Caro Aristoteles e todos,

> Só nos resta (restará) a revolta.

Uma revolta preventiva será melhor que uma corretiva, ne?
A questão é que não ocorrerá nem uma, nem outra.
Infelizmente...
Já pensou em fazer algo efetivo no sentido
de conscientizar as massas?
Segue abaixo texto que divulguei ontem no centro de BH.
(Acho que pirei!)

Tive a honra de vê-lo publicado no Congresso Nacional On-Line
http://www.cnol.com.br/cnol/pontodevista/2000/dezembro/pv05.shtml



Dial Eticamente,

Heitor Reis
BH/MG
http://DitaduraCivilnoBrasil.cjb.net





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A CLEPTOCRACIA E AS ELEIÇÕES 2.002

Hoje estamos colhendo o voto que plantamos em 1990, 1994 e 1998. As
administrações promovidas pelos partidos financiados pela elite brasileira
nos prometeram cinco dedos de uma mão aberta pródiga de soluções.

Mas em troca disto, recebemos palmos de corrupção; de uma abertura comercial
desequilibrada; de uma desestatização aviltante; de uma dívida externa e
interna enormemente multiplicadas; de outra dívida, esta social, tão grande
e impagável quanto a primeira; de violência social na cidade e no campo; de
impunidade; de desemprego generalizado; de um salário mínimo irrisório,
risível e inconstitucional; etc., etc., etc.

Será que a massa e a classe média ainda vão cair novamente no conto do
vigário da classe acima da média?

Será que não percebem que os partidos que sustentaram e sustentam a
expoliação, se transmutarão novamente em salvadores da pátria?

Será que eles não sabem que estes partidos são financiados pelas grandes
empresas nacionais e internacionais, passando a defender prioritariamente o
interesse delas?

Será que nosso povo deseja continuar sendo apenas massa de manobra, do tipo
"me-engana-que-eu-gosto"?

Será que os eleitores tem uma auto-imagem tão baixa, um caráter tão fraco e
uma visão tão míope, e jamais perceberão que nos transformaram em uma nova
colônia dos USA e doutras nações mais desenvolvidas?

Será que o povo não deseja algo mais que pão e circo? Futebol, TV, carnaval,
micaretas, fórmula um e coisas similares?

Até quando os formadores de opinião e profissionais da mídia se
prostituirão, colocando suas mentes à soldo da exploração dos miseráveis e
dela se beneficiando?

Será que o povo está satisfeito com esta vidinha miserável de R$ 151,00 por
mês, coisa que nem todos tem por causa do desemprego? E a classe média? Está
feliz por haver perdido seu poder aquisitivo?

Até quando um trabalhador rural sem-terra deve esperar candidamente pela
parte que lhe cabe neste latifúndio sem praticar o furto famélico ou outra
forma mais objetiva de sensibilizar a opinião pública e privada para sua
angústia e desespero?

Será que o proletariado não imagina que se tivesse votado nos partidos sem
dinheiro para tanta propaganda naquela época, hoje este país seria outro?

Até quando a maioria permanecerá exercendo a omissão e egoísmo
político-social, como predadores dos benefícios conquistados por uns gatos
pingados idealistas, que ousam gastar e arriscar seus recursos e suas vidas
pelo benefício de todos?

Será que eles não tem sensibilidade para a obviedade de que há partidos mais
honestos que outros?  Ou menos desonestos? "Menos piores"? Será que ainda
vão preferir o "rouba, mas faz" ao que faz sem roubar? Ou ao que rouba
menos?

Até quando o povo brasileiro vai preferir o clepto e narcoestado ao estado
democrático de direito e de fato?

Será que ninguém notou que saímos de uma ditadura militar para uma civil,
ainda mais vil e, paradoxalmente, mais sutil, onde a classe capitalista
multiplicou sua  tirania sobre as demais?

Ou será que alguém ainda acredita que estamos em um governo do povo, pelo
povo e para o povo, onde todos são iguais perante a lei e as eleições são
livres da manipulação plutocrática?

Será que os 114 milhões de pobres/miseráveis e os 50 milhões de classe média
fazem questão de serem governados pelos 2 milhões de ricos (Banco Mundial no
JB de 18/06/2000), graças à influência do capital nas eleições?

Será que estamos destinados a outros 500 anos de dominação, exploração,
dogmatismo e escravidão? De ditadura do poder econômico? De desrespeito à
Constituição?

Até quando os pobres serão privados de seu direito constitucional às
informações e recursos para o planejamento familiar que lhes permitirá
reduzir a geração de mais excedentes sociais e ecológicos?

Será que ainda há esperança para eles e para nós que nos angustiamos, diante
da miséria e ingenuidade deles?

Será que ainda estaremos vivos quando houver dignidade, educação, saúde,
trabalho, segurança e lazer para todos?

Ou será que padeceremos amarrados nos pelourinhos da política cleptomaníaca,
torturados nos porões da ditadura plutocrática ou mortos nos órgãos de
repressão do Estado? Será que esta cena ainda vai se repetir?

Ou um adolescente qualquer nos tirará a vida para furtar um par de tênis? Ou
será uma bala perdida que nos perfurará candidamente o crânio e nos deixará
tetraplégicos para sempre?

Talvez sim, talvez não... Mas, certamente que um pouco de vergonha na cara
da nação não nos fará mal algum. Afinal, pesa sobre todos nós a triste e
fria verdade de que cada povo tem o governo que merece.

Por que não fazermos por onde merecer um governo melhor?

Ou vamos eternamente chorar no amanhã pelo leite que derramamos ontem?



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Heitor Reis é Engenheiro Civil em Belo Horizonte, MG
Críticas são bem-vindas.   (31) 3486 9337   [EMAIL PROTECTED];
http://try.at/HeitorReis; http://DitaduraCivilnoBrasil.cjb.net Faça contato.
Vamos nos organizar e governar este país!
Nenhum direito autoral reservado. Use e abuse! Reproduza este texto e
divulgue-o.






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