Res: [obm-l] russia 1999

2007-07-02 Por tôpico Klaus Ferraz
Agora sim. Entendi. Idéia que o Nicolau usou realmente foi bastante artificial!
Bom, valeu Mauricio, desculpe o incômodo.
Um abraço.


- Mensagem original 
De: Maurício Collares [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Domingo, 1 de Julho de 2007 11:14:58
Assunto: Re: [obm-l] russia 1999


Tome inicialmente t = -1/2 e a = 1/2. Temos, pela desigualdade que o
Nicolau enunciou, que:

c(-1,1/2)  c(-1, 0)  c(-1/2, 0)

A segunda dessas desigualdades vai ser usada. Se colocarmos agora t =
-1/4 e a = 1/4:

c(-1/2, -1/4)  c(-1/2, 0)  c(-1/4, 0)

ou seja, obtemos c(-1,0)  c(-1/2,0)  c(-1/4, 0)  c(-1/8, 0)  ...,
se continuarmos com valores de t e a apropriados indefinidamente. Por
outro lado, colocando t = 1/2 e a = 1/2, temos

c(0,1/2)  c(0,1)  c(1/2, 1)

Para t = 1/4 e a = 1/4, temos:

c(0, 1/4)  c(0, 1/2)  c(1/4, 1/2)

Ou seja, conseguimos ...  c(0, 1/4)  c(0, 1/2)  c(0, 1) se
continuarmos o procedimento indefinidamente. Mas, colocando t = 0 e a
= 1,  temos:

c(-1, 0)  c(-1, 1)  c(0, 1)

Agora, colocando t = 0 e a = 1/2:

c(-1/2, 0)  c(-1/2, 1/2)  c(0,1/2).

Ou seja, se continuarmos indefinidamente, temos que as desigualdades
encaixam (c(-1/2,0)  c(0,1/2), mas pela desigualdades anteriores,
c(-1, 0)  c(-1/2, 0) e c(0, 1/2)  c(0, 1). Logo c(-1, 0)  c(-1/2,
0)  c(0, 1/2)  c(0,1)).

Talvez tenha um jeito mais fácil de visualizar isso, mas foi assim que
eu entendi.

--
Abraços,
Maurício

On 7/1/07, Klaus Ferraz [EMAIL PROTECTED] wrote:

 Só não entendi como que a partir da desigualdade c(t-a,t) 
 c(t-a,t+a)c(t,t+a) ele chegou que:
 c(-1,0)  c(-1/2,0)  c(-1/4,0)  c(-1/8,0)  ...
  ...  c(0,1/8)  c(0,1/4)  c(0,1/2)  c(0,1).
 Vlw.

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
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Re: Res: [obm-l] russia 1999

2007-07-02 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
Normalmente eu não mando mensagens só para agradecer, 
mas eu acho que realmente devo agradecer ao Mauricio
pela paciência que ele teve em explicar a minha solução
enquanto eu não estava por aqui! Valeu!

[]s, N.

On Mon, Jul 02, 2007 at 04:08:22AM -0700, Klaus Ferraz wrote:
 Agora sim. Entendi. Idéia que o Nicolau usou realmente foi bastante 
 artificial!
 Bom, valeu Mauricio, desculpe o incômodo.
 Um abraço.
 
 
 - Mensagem original 
 De: Maurício Collares [EMAIL PROTECTED]
 Para: obm-l@mat.puc-rio.br
 Enviadas: Domingo, 1 de Julho de 2007 11:14:58
 Assunto: Re: [obm-l] russia 1999
 
 
 Tome inicialmente t = -1/2 e a = 1/2. Temos, pela desigualdade que o
 Nicolau enunciou, que:
 
 c(-1,1/2)  c(-1, 0)  c(-1/2, 0)
...
=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: [obm-l] russia 1999

2007-07-02 Por tôpico Henrique Rennó

Na desigualdade, o = seria apenas , não?

On 6/30/07, Maurício Collares [EMAIL PROTECTED] wrote:


On 6/30/07, Danilo Nascimento [EMAIL PROTECTED] wrote:

 bom ele chamou r=t+a e s=t-a. ficando (f(t+a)+f(t-a))/2f(t). Agora
 Devemos ter c(t-a,t)  c(t-a,t+a)  c(t,t+a) se a  0.
 Que desigualdade eh essa?

Imaginando o gráfico fica mais fácil. Estamos supondo que a condição
do problema não vale para nenhum par de pontos, logo o ponto (t, f(t))
está abaixo da reta que liga os pontos (t-a, f(t-a)) e (t+a, f(t+a))
(faça o desenho para visualizar melhor). Assim, o coeficiente angular
da reta que liga os pontos de abscissas t-a e t+a é *maior* que o
coeficiente angular da reta que liga os ponto de abscissas t-a, pois o
coeficiente angular da primeira é (f(t+a) - f(t-a))/2a e o da segunda
é (f(t) - f(t-a))/a. Assim, usando a desigualdade (f(r)+f(s))/2 
f((r+s)/2), temos (lembre que a desigualdade citada está sendo usada
porque estamos executando uma prova por contradição):

(f(t+a) - f(t-a))/2a = (f(t+a) + f(t-a) - 2f(t-a))/2a = ((f(t+a) +
f(t-a))/2 - f(t-a))/a
= f(t)/a - f(t-a)/a = (f(t) - f(t-a))/a

Isso prova a primeira metade da desigualdade enunciada pelo Nicolau
(c(t-a,t)  c(t-a,t+a)). Podemos fazer algo similar para a segunda
desigualdade, mas, sinceramente, fazer isso algebricamente é apenas um
exercício de formalismo: as idéias estão contidas no desenho, e podem
ser traduzidas. Se você não conseguir, me avise que eu refaço.

Os coeifcientes precisam ser inteiros porque o contradomínio da função
é o conjunto Z. Como o coeficiente angular é definido por (delta
Y)/(delta X) e temos que o delta Y é inteiro (pois o contradomínio é
Z) e o delta X foi escolhido para ser um inverso de inteiro (estes são
os 1, 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, ... da mensagem do Nicolau), acabamos
concluindo que tal quociente é inteiro.

--
Abraços,
Maurício

=
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=





--
Henrique


Re: [obm-l] russia 1999

2007-07-02 Por tôpico Maurício Collares

Sim, é verdade, a desigualdade é realmente estrita. Eu mandei um email
corrigindo isso, mas peço desculpas pela confusão.

--
Abraços,
Maurício

On 7/2/07, Henrique Rennó [EMAIL PROTECTED] wrote:

=
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Res: [obm-l] russia 1999

2007-07-01 Por tôpico Klaus Ferraz
Só não entendi como que a partir da desigualdade c(t-a,t)  c(t-a,t+a)c(t,t+a) 
ele chegou que:
c(-1,0)  c(-1/2,0)  c(-1/4,0)  c(-1/8,0)  ...
 ...  c(0,1/8)  c(0,1/4)  c(0,1/2)  c(0,1).  
Vlw.

- Mensagem original 
De: Maurício Collares [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Sábado, 30 de Junho de 2007 18:03:48
Assunto: Re: [obm-l] russia 1999


On 6/30/07, Danilo Nascimento [EMAIL PROTECTED] wrote:

 bom ele chamou r=t+a e s=t-a. ficando (f(t+a)+f(t-a))/2f(t). Agora
 Devemos ter c(t-a,t)  c(t-a,t+a)  c(t,t+a) se a  0.
 Que desigualdade eh essa?

Imaginando o gráfico fica mais fácil. Estamos supondo que a condição
do problema não vale para nenhum par de pontos, logo o ponto (t, f(t))
está abaixo da reta que liga os pontos (t-a, f(t-a)) e (t+a, f(t+a))
(faça o desenho para visualizar melhor). Assim, o coeficiente angular
da reta que liga os pontos de abscissas t-a e t+a é *maior* que o
coeficiente angular da reta que liga os ponto de abscissas t-a, pois o
coeficiente angular da primeira é (f(t+a) - f(t-a))/2a e o da segunda
é (f(t) - f(t-a))/a. Assim, usando a desigualdade (f(r)+f(s))/2 
f((r+s)/2), temos (lembre que a desigualdade citada está sendo usada
porque estamos executando uma prova por contradição):

(f(t+a) - f(t-a))/2a = (f(t+a) + f(t-a) - 2f(t-a))/2a = ((f(t+a) +
f(t-a))/2 - f(t-a))/a
= f(t)/a - f(t-a)/a = (f(t) - f(t-a))/a

Isso prova a primeira metade da desigualdade enunciada pelo Nicolau
(c(t-a,t)  c(t-a,t+a)). Podemos fazer algo similar para a segunda
desigualdade, mas, sinceramente, fazer isso algebricamente é apenas um
exercício de formalismo: as idéias estão contidas no desenho, e podem
ser traduzidas. Se você não conseguir, me avise que eu refaço.

Os coeifcientes precisam ser inteiros porque o contradomínio da função
é o conjunto Z. Como o coeficiente angular é definido por (delta
Y)/(delta X) e temos que o delta Y é inteiro (pois o contradomínio é
Z) e o delta X foi escolhido para ser um inverso de inteiro (estes são
os 1, 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, ... da mensagem do Nicolau), acabamos
concluindo que tal quociente é inteiro.

--
Abraços,
Maurício

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Re: [obm-l] russia 1999

2007-07-01 Por tôpico Maurício Collares

Tome inicialmente t = -1/2 e a = 1/2. Temos, pela desigualdade que o
Nicolau enunciou, que:

c(-1,1/2)  c(-1, 0)  c(-1/2, 0)

A segunda dessas desigualdades vai ser usada. Se colocarmos agora t =
-1/4 e a = 1/4:

c(-1/2, -1/4)  c(-1/2, 0)  c(-1/4, 0)

ou seja, obtemos c(-1,0)  c(-1/2,0)  c(-1/4, 0)  c(-1/8, 0)  ...,
se continuarmos com valores de t e a apropriados indefinidamente. Por
outro lado, colocando t = 1/2 e a = 1/2, temos

c(0,1/2)  c(0,1)  c(1/2, 1)

Para t = 1/4 e a = 1/4, temos:

c(0, 1/4)  c(0, 1/2)  c(1/4, 1/2)

Ou seja, conseguimos ...  c(0, 1/4)  c(0, 1/2)  c(0, 1) se
continuarmos o procedimento indefinidamente. Mas, colocando t = 0 e a
= 1,  temos:

c(-1, 0)  c(-1, 1)  c(0, 1)

Agora, colocando t = 0 e a = 1/2:

c(-1/2, 0)  c(-1/2, 1/2)  c(0,1/2).

Ou seja, se continuarmos indefinidamente, temos que as desigualdades
encaixam (c(-1/2,0)  c(0,1/2), mas pela desigualdades anteriores,
c(-1, 0)  c(-1/2, 0) e c(0, 1/2)  c(0, 1). Logo c(-1, 0)  c(-1/2,
0)  c(0, 1/2)  c(0,1)).

Talvez tenha um jeito mais fácil de visualizar isso, mas foi assim que
eu entendi.

--
Abraços,
Maurício

On 7/1/07, Klaus Ferraz [EMAIL PROTECTED] wrote:


Só não entendi como que a partir da desigualdade c(t-a,t) 
c(t-a,t+a)c(t,t+a) ele chegou que:
c(-1,0)  c(-1/2,0)  c(-1/4,0)  c(-1/8,0)  ...
 ...  c(0,1/8)  c(0,1/4)  c(0,1/2)  c(0,1).
Vlw.


=
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Res: [obm-l] russia 1999

2007-06-30 Por tôpico Danilo Nascimento
bom ele chamou r=t+a e s=t-a. ficando (f(t+a)+f(t-a))/2f(t). Agora  Devemos 
ter c(t-a,t)  c(t-a,t+a)  c(t,t+a) se a  0.
Que desigualdade eh essa? 
Assim
c(-1,0)  c(-1/2,0)  c(-1/4,0)  c(-1/8,0)  ...
 ...  c(0,1/8)  c(0,1/4)  c(0,1/2)  c(0,1).  Tb nao sei de onde veio?
Por que os coeficientes angulares devem ser inteiros?
Grato.


- Mensagem original 
De: Maurício Collares [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Sexta-feira, 29 de Junho de 2007 21:12:37
Assunto: Re: [obm-l] russia 1999


Klaus,

A solução do Nicolau é muito bonita. Tem algum detalhe em específico
que você não tenha entendido? Ele só chamou o coeficiente angular da
reta que liga os pontos (r,f(r)) e (s, f(s)) de c(r,s) para deixar a
notação um pouco mais leve, eu acho.

A idéia é que, se não existissem pontos que satisfizessem isso, então,
(f(t+a) + f(t-a))/2  f(t), ou seja, teríamos que a reta que liga o
ponto de abscissa t-a ao ponto de abscissa t+a estaria acima do ponto
de abscissa t. Assim, a desigualdade dos coeficientes está
estabelecida (basta aplicar a definição de coeficiente angular).
Substituindo pelos pontos que o Nicolau escolheu, temos uma
contradição (pois os coeficientes angulares das retas que ligam os
pares de pontos na solução do Nicolau são inteiros, visto que são a
divisão de um inteiro por um inverso de inteiro, e entre dois inteiros
existem apenas um número finito de inteiros.)

--
Abraços,
Maurício

On 6/29/07, Klaus Ferraz [EMAIL PROTECTED] wrote:

 Olá prof. Nicolau,
  poderia ser mais claro? Entendi nada da solução do problema.
 Porque vc chamou c(r,s) o coeficiente angular da reta? de onde veio isso? a
 idéia q eu propus da desigualdade de jensen, nao vale?
 Grato.


 - Mensagem original 
 De: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
 Para: obm-l@mat.puc-rio.br
 Enviadas: Sexta-feira, 29 de Junho de 2007 11:09:43
 Assunto: Re: [obm-l] russia 1999



 On Fri, Jun 29, 2007 at 05:26:32AM -0700, Klaus Ferraz wrote:
   (Russia-1999)  Suponha f: Q--Z, mostre que existem dois racionais
 distintos
   r e s tais que (f(r)+f(s))/2=f((r+s)/2).

 Chamemos de c(r,s) o coeficiente angular da reta
 que passa por (r,f(r)) e (s,f(s)).
 Suponha por absurdo que falhe a conclusão do problema.
 Devemos ter c(t-a,t)  c(t-a,t+a)  c(t,t+a) se a  0.
 Assim
 c(-1,0)  c(-1/2,0)  c(-1/4,0)  c(-1/8,0)  ...
 ...  c(0,1/8)  c(0,1/4)  c(0,1/2)  c(0,1).
 Mas estes coeficientes angulares são todos inteiros, o que é um absurdo.

 []s, N.
 =
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Re: [obm-l] russia 1999

2007-06-30 Por tôpico Maurício Collares

A última desigualdade na linha abaixo é estrita, claro. Desculpe pelo
erro de digitação.

--
Abraços,
Maurício

On 6/30/07, Maurício Collares [EMAIL PROTECTED] wrote:

On 6/30/07, Danilo Nascimento [EMAIL PROTECTED] wrote:

(f(t+a) - f(t-a))/2a = (f(t+a) + f(t-a) - 2f(t-a))/2a = ((f(t+a) +
f(t-a))/2 - f(t-a))/a
= f(t)/a - f(t-a)/a = (f(t) - f(t-a))/a




=
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=


Re: [obm-l] russia 1999

2007-06-30 Por tôpico Maurício Collares

On 6/30/07, Danilo Nascimento [EMAIL PROTECTED] wrote:


bom ele chamou r=t+a e s=t-a. ficando (f(t+a)+f(t-a))/2f(t). Agora
Devemos ter c(t-a,t)  c(t-a,t+a)  c(t,t+a) se a  0.
Que desigualdade eh essa?


Imaginando o gráfico fica mais fácil. Estamos supondo que a condição
do problema não vale para nenhum par de pontos, logo o ponto (t, f(t))
está abaixo da reta que liga os pontos (t-a, f(t-a)) e (t+a, f(t+a))
(faça o desenho para visualizar melhor). Assim, o coeficiente angular
da reta que liga os pontos de abscissas t-a e t+a é *maior* que o
coeficiente angular da reta que liga os ponto de abscissas t-a, pois o
coeficiente angular da primeira é (f(t+a) - f(t-a))/2a e o da segunda
é (f(t) - f(t-a))/a. Assim, usando a desigualdade (f(r)+f(s))/2 
f((r+s)/2), temos (lembre que a desigualdade citada está sendo usada
porque estamos executando uma prova por contradição):

(f(t+a) - f(t-a))/2a = (f(t+a) + f(t-a) - 2f(t-a))/2a = ((f(t+a) +
f(t-a))/2 - f(t-a))/a
   = f(t)/a - f(t-a)/a = (f(t) - f(t-a))/a

Isso prova a primeira metade da desigualdade enunciada pelo Nicolau
(c(t-a,t)  c(t-a,t+a)). Podemos fazer algo similar para a segunda
desigualdade, mas, sinceramente, fazer isso algebricamente é apenas um
exercício de formalismo: as idéias estão contidas no desenho, e podem
ser traduzidas. Se você não conseguir, me avise que eu refaço.

Os coeifcientes precisam ser inteiros porque o contradomínio da função
é o conjunto Z. Como o coeficiente angular é definido por (delta
Y)/(delta X) e temos que o delta Y é inteiro (pois o contradomínio é
Z) e o delta X foi escolhido para ser um inverso de inteiro (estes são
os 1, 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, ... da mensagem do Nicolau), acabamos
concluindo que tal quociente é inteiro.

--
Abraços,
Maurício

=
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Re: [obm-l] russia 1999

2007-06-30 Por tôpico Maurício Collares

Putz! Eu não sei mais digitar, desculpem pelo flood :)

Onde eu disse é *maior* que o coeficiente angular da reta que liga os
ponto de abscissas t-a, eu quis dizer é *maior* que o coeficiente
angular da reta que liga os pontos de abscissas t-a e t.

--
Abraços,
Maurício

On 6/30/07, Maurício Collares [EMAIL PROTECTED] wrote:

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


[obm-l] russia 1999

2007-06-29 Por tôpico Klaus Ferraz
Ola senhores,
 (Russia-1999)  Suponha f: Q--Z, mostre que existem dois racionais distintos r 
e s tais que
(f(r)+f(s))/2=f((r+s)/2).
Minha idéia: Tentei aplicar jensen mas eu num sei se vale. Tomei r e s em um um 
intervalo (a,b) contido em Q e tomei f côncova nesse intervalo. 
num sei se tah ok!?


   

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Re: [obm-l] russia 1999

2007-06-29 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Fri, Jun 29, 2007 at 05:26:32AM -0700, Klaus Ferraz wrote:
  (Russia-1999)  Suponha f: Q--Z, mostre que existem dois racionais distintos
  r e s tais que (f(r)+f(s))/2=f((r+s)/2).

Chamemos de c(r,s) o coeficiente angular da reta
que passa por (r,f(r)) e (s,f(s)).
Suponha por absurdo que falhe a conclusão do problema.
Devemos ter c(t-a,t)  c(t-a,t+a)  c(t,t+a) se a  0.
Assim
c(-1,0)  c(-1/2,0)  c(-1/4,0)  c(-1/8,0)  ... 
...  c(0,1/8)  c(0,1/4)  c(0,1/2)  c(0,1).
Mas estes coeficientes angulares são todos inteiros, o que é um absurdo.

[]s, N.
=
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http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Res: [obm-l] russia 1999

2007-06-29 Por tôpico Klaus Ferraz
Olá prof. Nicolau,
 poderia ser mais claro? Entendi nada da solução do problema. 
Porque vc chamou c(r,s) o coeficiente angular da reta? de onde veio isso? a 
idéia q eu propus da desigualdade de jensen, nao vale?
Grato. 


- Mensagem original 
De: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Sexta-feira, 29 de Junho de 2007 11:09:43
Assunto: Re: [obm-l] russia 1999


On Fri, Jun 29, 2007 at 05:26:32AM -0700, Klaus Ferraz wrote:
  (Russia-1999)  Suponha f: Q--Z, mostre que existem dois racionais distintos
  r e s tais que (f(r)+f(s))/2=f((r+s)/2).

Chamemos de c(r,s) o coeficiente angular da reta
que passa por (r,f(r)) e (s,f(s)).
Suponha por absurdo que falhe a conclusão do problema.
Devemos ter c(t-a,t)  c(t-a,t+a)  c(t,t+a) se a  0.
Assim
c(-1,0)  c(-1/2,0)  c(-1/4,0)  c(-1/8,0)  ... 
...  c(0,1/8)  c(0,1/4)  c(0,1/2)  c(0,1).
Mas estes coeficientes angulares são todos inteiros, o que é um absurdo.

[]s, N.
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Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
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Re: [obm-l] russia 1999

2007-06-29 Por tôpico Maurício Collares

Klaus,

A solução do Nicolau é muito bonita. Tem algum detalhe em específico
que você não tenha entendido? Ele só chamou o coeficiente angular da
reta que liga os pontos (r,f(r)) e (s, f(s)) de c(r,s) para deixar a
notação um pouco mais leve, eu acho.

A idéia é que, se não existissem pontos que satisfizessem isso, então,
(f(t+a) + f(t-a))/2  f(t), ou seja, teríamos que a reta que liga o
ponto de abscissa t-a ao ponto de abscissa t+a estaria acima do ponto
de abscissa t. Assim, a desigualdade dos coeficientes está
estabelecida (basta aplicar a definição de coeficiente angular).
Substituindo pelos pontos que o Nicolau escolheu, temos uma
contradição (pois os coeficientes angulares das retas que ligam os
pares de pontos na solução do Nicolau são inteiros, visto que são a
divisão de um inteiro por um inverso de inteiro, e entre dois inteiros
existem apenas um número finito de inteiros.)

--
Abraços,
Maurício

On 6/29/07, Klaus Ferraz [EMAIL PROTECTED] wrote:


Olá prof. Nicolau,
 poderia ser mais claro? Entendi nada da solução do problema.
Porque vc chamou c(r,s) o coeficiente angular da reta? de onde veio isso? a
idéia q eu propus da desigualdade de jensen, nao vale?
Grato.


- Mensagem original 
De: Nicolau C. Saldanha [EMAIL PROTECTED]
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Enviadas: Sexta-feira, 29 de Junho de 2007 11:09:43
Assunto: Re: [obm-l] russia 1999



On Fri, Jun 29, 2007 at 05:26:32AM -0700, Klaus Ferraz wrote:
  (Russia-1999)  Suponha f: Q--Z, mostre que existem dois racionais
distintos
  r e s tais que (f(r)+f(s))/2=f((r+s)/2).

Chamemos de c(r,s) o coeficiente angular da reta
que passa por (r,f(r)) e (s,f(s)).
Suponha por absurdo que falhe a conclusão do problema.
Devemos ter c(t-a,t)  c(t-a,t+a)  c(t,t+a) se a  0.
Assim
c(-1,0)  c(-1/2,0)  c(-1/4,0)  c(-1/8,0)  ...
...  c(0,1/8)  c(0,1/4)  c(0,1/2)  c(0,1).
Mas estes coeficientes angulares são todos inteiros, o que é um absurdo.

[]s, N.
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Re: [obm-l] russia 1999

2007-06-29 Por tôpico Maurício Collares

Quanto a tomar f côncava... Seja f a função definida por f(p/q) = q,
onde p e q são primos entre si. É possível provar que existe um
intervalo no qual essa função é côncava?

Além do que, isso é questão de notação (e eu entendi o que você quis
dizer), mas... Nenhum intervalo (a, b), com a  b, está contido nos
racionais.

--
Abraços,
Maurício

On 6/29/07, Klaus Ferraz [EMAIL PROTECTED] wrote:


Ola senhores,
 (Russia-1999)  Suponha f: Q--Z, mostre que existem dois racionais
distintos r e s tais que
(f(r)+f(s))/2=f((r+s)/2).
Minha idéia: Tentei aplicar jensen mas eu num sei se vale. Tomei r e s em um
um intervalo (a,b) contido em Q e tomei f côncova nesse intervalo.
num sei se tah ok!?
 
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