[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Funções complexas - número de zeros em C

2020-07-30 Por tôpico Artur Costa Steiner
Em qui, 30 de jul de 2020 16:22, Artur Costa Steiner 
escreveu:

> Também me ocorreu isso, mas depois pensei em me basear no T. de Rouché (o
> da Análise Complexa, não o da Álgebra Linear). Em sua forma geral, este
> teorema diz:
>
> Se V um aberto do plano e W  uma curva suave e fechada em V tal que Ind(W,
> z) = 0 ou 1 para z em V/W* (o traço de W) e = 0 para z em C/V. Se f e g são
> funções holomorfas em V tais que
>
> |f(z) - g(z)| < |f(z)| + |g(z)|
>
> para z em V/W*, então f e g têm o mesmo número de zeros no conjunto I = {z
> em V/W* : Ind(W,z) = 1-}
>
> Este teorema é particularmente interessante quando W é uma curva bonita em
> que se identifica claramente a área delimitada por W. Neste ,caso I é essa
> área. Caso típico do círculo de centro a e raio r,  quando então I é o
> disco aberto D(a, r).
>
> No caso, vemos que, para que o limite dado faça sentido,  para |z|
> suficientemente grande g não pode se anular.  Logo, o conjunto Zg dos zeros
> de g é limitado. Se Zg for infinito, terá um ponto de acumulação em C, o
> domínio da inteira g. Pelas propriedades das funções holomorfas, g será
> entãoidenticamente nula, conflitando assim com o limite dado.  Logo, Zg é
> finito, tendo n>= 0 elementos (contando multiplicidades).
>
> Como lim |z| --> oo f(z)/g(z) = 1, então lim |z| --> oo f(z)/g(z) - 1 = lim
> |z| --> oo [f(z) - g(z)]/g(z) = 0. Segue-se que lim |z| --> oo |f(z) -
> g(z|]/|g(z)) = 0, havendo portanto r0 > 0 tal que |z| > r0 => |f(z) -
> g(z)|/|g(z)| < 1 e, portanto,
>
> |f(z) - g(z)| < ||g(z)| (1)
>
> Assim, para r > r0, (1) vale no círculo de centro na origem e raio r,
> periferia de D(0 r). Pelo T de Rouché  com V = C, f e g têm neste disco o
> mesmo número de zeros , ou seja, n zeros.
>
> Como isso vale pra todo r > r0, concluímos que f e f têm n zeros em C.
>
> Se f for um polinômio de grau n > 0 e g(z) = c_n z^n, c_n o coeficiente
> líder de f, temos uma prova do T. Fundamental da Álgebra que mostra que
> polinômios de grau n > 0 têm n zeros (ou raízes).
>
> Neste problema, cheguei a duas conclusões me parecem corretas:
>
> f e g não terão zeros em C esse f = g, g uma função que não se anule
>
> Se lim |z| --> oo g(z) = oo, então f e g são polinômios de mesmo grau
> positivo.
>
> Abs
>
> Artur
>
>
> Em qui, 30 de jul de 2020 13:43, Claudio Buffara <
> claudio.buff...@gmail.com> escreveu:
>
>> Será que fazendo w = 1/z  e  w -> 0 ajuda?
>>
>> On Thu, Jul 30, 2020 at 7:24 AM Artur Costa Steiner <
>> artur.costa.stei...@gmail.com> wrote:
>>
>>> Sejam f e g funções inteiras tais que lim |z| ---> oo f(z)/g(z) = 1.
>>> Mostre que f e g tem um número finito de zeros em C e que o número de zeros
>>> de f é igual ao número de zeros de  g.
>>>
>>> Abs
>>>
>>> Artur
>>>
>>> --
>>> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>>> acredita-se estar livre de perigo.
>>
>>
>> --
>> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>> acredita-se estar livre de perigo.
>
>

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.



[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Funções complexas - número de zeros em C

2020-07-30 Por tôpico Artur Costa Steiner
Também me ocorreu isso, mas depois pensei em me basear no T. de Rouché (o
da Análise Complexa, não o da Álgebra Linear). Em sua forma geral, este
teorema diz:

Se V um aberto do plano e W  uma curva suave e fechada em V tal que Ind(W,
z) = 0 ou 1 para z em V/W* (o traço de W) e = 0 para z em C/V. Se f e g são
funções holomorfas em V tais que

|f(z) - g(z)| < |f(z)| + |g(z)|

para z em V/W*, então f e g têm o mesmo número de zeros no conjunto I = {z
em V/W* : Ind(W,z) = 1-}

Este teorema é particularmente interessante quando W é uma curva bonita em
que se identifica claramente a área delimitada por W. Neste ,caso I é essa
área. Caso típico do círculo de centro a e raio r,  quando então I é o
disco aberto D(a, r).

No caso, vemos que, para que o limite dado faça sentido,  para |z|
suficientemente grande g não pode se anular.  Logo, o conjunto Zg dos zeros
de g é limitado. Se Zg for infinito, terá um ponto de acumulação em C, o
domínio da inteira g. Pelas propriedades das funções holomorfas, g será
entãoidenticamente nula, conflitando assim com o limite dado.  Logo, Zg é
finito, tendo n>= 0 elementos (contando multiplicidades).

Como lim |z| --> oo f(z)/g(z) = 1, então lim |z| --> oo f(z)/g(z) - 1 = lim
|z| --> oo [f(z) - g(z)]/g(z) = 0. Segue-se que lim |z| --> oo |f(z) -
g(z|]/|g(z)) = 0, havendo portanto r0 > 0 tal que |z| > r0 => |f(z) -
g(z)|/|g(z)| < 1 e, portanto,

|f(z) - g(z)| < ||g(z)| (1)

Assim, para r > r0, (1) vale no círculo de centro na origem e raio r,
periferia de D(0 r). Pelo T de Rouché  com V = C, f e g têm neste disco o
mesmo número de zeros , ou seja, n zeros.

Como isso vale pra todo r > r0, concluímos que f e f têm n zeros em C.

Se f for um polinômio de grau n > 0 e g(z) = c_n z^n, c_n o coeficiente
líder de f, temos uma prova do T. Fundamental da Álgebra que mostra que
polinômios de grau n > 0 têm n zeros (ou raízes).

Neste problema, cheguei a duas conclusões me parecem corretas:

f e g não terão zeros em C esse f = g, g uma função que não se anule

Se lim |z| --> oo g(z) = oo, então f e g são polinômios de mesmo grau
positivo.

Abs

Artur


Em qui, 30 de jul de 2020 13:43, Claudio Buffara 
escreveu:

> Será que fazendo w = 1/z  e  w -> 0 ajuda?
>
> On Thu, Jul 30, 2020 at 7:24 AM Artur Costa Steiner <
> artur.costa.stei...@gmail.com> wrote:
>
>> Sejam f e g funções inteiras tais que lim |z| ---> oo f(z)/g(z) = 1.
>> Mostre que f e g tem um número finito de zeros em C e que o número de zeros
>> de f é igual ao número de zeros de  g.
>>
>> Abs
>>
>> Artur
>>
>> --
>> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
>> acredita-se estar livre de perigo.
>
>
> --
> Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
> acredita-se estar livre de perigo.

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.



[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Funções geradoras

2015-03-29 Por tôpico Hermann
Entra neste link e pega a eureka n 11

Abraços
Hermann
  - Original Message - 
  From: Maikel Andril Marcelino 
  To: obm-l@mat.puc-rio.br 
  Sent: Saturday, March 28, 2015 6:53 PM
  Subject: Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Funções geradoras


  Carlos Gomes manda aquele material



  Enviado do meu smartphone Samsung Galaxy.




  Obrigado Douglas Oliveira 




  Em 28 de março de 2015 09:20, Douglas Oliveira de Lima 
profdouglaso.del...@gmail.com escreveu:

Existe um material legal do Eduardo Tengan sobre séries formais da eureka 
eu acho. 
Abraços, Douglas Oliveira

Em 28/03/2015 09:14, Israel Meireles Chrisostomo 
israelmchrisost...@gmail.com escreveu:

  Alguém aí tem um material falando sobre funções geradoras?

  -- 
  Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e 
  acredita-se estar livre de perigo. 

-- 
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acredita-se estar livre de perigo. 



  -- 
  Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e 
  acredita-se estar livre de perigo. 

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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Funções geradoras

2015-03-29 Por tôpico Hermann
http://www.obm.org.br/opencms/revista_eureka/

não enviei o link
revista n 11 séries formais

Abraços
Hermann
  - Original Message - 
  From: Maikel Andril Marcelino 
  To: obm-l@mat.puc-rio.br 
  Sent: Saturday, March 28, 2015 6:53 PM
  Subject: Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Funções geradoras


  Carlos Gomes manda aquele material



  Enviado do meu smartphone Samsung Galaxy.




  Obrigado Douglas Oliveira 




  Em 28 de março de 2015 09:20, Douglas Oliveira de Lima 
profdouglaso.del...@gmail.com escreveu:

Existe um material legal do Eduardo Tengan sobre séries formais da eureka 
eu acho. 
Abraços, Douglas Oliveira

Em 28/03/2015 09:14, Israel Meireles Chrisostomo 
israelmchrisost...@gmail.com escreveu:

  Alguém aí tem um material falando sobre funções geradoras?

  -- 
  Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e 
  acredita-se estar livre de perigo. 

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e 
acredita-se estar livre de perigo. 



  -- 
  Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e 
  acredita-se estar livre de perigo. 

  -- 
  Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e 
  acredita-se estar livre de perigo. 
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 acredita-se estar livre de perigo.



Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Funções geradoras

2015-03-28 Por tôpico Maikel Andril Marcelino
Carlos Gomes manda aquele material



Enviado do meu smartphone Samsung Galaxy.

Obrigado Douglas Oliveira


Em 28 de março de 2015 09:20, Douglas Oliveira de Lima 
profdouglaso.del...@gmail.com escreveu:

 Existe um material legal do Eduardo Tengan sobre séries formais da eureka
 eu acho.
 Abraços, Douglas Oliveira
 Em 28/03/2015 09:14, Israel Meireles Chrisostomo 
 israelmchrisost...@gmail.com escreveu:

 Alguém aí tem um material falando sobre funções geradoras?

 --
 Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
 acredita-se estar livre de perigo.


 --
 Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
 acredita-se estar livre de perigo.

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 acredita-se estar livre de perigo.


-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.



[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Funções geradoras

2015-03-28 Por tôpico Israel Meireles Chrisostomo
Obrigado Douglas Oliveira


Em 28 de março de 2015 09:20, Douglas Oliveira de Lima 
profdouglaso.del...@gmail.com escreveu:

 Existe um material legal do Eduardo Tengan sobre séries formais da eureka
 eu acho.
 Abraços, Douglas Oliveira
 Em 28/03/2015 09:14, Israel Meireles Chrisostomo 
 israelmchrisost...@gmail.com escreveu:

 Alguém aí tem um material falando sobre funções geradoras?

 --
 Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
 acredita-se estar livre de perigo.


 --
 Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
 acredita-se estar livre de perigo.

-- 
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antiv�rus e
 acredita-se estar livre de perigo.



[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Funções Pares e Ímpares

2010-08-04 Por tôpico Henrique Rennó
Errei colocando que h(x) = x^2 + 1/x é par. Gostaria de uma
demonstração das seguintes propriedades:

- A soma de duas funções de mesma paridade mantém essa paridade.
- O produto de duas funções de mesma paridade é uma função par.
- O produto de duas funções com paridades distintas é uma função ímpar.

Encontrei as propriedades acima em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%B5es_pares_e_%C3%ADmpares.
Não sei sei pode ser considerada uma fonte confiável.

Em 04/08/10, Bernardo Freitas Paulo da Costabernardo...@gmail.com escreveu:
 2010/8/4 Henrique Rennó henrique.re...@gmail.com:
 Estou com uma dúvida a respeito de funções pares e ímpares. Por
 exemplo, as funções f(x) = x^2 e g(x) = 1/x são, respectivamente, par
 e ímpar. Se multiplicarmos uma pela outra temos a função h(x) =
 f(x)*g(x) = (x^2)*(1/x) = (x^2)/x = x, que é uma função ímpar. A
 função i(x) = f(x) + g(x) = x^2 + 1/x é uma função par. Minha dúvida é
 como é possível saber se a função resultante após uma operação entre
 funções é par ou ímpar.
 Uma regra fácil só vale pra multiplicação, por uma razão óbvia... ou
 para operações que não mudam o sinal, ou seja, par (operacao) par é
 sempre par, mas por exemplo ímpar (operação) ímpar nem sempre é par,
 nem sempre é ímpar...

 aliás, i(1) = 1 + 1/1 = 2 != 0 = (-1)^2 + 1/(-1) = i(-1)

 --
 Henrique


 abraços,
 --
 Bernardo Freitas Paulo da Costa

 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 =



-- 
Henrique

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Funções Pares e Ímpares

2010-08-04 Por tôpico Lucas Prado Melo
2010/8/4 Henrique Rennó henrique.re...@gmail.com

 Errei colocando que h(x) = x^2 + 1/x é par. Gostaria de uma
 demonstração das seguintes propriedades:

 - A soma de duas funções de mesma paridade mantém essa paridade.
 - O produto de duas funções de mesma paridade é uma função par.
 - O produto de duas funções com paridades distintas é uma função ímpar.

 Encontrei as propriedades acima em
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%B5es_pares_e_%C3%ADmpares.
 Não sei sei pode ser considerada uma fonte confiável.

As provas são imediatas da definição.
Uma função f é dita impar sse f(-x) = -f(x)
Uma função f é dita par sse f(-x) = f(x)

Então vamos trabalhar com os produtos. Seja g ímpar e f par:
f(-x) * g(-x) = - f(x)*g(x)
Então a função produto é ímpar.

Se ambas forem pares:
f(-x) * g(-x) = f(x) * g(x)
então o produto é par

Se ambas forem ímpares:
f(-x) * g(-x) = (-f(x))*(-g(x))
f(-x) * g(-x) = f(x) * g(x)
então o produto é par

Suponha que f é par e g é par:
Então f(-x) + g(-x) = f(x) + g(x)
Então a função da soma é par

Suponha que f é ímpar e g é impar:
Então f(-x) + g(-x) = -f(x) - g(x) = - (f(x) + g(x))
Então a soma é ímpar.

Note que criamos uma terceira função, diga h em todos os casos.
Nos casos em que trabalhamos com o produto h(x) = f(x) * g(x), e quando
trabalhamos com a soma h(x) = f(x) + g(x)
O que fizemos foi provar nos casos acima que h(-x) = h(x), para quando o h
fosse par, ou que h(-x) = -h(x) quando h fosse ímpar.

-- 
[]'s
Lucas


[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Funções

2009-11-10 Por tôpico luiz silva
Ola Bernardo,
 
Esta questão surgiu por acaso.
 
Deixa eu esclarecer então :
 
O que quero dizer é se f(x) = g(x) para todo x em [a,b], então f(x)=g(x) para 
todo x  .Qto ao segundo questionamento, creio que pode ser composta como 
vc sugeriu.
 
Acho que agora a minha dúvida ficou mais clara, com a sua ajuda. 
 
Abs
Felipe

--- Em ter, 10/11/09, Bernardo Freitas Paulo da Costa bernardo...@gmail.com 
escreveu:


De: Bernardo Freitas Paulo da Costa bernardo...@gmail.com
Assunto: [obm-l] Re: [obm-l] Funções
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Data: Terça-feira, 10 de Novembro de 2009, 13:45


2009/11/10 luiz silva luizfelipec...@yahoo.com.br

 Pessoal,

 Se duas funções algébricas ou trigonométricas f(x) e g(x), contínuas (não sei 
 se é necessário que sejam), possuem a mesma imagem em um intervalo 
 [a,b],  podemos afirmar que f(x)=g(x) ??
O que você quer dizer por possuem a mesma imagem ? f([a,b]) =
g([a,b]) ? ou f(x) = g(x) para todo x em [a,b] ? Veja que é MUITO
diferente, e que uma é bem mais forte do que a outra.

Segunda coisa, o que é uma função trigonométrica pra você ? sin,
cos, etc e tal ? Vale compor ? senão, vale fazer sin(4x + x^2) ? qual
justificativa para essas respostas (bom, pode ser simplesmente um
exercício, mas seria mais legal ver claramente o que se quer fazer
com cada uma)

Terceiro: algumas das situações que eu proponho podem ser triviais
(contra-exemplos evidentes), portanto pense um pouco se não dá pra
achar um contra-exemplo rapidamente se for o caso. E senão, mande ver
!

 Abs
 Felipe

Abraços,
--
Bernardo Freitas Paulo da Costa

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=



  

Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! +Buscados
http://br.maisbuscados.yahoo.com

[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Funções

2009-11-10 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
2009/11/10 luiz silva luizfelipec...@yahoo.com.br

 Ola Bernardo,

 Esta questão surgiu por acaso.
Legal ! Essa é uma questão muito importante !

 Deixa eu esclarecer então :

 O que quero dizer é se f(x) = g(x) para todo x em [a,b], então f(x)=g(x) para 
 todo x  .Qto ao segundo questionamento, creio que pode ser composta 
 como vc sugeriu.
Ok, isso mesmo... agora, precisamos formalizar um pouco mais o que
será o seu funções algébricas e funções trigonométricas, para a
gente poder dar uma resposta correta!

 Acho que agora a minha dúvida ficou mais clara, com a sua ajuda.

 Abs
 Felipe

Se f e g forem polinômios, acho que você consegue provar que realmente
f=g o tempo todo se f=g num intervalo. Se você já estudou funções
complexas, você sabe também que isso vale para quaisquer duas funções
holomorfas. Senão, é exatamente isso que você tem que estudar!! Com um
pouco mais de análise, você pode conseguir demonstrar um resultado
análogo para funções meromorfas, o que permite usar frações. Mas, por
enquanto, nada de raízes, nem logaritmos, só polinômios, exponenciais,
e outras funções regulares (e compostas, portanto seno, cosseno, etc
ok, tangente é mais complicado, mas dá pra incorporar...)

Bom, eu vou ficando por aqui, mas sugiro que você dê uma boa estudada
nisso, ou, se já estudou, continue propondo mais funções que você
gostaria de ver na lista da unicidade!

Um grande abraço,
--
Bernardo Freitas Paulo da Costa

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Funções

2009-10-31 Por tôpico Ralph Teixeira
Oi, Walter. Voce estah usando x=n?

Entao, no fundo no fundo, f(n) NAO EH uma funcao polinomial, porque
tem alguma especie de (-1)^n... O que eu quis dizer eh que f(n) tem
uma formula quadratica para n par, e outra formula quadratica para n
impar.

O que voce indica parece confirmar isto: afinal, se n for par, esse
(-1)^n da formula que voce achou vira 1; juntando com o resto da
formula que voce achou (que nem sei qual eh), deve ficar uma funcao
quadratica em n.

Se n for impar, entao o (-1)^n vira -1; fica OUTRA formula quadratica em n.

Entao f(n)=p(n) se n eh par ou q(n) se n eh impar, onde p(n) e q(n)
sao formulas quadraticas distintas. Foi isso que eu quis dizer.

Para ser sincero, eu nunca cheguei a ver a formula final... mas,
qualquer que fosse o numero n impar, o raciocinio que eu fiz daria
sempre algo do tipo:
f(n)=f(99)+(soma dos termos de uma P.A. com numero de termos que
depende linearmente de n)
Como f(99) eh alguma constante, e a soma dos termos de uma P.A. eh uma
funcao quadratica do numero de termos, eu sabia que f(n)=quadratica(n)
se eu me restringisse para n impar. Entao, nos impares, f(n) eh alguma
funcao quadratica.

Nos pares, por analogia, tambem daria uma funcao quadratica -- mas
esta usaria outra constante e outra P.A! Entao, a principio, nos pares
f tem OUTRA formula quadratica.

Abraco,
  Ralph

P.S.: Agora, note que voce pode definir f(x) DO JEITO QUE QUISER para
0x1, e mesmo assim ha uma funcao f(x) definida nos reais que
coincide com isto que voce inventou no (0,1) e que satisfaz as
condicoes do problema. Entao ha MUITAS funcoes f que satisfazem as
condicoes do problema... Mas todas elas devem ter a formula que voce
achou **nos inteiros**.

2009/10/31 Walter Tadeu Nogueira da Silveira wtade...@gmail.com:
 Muito obrigado, Prof Ralph e colegas

 Terminado a conta encontrei f(15) = -4946 (não esperava esse
 resultado...meio feio(rs))

 Utilizando a fórmula geral aparece no final um (-1)^n .d que não havia
 considerado.

 Esse (-1)^n é a representação desta f(x) para os pares e outra para os
 ímpares?

 Pergunta: Como decido no caso se n é par ou ímpar?
 A função é do 2º grau, mas esse n não é o grau...
 Creio estar confuso nessa observação final do Ralph

 Obrigado mais uma vez


 2009/10/31 Ralph Teixeira ralp...@gmail.com

 Prefiro fazer sem supor nada sobre a f(x), exceto os dados do problema.

 Entao vejamos. Como:
 f(x)+f(x+1)=x^2
 f(x-1)+f(x)=(x-1)^2

 Subtraindo, vem f(x+1)-f(x-1)=2x-1, ou seja, f(x+1)=f(x-1)+(2x-1)

 Isto significa que:
 f(17)=f(15)+31
 f(19)=f(17)+35
 f(21)=f(19)+39
 ...
 f(99)=f(97)+195

 Somando tudo, fica f(99)=f(15)+(31+35+39++195). Dentro dos
 parenteses temos a soma dos termos de uma P.A.; por outro lado, tendo
 f(100), eh facil calcular f(99) pois f(99)+f(100)=99^2.

 Agora eh soh terminar as contas.

 Abraco,
        Ralph

 P.S.: Basicamente, o que este raciocinio mostra eh que f(x) eh um
 polinomio de 2o grau nos impares, e OUTRO polinomio de 2o grau nos
 pares (sem falar dos outros possiveis valores reais de x).

 2009/10/31 Walter Tadeu Nogueira da Silveira wtade...@gmail.com:
  Amigos,
 
  Uma questão dizia:
 
  f(x) + f(x+1) = x²
  f(x) = 10001
  Calcule f(15)
 
  Minha solução:
 
  Se f(x) + f(x+1) = x², então podemos considerar f(x) e f(x+1) como
  funções
  polinomiais de grau 2.
 
  Seja f(x) = ax² + bx +c =0. Então, f(x+1) = a(x+1)² + b(x + 1) + c = 0
 
  Desenvolvendo f(x) + f(x+1) = 2ax² + (2a+2b)x + (a+b+c) = x²
 
  Igualando os coeficientes, temos:
 
  2a = 1. Logo a = 1/2
  2a + 2b = 0. Logo, a = -b e b = -1/2
 
  a+b+c=0. Então c = 0
 
  A função f(x) = x²/2 - x/2
 
  Testando: f(100) + f(101) = 4950 + 5050 = 1 = 100²
 
  Logo, f(15) = 15²/2 - 15/2 = 105
 
  VERIFICAÇÃO: f(15) + f(16) = 105 + 120 = 225 = 15²
 
  DUVIDANDO DE MIM MESMO: Mas f(100) não é 10001.
 
  Alguma ajuda, por favor...
 
  Abraços
  --
  Walter Tadeu Nogueira da Silveira
 
 

 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 =



 --
 Walter Tadeu Nogueira da Silveira
 http://www.professorwaltertadeu.mat.br



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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Funções

2009-10-31 Por tôpico Luciana Rodrigues
 
Carpe Dien
Em 01/11/2009 00:30, Ralph Teixeira  ralp...@gmail.com  escreveu:
Oi, Walter. Voce estah usando x=n?Entao, no fundo no fundo, f(n) NAO EH uma funcao polinomial, porquetem alguma especie de (-1)^n... O que eu quis dizer eh que f(n) temuma formula quadratica para n par, e outra formula quadratica para nimpar.O que voce indica parece confirmar isto: afinal, se n for par, esse(-1)^n da formula que voce achou vira 1; juntando com o resto daformula que voce achou (que nem sei qual eh), deve ficar uma funcaoquadratica em n.Se n for impar, entao o (-1)^n vira -1; fica OUTRA formula quadratica em n.Entao f(n)=p(n) se n eh par ou q(n) se n eh impar, onde p(n) e q(n)sao formulas quadraticas distintas. Foi isso que eu quis dizer.Para ser sincero, eu nunca cheguei a ver a formula final... mas,qualquer que fosse o numero n impar, o raciocinio que
  eu fiz dariasempre algo do tipo:f(n)=f(99)+(soma dos termos de uma P.A. com numero de termos quedepende linearmente de n)Como f(99) eh alguma constante, e a soma dos termos de uma P.A. eh umafuncao quadratica do numero de termos, eu sabia que f(n)=quadratica(n)se eu me restringisse para n impar. Entao, nos impares, f(n) eh algumafuncao quadratica.Nos pares, por analogia, tambem daria uma funcao quadratica -- masesta usaria outra constante e outra P.A! Entao, a principio, nos paresf tem OUTRA formula quadratica.Abraco,RalphP.S.: Agora, note que voce pode definir f(x) DO JEITO QUE QUISER para0coincide com isto que voce inventou no (0,1) e que satisfaz ascondicoes do problema. Entao ha MUITAS funcoes f que satisfazem ascondicoes do problema... Mas todas elas devem ter a formula que voceachou **nos inteiros**.2009/10/31 Walter Tadeu Nogueira da Sil
 veira : Muito obrigado, Prof Ralph e colegas Terminado a conta encontrei f(15) = -4946 (não esperava esse resultado...meio feio(rs)) Utilizando a fórmula geral aparece no final um (-1)^n .d que não havia considerado. Esse (-1)^n é a representação desta f(x) para os pares e outra para os ímpares? Pergunta: Como decido no caso se "n" é par ou ímpar? A função é do 2º grau, mas esse "n" não é o grau... Creio estar confuso nessa observação final do Ralph Obrigado mais uma vez 2009/10/31 Ralph Teixeira  Prefiro fazer sem supor nada sobre a f(x), exceto os dados do problema. Entao vejamos. Como: f(x)+f(x+1)=x^2 f(x-1)+f(x)=(x-1)^2 Subtraindo, vem f(x+1)-f(x-1)=2x-1, ou
  seja, f(x+1)=f(x-1)+(2x-1) Isto significa que: f(17)=f(15)+31 f(19)=f(17)+35 f(21)=f(19)+39 ... f(99)=f(97)+195 Somando tudo, fica f(99)=f(15)+(31+35+39++195). Dentro dos parenteses temos a soma dos termos de uma P.A.; por outro lado, tendo f(100), eh facil calcular f(99) pois f(99)+f(100)=99^2. Agora eh soh terminar as contas. Abraco,        Ralph P.S.: Basicamente, o que este raciocinio mostra eh que f(x) eh um polinomio de 2o grau nos impares, e OUTRO polinomio de 2o grau nos pares (sem falar dos outros possiveis valores reais de x). 2009/10/31 Walter Tadeu Nogueira da Silveira :  Amigos,   Uma questão dizi
 a:   f(x) + f(x+1) = x²  f(x) = 10001  Calcule f(15)   Minha solução:   Se f(x) + f(x+1) = x², então podemos considerar f(x) e f(x+1) como  funções  polinomiais de grau 2.   Seja f(x) = ax² + bx +c =0. Então, f(x+1) = a(x+1)² + b(x + 1) + c = 0   Desenvolvendo f(x) + f(x+1) = 2ax² + (2a+2b)x + (a+b+c) = x²   Igualando os coeficientes, temos:   2a = 1. Logo a = 1/2  2a + 2b = 0. Logo, a = -b e b = -1/2   a+b+c=0. Então c = 0   A função f(x) = x²/2 - x/2   Testando: f(100) + f(101) = 4950 + 5050 = 1 = 100²
 ;   Logo, f(15) = 15²/2 - 15/2 = 105   VERIFICAÇÃO: f(15) + f(16) = 105 + 120 = 225 = 15²   DUVIDANDO DE MIM MESMO: Mas f(100) não é 10001.   Alguma ajuda, por favor...   Abraços  --  Walter Tadeu Nogueira da Silveira   = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html = -- Walter Tadeu Nogueira da Silveira http://www.professorwaltertadeu.mat.br
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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Funções

2009-10-31 Por tôpico Luciana Rodrigues
 
Carpe Dien
Em 31/10/2009 17:12, Walter Tadeu Nogueira da Silveira  wtade...@gmail.com  escreveu:

Muito obrigado, Prof Ralph e colegas
 
Terminado a conta encontrei f(15) = -4946 (não esperava esse resultado...meio feio(rs))
 
Utilizando a fórmula geral aparece no final um (-1)^n .d que não havia considerado.
 
Esse (-1)^n é a representação desta f(x) para os pares e outra para os ímpares?
 
Pergunta: Como decido no caso se "n" é par ou ímpar?
A função é do 2º grau, mas esse "n" não é o grau...
Creio estar confuso nessa observação final do Ralph
 
Obrigado mais uma vez
 
2009/10/31 Ralph Teixeira ralp...@gmail.com
Prefiro fazer sem supor nada sobre a f(x), exceto os dados do problema.Entao vejamos. Como:f(x)+f(x+1)=x^2f(x-1)+f(x)=(x-1)^2Subtraindo, vem f(x+1)-f(x-1)=2x-1, ou seja, f(x+1)=f(x-1)+(2x-1)Isto significa que:f(17)=f(15)+31f(19)=f(17)+35f(21)=f(19)+39...f(99)=f(97)+195Somando tudo, fica f(99)=f(15)+(31+35+39++195). Dentro dosparenteses temos a soma dos termos de uma P.A.; por outro lado, tendof(100), eh facil calcular f(99) pois f(99)+f(100)=99^2.Agora eh soh terminar as contas.Abraco,       RalphP.S.: Basicamente, o que este raciocinio mostra eh que f(x) eh umpolinomio de 2o grau nos impares, e OUTRO polinomio de 2o grau nospares (sem falar dos outros possiveis valores reais de x).2009/10/3
 1 Walter Tadeu Nogueira da Silveira wtade...@gmail.com:

 Amigos, Uma questão dizia: f(x) + f(x+1) = x² f(x) = 10001 Calcule f(15) Minha solução: Se f(x) + f(x+1) = x², então podemos considerar f(x) e f(x+1) como funções polinomiais de grau 2. Seja f(x) = ax² + bx +c =0. Então, f(x+1) = a(x+1)² + b(x + 1) + c = 0 Desenvolvendo f(x) + f(x+1) = 2ax² + (2a+2b)x + (a+b+c) = x² Igualando os coeficientes, temos: 2a = 1. Logo a = 1/2 2a + 2b = 0. Logo, a = -b e b = -1/2 a+b+c=0. Então c = 0 A função f(x) = x²/2 - x/2 Testando: f(100) + f(101) = 4950 + 5050 = 1 = 100² Logo, f(15) = 15²/2 - 15/2 = 105 VERIFICAÇÃO: f(15) + f(16) = 105 + 120 = 225 = 15² DUVIDANDO DE MIM MESMO: Mas f(
 100) não é 10001. Alguma ajuda, por favor... Abraços -- Walter Tadeu Nogueira da Silveira


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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Funções inversas

2004-02-13 Por tôpico Rafael
Nicolau,

Embora tenha eu aprendido o método de Tartaglia de outra forma, devo
elogiá-lo pela didática ao explicar. Não querendo resgatar a discussão
anterior sobre o ensino da Matemática para o Ensino Médio, faço um
comentário breve após ler a sua aula: infelizmente, quando um professor
atinge certa proficiência na arte de ensinar, tornando-se claro até para um
leigo, ele adquire outros objetivos -- avançar nos estudos, dar aulas para o
Ensino Superior, examinar temas de Olimpíadas, fazer pesquisas etc. --, o
que é muitíssimo louvável evidentemente, mas não deixa de ser também uma
perda para aqueles que não terão um professor tão hábil logo de início, e
muitos (ou a maioria) adquirem o misterioso desinteresse. Veja, não é
minha intenção criticar isto ou aquilo, e sim observar que muitas falhas não
pertencem aos alunos somente, mas ao que há de mais natural tanto para o
aluno quanto para o professor: o amadurecimento ao aprender e ao ensinar
(simultâneo para ambos). A confiança que um professor demonstre por aquilo
que ensina certamente é capaz de cativar a curiosidade dos alunos, os quais
encontrariam motivação de estudo na Matemática.
O trabalho de longos anos do Prof. Luiz Barco (USP) é um exemplo a ser
considerado: o interesse por mostrar que qualquer assunto dentro da
Matemática, seja ele de nível elevadíssimo ou não, pode ser explicado e
entendido por qualquer pessoa desde que a *linguagem* seja trabalhada nesse
sentido. E eis o maior crime a que muitos matemáticos não se furtam: abusar
da linguagem em detrimento da clareza.


Sinceramente,

Rafael de A.Sampaio




- Original Message -
From: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Thursday, February 12, 2004 12:25 PM
Subject: [obm-l] Re: [obm-l] Funções inversas


 On Thu, Feb 12, 2004 at 10:54:31AM -0200, Claudio Buffara wrote:
  Por outro lado, eh possivel achar uma expressao
  para a inversa de k:R _ R dada por k(x) = x^3 + 3x. Voce consegue?

 A dica para resolver este problema é ler a minha mensagem de ontem.

 []s, N.


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[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Funções booleanas

2003-03-06 Por tôpico Domingos Jr.
 Interessante a sua prova por indução. Pra mim, o seguinte argumento já
seria
 convincente:

exatamente como o Wendel disse, a prova em si não é o fato de que ao criar
um conectivo ele pode ser expresso como uma combinação desses 3, mas sim
provar que toda função pode ser expressa com eles (como o NOU descrito por
você substitui esses 3 dá pra usar somente um conectivo, mas as fórmulas
iriam ficar grandes demais...).

 Uma aplicação que me interessa é o uso destas expressões booleanas para se
 resolver problemas de lógica. Por exemplo, o das escravas de olhos azuis
do
 Homem que Calculava. Suponha que existam N escravas, cujos olhos estão
 escondidos. Sabe-se que existem escravas de olhos azuis e de olhos pretos.
 As de olhos azuis mentem sempre e as de olhos pretos sempre falam a
verdade.
 Que pergunta você faria a uma delas (escolhida ao acaso já que não se pode
 ver os olhos de nehuma), a fim de descobrir qual a cor dos olhos de cada
uma
 delas?

Pergunta: A menina do seu lado tem a mesma cor dos seus olhos?
SIM (se for verdade, foi resposta dada por uma menina de olhos pretos, se
for mentira é dada por uma de olhos azuis, logo o olho da menina é preto)
NÃO (se for verdade é dado por uma menina de olho preto, logo a menina tem
olho azul, se for mentira foi dado por uma menina de olho azul, logo a
menina ao lado tem olho azul).

concluímos que se a resposta for SIM a menina ao lado tem olho preto e se
for NÃO tem olho azul.

[ ]'s

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[obm-l] RE: [obm-l] Re: [obm-l] funções e poliminós

2002-03-26 Por tôpico Ralph Teixeira

 2.Determine todas as funções estritamente crescentes f:N-N tais que 
f(n+f(n))=2f(n) 

Interessante A resposta é múltipla:

i) Qualquer função do tipo f(n)=n+a para a=0 fixo;
ii) Ou qualquer função do tipo f(0)=0 e f(n)=n+a para n0, com a=0 fixo.

Em primeiro lugar note que, se f é estritamente crescente, então
f(n+1)=f(n)+1, e a igualdade só ocorre se f(n) e f(n+1) forem consecutivos,
certo? Ora, assim, f(a+b)=f(a+b-1)+1=f(a+b-2)+2=...=f(a)+b para
quaisquer a,b naturais. A igualdade (f(a+b)=f(a)+b) só ocorre se
f(a),f(a+1), f(a+2),...,f(a+b) forem números consecutivos!

Em particular, f(n+f(n))=f(n)+f(n)=2f(n); a igualdade só ocorre se f(n),
f(n+1), f(n+2), ..., f(n+f(n)) forem todos consecutivos!

(Fazendo um pequeno aparte, note que se f é estritamente crescente, então
f(n)=0 só pode ter, no máximo, n=0 como solução.)

Como a igualdade OCORRE, olhe os dois primeiros termos da lista:
f(n+1)=f(n)+1 para qualquer n (exceto possivelmente se f(n)=0, quando a
nossa lista acima só tem f(n) e nem chega até f(n+1), de qualquer forma,
isto só pode ocorrer se n=0, né?).

Agora é fácil: como f(n+1)=f(n)+1 para qualquer n (exceto 0), tem-se
f(n)=n+a para qualquer n (onde a é fixo; a=f(1)-1, digamos).

Verifiquemos se precisa de mais algo: tomando f(n)=n+a, tem-se

f(n+f(n))=f(n+(n+a))=f(2n+a)=(2n+a)+a=2n+2a=2f(n) (OK!)

Enfim, para n=0 temos:

i) Se f(0)=0, então f(0+f(0))=f(0+0)=f(0)=0, e 2f(0)=0; funciona ok.
ii) Se f(0)=x0, então f(0+f(0))=f(0+x)=x+a, e 2f(0)=2x; conclui-se que
x+a=2x, isto é, f(0)=a. Pode ser também!

Resposta final:

f(n)=n+a para a fixo e qualquer n0
f(0)=0 OU f(0)=a (escolha o que você quiser).

3. É possível empacotar 250 tijolos 1x1x4 em uma caixa de dimensões 
10x10x10?

 H Nao.

 Sejam (i,j,k) os índices de cada um dos cubinhos 1x1x1 da caixa
10x10x10 (0=i,j,k=9).
 Sejam A0={cubinhos onde i+j+k=0 mod 4}, A1={cubinhos onde i+j+k=1 mod
4}, A2={=2 mod4} e A3={=3 mod 4}. Em outras palavras, An é o
conjunto dos cubinhos cujos índices i+j+k deixam resto n na divisão por 4.

 Bom, primeiro convença-se de que cada tijolo 1x1x4 necessariamente
ocupará um cubinho de cada tipo (A0, A1, A2, A3). Assim, se fosse possível
cobrir a caia 10x10x10, teríamos 250 cubinhos de cada tipo.

 Mas quantos cubinhos do tipo A0 existem? Bom, a resposta é: há tantos
cubinhos quantas forem as soluções de i+j+k=4m com 0=i,j,k=9. Olhando só
os restos na divisão por 4, temos as seguintes opções para i, j e k:
{0,1,2,3,0,1,2,3,0,1}. Veja os casos (tudo é feito modulo 4):

i) i=0 (3 opções) então j+k=0; temos j=0,k=0 (3x3 opções) ou j=1,k=3 (3x2
opções) ou j=k=2 (2x2 opções) ou j=3,k=1 (2x3 opções).
TOTAL DE SOLUÇÕES AQUI: 3.(9+6+4+6) = 75

ii) i=1 (3 opções) então j+k=3; as opções para (j,k) são (0,3), (1,2), (2,1)
ou (3,0) com 3x2+3x2+2x3+2x3=24 opções para j e k.
TOTAL: 3x24=72 opções aqui.

iii) i=2 (2 opções) então j+k=2; (j,k)=(0,2),(1,1),(2,0) ou (3,3). Total:
2x(3x2+3x3+2x3+2x2)=50 opções

iv) i=3 (2 opções) e j+k=1; (j,k)=(0,1),(1,0),(2,3)ou(3,2) com
2x(3x3+3x3+2x2+2x2)=52 opções.

Ou seja, há um total de 75+72+50+52=249 cubinhos do tipo A0. Mas, para
cobrir o cubo 10x10x10 com aqueles tijolinhos, teríamos de cobrir 250
cubinhos do tipo A0! Absurdo, portanto não é possível cobri-los.

--//--

Você podia contar cubinhos no braço também... Fica mais fácil de ver numa
figura, mas a idéia é que os cubinhos A0 são dos tipos:
 i+j+k=0 (o cubinho do canto)
 i+j+k=4 (um plano de cubinhos; use combinatória ou conte mesmo os
cubinhos aqui caso a caso: i=0 implica j+k=4, com 5 soluções; i=1 implica
j+k=3, com 4 soluções;... etc etc TOTAL: 5+4+3+2+1=15 cubinhos)
 i+j+k=8 (outro plano de cubinhos, com 9+8+7+6+...+1=45 cubinhos)
 i+j+k=12 (7+8+9+10+9+8+7+6+5+4=73 cubinhos)
 i+j+k=16 (3+4+5+6+7+8+9+10+9+8=69 cubinhos)
 i+j+k=20 (1+2+3+4+5+6+7+8=45 cubinhos)
 i+j+k=24 (1+2+3+4=10 cubinhos)
 i+j+k=28 (não dá mais)

Em suma, há

1+
1+2+3+4+5+
1+2+3+4+5+6+7+8+9+
  4+5+6+7+8+9+10+9+8+7+
  8+9+10+9+8+7+6+5+4+3+
   8+7+6+5+4+3+2+1+
   4+3+2+1 =
=1+15+45+73+69+36+10=249 cubinhos do tipo A0. O absurdo é o mesmo.
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