Acho que seu detetor de humor não está defeituoso. Ou ele é
inexistente ou você simplesmente não resiste à tentação de corrigir
minhas brincadeiras.

Não tenho a menor idéia de que tipo de criptografia havia naquelas
fitas, nem isso me importou na época e muito menos agora, mas as duas
tinham etiquetas bem visíveis dizendo "not for export".

Pela sua insistência em levar ao pé da letra as minhas brincadeiras -
e, se eu bem observo, apenas as minhas - eu sugiro, enfaticamente, que
você procure ajuda profissional para lidar com os demônios que o
compelem a ser essa criatura triste destituída de humor.

2009/5/28 pedro rezende <preze...@unb.br>:
> Ricardo Bánffy escreveu:
>> Pedro: seu detector de humor está com defeito.
>>
>> De qualquer modo, a idéia de que o técnico da Netscape que estava
>> ajudando a instalar os primeiros servidores do BOL poderia ser preso
>> por ter saído dos EUA com as fitas DAT em que estava gravado o
>> Netscape Publishing System sem a devida autorização do Bureau of
>> Alcohol, Tobacco and Firearms rendeu, na época (começo de 1996), boas
>> risadas.
>
> Acho que o defeito está antes no seu conhecimento de criptografia e sua
> história (razão de eu me meter neste thread).
>
> A implementação do SSL à qual vc se refere gerava, por default na versão
> "para exportação", chaves de sessão de 128 bits para o algoritmo RC4 com
> 40 bits de entropia, sendo que os outros 88 bits desta chave eram
> prenchidos com um trecho de uma das mensagens enviadas às claras no
> handshake do SSL.
>
> Os primos, neste caso, não importavam porque a chave a ser quebrada, por
> força bruta neste caminho das pedras, não era a chave privada
> (assimétrica, para o RSA) que faz par com a pública no certificado
> digital do servidor, mas a de sessão (simétrica, para o RC4) que a chave
> pública do certificado cifra para envio ao servidor. A chave de sessão,
> por sinal, é gerada pelo navegador e não pelo servidor.
>
> Consta que, com 88 dos bits da chave de sessão coletáveis em sessões SSL
> cuja cifragem se queira quebrar, a NSA levava (à época) cerca de 15
> segundos para encontrar por força bruta os 40 bits restantes da chave de
> sessão desconhecidos.
>
> A Netscape obteve, sim, autorização do Bureau a qual vc se refere para
> exportar tanto o navegador como o servidor, mas não sem antes explicar
> ao Commerce Department de que trecho de qual mensagem do handshake do
> SSL poderiam ser coletados aqueles 88 bits da chave de sessão. E aquela
> versão nunca escondeu isto, dizendo explicitamente nas respectivas
> mensagens que a chave RC4 em uso era "de 40 bits".
>
>
>> 2009/5/28 Pedro A.D.Rezende <preze...@unb.br>:
>>> Ricardo Bánffy escreveu:
>>>> Houve época em que pessoas poderiam ir presas por levar números primos
>>>> para fora dos EUA ;-)
>>> Os fatos tem mais detalhes, e são menos alarmistas.
>>>
>>> A exportação de software criptografico em formato executável, ou em
>>> dispositivo que o contenha, é regulada nos EUA pelo "International Trade
>>> in Arms Regulation" (ITAR), que o proibe sem prévia autorização do
>>> Departamento de Comércio (que por sua vez exigia para tal ser notificado
>>> de como funcina alguma porta de fundo na implementação).
>>>
>>> Uma tal implementação serializada, se lida como a representação binária
>>> de um número inteiro, só por remota coincidencia redunda em numero primo
>>> (a probabilidade gira em torno de 2/|quantidade de bits no arquivo
>>> binário|); não se deve confundir isto com o fato de números primos serem
>>> usados como dados secretos iniciais no processo de geração de chaves na
>>> maioria dos algoritmos de cifra assimétricos, os quais não constituem
>>> per se implementação executável de algoritmo de cifra (a não ser pela
>>> coincidencia citada acima)
>>>> 2009/5/26 isab...@northxsouth.com <isab...@northxsouth.com>:
>>>>> Apparently, Google and Sun also ban users from these countries because
>>>>> of U.S. embargo laws.
>>>
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