Caros(s)
Existe a noção de "Probabilidade Subjetiva".  Sobre essa linha de pensamento 
probabilístico, pode-se dizer que:
- Deriva do julgamento próprio que cada um faz sobre o quão provável um 
determinado evento pode ser. - Não se baseia em cálculos matematicamente 
fundamentados.
- Reflete as opiniões e experiências passadas de cada indivíduo . 
- Difere de pessoa para pessoa. - É altamente parcial.
Por exemplo, no experimento que consiste de lançar um dado 10 vezes e observar 
o resultado, para alguém muito cético, o resultado 6666666666 seria altamente 
improvável, quase impossível. Já para algumas pessoas, esse resultado pode ser 
tão provável quanto qualquer outro possível.
Obviamente, essa não é a abordagem adotada pela teoria matemática das 
probabilidades. Esta teoria desenvolveu-se ao longo dos séculos, até chegar á 
sua forma atual graças às contribuições de grandes matemáticos (Kolmogorov, 
Lebesgue, Borel, ... só para citar alguns). É ela que dá sustentação a tudo que 
pretende utilizar cálculos probabilísticos de modo racional. Esta teoria 
matemática ignora os pré-julgamentos que cada pessoa possa fazer sobre o grau 
de possibilidade que qualquer evento tenha de ocorrer.
Seguem algumas indicações de leitura para aprofundar, entre outras:
1- "Probability and certainty" by Emile Borel
2- "Probability, Inductions and statistics" by Bruno de Finetti3- "Lógica 
Indutiva e Probabilidade" por Newton da Costa4- "Philosophical lectures on 
probability" Bruno de Finetti
Espero ter contribuídoAbraçosAry    Em segunda-feira, 16 de julho de 2018 
13:13:38 BRT, Claudio Buffara <claudio.buff...@gmail.com> escreveu:  
 
 Dadas as regras dos jogos de dados usuais, se alguém for usar um dado viciado, 
e se o único vício tecnicamente factível for "dar sempre o mesmo número", então 
é de se esperar que um dado viciado vá produzir somente o resultado 6 e, assim, 
se observarmos uma sequência de 10 x 6, nossa suspeita será justificada. 
Mas podemos imaginar um jogo mais complexo e pouco ortodoxo, possivelmente com 
dados virtuais (ou seja, em computador), no qual a sequência 
(6,1,5,2,6,3,1,4,2,5) seja a mais desejável. Neste caso, se esta sequência sair 
em 10 lançamentos, a suspeita de dado viciado será justificável.O dado terá que 
ser virtual pois é difícil (mas não impossível) imaginar um dado físico 
"programado" para dar aquela sequência.
Ou seja, a ocorrência ou não do (pseudo)-paradoxo psicológico depende das 
regras do jogo.
[]s,Claudio.

2018-07-14 23:21 GMT-03:00 Artur Steiner <artur.costa.stei...@gmail.com>:

Se jogarmos n vezes de forma aleatória um dado equilibrado, a probabilidade de 
qualquer sequência de resultados é de (1/6)^n. Assim, se jogarmos um dado, 
digamos, 10 vezes e sempre obtivermos 6, não há matematicamente nenhuma 
evidência de que o dado seja viciado. Mas se isso acontecer, quase todo mundo 
vai suspeitar - e muitos vão afirmar - que o dado é viciado. Eu, por exemplo, 
embora sabendo que todas as possíveis sequências são equiprováveis, vou ter 
sérias dúvidas sobre a honestidade do dado. 
Mas se der 6 1 5 2 6 3 1 4 2 5, ningúem vai se chocar.

Como explicar este paradoxo probabilístico/psicológico?

Artur Costa Steiner
--
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e 
 acredita-se estar livre de perigo.


--
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e 
 acredita-se estar livre de perigo.  
-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.

Responder a