Re: [Wikimedia Brasil] Wikipédia, a enciclopédia de luta livre

2015-05-06 Por tôpico Diego Queiroz
Rodrigo.

Eu sou um desses usuários.  Estou sem tempo para editar e, mais do que
isso, também estou cansado da Wikipédia e do tom agressivo costumeiro.

Mas os que se sentem assim (incluindo eu) são os desesperados, que querem
consertar a Wikipédia (como se houvesse algo quebrado), que acham que
estão fazendo A coisa mais importante do mundo, cada um à sua maneira,
seja com o preciosismo que mencionou, seja em acreditar que sabe mais do
que os outros, seja em buscar mérito pelo que faz. Eu falo isso com a
sanidade necessária para dizer que sou um desses editores.  Uma discussão
que não flui da maneira como eu gostaria me deixa chateado, revoltado, me
tira o sono, me impede de fazer outras coisas, enfim, muitas coisas que não
me orgulho.  Só que todas essas coisas são falhas minhas, pois sou humano.

Por outro lado, sou autocrítico o suficiente para não sair por aí falando
mal da Wikipédia, pois sei que um projeto como a Wikipédia não vai crescer
com o esforço de um único editor, ou de um grupo qualquer de editores
dedicados.  A Wikipédia é um projeto sem fim declarado, que estará sempre
em revisão e aprimoramento pela *humanidade*.  Não haverá um ponto ótimo
e sempre haverá altos e baixos (e no curto prazo, os pontos baixos serão
sempre maiores).  Essa é a graça da coisa e é onde está a genialidade de
quem propôs o modelo Wiki de edição.

Se não fosse assim que devesse ser, haveria alguma preocupação da WMF em
controlar o conteúdo e não simplesmente lançar a enciclopédia a sorte para
ver no que dá.

Dizer que a falta de um projeto ou que o afastamento de editores causa
qualquer impacto a longo prazo, para mim, é pensar pequeno, muito pequeno.

Não estou dizendo que nosso trabalho é inútil. Projetos podem ser propostos
e acho que devem ser sempre bem vindos. Se os nossos editores aprenderem a
serem educados, com certeza eles viverão mais (o que rola de ameaça de
morte offwiki não é pouco). Mas entenda que tudo isso não faz a menor
diferença, pois não é necessário para que o projeto evolua. Talvez isso
sirva para acabar com a sanidade dos nossos editores, mas sempre haverá uma
nova geração nascendo e surgindo para se perder como a anterior.

Enfim, o mundo não está errado, nunca esteve. Nós que estamos errados.
Estamos errados por sermos egocêntricos e acharmos que nossa contribuição
ou a de alguém é essencial, quando não é.

---
Diego Queiroz

2015-05-06 10:13 GMT-03:00 Rodrigo Padula rodrigopad...@gmail.com:

 Realmente eu acho que uma das maiores falhas da comunidade brasileira é o
 fato de não reconhecerem que esses problemas REALMENTE EXISTEM.

 Se isso fosse mimimi, não veriamos pessoas experientes e com anos de
 trabalho e muita bagagem dizendo na esplanada Até mais, pra mim já deu.

 Tratamos mal atém quem ajuda muito e no geral recebemos muito mal os novos
 usuários, falta acompanhamento mais de perto, falta vontade em colaborar
 com temas e discussões importantes e projetos que agregam ao movimento
 wikimedia dentre outras questões.

 Falta um pouco do conceito de grupo e principalmente grandes esforços de
 trabalho colaborativo, reflexo disso é o grande nível de insucesso dos
 WikiProjetos.

 Grande parte do trabalho é feito de forma individual, por iniciativas
 próprias, por isso muitos acabam tratando certas áreas e artigos como o
 meu precioso.

 Concordo que título e formação não dizem tanto assim, mas um wikipedista
 responder uma edição de um especialista da área com um f se vc é
 especialista da área, vc fez m e não sabe editar, tá revertido e
 bloqueado não ajuda muito.

 Boa parte da mídia e da academia brasileira ainda não compreende a
 dinamica da Wikipédia e de sua comunidade e com o nível de hostilidade
 atual, continuarão não compreendendo pois quem não é experiente, no geral
 não é bem-vindo para editar e sem editar não vão pegar experiêcia.

 Nem todo mundo nasce com o gene do wikipedista, então, creio que
 precisamos fazer um esforço para receber melhor quem está chegando. E olha
 que aninda nem chegamos no tema dos estatutos e pessoas que se candidatam a
 ajudar mais a fundo e são vetadas por puro capricho de quem tem o poder de
 colocar mais gente pra dentro do projeto e não o faz.

 Então, basicamente eu vejo 2 tipos de usuários, aquele que compra uma
 camera nova e sai usando e aprende com o erro e aquele que compra uma
 camera nova, pesquisa na internet, lê o manual, compra um livro e daí
 começa a tirar as primeiras fotos. Como podemos notar, grande parte dos
 usuários se enquadram no primeiro caso, se a gente chega pra ele, tomamos a
 camera e falamos  seu idiota, vc não sabe tirar fotos , com certeza
 podemos estar perdendo um grande fotógrafo.

 Por isso com certeza precisamos melhorar a comunicação e a forma de tratar
 os novos usuários. Houve grande investimento de recursos e de tempo da
 equipe paga pela WMF na produção de conteúdo de ajuda/capacitação em
 português.

 Esse material só foi publicado no commons após vários emails e muita
 discussão e o material 

Re: [Wikimedia Brasil] Wikipédia, a enciclopédia de luta livre

2015-05-06 Por tôpico Rodrigo Padula
Acho que sua ultima frase diz tudo:

Enfim, o mundo não está errado, nunca esteve. Nós que estamos errados.
Estamos errados por sermos egocêntricos e acharmos que nossa contribuição
ou a de alguém é essencial, quando não é. --Diego Queiroz 

Concordo que uma andorinha não faz verão, mas discordo desse padrão
colocado pela indústria e RHs da vida onde todo mundo é substituível e
todos são dispensáveis.

Acho que todo mundo é diferente e com um conjunto de experiências e
vivências que torna cada pessoa importante e especialmente única no
processo como um todo.

Com certeza falta um pouco mais de racionalidade e cordialidade na
comunidade brasileira. Já vi muita gente bacana saindo e deixando de
contribuir, e claro, muita gente boa entrando, mas no geral, pela
movimentação que vejo e ritmo de crescimento e qualidade, me parece que o
saldo tem sido negativo, posso estar errado.

Assim como você, tenho tentado fazer a minha parte, com o tempo e
competências/habilidades que tenho para contribuir com o movimento. Não
falo mal do projeto, pq ele realmente é fantastico e tem grande potencial,
mas minhas experiências desde o inicio das minhas edições em 2006 tem sido
bem desanimadoras, sigo em frente, mas a gente passa por cada situação, que
vai do conflito de idéias ao julgamento de caráter e acusações pessoais,
que realmente dá vontade de botar a viola no saco e ir embora cuidar da
horta :-)

Nos ultimos anos tenho refletido mais sobre minha forma de atuar, lidar com
problemas e principalmente com as pessoas, creio que todos aqui deveriam
refletir sobre essas questões. E ao ler criticas na mídia e comentários
lançados por outros usuários, tentar avaliar sem levar pro lado pessoal e
religioso da coisa.

Abraços a todos

Rodrigo Padula

Em 6 de maio de 2015 10:47, Diego Queiroz queiroz.di...@gmail.com
escreveu:

 Rodrigo.

 Eu sou um desses usuários.  Estou sem tempo para editar e, mais do que
 isso, também estou cansado da Wikipédia e do tom agressivo costumeiro.

 Mas os que se sentem assim (incluindo eu) são os desesperados, que querem
 consertar a Wikipédia (como se houvesse algo quebrado), que acham que
 estão fazendo A coisa mais importante do mundo, cada um à sua maneira,
 seja com o preciosismo que mencionou, seja em acreditar que sabe mais do
 que os outros, seja em buscar mérito pelo que faz. Eu falo isso com a
 sanidade necessária para dizer que sou um desses editores.  Uma discussão
 que não flui da maneira como eu gostaria me deixa chateado, revoltado, me
 tira o sono, me impede de fazer outras coisas, enfim, muitas coisas que não
 me orgulho.  Só que todas essas coisas são falhas minhas, pois sou humano.

 Por outro lado, sou autocrítico o suficiente para não sair por aí falando
 mal da Wikipédia, pois sei que um projeto como a Wikipédia não vai crescer
 com o esforço de um único editor, ou de um grupo qualquer de editores
 dedicados.  A Wikipédia é um projeto sem fim declarado, que estará sempre
 em revisão e aprimoramento pela *humanidade*.  Não haverá um ponto ótimo
 e sempre haverá altos e baixos (e no curto prazo, os pontos baixos serão
 sempre maiores).  Essa é a graça da coisa e é onde está a genialidade de
 quem propôs o modelo Wiki de edição.

 Se não fosse assim que devesse ser, haveria alguma preocupação da WMF em
 controlar o conteúdo e não simplesmente lançar a enciclopédia a sorte para
 ver no que dá.

 Dizer que a falta de um projeto ou que o afastamento de editores causa
 qualquer impacto a longo prazo, para mim, é pensar pequeno, muito pequeno.

 Não estou dizendo que nosso trabalho é inútil. Projetos podem ser
 propostos e acho que devem ser sempre bem vindos. Se os nossos editores
 aprenderem a serem educados, com certeza eles viverão mais (o que rola de
 ameaça de morte offwiki não é pouco). Mas entenda que tudo isso não faz a
 menor diferença, pois não é necessário para que o projeto evolua. Talvez
 isso sirva para acabar com a sanidade dos nossos editores, mas sempre
 haverá uma nova geração nascendo e surgindo para se perder como a anterior.

 Enfim, o mundo não está errado, nunca esteve. Nós que estamos errados.
 Estamos errados por sermos egocêntricos e acharmos que nossa contribuição
 ou a de alguém é essencial, quando não é.

 ---
 Diego Queiroz

 2015-05-06 10:13 GMT-03:00 Rodrigo Padula rodrigopad...@gmail.com:

 Realmente eu acho que uma das maiores falhas da comunidade brasileira é o
 fato de não reconhecerem que esses problemas REALMENTE EXISTEM.

 Se isso fosse mimimi, não veriamos pessoas experientes e com anos de
 trabalho e muita bagagem dizendo na esplanada Até mais, pra mim já deu.

 Tratamos mal atém quem ajuda muito e no geral recebemos muito mal os
 novos usuários, falta acompanhamento mais de perto, falta vontade em
 colaborar com temas e discussões importantes e projetos que agregam ao
 movimento wikimedia dentre outras questões.

 Falta um pouco do conceito de grupo e principalmente grandes esforços de
 trabalho colaborativo, reflexo disso é o grande nível 

Re: [Wikimedia Brasil] Wikipédia, a enciclopédia de luta livre

2015-05-06 Por tôpico Oona Castro
Tem esse texto do José Luiz Ribeiro que li outro dia.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Usu%C3%A1rio:Jbribeiro1/N%C3%A3o_tente_salvar_o_projeto

Não vejo as coisas exatamente como ele, mas foi interessantíssimo ler o
texto e acho que tem a ver com essa conversa aqui.

Abs!

Em 6 de maio de 2015 11:14, Rodrigo Padula rodrigopad...@gmail.com
escreveu:

 Acho que sua ultima frase diz tudo:

 Enfim, o mundo não está errado, nunca esteve. Nós que estamos errados.
 Estamos errados por sermos egocêntricos e acharmos que nossa contribuição
 ou a de alguém é essencial, quando não é. --Diego Queiroz 

 Concordo que uma andorinha não faz verão, mas discordo desse padrão
 colocado pela indústria e RHs da vida onde todo mundo é substituível e
 todos são dispensáveis.

 Acho que todo mundo é diferente e com um conjunto de experiências e
 vivências que torna cada pessoa importante e especialmente única no
 processo como um todo.

 Com certeza falta um pouco mais de racionalidade e cordialidade na
 comunidade brasileira. Já vi muita gente bacana saindo e deixando de
 contribuir, e claro, muita gente boa entrando, mas no geral, pela
 movimentação que vejo e ritmo de crescimento e qualidade, me parece que o
 saldo tem sido negativo, posso estar errado.

 Assim como você, tenho tentado fazer a minha parte, com o tempo e
 competências/habilidades que tenho para contribuir com o movimento. Não
 falo mal do projeto, pq ele realmente é fantastico e tem grande potencial,
 mas minhas experiências desde o inicio das minhas edições em 2006 tem sido
 bem desanimadoras, sigo em frente, mas a gente passa por cada situação, que
 vai do conflito de idéias ao julgamento de caráter e acusações pessoais,
 que realmente dá vontade de botar a viola no saco e ir embora cuidar da
 horta :-)

 Nos ultimos anos tenho refletido mais sobre minha forma de atuar, lidar
 com problemas e principalmente com as pessoas, creio que todos aqui
 deveriam refletir sobre essas questões. E ao ler criticas na mídia e
 comentários lançados por outros usuários, tentar avaliar sem levar pro lado
 pessoal e religioso da coisa.

 Abraços a todos

 Rodrigo Padula

 Em 6 de maio de 2015 10:47, Diego Queiroz queiroz.di...@gmail.com
 escreveu:

 Rodrigo.

 Eu sou um desses usuários.  Estou sem tempo para editar e, mais do que
 isso, também estou cansado da Wikipédia e do tom agressivo costumeiro.

 Mas os que se sentem assim (incluindo eu) são os desesperados, que querem
 consertar a Wikipédia (como se houvesse algo quebrado), que acham que
 estão fazendo A coisa mais importante do mundo, cada um à sua maneira,
 seja com o preciosismo que mencionou, seja em acreditar que sabe mais do
 que os outros, seja em buscar mérito pelo que faz. Eu falo isso com a
 sanidade necessária para dizer que sou um desses editores.  Uma discussão
 que não flui da maneira como eu gostaria me deixa chateado, revoltado, me
 tira o sono, me impede de fazer outras coisas, enfim, muitas coisas que não
 me orgulho.  Só que todas essas coisas são falhas minhas, pois sou humano.

 Por outro lado, sou autocrítico o suficiente para não sair por aí falando
 mal da Wikipédia, pois sei que um projeto como a Wikipédia não vai crescer
 com o esforço de um único editor, ou de um grupo qualquer de editores
 dedicados.  A Wikipédia é um projeto sem fim declarado, que estará sempre
 em revisão e aprimoramento pela *humanidade*.  Não haverá um ponto ótimo
 e sempre haverá altos e baixos (e no curto prazo, os pontos baixos serão
 sempre maiores).  Essa é a graça da coisa e é onde está a genialidade de
 quem propôs o modelo Wiki de edição.

 Se não fosse assim que devesse ser, haveria alguma preocupação da WMF em
 controlar o conteúdo e não simplesmente lançar a enciclopédia a sorte para
 ver no que dá.

 Dizer que a falta de um projeto ou que o afastamento de editores causa
 qualquer impacto a longo prazo, para mim, é pensar pequeno, muito pequeno.

 Não estou dizendo que nosso trabalho é inútil. Projetos podem ser
 propostos e acho que devem ser sempre bem vindos. Se os nossos editores
 aprenderem a serem educados, com certeza eles viverão mais (o que rola de
 ameaça de morte offwiki não é pouco). Mas entenda que tudo isso não faz a
 menor diferença, pois não é necessário para que o projeto evolua. Talvez
 isso sirva para acabar com a sanidade dos nossos editores, mas sempre
 haverá uma nova geração nascendo e surgindo para se perder como a anterior.

 Enfim, o mundo não está errado, nunca esteve. Nós que estamos errados.
 Estamos errados por sermos egocêntricos e acharmos que nossa contribuição
 ou a de alguém é essencial, quando não é.

 ---
 Diego Queiroz

 2015-05-06 10:13 GMT-03:00 Rodrigo Padula rodrigopad...@gmail.com:

 Realmente eu acho que uma das maiores falhas da comunidade brasileira é o
 fato de não reconhecerem que esses problemas REALMENTE EXISTEM.

 Se isso fosse mimimi, não veriamos pessoas experientes e com anos de
 trabalho e muita bagagem dizendo na esplanada Até mais, pra mim já deu.

 

Re: [Wikimedia Brasil] Wikipédia, a enciclopédia de luta livre

2015-05-06 Por tôpico Wilfredor
Bom dia povo,

Eu gostaria de fazer minha contribuição neste tópico, talvez, eu posso
fazer uma visão um pouco diferente, especialmente porque sou novo em
Wikipédia em Português e velho em Wikipédia em Espanhol.

Com o tempo se a criado uma quantidade inacreditáveis de ferramentas e
mecanismos para combater o vandalismo, os usuários velhos se centram em
colocar templates genéricos para usuários novatos carentes de qualquer
tacto pessoal. Adicionalmente se reverte muitas vesses sim exprimir por que
se a feito isto.

Sim deixar o fato que os artigos na Wikipédia em Português sobre a cultura
portuguesa/brasileira som menos completos em Wikipédia em Português que em
Wikipédia em Inglês ou simplesmente inexistentes.

Alguns membros da comunidade parecera sentir-se donos dos artigos e da
ração, isto va em contra do espírito flexível e dinâmico da enciclopédia.

Em commons ocorre um problema terrível e uma ruim percepção de usuários
Brasileiros, uma ma fama criada principalmente por o usuario RTA, quiem
permito me o atrevimento de citar.

Parecera ser que drama, intrigas comuns em telenovelas brasileiras e um
vicio que encontramos em a comunidade, que gosta de sentimentos de
victimização e o uso constante de falácias genéricas com o único ojetivo de
destruir qualquer proposta o projeto que vaia em pro da comunidade. O gosto
por o protagonismo e reconhecimento, incapacidade de olhar os própios erros
e compreender que isto não funciona si todos nos não fizermos a nossa parte.

Em 6 de maio de 2015 10:13, Rodrigo Padula rodrigopad...@gmail.com
escreveu:

 Realmente eu acho que uma das maiores falhas da comunidade brasileira é o
 fato de não reconhecerem que esses problemas REALMENTE EXISTEM.

 Se isso fosse mimimi, não veriamos pessoas experientes e com anos de
 trabalho e muita bagagem dizendo na esplanada Até mais, pra mim já deu.

 Tratamos mal atém quem ajuda muito e no geral recebemos muito mal os novos
 usuários, falta acompanhamento mais de perto, falta vontade em colaborar
 com temas e discussões importantes e projetos que agregam ao movimento
 wikimedia dentre outras questões.

 Falta um pouco do conceito de grupo e principalmente grandes esforços de
 trabalho colaborativo, reflexo disso é o grande nível de insucesso dos
 WikiProjetos.

 Grande parte do trabalho é feito de forma individual, por iniciativas
 próprias, por isso muitos acabam tratando certas áreas e artigos como o
 meu precioso.

 Concordo que título e formação não dizem tanto assim, mas um wikipedista
 responder uma edição de um especialista da área com um f se vc é
 especialista da área, vc fez m e não sabe editar, tá revertido e
 bloqueado não ajuda muito.

 Boa parte da mídia e da academia brasileira ainda não compreende a
 dinamica da Wikipédia e de sua comunidade e com o nível de hostilidade
 atual, continuarão não compreendendo pois quem não é experiente, no geral
 não é bem-vindo para editar e sem editar não vão pegar experiêcia.

 Nem todo mundo nasce com o gene do wikipedista, então, creio que
 precisamos fazer um esforço para receber melhor quem está chegando. E olha
 que aninda nem chegamos no tema dos estatutos e pessoas que se candidatam a
 ajudar mais a fundo e são vetadas por puro capricho de quem tem o poder de
 colocar mais gente pra dentro do projeto e não o faz.

 Então, basicamente eu vejo 2 tipos de usuários, aquele que compra uma
 camera nova e sai usando e aprende com o erro e aquele que compra uma
 camera nova, pesquisa na internet, lê o manual, compra um livro e daí
 começa a tirar as primeiras fotos. Como podemos notar, grande parte dos
 usuários se enquadram no primeiro caso, se a gente chega pra ele, tomamos a
 camera e falamos  seu idiota, vc não sabe tirar fotos , com certeza
 podemos estar perdendo um grande fotógrafo.

 Por isso com certeza precisamos melhorar a comunicação e a forma de tratar
 os novos usuários. Houve grande investimento de recursos e de tempo da
 equipe paga pela WMF na produção de conteúdo de ajuda/capacitação em
 português.

 Esse material só foi publicado no commons após vários emails e muita
 discussão e o material sequer foi divulgado e referenciado por aí.
 Colocando um bot para enviar mensagens com os links do material para os
 novos usuários ja ajudaria muito, mas.

 Sobre a Wikipédia em Inglês, a questão não é somente pelo idioma ser mais
 falado que o PT, contribuições feitas lá são muito mais bem recebidas do
 que aqui, esse é o grande diferencial.

 Enquanto em alguns projetos normalmente é adotado o principio da boa fé...
 aqui adotamos o da má fé, como se as edições feitas são para promover algo
 ou para se promover ou então são para gerar números de edições.

 Se continuarmos aqui com essa visão de que o mundo está errado, a mídia
 está errada e que tudo isso é mimimi, nada vai mudar e grandes
 colaboradores como os que anunciaram sua saida/aposentadoria na esplanada
 continuarão abandonando o barco...

 Atenciosamente

 Rodrigo Padula

 Em 5 de maio de 2015 21:56, 

Re: [Wikimedia Brasil] Wikipédia, a enciclopédia de luta livre

2015-05-06 Por tôpico Rodrigo Padula
Realmente eu acho que uma das maiores falhas da comunidade brasileira é o
fato de não reconhecerem que esses problemas REALMENTE EXISTEM.

Se isso fosse mimimi, não veriamos pessoas experientes e com anos de
trabalho e muita bagagem dizendo na esplanada Até mais, pra mim já deu.

Tratamos mal atém quem ajuda muito e no geral recebemos muito mal os novos
usuários, falta acompanhamento mais de perto, falta vontade em colaborar
com temas e discussões importantes e projetos que agregam ao movimento
wikimedia dentre outras questões.

Falta um pouco do conceito de grupo e principalmente grandes esforços de
trabalho colaborativo, reflexo disso é o grande nível de insucesso dos
WikiProjetos.

Grande parte do trabalho é feito de forma individual, por iniciativas
próprias, por isso muitos acabam tratando certas áreas e artigos como o
meu precioso.

Concordo que título e formação não dizem tanto assim, mas um wikipedista
responder uma edição de um especialista da área com um f se vc é
especialista da área, vc fez m e não sabe editar, tá revertido e
bloqueado não ajuda muito.

Boa parte da mídia e da academia brasileira ainda não compreende a dinamica
da Wikipédia e de sua comunidade e com o nível de hostilidade atual,
continuarão não compreendendo pois quem não é experiente, no geral não é
bem-vindo para editar e sem editar não vão pegar experiêcia.

Nem todo mundo nasce com o gene do wikipedista, então, creio que precisamos
fazer um esforço para receber melhor quem está chegando. E olha que aninda
nem chegamos no tema dos estatutos e pessoas que se candidatam a ajudar
mais a fundo e são vetadas por puro capricho de quem tem o poder de colocar
mais gente pra dentro do projeto e não o faz.

Então, basicamente eu vejo 2 tipos de usuários, aquele que compra uma
camera nova e sai usando e aprende com o erro e aquele que compra uma
camera nova, pesquisa na internet, lê o manual, compra um livro e daí
começa a tirar as primeiras fotos. Como podemos notar, grande parte dos
usuários se enquadram no primeiro caso, se a gente chega pra ele, tomamos a
camera e falamos  seu idiota, vc não sabe tirar fotos , com certeza
podemos estar perdendo um grande fotógrafo.

Por isso com certeza precisamos melhorar a comunicação e a forma de tratar
os novos usuários. Houve grande investimento de recursos e de tempo da
equipe paga pela WMF na produção de conteúdo de ajuda/capacitação em
português.

Esse material só foi publicado no commons após vários emails e muita
discussão e o material sequer foi divulgado e referenciado por aí.
Colocando um bot para enviar mensagens com os links do material para os
novos usuários ja ajudaria muito, mas.

Sobre a Wikipédia em Inglês, a questão não é somente pelo idioma ser mais
falado que o PT, contribuições feitas lá são muito mais bem recebidas do
que aqui, esse é o grande diferencial.

Enquanto em alguns projetos normalmente é adotado o principio da boa fé...
aqui adotamos o da má fé, como se as edições feitas são para promover algo
ou para se promover ou então são para gerar números de edições.

Se continuarmos aqui com essa visão de que o mundo está errado, a mídia
está errada e que tudo isso é mimimi, nada vai mudar e grandes
colaboradores como os que anunciaram sua saida/aposentadoria na esplanada
continuarão abandonando o barco...

Atenciosamente

Rodrigo Padula

Em 5 de maio de 2015 21:56, Diego Queiroz queiroz.di...@gmail.com
escreveu:

 Honestamente, pra mim isso tudo é mimimi.

 Quando eu estava na escola (uns 15 anos atrás), já começavam as discussões
 sobre os alunos heróis e os preguiçosos: aqueles que tinham que ir à
 biblioteca fazer uma pesquisa na Barsa e transcrever o texto à mão em uma
 folha de papel almaço; e aqueles que tinham o Encarta instalada nos seus
 Windows 95/98 e uma impressora jato-de-tinta à disposição. Afinal, como
 seria o futuro da geração copia-e-cola?

 Supondo toda essa história cuspida no blog como real e não fictícia, não
 consigo imaginar um futuro mais formidável para meus filhos: um futuro em
 que ninguém mais vai poder pegar em uma enciclopédia e achar que aquilo é,
 por qualquer motivo, verdade absoluta. Pelo contrário, nossos filhos serão
 treinados desde a escola primária a serem críticos, analisarem a
 informação, checarem as fontes e questionarem tudo o que for apresentado a
 eles, já que a maior parte da informação disponível a eles estará imprecisa.

 Eu sou pesquisador há vários anos na USP (acho que ela se enquadra no
 quesito grande universidade pública) e tenho contato com vários
 pesquisadores com pós-doutorado a muito anos (que os pesquisadores/amigos
 me perdoem, mas grande porcaria, como se só um título concedesse
 autoridade a alguém), e fiquei pasmo ao ver que as eventuais contribuições
 deles à Wikipédia eram de péssima qualidade: com erros, mal formatadas,
 faziam uso da primeira pessoa e, obviamente, estavam sem fontes (a maioria
 dos computadores dos professores na USP possuem IPs fixos, então não é
 difícil caçar eventuais 

Re: [Wikimedia Brasil] Wikipédia, a enciclopédia de luta livre

2015-05-05 Por tôpico Diego Queiroz
Honestamente, pra mim isso tudo é mimimi.

Quando eu estava na escola (uns 15 anos atrás), já começavam as discussões
sobre os alunos heróis e os preguiçosos: aqueles que tinham que ir à
biblioteca fazer uma pesquisa na Barsa e transcrever o texto à mão em uma
folha de papel almaço; e aqueles que tinham o Encarta instalada nos seus
Windows 95/98 e uma impressora jato-de-tinta à disposição. Afinal, como
seria o futuro da geração copia-e-cola?

Supondo toda essa história cuspida no blog como real e não fictícia, não
consigo imaginar um futuro mais formidável para meus filhos: um futuro em
que ninguém mais vai poder pegar em uma enciclopédia e achar que aquilo é,
por qualquer motivo, verdade absoluta. Pelo contrário, nossos filhos serão
treinados desde a escola primária a serem críticos, analisarem a
informação, checarem as fontes e questionarem tudo o que for apresentado a
eles, já que a maior parte da informação disponível a eles estará imprecisa.

Eu sou pesquisador há vários anos na USP (acho que ela se enquadra no
quesito grande universidade pública) e tenho contato com vários
pesquisadores com pós-doutorado a muito anos (que os pesquisadores/amigos
me perdoem, mas grande porcaria, como se só um título concedesse
autoridade a alguém), e fiquei pasmo ao ver que as eventuais contribuições
deles à Wikipédia eram de péssima qualidade: com erros, mal formatadas,
faziam uso da primeira pessoa e, obviamente, estavam sem fontes (a maioria
dos computadores dos professores na USP possuem IPs fixos, então não é
difícil caçar eventuais edições de um computador em particular). Alguns até
falavam mal da Wikipédia e do fato de terem sido revertidos, e sempre
diziam para os alunos tomarem cuidado, tudo isso sem sequer tentar
entender melhor o projeto e como ele funciona. Achavam que a Wikipédia era
terra de ninguém e o fato de pessoas não tituladas desfazerem suas
edições uma afronta, um rebaixamento à posição deles. Enfim, a livre
docência não torna ninguém livre de ignorância.

Por outro lado, quem afirma que a Wiki-EN é, de qualquer forma, melhor
gerenciada que a Wiki-PT, não deve mais duvidar disso. O inglês é a língua
mais ensinada nas escolas, é a língua dos negócios, etc, etc, etc. Logo,
nada mais normal que a de lá seja maior e mais desenvolvida que a daqui.
Mas, de forma alguma, isso justifica dizer que lá funciona e aqui não, pois
a metodologia é e sempre foi a mesma.

---
Diego Queiroz

2015-05-05 20:41 GMT-03:00 André Z. D. A. andrezd...@yandex.com:

 Não duvido que seja verdade. E até tentei encontrar artigos potenciais
 para serem o exemplo claro que a crônica (com sua permissão, para o nome)
 relata.

 Tive edições totalmente desfeitas várias vezes (na conta que tenho
 atualmente, associada a esse endereço, e outras muitas e muitas edições
 anônimas que fiz até a cerca de 10 anos atrás, quando comecei a contribuir
 com mais frequência, e que faço até hoje). Ao invés de serem melhoradas,
 apontadas ou questionadas, as edições simplesmente são apagadas.

 Recentemente, um amigo me contou que um professor, já com pós doutorado a
 muitos anos, contou que teve as suas edições apagadas na Wikipédia em
 português. Edições que ele fez de artigos de um assunto que ensina
 graduação e pós-graduação, e no qual também fez pesquisas importantes. É um
 professor de uma grande universidade pública. E no fim, a lição que ele
 deixou é simples: consultem sempre a Wikipédia em inglês, pois a daqui
 comete os erros mais básicos, com as ideias mais fáceis das coisas, e não
 evolui.

 E, embora muito insatisfeito e triste de dizer isso, eu tenho que
 concordar com esse professor. A receptividade e construtividade que acho às
 edições feitas (falo por mim!) na Wikipédia em inglês e em algumas de
 outras línguas (embora muito poucas) que às vezes edito, é na maioria das
 vezes muito melhor que as da nossa - muito.

 André



  Tá na seção literatura do site, pela escrita é um romance, mas não
 deixa de ter um viés realístico.
 
  Em 4 de maio de 2015 14:47, Luiz Augusto lugu...@gmail.com escreveu:
 
  Na verdade me soa como um texto ficcional
 
  Em 04/05/2015 13:58, Victor de Andrade Lopes victordalo...@gmail.com
 escreveu:
 
  Não consegui entender de qual artigo exatamente a matéria trata...
 
  Em 3 de maio de 2015 21:38, Marco Aureliopc marcoaureli...@gmail.com
 escreveu:
 
 
 http://obviousmag.org/bacalhau_sacopenapa/2015/04/wikipedia-a-enciclopedia-de-luta-livre.html
 
  Wikipédia, a enciclopédia de luta livre
 
  publicado em literatura por Luis de Freitas Branco
 
  A morte do escritor mais conceituado da cidade revela que no ringue
 digital só contam os golpes baixos
 
  Guilherme era o escritor mais conceituado da sua cidade. Para muitos,
 o
  principal favorito a renovar um lugar na Academia Brasileira de
 Letras,
  essa organização conceituada, antigo complô de Machado de Assis para
  invadir o Brasil. Apesar da corrida pender para seu lado, Guilherme
  cometeu um erro básico, morreu, impedindo uma tomada de 

Re: [Wikimedia Brasil] Wikipédia, a enciclopédia de luta livre

2015-05-05 Por tôpico André Z . D . A .
Não duvido que seja verdade. E até tentei encontrar artigos potenciais para 
serem o exemplo claro que a crônica (com sua permissão, para o nome) relata.

Tive edições totalmente desfeitas várias vezes (na conta que tenho atualmente, 
associada a esse endereço, e outras muitas e muitas edições anônimas que fiz 
até a cerca de 10 anos atrás, quando comecei a contribuir com mais frequência, 
e que faço até hoje). Ao invés de serem melhoradas, apontadas ou questionadas, 
as edições simplesmente são apagadas.

Recentemente, um amigo me contou que um professor, já com pós doutorado a 
muitos anos, contou que teve as suas edições apagadas na Wikipédia em 
português. Edições que ele fez de artigos de um assunto que ensina graduação e 
pós-graduação, e no qual também fez pesquisas importantes. É um professor de 
uma grande universidade pública. E no fim, a lição que ele deixou é simples: 
consultem sempre a Wikipédia em inglês, pois a daqui comete os erros mais 
básicos, com as ideias mais fáceis das coisas, e não evolui.

E, embora muito insatisfeito e triste de dizer isso, eu tenho que concordar com 
esse professor. A receptividade e construtividade que acho às edições feitas 
(falo por mim!) na Wikipédia em inglês e em algumas de outras línguas (embora 
muito poucas) que às vezes edito, é na maioria das vezes muito melhor que as da 
nossa - muito.

André



 Tá na seção literatura do site, pela escrita é um romance, mas não deixa de 
 ter um viés realístico.
 
 Em 4 de maio de 2015 14:47, Luiz Augusto lugu...@gmail.com escreveu:
 
 Na verdade me soa como um texto ficcional

 Em 04/05/2015 13:58, Victor de Andrade Lopes victordalo...@gmail.com 
 escreveu:

 Não consegui entender de qual artigo exatamente a matéria trata...

 Em 3 de maio de 2015 21:38, Marco Aureliopc marcoaureli...@gmail.com 
 escreveu:

 http://obviousmag.org/bacalhau_sacopenapa/2015/04/wikipedia-a-enciclopedia-de-luta-livre.html

 Wikipédia, a enciclopédia de luta livre

 publicado em literatura por Luis de Freitas Branco

 A morte do escritor mais conceituado da cidade revela que no ringue 
 digital só contam os golpes baixos

 Guilherme era o escritor mais conceituado da sua cidade. Para muitos, o
 principal favorito a renovar um lugar na Academia Brasileira de Letras,
 essa organização conceituada, antigo complô de Machado de Assis para
 invadir o Brasil. Apesar da corrida pender para seu lado, Guilherme
 cometeu um erro básico, morreu, impedindo uma tomada de posse. Foi um
 choque na cidade, sobretudo para Fred, o amigo e biógrafo oficial do
 escritor, que se estendeu num longo discurso de elogios, capa do
 principal diário. A morte de Guilherme coincidiu com o fim das últimas
 entrevistas que deu ao Fred, que preparava um novo lançamento
 biográfico. Aproveitando a morte do amigo, Fred decide porque não, uma
 biografia mais picante. Testando o terreno, começa pela Wikipédia, sendo
 que qualquer das formas, o texto da página já era da sua autoria.
 Atualiza o falecimento, com detalhes calorosos do funeral que comoveu a
 cidade. Passa para a seção de vida privada e acrescenta um segredo que o
 escritor confidenciou. Ele tinha uma amante. Manteve essa mulher toda a
 vida, com apartamento próprio em Jacarepaguá, enquanto o escritor
 estava casado, no centro da cidade.

 Os herdeiros sabiam dessa amante e decidem retaliar, negar o caso, não
 fosse essa mulher decidir gozar parte dos espólios. Na Wikipédia apagam
 as novidades, mantendo apenas o estado atual do escritor, falecido. Na
 seção de vida privada deixam também o seu cunho, escrevendo que ele
 amava loucamente a mulher. O biógrafo, atento internauta, não tarda a
 assistir em direto à mudança na página, apagando o escárnio, que ele
 sabia que era estratégia dos herdeiros. Na sala carregada de livros
 autografados por Guilherme, condena os malditos dos herdeiros.
 Fascistas. Venezuelanos. Cubanos. Malditos. Fred não ia certamente
 deixar o pensamento da imprensa livre ser assim espezinhado, ia
 responder na mesma moeda, na provocação. Furioso, escreve que Guilherme
 além de ter uma amante durante toda a vida, ainda escondia uma mulata da
 favela, que tinha vergonha de admitir como namorada. O escritor tinha
 muitas qualidades, mas defeitos também, sendo o mais célebre um racismo
 fervoroso, impedindo que esta invenção do biógrafo fosse verdade.

 “Mulata!”, desesperam todos os herdeiros em uníssono, acompanhando a 
 retaliação do inimigo. “Mentir não.”

 Apagam logo as calúnias, sublinhando o amor que ele tinha pela mulher,
 guardando mesmo a virgindade para o casamento, como manda a fé cristã,
 doutrina que era devoto.

 “Fé cristã!”, ri irônico Fred. “É o desespero”, condena, conhecendo
 pessoalmente o ódio do escritor a todas as religiões do planeta.

 Com os dedos aos saltos não perde tempo, teclando ao lado do nome
 Guilherme um epíteto, “O Ateu”. Segundo o novo texto ganhou a alcunha
 quando deu um tapa no bispo da cidade. Volta a copiar o texto da amante e
 da mulata da favela, 

Re: [Wikimedia Brasil] Wikipédia, a enciclopédia de luta livre

2015-05-04 Por tôpico Victor de Andrade Lopes
Não consegui entender de qual artigo exatamente a matéria trata...

Em 3 de maio de 2015 21:38, Marco Aureliopc marcoaureli...@gmail.com
escreveu:


 http://obviousmag.org/bacalhau_sacopenapa/2015/04/wikipedia-a-enciclopedia-de-luta-livre.html

 Wikipédia, a enciclopédia de luta livre

 publicado em literatura por Luis de Freitas Branco
 http://obviousmag.org/bacalhau_sacopenapa/autor/


 *A morte do escritor mais conceituado da cidade revela que no ringue
 digital só contam os golpes baixos*

 [image: 1164px-10_sharing_book_cover_background.jpg]

 Guilherme era o escritor mais conceituado da sua cidade. Para muitos, o
 principal favorito a renovar um lugar na Academia Brasileira de Letras,
 essa organização conceituada, antigo complô de Machado de Assis para
 invadir o Brasil. Apesar da corrida pender para seu lado, Guilherme cometeu
 um erro básico, morreu, impedindo uma tomada de posse. Foi um choque na
 cidade, sobretudo para Fred, o amigo e biógrafo oficial do escritor, que se
 estendeu num longo discurso de elogios, capa do principal diário. A morte
 de Guilherme coincidiu com o fim das últimas entrevistas que deu ao Fred,
 que preparava um novo lançamento biográfico. Aproveitando a morte do amigo,
 Fred decide porque não, uma biografia mais picante. Testando o terreno,
 começa pela Wikipédia, sendo que qualquer das formas, o texto da página já
 era da sua autoria. Atualiza o falecimento, com detalhes calorosos do
 funeral que comoveu a cidade. Passa para a seção de vida privada e
 acrescenta um segredo que o escritor confidenciou. Ele tinha uma amante.
 Manteve essa mulher toda a vida, com apartamento próprio em Jacarepaguá,
 enquanto o escritor estava casado, no centro da cidade.

 Os herdeiros sabiam dessa amante e decidem retaliar, negar o caso, não
 fosse essa mulher decidir gozar parte dos espólios. Na Wikipédia apagam as
 novidades, mantendo apenas o estado atual do escritor, falecido. Na seção
 de vida privada deixam também o seu cunho, escrevendo que ele amava
 loucamente a mulher. O biógrafo, atento internauta, não tarda a assistir em
 direto à mudança na página, apagando o escárnio, que ele sabia que era
 estratégia dos herdeiros. Na sala carregada de livros autografados por
 Guilherme, condena os malditos dos herdeiros. Fascistas. Venezuelanos.
 Cubanos. Malditos. Fred não ia certamente deixar o pensamento da imprensa
 livre ser assim espezinhado, ia responder na mesma moeda, na provocação.
 Furioso, escreve que Guilherme além de ter uma amante durante toda a vida,
 ainda escondia uma mulata da favela, que tinha vergonha de admitir como
 namorada. O escritor tinha muitas qualidades, mas defeitos também, sendo o
 mais célebre um racismo fervoroso, impedindo que esta invenção do biógrafo
 fosse verdade.

 “Mulata!”, desesperam todos os herdeiros em uníssono, acompanhando a
 retaliação do inimigo. “Mentir não.”

 Apagam logo as calúnias, sublinhando o amor que ele tinha pela mulher,
 guardando mesmo a virgindade para o casamento, como manda a fé cristã,
 doutrina que era devoto.

 “Fé cristã!”, ri irônico Fred. “É o desespero”, condena, conhecendo
 pessoalmente o ódio do escritor a todas as religiões do planeta.

 Com os dedos aos saltos não perde tempo, teclando ao lado do nome
 Guilherme um epíteto, “O Ateu”. Segundo o novo texto ganhou a alcunha
 quando deu um tapa no bispo da cidade. Volta a copiar o texto da amante e
 da mulata da favela, acrescentando em grande destaque, uma relação
 meramente sexual com um padre da Candelária. Tudo acontecia nas cabinas de
 confissão, explica. Os herdeiros não estremecem, suam de excitação e voltam
 ao ataque, dando realce ao amor pela mulher, admitindo mesmo que ele na
 verdade era castrado desde criança. Ao lado do nome fazem o seu epíteto, “O
 Eunuco”. Antes mesmo de ler as novidades, Fred estava pronto para o
 contra-ataque, escrevendo como Guilherme era um conhecido pedófilo e a
 grande influência na escrita dele era Lewis Carrol. Especialmente as
 fotografias do inglês. Os herdeiros não entenderam a referência, mas apagam
 mesmo assim, acrescentando a sua versão, sucedendo uma imediata resposta do
 biógrafo e outra correção dos herdeiros. A brincadeira atingiu os seus
 limites e a Wikipédia decidiu na gerência interromper qualquer futura
 mudança na página, congelando as ações dos dois lados, estacionando no meio
 da retaliação mútua.

 [image: wikipedia2011.jpg]

 “Além de ser um dos nossos representantes mais famosos na literatura”,
 continua Gisele, terminando a sua apresentação na sala de aula. “Era também
 uma figura muito controversa”, acrescenta, se preparando para ler de
 seguida a parte gramaticalmente mais complicada da apresentação. “Era um
 pedófilo famoso, apesar de castrado desde criança. Quando ficou cego e
 amputado das mãos, também em criança, deixou de ter qualquer pensamento ou
 observação sexual. No entanto, é sabido que ele usava os cotos para violar
 as domésticas do prédio onde morava”. Gisele não falou das várias amantes 

Re: [Wikimedia Brasil] Wikipédia, a enciclopédia de luta livre

2015-05-04 Por tôpico Marco Aureliopc
Creio que trata a wiki de forma geral, pela experiencia de um editor.
___
WikimediaBR-l mailing list
WikimediaBR-l@lists.wikimedia.org
https://lists.wikimedia.org/mailman/listinfo/wikimediabr-l


Re: [Wikimedia Brasil] Wikipédia, a enciclopédia de luta livre

2015-05-04 Por tôpico Luiz Augusto
Na verdade me soa como um texto ficcional
Em 04/05/2015 13:58, Victor de Andrade Lopes victordalo...@gmail.com
escreveu:

 Não consegui entender de qual artigo exatamente a matéria trata...

 Em 3 de maio de 2015 21:38, Marco Aureliopc marcoaureli...@gmail.com
 escreveu:


 http://obviousmag.org/bacalhau_sacopenapa/2015/04/wikipedia-a-enciclopedia-de-luta-livre.html

 Wikipédia, a enciclopédia de luta livre

 publicado em literatura por Luis de Freitas Branco
 http://obviousmag.org/bacalhau_sacopenapa/autor/


 *A morte do escritor mais conceituado da cidade revela que no ringue
 digital só contam os golpes baixos*

 [image: 1164px-10_sharing_book_cover_background.jpg]

 Guilherme era o escritor mais conceituado da sua cidade. Para muitos, o
 principal favorito a renovar um lugar na Academia Brasileira de Letras,
 essa organização conceituada, antigo complô de Machado de Assis para
 invadir o Brasil. Apesar da corrida pender para seu lado, Guilherme cometeu
 um erro básico, morreu, impedindo uma tomada de posse. Foi um choque na
 cidade, sobretudo para Fred, o amigo e biógrafo oficial do escritor, que se
 estendeu num longo discurso de elogios, capa do principal diário. A morte
 de Guilherme coincidiu com o fim das últimas entrevistas que deu ao Fred,
 que preparava um novo lançamento biográfico. Aproveitando a morte do amigo,
 Fred decide porque não, uma biografia mais picante. Testando o terreno,
 começa pela Wikipédia, sendo que qualquer das formas, o texto da página já
 era da sua autoria. Atualiza o falecimento, com detalhes calorosos do
 funeral que comoveu a cidade. Passa para a seção de vida privada e
 acrescenta um segredo que o escritor confidenciou. Ele tinha uma amante.
 Manteve essa mulher toda a vida, com apartamento próprio em Jacarepaguá,
 enquanto o escritor estava casado, no centro da cidade.

 Os herdeiros sabiam dessa amante e decidem retaliar, negar o caso, não
 fosse essa mulher decidir gozar parte dos espólios. Na Wikipédia apagam as
 novidades, mantendo apenas o estado atual do escritor, falecido. Na seção
 de vida privada deixam também o seu cunho, escrevendo que ele amava
 loucamente a mulher. O biógrafo, atento internauta, não tarda a assistir em
 direto à mudança na página, apagando o escárnio, que ele sabia que era
 estratégia dos herdeiros. Na sala carregada de livros autografados por
 Guilherme, condena os malditos dos herdeiros. Fascistas. Venezuelanos.
 Cubanos. Malditos. Fred não ia certamente deixar o pensamento da imprensa
 livre ser assim espezinhado, ia responder na mesma moeda, na provocação.
 Furioso, escreve que Guilherme além de ter uma amante durante toda a vida,
 ainda escondia uma mulata da favela, que tinha vergonha de admitir como
 namorada. O escritor tinha muitas qualidades, mas defeitos também, sendo o
 mais célebre um racismo fervoroso, impedindo que esta invenção do biógrafo
 fosse verdade.

 “Mulata!”, desesperam todos os herdeiros em uníssono, acompanhando a
 retaliação do inimigo. “Mentir não.”

 Apagam logo as calúnias, sublinhando o amor que ele tinha pela mulher,
 guardando mesmo a virgindade para o casamento, como manda a fé cristã,
 doutrina que era devoto.

 “Fé cristã!”, ri irônico Fred. “É o desespero”, condena, conhecendo
 pessoalmente o ódio do escritor a todas as religiões do planeta.

 Com os dedos aos saltos não perde tempo, teclando ao lado do nome
 Guilherme um epíteto, “O Ateu”. Segundo o novo texto ganhou a alcunha
 quando deu um tapa no bispo da cidade. Volta a copiar o texto da amante e
 da mulata da favela, acrescentando em grande destaque, uma relação
 meramente sexual com um padre da Candelária. Tudo acontecia nas cabinas de
 confissão, explica. Os herdeiros não estremecem, suam de excitação e voltam
 ao ataque, dando realce ao amor pela mulher, admitindo mesmo que ele na
 verdade era castrado desde criança. Ao lado do nome fazem o seu epíteto, “O
 Eunuco”. Antes mesmo de ler as novidades, Fred estava pronto para o
 contra-ataque, escrevendo como Guilherme era um conhecido pedófilo e a
 grande influência na escrita dele era Lewis Carrol. Especialmente as
 fotografias do inglês. Os herdeiros não entenderam a referência, mas apagam
 mesmo assim, acrescentando a sua versão, sucedendo uma imediata resposta do
 biógrafo e outra correção dos herdeiros. A brincadeira atingiu os seus
 limites e a Wikipédia decidiu na gerência interromper qualquer futura
 mudança na página, congelando as ações dos dois lados, estacionando no meio
 da retaliação mútua.

 [image: wikipedia2011.jpg]

 “Além de ser um dos nossos representantes mais famosos na literatura”,
 continua Gisele, terminando a sua apresentação na sala de aula. “Era também
 uma figura muito controversa”, acrescenta, se preparando para ler de
 seguida a parte gramaticalmente mais complicada da apresentação. “Era um
 pedófilo famoso, apesar de castrado desde criança. Quando ficou cego e
 amputado das mãos, também em criança, deixou de ter qualquer pensamento ou
 observação sexual. No 

Re: [Wikimedia Brasil] Wikipédia, a enciclopédia de luta livre

2015-05-04 Por tôpico Marco Aureliopc
Tá na seção literatura do site, pela escrita é um romance, mas não deixa
de ter um viés realístico.

Em 4 de maio de 2015 14:47, Luiz Augusto lugu...@gmail.com escreveu:

 Na verdade me soa como um texto ficcional
 Em 04/05/2015 13:58, Victor de Andrade Lopes victordalo...@gmail.com
 escreveu:

 Não consegui entender de qual artigo exatamente a matéria trata...

 Em 3 de maio de 2015 21:38, Marco Aureliopc marcoaureli...@gmail.com
 escreveu:


 http://obviousmag.org/bacalhau_sacopenapa/2015/04/wikipedia-a-enciclopedia-de-luta-livre.html

 Wikipédia, a enciclopédia de luta livre

 publicado em literatura por Luis de Freitas Branco
 http://obviousmag.org/bacalhau_sacopenapa/autor/


 *A morte do escritor mais conceituado da cidade revela que no ringue
 digital só contam os golpes baixos*

 [image: 1164px-10_sharing_book_cover_background.jpg]

 Guilherme era o escritor mais conceituado da sua cidade. Para muitos, o
 principal favorito a renovar um lugar na Academia Brasileira de Letras,
 essa organização conceituada, antigo complô de Machado de Assis para
 invadir o Brasil. Apesar da corrida pender para seu lado, Guilherme cometeu
 um erro básico, morreu, impedindo uma tomada de posse. Foi um choque na
 cidade, sobretudo para Fred, o amigo e biógrafo oficial do escritor, que se
 estendeu num longo discurso de elogios, capa do principal diário. A morte
 de Guilherme coincidiu com o fim das últimas entrevistas que deu ao Fred,
 que preparava um novo lançamento biográfico. Aproveitando a morte do amigo,
 Fred decide porque não, uma biografia mais picante. Testando o terreno,
 começa pela Wikipédia, sendo que qualquer das formas, o texto da página já
 era da sua autoria. Atualiza o falecimento, com detalhes calorosos do
 funeral que comoveu a cidade. Passa para a seção de vida privada e
 acrescenta um segredo que o escritor confidenciou. Ele tinha uma amante.
 Manteve essa mulher toda a vida, com apartamento próprio em Jacarepaguá,
 enquanto o escritor estava casado, no centro da cidade.

 Os herdeiros sabiam dessa amante e decidem retaliar, negar o caso, não
 fosse essa mulher decidir gozar parte dos espólios. Na Wikipédia apagam as
 novidades, mantendo apenas o estado atual do escritor, falecido. Na seção
 de vida privada deixam também o seu cunho, escrevendo que ele amava
 loucamente a mulher. O biógrafo, atento internauta, não tarda a assistir em
 direto à mudança na página, apagando o escárnio, que ele sabia que era
 estratégia dos herdeiros. Na sala carregada de livros autografados por
 Guilherme, condena os malditos dos herdeiros. Fascistas. Venezuelanos.
 Cubanos. Malditos. Fred não ia certamente deixar o pensamento da imprensa
 livre ser assim espezinhado, ia responder na mesma moeda, na provocação.
 Furioso, escreve que Guilherme além de ter uma amante durante toda a vida,
 ainda escondia uma mulata da favela, que tinha vergonha de admitir como
 namorada. O escritor tinha muitas qualidades, mas defeitos também, sendo o
 mais célebre um racismo fervoroso, impedindo que esta invenção do biógrafo
 fosse verdade.

 “Mulata!”, desesperam todos os herdeiros em uníssono, acompanhando a
 retaliação do inimigo. “Mentir não.”

 Apagam logo as calúnias, sublinhando o amor que ele tinha pela mulher,
 guardando mesmo a virgindade para o casamento, como manda a fé cristã,
 doutrina que era devoto.

 “Fé cristã!”, ri irônico Fred. “É o desespero”, condena, conhecendo
 pessoalmente o ódio do escritor a todas as religiões do planeta.

 Com os dedos aos saltos não perde tempo, teclando ao lado do nome
 Guilherme um epíteto, “O Ateu”. Segundo o novo texto ganhou a alcunha
 quando deu um tapa no bispo da cidade. Volta a copiar o texto da amante e
 da mulata da favela, acrescentando em grande destaque, uma relação
 meramente sexual com um padre da Candelária. Tudo acontecia nas cabinas de
 confissão, explica. Os herdeiros não estremecem, suam de excitação e voltam
 ao ataque, dando realce ao amor pela mulher, admitindo mesmo que ele na
 verdade era castrado desde criança. Ao lado do nome fazem o seu epíteto, “O
 Eunuco”. Antes mesmo de ler as novidades, Fred estava pronto para o
 contra-ataque, escrevendo como Guilherme era um conhecido pedófilo e a
 grande influência na escrita dele era Lewis Carrol. Especialmente as
 fotografias do inglês. Os herdeiros não entenderam a referência, mas apagam
 mesmo assim, acrescentando a sua versão, sucedendo uma imediata resposta do
 biógrafo e outra correção dos herdeiros. A brincadeira atingiu os seus
 limites e a Wikipédia decidiu na gerência interromper qualquer futura
 mudança na página, congelando as ações dos dois lados, estacionando no meio
 da retaliação mútua.

 [image: wikipedia2011.jpg]

 “Além de ser um dos nossos representantes mais famosos na literatura”,
 continua Gisele, terminando a sua apresentação na sala de aula. “Era também
 uma figura muito controversa”, acrescenta, se preparando para ler de
 seguida a parte gramaticalmente mais complicada da apresentação. “Era um