Ola Lindolfo, 
Obrigado pela contribuição.
Nelson
  -----Mensagem Original----- 
  De: Lindolfo Felinto de Almeida Filho 
  Para: bufalos@yahoogrupos.com.br 
  Enviada em: terça-feira, 23 de maio de 2006 12:26
  Assunto: [bufalos] Qualidade do Leite.


          17/05/2006  Uso da contagem de células somáticas para bubalinos       
         A demanda crescente pelo queijo Muzzarella e sua composição 
diferenciada explicam em grande parte o interesse pelo leite de búfala no 
Brasil e em outros países. Em termos mundiais, os maiores produtores são a 
Índia e Paquistão, enquanto que na Europa, o principal país produtor é a 
Itália. 

  Para exemplificar o potencial desse tipo de leite, basta dizer que, em média, 
a composição do leite de búfala pode atingir 8,3% de gordura e 4,8% de 
proteína, o que confirma o grande potencial como matéria-prima para a 
fabricação de queijos.

  Tradicionalmente, considera-se que a búfala é menos susceptível à mastite do 
que a vaca. Essa maior resistência às infecções intramamárias poderia ser 
explicada, em grande parte, por algumas características como o menor diâmetro e 
maior extensão do canal do teto, o que dificulta a invasão de microrganismos. 

  Por outro lado, também é verdadeiro que as búfalas têm um úbere mais pendular 
e tetos maiores, o que pode aumentar o risco de ocorrência de mastite. 
Independentemente, dessas particularidades da espécie, os bubalinos apresentam 
praticamente os mesmos problemas sanitários que os bovinos, o que significa 
dizer que a mastite também pode ser considerada a doença que mais afeta a 
produção e qualidade do leite das búfalas.

  Com o objetivo de estudar a prevalência de infecções intramamárias em búfalas 
durante toda a lactação e, adicionalmente, identificar os agentes causadores 
mais prevalentes e a relação entre CCS e produção de leite, foi desenvolvido um 
estudo em dois rebanhos bubalinos na Itália, com total de 300 animais em 
lactação. 

  Os rebanhos foram visitados mensalmente durante toda a lactação para a coleta 
de amostras de leite para cultura microbiológica (identificação dos 
microrganismos causadores de mastite) e para a realização de CCS e composição 
do leite (gordura e proteína). Ao final do estudo foi analisado um total de 
1912 amostras de leite.

  Em termos de prevalência da infecção, do total de 1912 amostras coletadas, 
63% dos quartos estavam infectados, o que indica uma alta prevalência da 
doença. Além disso, nenhuma búfala permaneceu livre de infecções intramamárias 
ao longo do estudo. 

  Dentre os quartos infectados, os agentes causadores mais comuns foram os 
estafilococos coagulase-negativa (78% das amostras). No início da lactação, a 
prevalência da mastite era baixa, atingiu o máximo de 79% animais infectados no 
terceiro mês de lactação e retornou para níveis de cerca de 60% após o sexto 
mês de lactação.

  Distribuição dos principais agentes causadores de mastite dentro das amostras 
de quartos infectados (n=1204)

    
  A CCS foi um bom indicador da ocorrência de mastite, sendo que 100% dos 
quartos com valores acima de 200.000 cel/ml estavam infectados, enquanto que 
98% dos quartos com CCS abaixo desse limite não apresentaram a infecção. Isso 
indica uma alta sensibilidade (99,1%) e alta especificidade (100%) para o uso 
da CCS como indicador da ocorrência de mastite subclínica em búfalas. 

  Entre os fatores associados com a ocorrência de mastite subclínica, o estágio 
de lactação foi um dos que mais apresentaram efeitos, uma vez que o risco de 
uma infecção intramamária foi de 6,3 vezes maior no final da lactação do que no 
início. Outros fatores de risco importantes foram a maior produção de leite e o 
número de parições, sendo que animais com maior produção e mais velhos foram 
mais susceptíveis a ocorrência de mastite.

  Observou-se, também, que os animais infectados não apresentaram redução 
significativa da produção de leite em relação aos animais sadios, o que indica 
que a ocorrência de mastite subclínica, nas condições do estudo, afeta pouco a 
produção. 

  Além disso, diferentemente da vaca, as búfalas infectadas não apresentaram 
elevados valores de CCS, o que em parte pode ser explicado pela distribuição 
dos patógenos causadores de mastite nesses rebanhos, pois o agente mais comum 
(estafilococos coagulase-negativa) tem como característica uma baixa elevação 
da CCS nos animais infectados. 

  Os resultados do estudo indicam que em função da pequena diferença de 
produção de leite entre quartos com alta e baixa infecção, não se justificaria 
o tratamento intramamários com antibiótico para casos de mastite subclínica em 
búfalas durante a lactação.

  Fonte

  Moroni, et al., Journal of Dairy Science, v. 89, 
              
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