes? Quantos ficaram de pé nos últimos vinte anos, em condições reais de combate com a Microsoft? Desculpe, mas no seu texto original você me deu a impressão de acreditar já estar vendo mudanças que levarão a uma Microsoft re-editada, mais ética, não mais a "boa e velha máquina de moer a concorrência, sedenta pelo lucro a todo custo". Eu sinceramente ainda não consigo enxergar isso. E exatamente por isso ainda sou forçado a acreditar que a aproximação com o FOSS é apenas parte da mesma estratégia de sempre, de desestabilização e cooptação. Mas não desperdice seu latin comigo, eu também concordo que existe alguma esperança. Na minha modesta opinião o evento mais extraordinário que presenciei em 2006 foi o anúncio da futura aposentadoria do Gates. Sinceramente eu ainda não consigo ver a Microsoft sem Bill Gates, é quase como se fosse possível uma Microsoft sem o Windows! ;-) On 12/22/06, Olival Júnior <[EMAIL PROTECTED]> wrote: Em 22/12/2006, às 22:42, Antonio Fonseca escreveu: > Sua teoria é interessante e você utilizou uma boa argumentação. Mas > ela não passa de conjectura. Como exercício intelectual é ótima. Certamente não sou pretensioso a ponto de me achar dono da verdade. Mas, acho q muitas pessoas estão utilizando uma análise extremamente reducionista sobre o assunto, talvez pelo tradicional ímpeto de enxergar a MS apenas como uma máquina de moer a concorrência. Apesar dos esqueletos no armário, não foi apenas através de jogadas duvidosas q a empresa chegou ao nível de penetração de mercado q tem hoje. E muita gente parece estar esquecendo disso, enquanto ela vai aos poucos fazendo seu dever de casa e ganhando espaços q poderiam estar sendo ocupados por concorrentes mais atentos. > > Ainda faltam praticamente todos os indícios necessários para dar a > ela alguma credibilidade. E a aposentadoria de Gates, Allchin e > outros executivos de alto escalão da Microsoft não são o bastante. Vc tem certeza? Quais indícios vc considera relevantes neste caso? Curiosamente, as teorias de inovação de ruptura falam justamente sobre como essas reviravoltas acontecem e os "indícios" tradicionais só aparecem qdo já é tarde demais . . . Eu vejo todo dia a MS indo cada vez mais para o lado de serviços, embora sua "cash cow" ainda seja o licenciamento de software. Ela tem caixa para experimentar e errar várias vezes, então se dá ao luxo de lançar um Zune da vida só para experimentar com as possibilidades de distribuição de música e vídeo. Suas unidades de negócio de games estão crescendo, vide o fenômeno do XBox, q provavelmente vai desbancar o PS3 como console dominante (pelo menos nos EUA) e tem pretensões de se estabelecer como media center. Estão experimentando algumas licenças OSI e já aperfeiçoaram seus processos de liberar padrões através do ECMA (eles costumam fazer isso rapidamente qdo há interesse). Enfim, há sinais de q a empresa está mudando. Para mim a dúvida maior será o ritmo desta mudança, pois será isto q determinará o sucesso da empreitada. Mas, como já disse antes, é apenas mais uma visão do assunto. Não explica a totalidade do fenômeno, tampouco é a palavra final sobre o q está acontecendo. > > Em toda sua história a Microsoft jamais deixou de ser uma empresa > com ímpeto monopolista. E qual empresa capitalista deixou de ter ímpeto monopolista? Vc realmente acha q a IBM, por exemplo, não tem "ímpetos monopolistas"? Vá lidar com os caras na hora em q querem vender algo deles . . . No final das contas, eles querem ser seu provedor único de serviços. Se isso passar pelas licenças de produtos IBM, ótimo, mas, caso contrário, ainda querem deter o monopólio naquilo em q competem. Vá visitar o Banco Central para ver do q estou falando. E a Oracle? Aliás, esta última, q tantos consideravam "amiguinha" do SL em virtude de algumas contribuições menores, mostrou bem a sua cara ao gerar um tipo de FUD sobre gnu/linux q a MS jamais conseguiria gerar diretamente. Ao dizer q ia oferecer o Oracle Linux, ela conseguiu prejudicar mais as distribuições corporativas (em especial a Red Hat) do q a SCO conseguiu fazer em todos este anos. Tendo em vista q muitos usam Red Hat para rodar Oracle hoje, vc acha q se a Oracle oferecer a stack completa esses clientes não vão largar a Red Hat? O "ímpeto monopolista" está na natureza do capitalismo. Acreditar q uma empresa ou outra não têm essa motivação é não enxergar completamente o mercado em q elas estão envolvidas. Uma empresa q "joga limpo" em um campo, pode simplesmente estar garantindo para si um nicho ainda não contemplado por outras. Aliás, não fosse isso p q será q as distribuições gnu/linux corporativas procuram se diferenciar tanto no código, ao invés de se aterem somente aos serviços? Esforços como o LSB seriam desnecessários caso estas distribuições realmente fossem tão cooperativas qto alguns acreditam q elas sejam. Certificações próprias então, nem pensar . . . > Eu continuo enxergando a Microsoft da mesma forma e nada ainda foi >
Re: [PSL-Brasil] Microsoft, No =?ISO-8859-1?Q?vell, _inova=E7=F5es_de_ruptura_e_SL?=
Olival, Sua teoria é interessante e você utilizou uma boa argumentação. Mas ela não passa de conjectura. Como exercício intelectual é ótima. Ainda faltam praticamente todos os indícios necessários para dar a ela alguma credibilidade. E a aposentadoria de Gates, Allchin e outros executivos de alto escalão da Microsoft não são o bastante. Em toda sua história a Microsoft jamais deixou de ser uma empresa com ímpeto monopolista. Até em condições mais adversas, como foi o caso do crescimento da Internet (a Micrososft saia de um longo e penoso processo de desenvolvimento do Windows 95 e da MSN pré-Internet), a Microsoft apenas realizou as alterações de estratégia necessárias para manter o seu monopólio intacto. Eu continuo enxergando a Microsoft da mesma forma e nada ainda foi suficiente para me fazer pensar diferente, mesmo em relação a esse enfrentamento com o FOSS. Sim, continua sendo um enfrentamento. Na tentativa de mudar as regras e trazer o jogo para o terreno em que a Microsoft leve vantagem. Em relação a IBM é importante não esquecer que a empresa precisou se reinventar para sobreviver. Ou ela fazia isso ou fechava as portas. E ao que me consta a MS não sofre hoje de nenhum problemas de ordem financeira. Abraço, On 12/22/06, Olival Júnior <[EMAIL PROTECTED]> wrote: Desculpem o tamanho do texto, mas faz um certo tempo q estou querendo apresentar a minha visão do acordo MS/Novell e não consegui escrever nada mais enxuto do q isso. Mas, acredito q quem conseguir ler tudo pode ter uma nova perspectiva do q está acontecendo. Há pouco tempo atrás aconteceu um debate entre Dave Winer e o Scobleizer sobre inovação na MS. O primeiro afirmava q a MS não inovava em nada, esperava os startups criarem um mercado e assistiam este crescer até o momento em q decidiam competir nele. O segundo, como bom ex-funcionário da MS, dizia q não era bem assim e q a MS tinha uma série de pequenas inovações q eram importantes, embora longe de serem radicais (o exemplo era o ClearType). Colocando isso sob a óptica das teorias de inovação de ruptura de Christensen ("O Dilema do Inovador", "Crescimento pela Inovação", "Seeing What's Next"), a estratégia da MS é bem clara: ela é uma expert em inovações de sustentação (o tipo que não gera ruptura), sejam elas incrementais (ClearType, as inúmeras versões do MS Office) ou radicais (como será o MS Office 2007). As inovações de ruptura de novo mercado ficam na mão de empresas emergentes, mas a MS possui uma série de táticas para cooptar este tipo de inovação e agregá-la ao seu portfolio de produtos. Normalmente isso acontecia com sucesso pq a rede de valor sobre a qual a MS construiu seu negócio acabava se sobrepondo com a rede de valor dos outros produtos de software q ela agregou ao longo de sua existência. O negócio de produção de software, até então, tinha dos mesmos fornecedores aos mesmos clientes. Agora, a coisa mudou. Software Livre e de Código Aberto é uma tecnologia de ruptura por natureza. A rede de valor em torno de um Mozilla Firefox, por exemplo, é bem diferente da que havia ao redor do Netscape Navigator (para quem não lembra, um produto licenciado comercialmente às empresas). A MS tem recursos para tirar proveito de praticamente qqr tipo de oportunidade q surgir à sua frente, mas seus processos de trabalho e seus valores não são adequados para um "Mundo sem Portões". O próprio professor Christensen (acadêmico de Harvard) alertou a empresa em uma palestra (e ele cita explicitamente o gnu/ linux em seu último livro). Como a MS poderia lidar com a inovação de ruptura representada pelo Software Livre? A IBM, qdo decidiu investir no PC, entendeu q não tinha processos e valores para lidar com a tecnologia de ruptura q tinha em mãos (o computador pessoal). Assim, criou uma unidade separada em Boca Raton para desenvolver o produto sem a interferência dos executivos da matriz (o grupo de Boca Raton era conhecido como "the Wild Ducks"). A MS pode estar seguindo um caminho similar com o acordo com a Novell. Vamos repassar os fatos: primeiro o Bill Gates, q está longe de ser tolo, anuncia (aparentemente a sério) seu afastamento da empresa no prazo de 2 anos. P q? Consta q o próprio teria reconhecido suas limitações (lembram a questão dos valores q eu citei acima?) ao lidar com um novo mercado de TI e teria renunciado à sua posição em favor do Ray Ozzie, sujeito com mais visão e preparo para os novos tempos. Além disso, a MS comprar ou criar uma distribuição traria descrédito imediato a este produto. Com a possível exceção da turma do Mono, a comunidade FLOSS em geral é pouco simpática à MS e possui uma memória coletiva bastante forte na hora de lembrar das declarações infelizes dos principais executivos da empresa a respeito de SL. O q fazer então? Um acordo com uma empresa distinta com alguns processos de trabalho similares que já apresentava uma certa credibilidade junto à comunidade FLOSS (credibilidade merecida, tendo em vista os produtos proprietários da SUSE e d