[obm-l] Perguntas de trigonometria

2007-04-09 Por tôpico Pedro Costa

  Colegas da lista, me tire algumas duvidas.

  1. A função y=sen(x^2) não é períodica.Como demonstrar?
  2. A função y=sen(x^n) onde é um racional, posso ter período para n diferente 
de um.Se não como faço para demonstrar.
 3.  A função y=sen2 ( seno de 2 graus ou seno de 2 radiano).Que notação eu uso 
parar diferenciar ? 

RE: [obm-l] Teorema do confronto

2007-04-09 Por tôpico Filipe de Carvalho Hasché



Gostaria de saber se alguém conhece um site ou pode me demonstrar o teorema
do confronto de uma maneira detalhada.




Bom, primeiramente, vamos enunciá-lo:

--

Teorema do Confronto (ou Teorema do Sanduíche): Uma função comprimida entre 
duas funções que tendem ao mesmo limite L, deve tb tender a L. Ou seja:


Se existir um n° positivo p com a propriedade de que:

g(x) = f(x) = h(x)

para todo x que satisfaça as desigualdades:

0  |x-a|  p

e se

lim[x--a] g(x) = L
e
lim[x--a] h(x) = L

então: lim[x--a] f(x) = L

=

Prova: Seja dado E0 (epslon0), escolha números positivos d1 e d2 (delta1 e 
delta 2) de modo que:


0|x-a|d1  implica em L - E  g(x)  L + E

e

0|x-a|d2  implica em L - E  h(x)  L + E


Defina d (delta) como o menor dos números p, d1 e d2. Então:

0|x-a|d  implica em L - E  g(x) = f(x) = h(x)   L + E


Logo |f(x) - L|  E.C.Q.D. e c'est fini.



Abs,
FC.

_
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[obm-l] RES: [obm-l] séries numéricas

2007-04-09 Por tôpico Artur Costa Steiner
Acho que aqui o critério da integral eh de fato um dos mais indicados. A 
comparacao com a serie harmonica nao prove informacao, porque, para todo r0, 
para n suficientemente grande temos 1/(n*log(n)^r)  1/n. Como a serie 
harmonica diverge, nada concluimos.



Artur


-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED]
nome de Arlane Manoel S Silva
Enviada em: sábado, 7 de abril de 2007 14:14
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Assunto: Re: [obm-l] séries numéricas


   Olá Cláudio. Pode haver uma outra forma, mas eu usaria o critério da
integral. 
 
 seja bem-vindo.

Citando Claudio Gustavo [EMAIL PROTECTED]:

   Oi. Sou Claudio Gustavo e esta é a primeira vez que escrevo para esta
 lista. Gostaria de alguma dica para demonstrar que a soma de n=2 até infinito
 de 1/(n*logn) diverge e a soma 1/(n*(logn)^r), com r mairo que 1, converge.
 Tem alguma possibilidade de comparar com as somas harmônicas? Pois a soma 1/n
 diverge e 1/(n^r) converge para r maior que 1.
 Obrigado.
 
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Arlan Silva
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RES: [obm-l] Teorema do confronto

2007-04-09 Por tôpico Artur Costa Steiner
Talvez haja algum site, faca uma pesquisa em Mathworld ou no Google. Mas o 
teorema diz o seguinte, supondo-se funcoes definidas em R^n e com valores em R.
 
Sejam f , g e h funcoes definidas en V - {a}, onde a eh um elemento de R^n e V 
uma vizinhanca de a. Suponhamos que lim x - a f(x) = lim (x - a) h(x) = L e 
que f(x)  = g(x) = h(x) para todo x de V - {a}.  Entao, lim (x -.a) g(x) = L.
 
Prova:
 
Da definicao de limite, segue-se que, para todo eps0, existem vizinhancas V_f 
e V_h de a tais que 
 
L - eps  f(x)  L + eps para x em V_f - {a} e   L - eps  h(x)  L + eps para 
x em V_g - {a}. Sendo V_g = V_f inter V_h inter V, temos que V_g eh uma 
vizinhanca de a. Em V_g - {a} valem estas duas ultimas desigualdades, assim 
como a do enunciado do teorema. Combinando estas 3 desigualdades, para todo x 
de V_g - {a} temos que 
 
L - eps = f(x) = g(x) = h(x)  L + eps = |g(x) - L|  eps. Como eps eh 
arbitrario, a definicao de limite implica que lim (x -a) g(x) = 0.
 
Se vc quiser mais informacoes e nao achar em Portugues, procure squeeze theorem 
em Ingles.
 
Abracos
Artur

-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED] nome de Diego Alex Silva
Enviada em: domingo, 8 de abril de 2007 01:14
Para: obm-l
Assunto: [obm-l] Teorema do confronto


Gostaria de saber se alguém conhece um site ou pode me demonstrar o teorema do 
confronto de uma maneira detalhada. 



RES: [obm-l] Teorema do confronto

2007-04-09 Por tôpico Artur Costa Steiner
Ah, corrigindo uns erros de digitacao, que vi depois que ja tinha enviado:
 
Eh L - eps  h(x)  L + eps para x em V_h - {a}. (Nap v_g - {a})
 
E a conclusao final eh  lim (x -a) g(x) = L, nao 0..
 
Artur

-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED] nome de Artur Costa Steiner
Enviada em: segunda-feira, 9 de abril de 2007 10:23
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Assunto: RES: [obm-l] Teorema do confronto


Talvez haja algum site, faca uma pesquisa em Mathworld ou no Google. Mas o 
teorema diz o seguinte, supondo-se funcoes definidas em R^n e com valores em R.
 
Sejam f , g e h funcoes definidas en V - {a}, onde a eh um elemento de R^n e V 
uma vizinhanca de a. Suponhamos que lim x - a f(x) = lim (x - a) h(x) = L e 
que f(x)  = g(x) = h(x) para todo x de V - {a}.  Entao, lim (x -.a) g(x) = L.
 
Prova:
 
Da definicao de limite, segue-se que, para todo eps0, existem vizinhancas V_f 
e V_h de a tais que 
 
L - eps  f(x)  L + eps para x em V_f - {a} e   L - eps  h(x)  L + eps para 
x em V_g - {a}. Sendo V_g = V_f inter V_h inter V, temos que V_g eh uma 
vizinhanca de a. Em V_g - {a} valem estas duas ultimas desigualdades, assim 
como a do enunciado do teorema. Combinando estas 3 desigualdades, para todo x 
de V_g - {a} temos que 
 
L - eps = f(x) = g(x) = h(x)  L + eps = |g(x) - L|  eps. Como eps eh 
arbitrario, a definicao de limite implica que lim (x -a) g(x) = 0.
 
Se vc quiser mais informacoes e nao achar em Portugues, procure squeeze theorem 
em Ingles.
 
Abracos
Artur

-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED] nome de Diego Alex Silva
Enviada em: domingo, 8 de abril de 2007 01:14
Para: obm-l
Assunto: [obm-l] Teorema do confronto


Gostaria de saber se alguém conhece um site ou pode me demonstrar o teorema do 
confronto de uma maneira detalhada. 



[obm-l] RES: [obm-l] RES: [obm-l] séries numéricas

2007-04-09 Por tôpico Artur Costa Steiner


-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED]
nome de Artur Costa Steiner
Enviada em: segunda-feira, 9 de abril de 2007 10:02
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Temos, para todo r0,  que a funcao f(x) = 1/(x*(Log(x)^r)) eh positiva e 
montonicamente decrescente em [e^(-r) , oo). (pode checar determinando a 
derivada). Assim, o teste da integral eh aplicavel. 

Se ha I = Int (2 a oo) 1/(x*(Log(x)^r))dx =  Int (2 a oo) (1/x)* 
(Log(x))^(-r))dx

Se r1, r0, entao I = [-1/(-r + 1) * (Log(x))^(-r + 1)] (2 a oo). Para nossos 
objetivos, soh interssa o limite desta funcao quando x - oo. Se 0  r 1, 
entao - r+ 1 0 e a integral vai para infinito. Logo, a serie tambem diverge, 
indo para oo. 

Se r 1, -r + 1 0 e como Log(x) - oo, (Log(x))^(-r + 1) - 0, der modo que a 
integral e a serie convergem.

Se r= 1, entao nossa integral eh simplesmente I = Log(Log(x) [2 a oo) que 
diverge.

Conclusao:

se 0  r =1, a serie diverge
se r  1, a serie converge.

Abracos
Artur


-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED] [mailto:[EMAIL PROTECTED]
nome de Arlane Manoel S Silva
Enviada em: sábado, 7 de abril de 2007 14:14
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Assunto: Re: [obm-l] séries numéricas


   Olá Cláudio. Pode haver uma outra forma, mas eu usaria o critério da
integral. 
 
 seja bem-vindo.

Citando Claudio Gustavo [EMAIL PROTECTED]:

   Oi. Sou Claudio Gustavo e esta é a primeira vez que escrevo para esta
 lista. Gostaria de alguma dica para demonstrar que a soma de n=2 até infinito
 de 1/(n*logn) diverge e a soma 1/(n*(logn)^r), com r mairo que 1, converge.
 Tem alguma possibilidade de comparar com as somas harmônicas? Pois a soma 1/n
 diverge e 1/(n^r) converge para r maior que 1.
 Obrigado.
 
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Arlan Silva
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[obm-l] RE-Dúvida Mestrado

2007-04-09 Por tôpico tengus
Caro Ronaldo Alonso,

Muito obrigado pelo seus importantes esclarecimentos. À propósito a minha 
pergunta foi motivada devido o fato de diversos cursos de mestrados (senão 
todos) oferecerem somente aulas durante o dia gerando incompatibiliade com o 
horário mais comum de trabalho, o diurno.  Ademais serei mais atento a assuntos 
não pertinentes a lista.

Abraços !

Marco Antonio


Re: [obm-l] compra de livros

2007-04-09 Por tôpico tengus
As compras de livros importados independentes de serem realizadas no Brasil ou 
no exterior estão isentas de tarifas alfandegárias conforme o artigo 4º da lei 
10.753, que pode ser encontrada na íntegra em 
www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Leis/2003/lei10753.htm.

Abraços !

Marco Antonio


Res: [obm-l] SEQUENCIAS II

2007-04-09 Por tôpico Klaus Ferraz
Ola Claudio,
 não entendi b_k - 0 == existe n_1 tal que k  n_1 implica |b_k|  eps/2.
o que é n_1? pq vc tomou kn_1? pq |b_k|eps/2?
Nao encontrei nada sobre essa soma de Cesaro.
vlw.


- Mensagem original 
De: claudio.buffara [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28
Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II


-- Cabeçalho original ---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Cópia: 
Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT)
Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II

 Suponha que a_n--a. Mostre que :
 1/n*sum_(k=1, n) a_k--a.
 

Essa eh a manjadissima soma de Cesaro.
Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k - a, b_k - 0.
Seja eps  0.
b_k - 0 == existe n_1 tal que k  n_1 implica |b_k|  eps/2.
Fixado n_1, existe n_2  n_1 tal que k  n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k  
eps/2.
Mas entao, tomando k  n_2, teremos:
|b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k =
|b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k 
eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k  eps/2 + eps/2 = eps.
Ou seja, (b_1+...+b_k)/k - 0 == (a_1+...+a_k)/k - a.


 Suponha que 0=a_1=a_2=.=a_k. Calcule 
 lim(n-oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n.


Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias dos 
a_i.
Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero.
Caso contrario, escreva:
a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1).
Isso implica que a_k^n = a_1^n + ... + a_k^n = k*a_k^n ==
a_k = (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) = k^(1/n)*a_k.
Fazendo n - infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o limite 
procurado eh igual a a_k.
(alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma 
infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da 
soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k).

Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n - 0+. 
O limite nesse caso eh um pouco mais surpreendente.

[]s,
Claudio.



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Re: [obm-l] SEQUENCIAS II

2007-04-09 Por tôpico Bruno França dos Reis

Isso aí vem da definição de limite. Seria bom vc tê-la muito clara em sua
mente antes de tentar tais demonstrações.
Veja só:

Dizemos que a_k -- L quando k -- o se, para cada eps  0 existir um
natural N tal que para todo n  N teremos |a_n - L|  eps.

Ou seja: escolha uma distância ao ponto L (ie, um intervalinho centrado em
L, com o tamanho que vc quiser); vc então verificará que a partir de certo
instante, para algum N suficientemente grande, todos os elementos
subsequêntes da sua seqüência cairão dentro desse intervalinho. Se isso
ocorrer para qualquer tamanho de intervalinho, por menor que seja, então
diremos que a_k tende a L qd k -- 0 (essa é a definiçãoa de limite de
maneira informal e em texto).

Pois bem, se b_k -- 0, isso quer dizer que para cada eps  0 podemos
encontrar N natural tal que n  N == |b_n - 0|  eps == |b_n|  eps, isso
pela própria definição de limite, concorda?
Muito bem, se podemos garantir que existe esse número N tal que todos os
elementos a partir do N-ésimo caem todos a uma distância de no máximo eps do
pto 0, então podemos dizer o mesmo para uma outra distância, por exemplo,
eps/2. A essa nova distância corresponderá um outro número N', possivelmente
maior que N (isso é MUITO informal, mas só pra ficar mais fácil de
visualizar), tal que a partir do N'-ésimo elemento, todos estarão no máximo
à distância eps/2.

Agora vc pode se perguntar, de onde veio esse eps/2? E pq ele falou de um
n_1? Isso é um artifício muito usado em demonstrações que envolvem uso de
limites, quando há somas, por exemplo. Se vc quiser demonstrar que a_n -- A
e b_n - B implica (a_n + b_n) - (A+B)  (o que não é trivial), vc argumenta
mais ou menos assim: para qualquer eps positivo, podemos encontrar um
natural n_1 tal que todo mundo da sequência {a}, a partir desse n_1-ésimo
elemento, estará à distância máxima de eps/2 do número A. Da mesma forma,
tomamos n_2 para a seq. {b} de forma que a partir desse n_2-ésimo elemento,
todo mundo estará à dist. max. de eps/2 do número B. Agora, se vc pegar o
maior dos dois naturais n_1 e n_2 (chamemos de N), então com certeza, a
partir de N, para qualquer uma das seqüências, estaremos a uma dist. de no
máximo eps/2 do respectivo limite. Agora se vc pegar a seq. c_n = a_n + b_n,
a partir desse N estaremos à distância eps/2 + eps/2 = eps do valor A+B.
Assim vemos que para qualquer eps, podemos encontrar um natural N tal que a
partir dele, a seq. c_n = a_n + b_n estará a no máximo uma distância eps de
A+B!!!

Entendeu a idéia? Agora consegue entender essa passagem?

Até mais
Bruno França dos Reis


On 4/9/07, Klaus Ferraz [EMAIL PROTECTED] wrote:


 Ola Claudio,
 não entendi *b_k - 0 == existe n_1 tal que k  n_1 implica |b_k| 
eps/2*.
o que é n_1? pq vc tomou kn_1? pq |b_k|eps/2?
Nao encontrei nada sobre essa soma de Cesaro.
vlw.


- Mensagem original 
De: claudio.buffara [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28
Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II

-- Cabeçalho original ---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Cópia:
Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT)
Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II

 Suponha que a_n--a. Mostre que :
 1/n*sum_(k=1, n) a_k--a.


Essa eh a manjadissima soma de Cesaro.
Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k - a, b_k - 0.
Seja eps  0.
b_k - 0 == existe n_1 tal que k  n_1 implica |b_k|  eps/2.
Fixado n_1, existe n_2  n_1 tal que k  n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k 
eps/2.
Mas entao, tomando k  n_2, teremos:
|b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k =
|b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k 
eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k  eps/2 + eps/2 = eps.
Ou seja, (b_1+...+b_k)/k - 0 == (a_1+...+a_k)/k - a.


 Suponha que 0=a_1=a_2=.=a_k. Calcule
 lim(n-oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n.


Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias
dos a_i.
Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero.
Caso contrario, escreva:
a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1).
Isso implica que a_k^n = a_1^n + ... + a_k^n = k*a_k^n ==
a_k = (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) = k^(1/n)*a_k.
Fazendo n - infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o
limite procurado eh igual a a_k.
(alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma
infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da
soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k).

Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n - 0+.

O limite nesse caso eh um pouco mais surpreendente.

[]s,
Claudio.



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[obm-l] diofantina

2007-04-09 Por tôpico Gabriel Guedes

Para resolver a eq. diofantina:
a*x^2 + b*y^2 + c*z^2 = 0
Temos o teorema de legendre.
Gostaria de saber se existe algum resultado mais geral , para soma de vario
quadrados
Para
sum_{i=1}_{k} (a_i*X_i^2)

Se a resposta for sim gostaria tambem das referencias


Re:[obm-l] Contagem

2007-04-09 Por tôpico Graciliano Antonio Damazo
Valeu mais uma vez claudio. abraços

claudio.buffara [EMAIL PROTECTED] escreveu:  -- Cabeçalho original 
---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Cópia: 
Data: Thu, 5 Apr 2007 20:09:10 -0300 (ART)
Assunto: [obm-l] Contagem

 Galera da lista, tenho mais uma questao de contagem. Espero que possam me 
 ajudar
 
 1) Seja Im = {1,2,...,m} e In = {1,2,...,n}. Quantas sao as funçoes f: Im 
 --In nao decrescentes?
 
 Espero que possam me ajudar nessa questao a na que enviei dias anteriores a 
 voces... Muito obrigado por enquanto galera...
 []s e até
 

Cada uma dessas funcoes eh uma m-upla ordenada (a_1,a_2,...,a_m) de elementos 
de In tal que:
1 = k = m-1 == 1 = a_k = a_(k+1) = n
(ou seja, os elementos da m-upla estao em ordem nao-decrescente)
Suponhamos que uma dada m-upla tenha x_j elementos iguais a j (1 = j = n).
Entao, o numero de tais m-uplas eh igual ao numero de solucoes inteiras e 
nao-negativas de:
x_1+x_2+...+x_n = m, ou seja, Binom(m+n-1,n-1) = Binom(m+n-1,m) = numero de 
funcoes nao-decrescentes de Im em In.

[]s,
Claudio.




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Res: [obm-l] SEQUENCIAS II

2007-04-09 Por tôpico Klaus Ferraz
Valeu Bruno França. Tah meio complicado pra eu entender. Mas de qualquer forma 
valeu.


- Mensagem original 
De: Bruno França dos Reis [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Segunda-feira, 9 de Abril de 2007 18:22:29
Assunto: Re: [obm-l] SEQUENCIAS II


Isso aí vem da definição de limite. Seria bom vc tê-la muito clara em sua mente 
antes de tentar tais demonstrações.
Veja só:
 
Dizemos que a_k -- L quando k -- o se, para cada eps  0 existir um natural N 
tal que para todo n  N teremos |a_n - L|  eps.
 
Ou seja: escolha uma distância ao ponto L (ie, um intervalinho centrado em L, 
com o tamanho que vc quiser); vc então verificará que a partir de certo 
instante, para algum N suficientemente grande, todos os elementos subsequêntes 
da sua seqüência cairão dentro desse intervalinho. Se isso ocorrer para 
qualquer tamanho de intervalinho, por menor que seja, então diremos que a_k 
tende a L qd k -- 0 (essa é a definiçãoa de limite de maneira informal e em 
texto). 
 
Pois bem, se b_k -- 0, isso quer dizer que para cada eps  0 podemos encontrar 
N natural tal que n  N == |b_n - 0|  eps == |b_n|  eps, isso pela própria 
definição de limite, concorda?
Muito bem, se podemos garantir que existe esse número N tal que todos os 
elementos a partir do N-ésimo caem todos a uma distância de no máximo eps do 
pto 0, então podemos dizer o mesmo para uma outra distância, por exemplo, 
eps/2. A essa nova distância corresponderá um outro número N', possivelmente 
maior que N (isso é MUITO informal, mas só pra ficar mais fácil de visualizar), 
tal que a partir do N'-ésimo elemento, todos estarão no máximo à distância 
eps/2. 
 
Agora vc pode se perguntar, de onde veio esse eps/2? E pq ele falou de um n_1? 
Isso é um artifício muito usado em demonstrações que envolvem uso de limites, 
quando há somas, por exemplo. Se vc quiser demonstrar que a_n -- A e b_n - B 
implica (a_n + b_n) - (A+B)  (o que não é trivial), vc argumenta mais ou menos 
assim: para qualquer eps positivo, podemos encontrar um natural n_1 tal que 
todo mundo da sequência {a}, a partir desse n_1-ésimo elemento, estará à 
distância máxima de eps/2 do número A. Da mesma forma, tomamos n_2 para a seq. 
{b} de forma que a partir desse n_2-ésimo elemento, todo mundo estará à dist. 
max. de eps/2 do número B. Agora, se vc pegar o maior dos dois naturais n_1 e 
n_2 (chamemos de N), então com certeza, a partir de N, para qualquer uma das 
seqüências, estaremos a uma dist. de no máximo eps/2 do respectivo limite. 
Agora se vc pegar a seq. c_n = a_n + b_n, a partir desse N estaremos à 
distância eps/2 + eps/2 = eps do valor A+B. Assim vemos que para
 qualquer eps, podemos encontrar um natural N tal que a partir dele, a seq. c_n 
= a_n + b_n estará a no máximo uma distância eps de A+B!!! 
 
Entendeu a idéia? Agora consegue entender essa passagem?
 
Até mais
Bruno França dos Reis

 
On 4/9/07, Klaus Ferraz [EMAIL PROTECTED] wrote: 
Ola Claudio,
 não entendi b_k - 0 == existe n_1 tal que k  n_1 implica |b_k|  eps/2.
o que é n_1? pq vc tomou kn_1? pq |b_k|eps/2?
Nao encontrei nada sobre essa soma de Cesaro.
vlw.

 
- Mensagem original 
De: claudio.buffara  [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Domingo, 8 de Abril de 2007 13:46:28 
Assunto: Re:[obm-l] SEQUENCIAS II 



-- Cabeçalho original ---

De: [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Cópia: 
Data: Thu, 5 Apr 2007 10:43:56 -0700 (PDT)
Assunto: [obm-l] SEQUENCIAS II

 Suponha que a_n--a. Mostre que :
 1/n*sum_(k=1, n) a_k--a.
 

Essa eh a manjadissima soma de Cesaro. 
Para cada k, seja b_k = a_k - a. Como a_k - a, b_k - 0.
Seja eps  0.
b_k - 0 == existe n_1 tal que k  n_1 implica |b_k|  eps/2.
Fixado n_1, existe n_2  n_1 tal que k  n_2 implica |b_1+...+b_(n_1)|/k  
eps/2. 
Mas entao, tomando k  n_2, teremos:
|b_1 + b_2 + ... + b_(n_1) + b_(n_1+1) + ... + b_k|/k =
|b_1 + ... + b_(n_1)|/k + (|b_(n_1+1)| + ... + |b_k|)/k 
eps/2 + (k - n_1)*(eps/2)/k  eps/2 + eps/2 = eps. 
Ou seja, (b_1+...+b_k)/k - 0 == (a_1+...+a_k)/k - a.


 Suponha que 0=a_1=a_2=.=a_k. Calcule 
 lim(n-oo) (a_1^n+a_2^n+a_3^n+..+a_k^n)1/n.


Vou supor que a expressao eh a raiz n-esima da soma das n-esimas potencias dos 
a_i. 
Se todos os a_k forem 0, entao o limite eh zero.
Caso contrario, escreva:
a_1^n + ... + a_k^n = a_k^n*((a_1/a_k)^n + ... + (a_(k-1)/a_k)^n + 1).
Isso implica que a_k^n = a_1^n + ... + a_k^n = k*a_k^n == 
a_k = (a_1^n + ... + a_k^n)^(1/n) = k^(1/n)*a_k.
Fazendo n - infinito e usando o teorema do sanduiche, concluimos que o limite 
procurado eh igual a a_k.
(alias, essa eh a razao pela qual a norma do maximo eh chamada de norma 
infinito - repare que se n = 1, teremos a norma da 
soma e se n = 2, a norma euclidiana usual do R^k).

Um problema correlato eh encarar n como uma variavel real e fazer n - 0+. 
O limite nesse caso eh um pouco mais surpreendente.

[]s,
Claudio.



=
Instruções 

Re: Re:[obm-l] Perguntas de trigonometria

2007-04-09 Por tôpico Pedro Costa
Claúdio, obrigado.O expoente de x pode ser negativo. Outra coisa, posso fazer 
essa demontração sem usar derivada
  - Original Message - 
  From: claudio.buffara 
  To: obm-l 
  Sent: Monday, April 09, 2007 6:47 PM
  Subject: Re:[obm-l] Perguntas de trigonometria


  Suponha que n é um racional diferente de 0 ou 1.
  Se f:[0,+inf) - R dada por f(x) = sen(x^n) é periódica de período T  0, 
então, para todo x = 0:
  f(x+T) = f(x) ==
  sen((x+T)^n) = sen(x^n) == 
  (derivando à direita em relação a x e dividindo por n)
  (x+T)^(n-1)*cos((x+T)^n) = x^(n-1)*cos(x^n).

  Fazendo x = 0 (daí eu ter usado a derivada lateral acima) obtemos: 
  sen(T^n) = sen(0) = 0
  e
  T^(n-1)*cos(T^n) = 0 == cos(T^n) = 0
  Mas, qualquer que seja y, não se pode ter sen(y) = cos(y) = 0 ==
  contradição ==
  f não é periódica.

  []s,
  Claudio.

De: [EMAIL PROTECTED] 

Para: obm-l@mat.puc-rio.br 

Cópia:  

Data: Sun, 25 Feb 2007 13:26:58 -0300 

Assunto: [obm-l] Perguntas de trigonometria 


 Colegas da lista, me tire algumas duvidas.

 1. A função y=sen(x^2) não é períodica.Como demonstrar?
 2. A função y=sen(x^n) onde é um racional, posso ter período para n 
diferente de um.Se não como faço para demonstrar.
3.  A função y=sen2 ( seno de 2 graus ou seno de 2 radiano).Que notação eu 
uso parar diferenciar ? 


--


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