Oi, Henrique. Bom, antes de mais nada, eu escrevo f(-Inf) por preguiça; o correto seria "limite, quando x tende a -Infinito, de f(x)". Então, enquanto você tem razão que f(x)=x.e^x dá uma indeterminação do tipo (-Inf).0 quando x tende a -Inf, re-escrevendo f(x)=x/e^(-x) vejo uma indeterminação do tipo -Inf/Inf, e agora um L'Hôpital dá: f(-Inf) = lim 1/(-e^(-x)) quando x-> -Inf = 0.
Quanto ao ln2... o problema é que eu quero usar a função W, que foi definida para resolver xe^x=y, com base e, e não outra. Então, se você me dá k.2^k=n, eu me ferrei e tenho que tranformar a base, fazendo: k.e^(k.ln2)=n Mas agora eu me ferrei de outro jeito, porque a definição da função W era: y=W(x) <==> x.e^x=y E tem que ser o mesmo x "multiplicando" e "em cima do e"... Isso a gente conserta com a pequena mágica de multiplicar tudo por ln2 e fazendo x=k.ln2. Então fica assim: k.ln2.e^(k.ln2)=n.ln2, ou seja, xe^x=n.ln2 Agora sim, uma das soluções disso é x=W(n.ln2)...espero que estas linhas tenham ajudado a explicar o porquê de aparecer o misterioso ln2... Depois que a gente passou por tudo isso, a parte mais difícil é lidar com a DESIGUALDADE... Faça um gráfico de x.e^x (desce de (-Inf,0) a (-1,-1/e), depois sobe para (0,0) e continua subindo para (+Inf,+Inf)), lembre que W(z) é a maior solução de x.e^x=z e W_{-1}(z) é a menor solução, se houver (desenhe a reta y=z para alguns valores de z e encontre estas soluções no gráfico). Então, convença-se que a solução de x.e^x<z é: i) Se z>0, solução é x<W(z) ii) Se -1/e<z<0, solução é W_{-1}(z)<x<W(z) iii) Se z<=-1/e, conjunto solução é vazio. Abraço, Ralph 2008/10/8 Henrique Rennó <[EMAIL PROTECTED]> > Olá Ralph, boa tarde! > > Obrigado pela explicação. Estou com dúvida em duas partes. > > On Tue, Oct 7, 2008 at 11:26 PM, Ralph Teixeira <[EMAIL PROTECTED]>wrote: > >> Huh, basicamente, nao dah, a menos que voce use a funcao W de Lambert >> (ou nos de mais alguma informacao sobre n). >> >> A definicao desta funcao W eh mais ou menos assim: seja f(x)=x.e^x (faca o >> grafico dela se puder, ajuda a enxergar o resto). Como f`(x)=(x+1)e^x, a >> funcao f(x) eh crescente para x>=-1. Entao a funcao f(x) eh bijetiva de >> [-1,+Inf) em [-1/e,+Inf). Bom, a funcao W eh a inversa desta bijecao. Em >> outras palavras, dado y>=-1/e, temos x=W(y) se, e somente se, x.e^x=y (e >> tambem x>=-1). >> >> (Se esta definicao por funcao inversa incomoda, tente definir precisamente >> a funcao "raiz quadrada" e a funcao "logaritmo"...) >> >> Por exemplo, W(0)=0 (pois f(0)=0.e^0=0), W(e)=1 (pois 1.e^1=e), W(2e^2)=2 >> e W(-1/e)=-1... Note que, como f eh crescente, entao W eh crescente tambem. >> >> Note tambem que, para x em (-Inf,-1], a funcao f(x) eh decrescente (e >> f(-Inf)=0). Assim, a equacao x.e^x=y tem uma segunda solucao alem de W(y) >> sempre que -1/e<y<0; esta segunda solucao eh chamada W_{-1}(y). Em outras >> palavras, quando -1/e<y<0, W(y) serah a solucao maior que -1, e W_{-1}(y) >> eh a solucao menor que -1. >> > > Onde você diz que a função f(x) é decrescente você coloca que f(-inf) = 0, > ou seja, -inf.e^(-inf) = -inf/e^(inf) = -inf/inf. Essa fração não seria uma > indeterminação e não 0 como você mencionou? > > >> >> Bom, agora eh "facil": >> >> k.2^k < n <=> (k.ln2).e^(k.ln2) < n.ln2 >> > > Não entendi essa relação acima. Por que ln2 multiplicando o expoente de e? > > >> >> Entao, ha 3 casos: >> >> i) Se n.ln2>=0, a solucao eh k.ln2 < W(n.ln2), isto eh, k<W(n.ln2)/ln2 >> ii) Se -1/e<n.ln2<0, entao a solucao eh W_{-1}(n.ln2)<k.ln2<W(n.ln2)... >> iii) Se n.ln2<=-1/e, nao ha solucoes para a desigualdade. >> >> Nao sei se eh uma resposta.... huh, "satisfatoria"... mas eh a melhor que >> eu arrumo sem maiores restricoes ao enunciado. >> >> Abraco, >> Ralph >> >> On Tue, Oct 7, 2008 at 11:21 AM, Henrique Rennó <[EMAIL PROTECTED] >> > wrote: >> >>> Bom dia! >>> >>> Como k poderia ser colocado em função de n na seguinte inequação? >>> >>> k.2^k < n >>> >>> Obrigado >>> >>> -- >>> Henrique >>> >> >> > -- > Henrique >