Fabio,

Um questão relevante é saber a quantos dias em média os animais pariram pois, a 
acidez titulável (como o processo Dornic), sofre influencia do teor de 
proteinas do leite que estão aumentados na fase de colostro (pelas 
soropreteínas) e nas fases iniciais da lactação. 

Há um trabalho do Dr. Eduardo Bastianetto em 
http://www.cbra.org.br/pages/publicacoes/rbra/download/RE0124952.pdf em que 
cita referencias das búfalas mediterrânes italianas nas quais se observa que na 
primeira semana pós parto se verifica em média até 27 graus Dornic, valor que 
se reduz a 22,5 na 2a semana e a 20,25 aos 25 dias. Além das condições 
fisiológicas da espécie, destaca ele no trabalho alguns fatores que podem 
afetar a acidez e que, creio, seja de interesse reproduzir:

Fatores ambientais que causam o aumento da acidez titulável do leite da búfala
1. Presença de bactérias saprofitas produtoras de acido lático através da 
fermentação da lactose
2. Conservação do leite em refrigerador sujo e resfriamento lento
3. Transporte do leite em latas sujas e temperatura inadequada
4. Percursos longos e demorados.
5. Ordenha com pouca ou nenhuma higiene

Fatores alimentares que aumentam a acidez titulável do leite

1. Excesso de forragem grosseira sem a observação das características 
nutricionais.
2. Fornecimento de alimentos inapropriados: silagem de baixa qualidade, 
alimentos mofados, mistura mineral inapropriada.

Otavio

  ----- Original Message ----- 
  From: fabio.pimentel 
  To: bufalos 
  Cc: bufalos 
  Sent: Thursday, May 25, 2006 8:09 AM
  Subject: Re:[bufalos] Qualidade do Leite.


    Bom Dia
  Pegando uma carona no tema,vou como sempre fazer minhas perguntas.
  Estou com um problema de acidez no leite,o leite recém ordenhado ( a 1° 
ordenha começa as 3:000 Hs e vai até as 6:00Hs),está chegando com 19°a 21°D.
  O Leite é retirado mecanicamente (balde ao pé),e passado em um rebaixador de 
placas,e depois vai para latôes plásticos aonde fica até ir para o Latícinio 
que fica a cerca de 50 mts do curral.Chega no laticinio as 6:10.
  A higienização,é feita através de detergente acido e alcalino e com agua 
quente,em todos os equipamentos de ordenha e nos latões.
  A semana passada,foi realizado CMT por um veterinário,e nada foi 
constatado.Apenas 3 vacas levemente suspeitas as quais estão sendo ordenhadas 
por ultimo.
  As búfalas estão comendo: Cana 30 Kg,Cevada14 Kg,Refinasil 2 Kg e Polpa 
Citrica 2 Kg.
     A Cana é cortada logo após a ordenha e servida rapidamente no cocho 
,corta-se as 7 e as 11:00 as vacas já estão na corrente,aonde ficam até o fim 
da ordenha da tarde(inicio as 14:00 e fim as 16:00)
  Após a ordenha da tarde,é colocado sorgo cortado verde as 12:00Hs e os 
bezerros ficam comendo no curral até acorrentar as vacas as 3:00hs da manha,qdo 
é colcado novamente cevada e as vacas ''limpam o cocho" e depois são soltas no 
pasto até acorrentar de novo as 11:00.
  Tenho vacas em vários estágios de lactação,mas o leite é colocado em latôes 
separados,mas até as vacas de bezerro de novo 60 dias de parida estão com leite 
ácido.
  O que pode estar ocorrendo?
  Obrigado
  Fábio







        17/05/2006  Uso da contagem de células somáticas para bubalinos         
       A demanda crescente pelo queijo Muzzarella e sua composição diferenciada 
explicam em grande parte o interesse pelo leite de búfala no Brasil e em outros 
países. Em termos mundiais, os maiores produtores são a Índia e Paquistão, 
enquanto que na Europa, o principal país produtor é a Itália. 

  Para exemplificar o potencial desse tipo de leite, basta dizer que, em média, 
a composição do leite de búfala pode atingir 8,3% de gordura e 4,8% de 
proteína, o que confirma o grande potencial como matéria-prima para a 
fabricação de queijos.

  Tradicionalmente, considera-se que a búfala é menos susceptível à mastite do 
que a vaca. Essa maior resistência às infecções intramamárias poderia ser 
explicada, em grande parte, por algumas características como o menor diâmetro e 
maior extensão do canal do teto, o que dificulta a invasão de microrganismos. 

  Por outro lado, também é verdadeiro que as búfalas têm um úbere mais pendular 
e tetos maiores, o que pode aumentar o risco de ocorrência de mastite. 
Independentemente, dessas particularidades da espécie, os bubalinos apresentam 
praticamente os mesmos problemas sanitários que os bovinos, o que significa 
dizer que a mastite também pode ser considerada a doença que mais afeta a 
produção e qualidade do leite das búfalas.

  Com o objetivo de estudar a prevalência de infecções intramamárias em búfalas 
durante toda a lactação e, adicionalmente, identificar os agentes causadores 
mais prevalentes e a relação entre CCS e produção de leite, foi desenvolvido um 
estudo em dois rebanhos bubalinos na Itália, com total de 300 animais em 
lactação. 

  Os rebanhos foram visitados mensalmente durante toda a lactação para a coleta 
de amostras de leite para cultura microbiológica (identificação dos 
microrganismos causadores de mastite) e para a realização de CCS e composição 
do leite (gordura e proteína). Ao final do estudo foi analisado um total de 
1912 amostras de leite.

  Em termos de prevalência da infecção, do total de 1912 amostras coletadas, 
63% dos quartos estavam infectados, o que indica uma alta prevalência da 
doença. Além disso, nenhuma búfala permaneceu livre de infecções intramamárias 
ao longo do estudo. 

  Dentre os quartos infectados, os agentes causadores mais comuns foram os 
estafilococos coagulase-negativa (78% das amostras). No início da lactação, a 
prevalência da mastite era baixa, atingiu o máximo de 79% animais infectados no 
terceiro mês de lactação e retornou para níveis de cerca de 60% após o sexto 
mês de lactação.

  Distribuição dos principais agentes causadores de mastite dentro das amostras 
de quartos infectados (n=1204)

    
  A CCS foi um bom indicador da ocorrência de mastite, sendo que 100% dos 
quartos com valores acima de 200.000 cel/ml estavam infectados, enquanto que 
98% dos quartos com CCS abaixo desse limite não apresentaram a infecção. Isso 
indica uma alta sensibilidade (99,1%) e alta especificidade (100%) para o uso 
da CCS como indicador da ocorrência de mastite subclínica em búfalas. 

  Entre os fatores associados com a ocorrência de mastite subclínica, o estágio 
de lactação foi um dos que mais apresentaram efeitos, uma vez que o risco de 
uma infecção intramamária foi de 6,3 vezes maior no final da lactação do que no 
início. Outros fatores de risco importantes foram a maior produção de leite e o 
número de parições, sendo que animais com maior produção e mais velhos foram 
mais susceptíveis a ocorrência de mastite.

  Observou-se, também, que os animais infectados não apresentaram redução 
significativa da produção de leite em relação aos animais sadios, o que indica 
que a ocorrência de mastite subclínica, nas condições do estudo, afeta pouco a 
produção. 

  Além disso, diferentemente da vaca, as búfalas infectadas não apresentaram 
elevados valores de CCS, o que em parte pode ser explicado pela distribuição 
dos patógenos causadores de mastite nesses rebanhos, pois o agente mais comum 
(estafilococos coagulase-negativa) tem como característica uma baixa elevação 
da CCS nos animais infectados. 

  Os resultados do estudo indicam que em função da pequena diferença de 
produção de leite entre quartos com alta e baixa infecção, não se justificaria 
o tratamento intramamários com antibiótico para casos de mastite subclínica em 
búfalas durante a lactação.

  Fonte

  Moroni, et al., Journal of Dairy Science, v. 89, 
              
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