Re: OT: Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-31 Por tôpico Ricardo Andere de Mello

Olá pessoal,

Há algum tempo não posto nesta lista, porém tenho acompanhado
discretamente suas discussões.

Escolhi uma discussão que não fosse diretamente ligada ao software livre
para sair um pouco das sombras, pois minha visão sobre o software livre
nos ultimos anos tomou proporções diferentes. Não se preocupem, eu não
me tornei um agente inimigo, catequizado por forças malignas, eu apenas
comecei a enxergar as coisas em um nível mais profundo, do ponto de
vista da sociedade da informação e da liberação do conhecimento.

A irreversabilidade deste processo fez-me refletir sobre os futuros
desdobramentos de nossas ações.

Falando agora sobre o assunto em questão, sobre cotas para mulheres, a
minha opinião é que não devem existir cotas para negros, índios,
mulheres, nerds ou mamelucos. Antes que eu seja achacado, devo dizer que
acho que a cota deve ser INDIVIDUAL.

Somos todos diferentes.

A discriminação em qualquer sentido é prejudicial, vamos tomar como
exemplo a democracia, um sistema que todos acham incólume e muito justo.

Na democracia a maioria vence, isso não significa que a minoria é
prejudicada? O fato da minoria ter seu poder de determinar seu destino
privado, pode ser recompensado com uma cota, um vale-brinde?

Agora vamos inverter a situação, adiantaria a minoria vencer? A maioria
não seria prejudicada do mesmo modo?

O compartilhamento dos frutos arrecadados, e a descentralização do poder
são o real futuro de uma sociedade justa. Não caminhamos em nenhum
destes sentidos.

Cada um tem suas histórias, seus problemas, suas necessidades. A
sociedade deve criar dispositivos para atender a indivíduos, e não
grupos e subgrupos. Defender os direitos de um grupo é uma expressão tão
egoísta quanto a força que o segrega.

[]s, gandhi

Ricardo Andere de Mello
Quilombo Digital


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Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico everton

Então,

Acho que em partes tu tens razão.

SE uma regra vale para uma deve valer pra todos.

Acontece que não existe nenhuma mulher no cgibr. Essa é a questão.

Não se trata de afirmar que somente as mulheres produzem conteúdo.  
Essa afirmação seria machismo ao contrário.


O problema que vejo é que sempre quando temos que reparar algo que  
fazemos errado. E é indiscutível que nossa sociedade é machista,  
homofóbica e racista. Nós temos uma tendência a ampliar tanto e não  
fazer nada.


Então, o que vamos fazer diante do machismo? Nada?

Eu acho que alguma coisa precisa ser feita. Ficar sem fazer nada é que não né?

Se não é uma política de cotas, então, o que é? Qual é a proposta para  
resolver essa questão?


Everton

Quoting mups.cp [EMAIL PROTECTED]:


Como se só as mulheres soubessem pensar e gerar conteúdo.

Se formos avaliar desta forma, me respondam, quantos negros existem
nesta representação? E quando descendentes de indígenas? Eles não
deveria estar representados também? E os asiáticos? Será que temos
deficientes físicos no meio também?

Ai caimos novamente na questão. Será que vamos colocar qualquer um só
para cumprimir uma cota?
E mais além, se todos os eleitos forem mulheres, teremos que
estabelecer quotas para os homens também no futuro?

Acho que existem coisas muito mais interessantes a serem discutidas
que esta questão sobre quotas.


On 10/30/07, [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] wrote:

Olá Carlos!

Entre tantos (http://www.cgi.br):

 Tarefas do CGIBr

Entre as principais atribuições e responsabilidades do CGI.br, destacam-se:


a proposição de normas e procedimentos relativos à regulamentação das
atividades na internet;
a recomendação de padrões e procedimentos técnicos operacionais para a
internet no Brasil;
o estabelecimento de diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e ao
desenvolvimento da internet no Brasil;
a promoção de estudos e padrões técnicos para a segurança das redes e
serviços no país;
a coordenação da atribuição de endereços internet (IPs) e do registro
de nomes de domínios usando .br;
a coleta, a organização e a disseminação de informações sobre os
serviços internet, incluindo indicadores e estatísticas.

A Comissão de Trabalho de Conteúdos do CGI.br que tem entre suas
atribuições promover estudos, recomendar procedimentos e propor
programas de pesquisa e desenvolvimento relacionados à Internet, criou
a CT-Conteúdos para estimular a discussão sobre a produção de
conteúdos em língua portuguesa.

Objetivos

Os objetivos específicos da CT-Conteúdos são:


Fomentar a produção de conteúdos digitais de qualidade em l íngua portuguesa
Viabilizar o uso de conteúdos de domínio público, assim como de
acervos com direitos de propriedade intelectual
Valorizar o material já reconhecido no passado
Valorizar e acondicionar a cultura contemporânea, que muitas vezes já
nasce digital
Dar visibilidade e acesso ao conteúdo lusófono dos demais países de
língua portuguesa


Destaco 2 (dois) que são amplos:

1 - o estabelecimento de diretrizes estratégicas relacionadas ao uso
e ao desenvolvimento da internet no Brasil;

2 - Fomentar a produção de conteúdos digitais de qualidade em língua
portuguesa .

Para fazer valer esses dois objetivos é necessário a diversidade, que
está entre um setor básico o pensamento das mulheres.

Será possível fomentar a produção de conteúdos, sem o pensamento  
das mulheres?


Everton

Quoting Carlos B. Schwab [EMAIL PROTECTED]:


 --- [EMAIL PROTECTED] escreveu:

 A proposta que fizemos é um pouco mais complexa:

 Na busca de que o CGIbr seja também de fato um instrumento
 responsável com mudanças concretas na sociedade, rompendo com todas as
 formas de opressão, propomos que na sua composição seja adotada as
 cotas de 30% para mulheres, garantindo assim, não só participação
 políticas das mesmas nos espaços de poder, mas também permitindo que
 esse instrumento construa a partir do olhar das mulheres, formas
 através da internet a efetivação de um mundo igual entre mulheres e
 homens. Além disso, é necessário conceber processos de debate e
 formação, que fortaleçam cada vez mais a participação das mulheres
 nesses espaços, bem como propor medidas que coíbam o machismo virtual,
 a homofobia, o racismo e a pornografia infantil.


 Então tá. Alguém poderia responder-me quais os objetivos do CGIbr ? Gerir
 a internet no Brasil ou eliminar a opressão às mulheres ?



 Carlos B. Schwab

 Pelotas, RS

 Email: [EMAIL PROTECTED]
 Linux user #178140, since oct 1996.
 Que capacidade impiedosa essa minha de fingir ser normal o tempo todo!!
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OT: Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico Marcelo D'Elia Branco
OT

Em Ter, 2007-10-30 às 09:46 -0200, [EMAIL PROTECTED] escreveu:

Oi [EMAIL PROTECTED],

Me desculpem por entrar atrasado e sem muito tempo para debater esta
questao, que para mim é super-importante.
Sei que a maioria que se manifestou aqui tem uma opiniao contrária a
minha ou a proposta do Everton, mas...

Nossa sociedade é uma sociedade machista e patriarcal. É fato!
Essa desigualdade, nos direitos-práticos-na-vida-cotidiana, é uma das
mais antigas da humanidade e primitiva. A primeira desigualdade na
humanidade se deu justamente entre homens e mulheres, com o divisao
social do trabalho. E nao foi a inteligência ou capacidade que foi
levada em conta para que este fato histórico acontecesse. Foi a
superioridade muscular do homem em relaçao a mulher que imperou e
iniciou tudo...

Esta prática se reproduziu e se amplificou naturalmente ao longo dos
últimos séculos e é inegável que nao é por falta de capacidade,
inteligência, conhecimentos, etc que a mulher é discriminada na nossa
sociedade.
As primeiras médicas e científicas foram queimadas como bruxas. Mulheres
morreram no Brasil e no mundo para terem o direito a voto, direito sobre
o seu próprio corpo, direito a maternidade segura, direito á...e
continuam morrendo. 
 Este ciclo de discriminaçao irá se reproduzir naturalmente por todo
sempre se nao tomarmos medidas concretas para combater essa
odiosa-primitiva discriminaçao na nossa sociedade.

Tento dialogar aqui com quem acredita que as mulheres e os homens tem as
mesmas capacidades para exercer qualquer funçao e nao existe uma
diferença biológica que justifique uma superioridade ou inferioridade em
algum dos gêneros humanos. 

¿Entao pq existe essa desigualdade?

Pq os mecanismos e regras sociais criadas a séculos e que ainda estao
presentes com muita força na nossa sociedade reproduzem esta
discriminaçao. Como um ciclo natural isso nunca terá fim.

Por isso acredito que os poderes públicos, instituiçoes em geral devam
tomar medidas concretas para amenizar e/ou interromprer este ciclo
natural-construído-socialmente. Isso nao acontecerá naturalmente,
mas com medidas compensatórias até que se restabeleça a igualdade de
direitos e oportunidades desejada.

Sou a favor das cotas (discriminaçao positiva) por esta razao.

Para aqueles que acreditam que temos diferenças biológicas que
justificam superioridade ou inferioridade de algum dos gêneros humanos
na face da terra eu nao tenho muito pra falar. Sinto pena...

[]s

Marcelo

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Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico Jefferson Santos
Mas falar: tadinha das mulheres, não tem representantes. Também é uma forma
de machismo.
Acredito que temos mulheres competentes para assumir o cargo de conselheira.
Não é Ada?
As mulheres devem se candidatar, mostrar sua cara, ai tenho certeza que a
eleição seria guiada apenas pela competência de cada um e não por sexo,
raça, credo ou opção sexual.
Não tem questão a ser resolvida, as mulheres podem disputar a eleição nos
mesmos moldes que os homens, simples assim.
Claro que poderiamos levar esta conversa para outro lado, perguntando o pq
de ter menos mulheres que homens disposto a se tornar conselheiro, ou pq ter
mais brancos que negros e índios. Acho que todos nós já sabemos as resposta,
e a solução para isso tem que vir de baixo e não de cima.

Jefferson Santos


On 10/30/07, [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] wrote:

 Então,

 Acho que em partes tu tens razão.

 SE uma regra vale para uma deve valer pra todos.

 Acontece que não existe nenhuma mulher no cgibr. Essa é a questão.

 Não se trata de afirmar que somente as mulheres produzem conteúdo.
 Essa afirmação seria machismo ao contrário.

 O problema que vejo é que sempre quando temos que reparar algo que
 fazemos errado. E é indiscutível que nossa sociedade é machista,
 homofóbica e racista. Nós temos uma tendência a ampliar tanto e não
 fazer nada.

 Então, o que vamos fazer diante do machismo? Nada?

 Eu acho que alguma coisa precisa ser feita. Ficar sem fazer nada é que não
 né?

 Se não é uma política de cotas, então, o que é? Qual é a proposta para
 resolver essa questão?

 Everton

 Quoting mups.cp [EMAIL PROTECTED]:

  Como se só as mulheres soubessem pensar e gerar conteúdo.
 
  Se formos avaliar desta forma, me respondam, quantos negros existem
  nesta representação? E quando descendentes de indígenas? Eles não
  deveria estar representados também? E os asiáticos? Será que temos
  deficientes físicos no meio também?
 
  Ai caimos novamente na questão. Será que vamos colocar qualquer um só
  para cumprimir uma cota?
  E mais além, se todos os eleitos forem mulheres, teremos que
  estabelecer quotas para os homens também no futuro?
 
  Acho que existem coisas muito mais interessantes a serem discutidas
  que esta questão sobre quotas.
 
 
  On 10/30/07, [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED]
 wrote:
  Olá Carlos!
 
  Entre tantos (http://www.cgi.br):
 
   Tarefas do CGIBr
 
  Entre as principais atribuições e responsabilidades do CGI.br,
 destacam-se:
 
 
  a proposição de normas e procedimentos relativos à regulamentação das
  atividades na internet;
  a recomendação de padrões e procedimentos técnicos operacionais para a
  internet no Brasil;
  o estabelecimento de diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e ao
  desenvolvimento da internet no Brasil;
  a promoção de estudos e padrões técnicos para a segurança das redes e
  serviços no país;
  a coordenação da atribuição de endereços internet (IPs) e do registro
  de nomes de domínios usando .br;
  a coleta, a organização e a disseminação de informações sobre os
  serviços internet, incluindo indicadores e estatísticas.
 
  A Comissão de Trabalho de Conteúdos do CGI.br que tem entre suas
  atribuições promover estudos, recomendar procedimentos e propor
  programas de pesquisa e desenvolvimento relacionados à Internet, criou
  a CT-Conteúdos para estimular a discussão sobre a produção de
  conteúdos em língua portuguesa.
 
  Objetivos
 
  Os objetivos específicos da CT-Conteúdos são:
 
 
  Fomentar a produção de conteúdos digitais de qualidade em l íngua
 portuguesa
  Viabilizar o uso de conteúdos de domínio público, assim como de
  acervos com direitos de propriedade intelectual
  Valorizar o material já reconhecido no passado
  Valorizar e acondicionar a cultura contemporânea, que muitas vezes já
  nasce digital
  Dar visibilidade e acesso ao conteúdo lusófono dos demais países de
  língua portuguesa
 
 
  Destaco 2 (dois) que são amplos:
 
  1 - o estabelecimento de diretrizes estratégicas relacionadas ao uso
  e ao desenvolvimento da internet no Brasil;
 
  2 - Fomentar a produção de conteúdos digitais de qualidade em língua
  portuguesa .
 
  Para fazer valer esses dois objetivos é necessário a diversidade, que
  está entre um setor básico o pensamento das mulheres.
 
  Será possível fomentar a produção de conteúdos, sem o pensamento
  das mulheres?
 
  Everton
 
  Quoting Carlos B. Schwab [EMAIL PROTECTED]:
 
  
   --- [EMAIL PROTECTED] escreveu:
  
   A proposta que fizemos é um pouco mais complexa:
  
   Na busca de que o CGIbr seja também de fato um instrumento
   responsável com mudanças concretas na sociedade, rompendo com todas
 as
   formas de opressão, propomos que na sua composição seja adotada as
   cotas de 30% para mulheres, garantindo assim, não só participação
   políticas das mesmas nos espaços de poder, mas também permitindo que
   esse instrumento construa a partir do olhar das mulheres, formas
   através da internet a efetivação de um mundo igual entre mulheres e
   

Re: OT: Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico mups . cp
Concordo com você Marcelo, mas acho que o estabelecimento de cotas
para mulheres abrirá margens para outros grupos reivindicarem os mesmo
direitos e isso não seria nada bom para o conjunto, seja este um
pequeno grupo ou candidaturas de qualquer tipo.

IMHO, o que ajudaria sim seria a existência de aberturas e incentidos
à todos os grupos para que enviem suas representações para a disputa e
discussão em igualmente com todos os representantes. Caso algum grupo
específico não seja representado, será por vontade própria e não por
falta de espaço.
Isto deixaria espaço aberto para todos, sem discriminação e em caso de
eleição, o melhor dentre aqueles participantes seria eleito,
independente de fazer parte do grupo A ou B, de ser homem ou mulher,
de ser branco ou negro, etc ou etc.

Para alguns isso pode parecer utópico, mas aqueles que tentarem verão
que não é, tudo vai depender da idoneidade dos que participam.



On 10/30/07, Marcelo D'Elia Branco [EMAIL PROTECTED] wrote:
 OT

 Em Ter, 2007-10-30 às 09:46 -0200, [EMAIL PROTECTED] escreveu:

 Oi [EMAIL PROTECTED],

 Me desculpem por entrar atrasado e sem muito tempo para debater esta
 questao, que para mim é super-importante.
 Sei que a maioria que se manifestou aqui tem uma opiniao contrária a
 minha ou a proposta do Everton, mas...

 Nossa sociedade é uma sociedade machista e patriarcal. É fato!
 Essa desigualdade, nos direitos-práticos-na-vida-cotidiana, é uma das
 mais antigas da humanidade e primitiva. A primeira desigualdade na
 humanidade se deu justamente entre homens e mulheres, com o divisao
 social do trabalho. E nao foi a inteligência ou capacidade que foi
 levada em conta para que este fato histórico acontecesse. Foi a
 superioridade muscular do homem em relaçao a mulher que imperou e
 iniciou tudo...

 Esta prática se reproduziu e se amplificou naturalmente ao longo dos
 últimos séculos e é inegável que nao é por falta de capacidade,
 inteligência, conhecimentos, etc que a mulher é discriminada na nossa
 sociedade.
 As primeiras médicas e científicas foram queimadas como bruxas. Mulheres
 morreram no Brasil e no mundo para terem o direito a voto, direito sobre
 o seu próprio corpo, direito a maternidade segura, direito á...e
 continuam morrendo.
  Este ciclo de discriminaçao irá se reproduzir naturalmente por todo
 sempre se nao tomarmos medidas concretas para combater essa
 odiosa-primitiva discriminaçao na nossa sociedade.

 Tento dialogar aqui com quem acredita que as mulheres e os homens tem as
 mesmas capacidades para exercer qualquer funçao e nao existe uma
 diferença biológica que justifique uma superioridade ou inferioridade em
 algum dos gêneros humanos.

 ¿Entao pq existe essa desigualdade?

 Pq os mecanismos e regras sociais criadas a séculos e que ainda estao
 presentes com muita força na nossa sociedade reproduzem esta
 discriminaçao. Como um ciclo natural isso nunca terá fim.

 Por isso acredito que os poderes públicos, instituiçoes em geral devam
 tomar medidas concretas para amenizar e/ou interromprer este ciclo
 natural-construído-socialmente. Isso nao acontecerá naturalmente,
 mas com medidas compensatórias até que se restabeleça a igualdade de
 direitos e oportunidades desejada.

 Sou a favor das cotas (discriminaçao positiva) por esta razao.

 Para aqueles que acreditam que temos diferenças biológicas que
 justificam superioridade ou inferioridade de algum dos gêneros humanos
 na face da terra eu nao tenho muito pra falar. Sinto pena...

 []s

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Re: OT: Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico Fernanda G Weiden
Olá Marcelo,
obrigada pelo email. Eu concordo com você 100%. Só que o meu método
para realizar esta discriminacao positiva seria um pouco diferente.
Educando e fazendo com que um maior numero de mulheres estejam aptas a
realizar alguns tipos de tarefas.

Nao estou dizendo que hoje nao temos mulheres aptas a ocupar cargos no
CGI.br, mas talvez estas que estao aptas a faze-lo nao se interessam
por trabalhar pro CGI.br.

Se tivermos 10x mais mulheres aptas a fazer este trabalho, tenho
certeza que teremos um maior numero de interessadas no trabalho do
comite gestor.

Investir em educacao eh uma maneira mais sadia de resolver o problema
do que fixando um numero de participacao.

Eu assumo meu pedaco de culpa pelo mundo machista que nós vivemos,
enquanto as mulheres não mudarem, nada mudará. Continuaremos a
precisar de evertons e marcelos para abrir a porta dos cargos de
importancia e poder para as mulheres. Eu prefiro conquistá-los por
meus meritos.

abracos,
nanda

Em 30/10/07, Marcelo D'Elia Branco[EMAIL PROTECTED] escreveu:
 OT

 Em Ter, 2007-10-30 às 09:46 -0200, [EMAIL PROTECTED] escreveu:

 Oi [EMAIL PROTECTED],

 Me desculpem por entrar atrasado e sem muito tempo para debater esta
 questao, que para mim é super-importante.
 Sei que a maioria que se manifestou aqui tem uma opiniao contrária a
 minha ou a proposta do Everton, mas...

 Nossa sociedade é uma sociedade machista e patriarcal. É fato!
 Essa desigualdade, nos direitos-práticos-na-vida-cotidiana, é uma das
 mais antigas da humanidade e primitiva. A primeira desigualdade na
 humanidade se deu justamente entre homens e mulheres, com o divisao
 social do trabalho. E nao foi a inteligência ou capacidade que foi
 levada em conta para que este fato histórico acontecesse. Foi a
 superioridade muscular do homem em relaçao a mulher que imperou e
 iniciou tudo...

 Esta prática se reproduziu e se amplificou naturalmente ao longo dos
 últimos séculos e é inegável que nao é por falta de capacidade,
 inteligência, conhecimentos, etc que a mulher é discriminada na nossa
 sociedade.
 As primeiras médicas e científicas foram queimadas como bruxas. Mulheres
 morreram no Brasil e no mundo para terem o direito a voto, direito sobre
 o seu próprio corpo, direito a maternidade segura, direito á...e
 continuam morrendo.
  Este ciclo de discriminaçao irá se reproduzir naturalmente por todo
 sempre se nao tomarmos medidas concretas para combater essa
 odiosa-primitiva discriminaçao na nossa sociedade.

 Tento dialogar aqui com quem acredita que as mulheres e os homens tem as
 mesmas capacidades para exercer qualquer funçao e nao existe uma
 diferença biológica que justifique uma superioridade ou inferioridade em
 algum dos gêneros humanos.

 ¿Entao pq existe essa desigualdade?

 Pq os mecanismos e regras sociais criadas a séculos e que ainda estao
 presentes com muita força na nossa sociedade reproduzem esta
 discriminaçao. Como um ciclo natural isso nunca terá fim.

 Por isso acredito que os poderes públicos, instituiçoes em geral devam
 tomar medidas concretas para amenizar e/ou interromprer este ciclo
 natural-construído-socialmente. Isso nao acontecerá naturalmente,
 mas com medidas compensatórias até que se restabeleça a igualdade de
 direitos e oportunidades desejada.

 Sou a favor das cotas (discriminaçao positiva) por esta razao.

 Para aqueles que acreditam que temos diferenças biológicas que
 justificam superioridade ou inferioridade de algum dos gêneros humanos
 na face da terra eu nao tenho muito pra falar. Sinto pena...

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Re: OT: Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico Marcelo D'Elia Branco
Em Ter, 2007-10-30 às 13:46 +0100, Fernanda G Weiden escreveu:
 Olá Marcelo,
 obrigada pelo email. Eu concordo com você 100%. Só que o meu método
 para realizar esta discriminacao positiva seria um pouco diferente.
 Educando e fazendo com que um maior numero de mulheres estejam aptas a
 realizar alguns tipos de tarefas.

Como fala a introduçao da letra de uma cançao cantada por Zélia Duncan
(ou Cassia Eler, sei lá):

Citando uma autora francesa:
As mulheres tem que fazer 10 vezes mais do que os homens para serem
reconhecidas na sociedade.
- Ainda bem que isso nao é difícil replica a autora.

Nanda, tu lembras desta cançao?

bjs

Marcelo



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Re: OT: Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico Jefferson Santos
Perfeito Fernada!
O fato de não termos mulheres interessadas em trabalhar no CGI.br é
consequência e não causa.
Assim como você, a Sulamita Garcia, a Fabianne Baveldi, a Margarita
Manterola e outras conseguiram o seu espaço e a admiração da comunidade
software livre, muitas outras podem fazer, basta que sejam criadas condições
para isso.

Jefferson Santos

On 10/30/07, Marcelo D'Elia Branco [EMAIL PROTECTED] wrote:

 Em Ter, 2007-10-30 às 13:46 +0100, Fernanda G Weiden escreveu:
  Olá Marcelo,
  obrigada pelo email. Eu concordo com você 100%. Só que o meu método
  para realizar esta discriminacao positiva seria um pouco diferente.
  Educando e fazendo com que um maior numero de mulheres estejam aptas a
  realizar alguns tipos de tarefas.

 Como fala a introduçao da letra de uma cançao cantada por Zélia Duncan
 (ou Cassia Eler, sei lá):

 Citando uma autora francesa:
 As mulheres tem que fazer 10 vezes mais do que os homens para serem
 reconhecidas na sociedade.
 - Ainda bem que isso nao é difícil replica a autora.

 Nanda, tu lembras desta cançao?

 bjs

 Marcelo




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Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico Omar Kaminski
Sim, existe a Luci Pirmez, titular da comunidade científica e tecnológica, e 
se não me engano há uma suplente no terceiro setor.


É apenas uma, mas existe. Eu estava tentando me abstendo de comentar essa 
questão.


Não há nada que impeça ou sequer dificulte o ingresso de mulheres no CGI.br, 
senão a falta de interesse e de vontade de participar, de se candidatar, de 
votar e ser votada.


O fato é que as mulheres ainda são minoria nas profissões envolvendo 
ciência, tecnologia e informática. Vamos criar quotas para elas nas 
universidades também? Bah, é muita demagogia.


[]s


- Original Message - 
From: [EMAIL PROTECTED]
To: Projeto Software Livre BRASIL psl-brasil@listas.softwarelivre.org; 
mups.cp [EMAIL PROTECTED]

Sent: Tuesday, October 30, 2007 9:11 AM
Subject: Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr


Então,

Acho que em partes tu tens razão.

SE uma regra vale para uma deve valer pra todos.

Acontece que não existe nenhuma mulher no cgibr. Essa é a questão.

Não se trata de afirmar que somente as mulheres produzem conteúdo.
Essa afirmação seria machismo ao contrário.

O problema que vejo é que sempre quando temos que reparar algo que
fazemos errado. E é indiscutível que nossa sociedade é machista,
homofóbica e racista. Nós temos uma tendência a ampliar tanto e não
fazer nada.

Então, o que vamos fazer diante do machismo? Nada?

Eu acho que alguma coisa precisa ser feita. Ficar sem fazer nada é que não 
né?


Se não é uma política de cotas, então, o que é? Qual é a proposta para
resolver essa questão?

Everton

Quoting mups.cp [EMAIL PROTECTED]:


Como se só as mulheres soubessem pensar e gerar conteúdo.

Se formos avaliar desta forma, me respondam, quantos negros existem
nesta representação? E quando descendentes de indígenas? Eles não
deveria estar representados também? E os asiáticos? Será que temos
deficientes físicos no meio também?

Ai caimos novamente na questão. Será que vamos colocar qualquer um só
para cumprimir uma cota?
E mais além, se todos os eleitos forem mulheres, teremos que
estabelecer quotas para os homens também no futuro?

Acho que existem coisas muito mais interessantes a serem discutidas
que esta questão sobre quotas.


On 10/30/07, [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] wrote:

Olá Carlos!

Entre tantos (http://www.cgi.br):

 Tarefas do CGIBr

Entre as principais atribuições e responsabilidades do CGI.br, 
destacam-se:



a proposição de normas e procedimentos relativos à regulamentação das
atividades na internet;
a recomendação de padrões e procedimentos técnicos operacionais para a
internet no Brasil;
o estabelecimento de diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e ao
desenvolvimento da internet no Brasil;
a promoção de estudos e padrões técnicos para a segurança das redes e
serviços no país;
a coordenação da atribuição de endereços internet (IPs) e do registro
de nomes de domínios usando .br;
a coleta, a organização e a disseminação de informações sobre os
serviços internet, incluindo indicadores e estatísticas.

A Comissão de Trabalho de Conteúdos do CGI.br que tem entre suas
atribuições promover estudos, recomendar procedimentos e propor
programas de pesquisa e desenvolvimento relacionados à Internet, criou
a CT-Conteúdos para estimular a discussão sobre a produção de
conteúdos em língua portuguesa.

Objetivos

Os objetivos específicos da CT-Conteúdos são:


Fomentar a produção de conteúdos digitais de qualidade em l íngua 
portuguesa

Viabilizar o uso de conteúdos de domínio público, assim como de
acervos com direitos de propriedade intelectual
Valorizar o material já reconhecido no passado
Valorizar e acondicionar a cultura contemporânea, que muitas vezes já
nasce digital
Dar visibilidade e acesso ao conteúdo lusófono dos demais países de
língua portuguesa


Destaco 2 (dois) que são amplos:

1 - o estabelecimento de diretrizes estratégicas relacionadas ao uso
e ao desenvolvimento da internet no Brasil;

2 - Fomentar a produção de conteúdos digitais de qualidade em língua
portuguesa .

Para fazer valer esses dois objetivos é necessário a diversidade, que
está entre um setor básico o pensamento das mulheres.

Será possível fomentar a produção de conteúdos, sem o pensamento  das 
mulheres?


Everton

Quoting Carlos B. Schwab [EMAIL PROTECTED]:


 --- [EMAIL PROTECTED] escreveu:

 A proposta que fizemos é um pouco mais complexa:

 Na busca de que o CGIbr seja também de fato um instrumento
 responsável com mudanças concretas na sociedade, rompendo com todas as
 formas de opressão, propomos que na sua composição seja adotada as
 cotas de 30% para mulheres, garantindo assim, não só participação
 políticas das mesmas nos espaços de poder, mas também permitindo que
 esse instrumento construa a partir do olhar das mulheres, formas
 através da internet a efetivação de um mundo igual entre mulheres e
 homens. Além disso, é necessário conceber processos de debate e
 formação, que fortaleçam cada vez mais a participação das mulheres
 nesses espaços, bem como

Re: OT: Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico everton

Olá!

É justamente de criar condições que estamos falando.

E criar condições para as mulheres não é dizer apenas: A educação resolve.

Tem muita coisa em meio e temos que saber quais são.

Se fosse pela questão da educação, a constituição brasileira diz:

A Constituição Brasileira de 1988 afirma que é direito de todas as  
cidadãs e todos os cidadãos e cidados brasileiros o acesso à educação,  
saúde, aposentadoria etc.


E isso acontece?

Claro que não.

E porque?

Porque tem mais elementos nesse processo.

Um dos elementos é que nós não admitimos que somos machistas.

Outro é que as pessoas devem ocupar os espaços por seus méritos.

E como consegue os méritos?

Aum, dai complica... As mulheres não tem as mesmas oportunidades que  
os homens. ou tem?


Gente, façam uma pesquisa simples. Selecionem os próximos 5 eventos  
que voces participarem. Nesse eventos em vários temas que voces  
participarem, contem quantas mulheres estão nas mesas?


Verifiquem quem coordena a organização dos eventos. Se são em maioria  
homens ou mulheres.


E verão quem é lembrado para compor as mesas? se homens ou mulheres.

Se fizerem a pesquisa vão constatar que se não sempre é quase sempre  
tem mais homens nas mesas de qualquer evento.


Everton


Quoting Jefferson Santos [EMAIL PROTECTED]:


Perfeito Fernada!
O fato de não termos mulheres interessadas em trabalhar no CGI.br é
consequência e não causa.
Assim como você, a Sulamita Garcia, a Fabianne Baveldi, a Margarita
Manterola e outras conseguiram o seu espaço e a admiração da comunidade
software livre, muitas outras podem fazer, basta que sejam criadas condições
para isso.

Jefferson Santos

On 10/30/07, Marcelo D'Elia Branco [EMAIL PROTECTED] wrote:


Em Ter, 2007-10-30 às 13:46 +0100, Fernanda G Weiden escreveu:
 Olá Marcelo,
 obrigada pelo email. Eu concordo com você 100%. Só que o meu método
 para realizar esta discriminacao positiva seria um pouco diferente.
 Educando e fazendo com que um maior numero de mulheres estejam aptas a
 realizar alguns tipos de tarefas.

Como fala a introduçao da letra de uma cançao cantada por Zélia Duncan
(ou Cassia Eler, sei lá):

Citando uma autora francesa:
As mulheres tem que fazer 10 vezes mais do que os homens para serem
reconhecidas na sociedade.
- Ainda bem que isso nao é difícil replica a autora.

Nanda, tu lembras desta cançao?

bjs

Marcelo




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Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico Marcelo D'Elia Branco
Em Ter, 2007-10-30 às 11:56 -0300, Omar Kaminski escreveu:
 Sim, existe a Luci Pirmez, titular da comunidade científica e tecnológica, e 
 se não me engano há uma suplente no terceiro setor.
 
 É apenas uma, mas existe. Eu estava tentando me abstendo de comentar essa 
 questão.
 
 Não há nada que impeça ou sequer dificulte o ingresso de mulheres no CGI.br, 
 senão a falta de interesse e de vontade de participar, de se candidatar, de 
 votar e ser votada.
 
 O fato é que as mulheres ainda são minoria nas profissões envolvendo 
 ciência, tecnologia e informática. Vamos criar quotas para elas nas 
 universidades também? Bah, é muita demagogia.


respondo do mesmo nível:


bah, é muito machismo!

Marcelo

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Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico everton

Omar!

Quoting Omar Kaminski [EMAIL PROTECTED]:

Sim, existe a Luci Pirmez, titular da comunidade científica e  
tecnológica, e se não me engano há uma suplente no terceiro setor.




É verdade. Existe a Luci Piermez.

É apenas uma, mas existe. Eu estava tentando me abstendo de comentar  
essa questão.


Não há nada que impeça ou sequer dificulte o ingresso de mulheres no  
CGI.br, senão a falta de interesse e de vontade de participar, de se  
candidatar, de votar e ser votada.


Acredito que existe sim. Existe uma formação social onde o mundo é dos  
homens. Por favor preste atenção nos eventos que participares. Verás  
que o mundo é dos homens e muitas vezes não tem nada a ver com saber  
ou não algo.




O fato é que as mulheres ainda são minoria nas profissões envolvendo  
ciência, tecnologia e informática. Vamos criar quotas para elas nas  
universidades também? Bah, é muita demagogia.




Eu acho que o debate está bom e esse é necessário. Omar tu pode achar  
que não é uma debate importante, ou que estamos perdendo tempo, e que  
tá tudo numa boa. E é assim mesmo. Ou é assim que deve ser. Ou como tu  
disse mesmo: Nada impede a participação das mulheres. Tu tem esse  
direito.


Agora, acho que só porque tu não concorda com a visão de outras  
pessoas, devas achar que é demagogia.


Sabe, eu respeito pelo que tens feito pelo software livre, mas mandas  
um único email para esse tema e terminas afirmando que quem discorda  
de ti é demagogo.


Acho que nós precisamos estar mais atentos a debates como esse das  
mulheres, e outros como a redução da maioridade penal.


Mas, enfim, viva a diversidade,

Everton


[]s


- Original Message - From: [EMAIL PROTECTED]
To: Projeto Software Livre BRASIL
psl-brasil@listas.softwarelivre.org; mups.cp [EMAIL PROTECTED]
Sent: Tuesday, October 30, 2007 9:11 AM
Subject: Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr


Então,

Acho que em partes tu tens razão.

SE uma regra vale para uma deve valer pra todos.

Acontece que não existe nenhuma mulher no cgibr. Essa é a questão.

Não se trata de afirmar que somente as mulheres produzem conteúdo.
Essa afirmação seria machismo ao contrário.

O problema que vejo é que sempre quando temos que reparar algo que
fazemos errado. E é indiscutível que nossa sociedade é machista,
homofóbica e racista. Nós temos uma tendência a ampliar tanto e não
fazer nada.

Então, o que vamos fazer diante do machismo? Nada?

Eu acho que alguma coisa precisa ser feita. Ficar sem fazer nada é  
que não né?


Se não é uma política de cotas, então, o que é? Qual é a proposta para
resolver essa questão?

Everton

Quoting mups.cp [EMAIL PROTECTED]:


Como se só as mulheres soubessem pensar e gerar conteúdo.

Se formos avaliar desta forma, me respondam, quantos negros existem
nesta representação? E quando descendentes de indígenas? Eles não
deveria estar representados também? E os asiáticos? Será que temos
deficientes físicos no meio também?

Ai caimos novamente na questão. Será que vamos colocar qualquer um só
para cumprimir uma cota?
E mais além, se todos os eleitos forem mulheres, teremos que
estabelecer quotas para os homens também no futuro?

Acho que existem coisas muito mais interessantes a serem discutidas
que esta questão sobre quotas.


On 10/30/07, [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] wrote:

Olá Carlos!

Entre tantos (http://www.cgi.br):

Tarefas do CGIBr

Entre as principais atribuições e responsabilidades do CGI.br, destacam-se:


a proposição de normas e procedimentos relativos à regulamentação das
atividades na internet;
a recomendação de padrões e procedimentos técnicos operacionais para a
internet no Brasil;
o estabelecimento de diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e ao
desenvolvimento da internet no Brasil;
a promoção de estudos e padrões técnicos para a segurança das redes e
serviços no país;
a coordenação da atribuição de endereços internet (IPs) e do registro
de nomes de domínios usando .br;
a coleta, a organização e a disseminação de informações sobre os
serviços internet, incluindo indicadores e estatísticas.

A Comissão de Trabalho de Conteúdos do CGI.br que tem entre suas
atribuições promover estudos, recomendar procedimentos e propor
programas de pesquisa e desenvolvimento relacionados à Internet, criou
a CT-Conteúdos para estimular a discussão sobre a produção de
conteúdos em língua portuguesa.

Objetivos

Os objetivos específicos da CT-Conteúdos são:


Fomentar a produção de conteúdos digitais de qualidade em l íngua  
portuguesa

Viabilizar o uso de conteúdos de domínio público, assim como de
acervos com direitos de propriedade intelectual
Valorizar o material já reconhecido no passado
Valorizar e acondicionar a cultura contemporânea, que muitas vezes já
nasce digital
Dar visibilidade e acesso ao conteúdo lusófono dos demais países de
língua portuguesa


Destaco 2 (dois) que são amplos:

1 - o estabelecimento de diretrizes estratégicas relacionadas ao uso
e ao desenvolvimento da internet no Brasil;

2

Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico Omar Kaminski
Everton, quem discorda de mim é demagogo? Isso que é querer distorcer os 
argumentos. Como se eu esperasse não ser contestado ou que todos 
concordassem comigo... tenhamos mais bom senso e vamos aos fatos:


Como já falei, infelizmente - seja positivo ou não, demagogia ou não - a 
campanha é tardia porque estamos próximos da votação, que se inicia dia 1º 
de novembro. Por que não então uma campanha para que votem nas candidatas do 
sexo feminino?


[]s



- Original Message - 
From: [EMAIL PROTECTED]

To: psl-brasil@listas.softwarelivre.org
Sent: Tuesday, October 30, 2007 11:16 AM
Subject: Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr


Sabe, eu respeito pelo que tens feito pelo software livre, mas mandas
um único email para esse tema e terminas afirmando que quem discorda
de ti é demagogo.

Acho que nós precisamos estar mais atentos a debates como esse das
mulheres, e outros como a redução da maioridade penal.

Mas, enfim, viva a diversidade,

Everton 


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Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico everton

Mas, a idéia é para 2010.

Acho que as mudanças devem ser feitas com debate com a sociedade com  
um todo, e nesse sentido tenho essa proposta:


6 – Construir o marco regulatório da convergência tecnológica - O CGI  
tem que se somar na construção da conferência nacional de comunicação,  
já defendida no mês de setembro pelo Ministro Hélio Costa durante  
Conferência Nacional Preparatória de Comunicações chamada pelas  
Comissões de Ciência e Tecnologia do Senado e Câmara Federal junto com  
o Ministério das Comunicações. Além disso, o Cgibr deve participar de  
todos os grupos de trabalho para elaborar a nova lei geral das  
comunicação, já que, a comunicação é basicamente a convergência  
digital onde a internet é a base fundante. Essa proposta é histórica  
do movimento pela democratização da comunicação. A realização do  
Congresso da Internet Brasileira é também um fundamental instrumento  
para isso.


Everton


Quoting Omar Kaminski [EMAIL PROTECTED]:


Ah, e esqueci de dizer que essa campanha é tardia.

Agora só em 2010, e só se o Decreto for modificado.

[]s


- Original Message - From: Omar Kaminski [EMAIL PROTECTED]
To: Projeto Software Livre BRASIL psl-brasil@listas.softwarelivre.org
Sent: Tuesday, October 30, 2007 11:56 AM
Subject: Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr


Sim, existe a Luci Pirmez, titular da comunidade científica e  
tecnológica, e se não me engano há uma suplente no terceiro setor.


É apenas uma, mas existe. Eu estava tentando me abstendo de  
comentar essa questão.


Não há nada que impeça ou sequer dificulte o ingresso de mulheres  
no CGI.br, senão a falta de interesse e de vontade de participar,  
de se candidatar, de votar e ser votada.


O fato é que as mulheres ainda são minoria nas profissões  
envolvendo ciência, tecnologia e informática. Vamos criar quotas  
para elas nas universidades também? Bah, é muita demagogia.


[]s


- Original Message - From: [EMAIL PROTECTED]
To: Projeto Software Livre BRASIL   
psl-brasil@listas.softwarelivre.org; mups.cp [EMAIL PROTECTED]

Sent: Tuesday, October 30, 2007 9:11 AM
Subject: Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr


Então,

Acho que em partes tu tens razão.

SE uma regra vale para uma deve valer pra todos.

Acontece que não existe nenhuma mulher no cgibr. Essa é a questão.



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Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico Ana Maria Moraes de Albuquerque Lima
Oi Everton,

Só queria ressaltar um ponto: se formos considerar a seara da ciência e
tecnologia, apenas sob a ótica das engenharias da computação, concordo
plenamente que existem mais homens que mulheres atuando e as mulheres são a
minoria. Porém, é importante lembrar que a maioria das mulheres que atuam
com ciência e tecnologia no Brasil se encontram na área da tecnologia
educacional (inclusão digital nas escolas públicas e telecentros). Já com
relação a ciência, existem algumas searas científicas onde os homens
predominam e outras onde as mulheres predominam. Por isso acho que se deve
falar com um certo cuidado que os homens que predominam a ciência, pois isso
depende de que área científica você fala. Exemplo: sou pesquisadora de
psicologia e educação. : )

Sabe, Everton, quando  você fala que o mundo é governado pelos homens, eu
lhe pergunto: você sinceramente ainda acredita nisso em pleno século XXI?
Para mim, o mundo é governado por homens e por mulheres, onde em algumas
áreas do conhecimento mundial e searas profissionais há predomínio de
homens, outras há um equilibrio de gênero, e outras há um predomínio de
mulheres. Independentemente se a área predominada pelas mulheres é
valorizada ou desvalorizada, elas fazem a sua função  isso é que conta! Eu
agradeço a sua preocupação em lutar pelas mulheres, mas quando tu falas que
existem mulheres machistas, eu lhe diria que existem também homens cuja
visão feminista não é de agrado das mulheres (ou ao menos de uma parcela de
mulheres). Pense nisso. A verdade é que o movimento feminista anda meio em
crise ultimamente e a idéia das cotas podem ser aceita por algumas mulheres
feministas, mas não por outras feministas.  Agradeço de coração o debate
trazido por ti e a sua atenção e preocupação com a ala feminina, mas tenho
uma visão feminista que é discordante da tua. Boa sorte nas eleições do CGI
e viva as diferentes formas de ver o mundo!

Beijos,
Ana Maria.

Em 30/10/07, [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] escreveu:

 Omar!

 Quoting Omar Kaminski [EMAIL PROTECTED]:

  Sim, existe a Luci Pirmez, titular da comunidade científica e
  tecnológica, e se não me engano há uma suplente no terceiro setor.
 

 É verdade. Existe a Luci Piermez.

  É apenas uma, mas existe. Eu estava tentando me abstendo de comentar
  essa questão.
 
  Não há nada que impeça ou sequer dificulte o ingresso de mulheres no
  CGI.br, senão a falta de interesse e de vontade de participar, de se
  candidatar, de votar e ser votada.

 Acredito que existe sim. Existe uma formação social onde o mundo é dos
 homens. Por favor preste atenção nos eventos que participares. Verás
 que o mundo é dos homens e muitas vezes não tem nada a ver com saber
 ou não algo.

 
  O fato é que as mulheres ainda são minoria nas profissões envolvendo
  ciência, tecnologia e informática. Vamos criar quotas para elas nas
  universidades também? Bah, é muita demagogia.
 

 Eu acho que o debate está bom e esse é necessário. Omar tu pode achar
 que não é uma debate importante, ou que estamos perdendo tempo, e que
 tá tudo numa boa. E é assim mesmo. Ou é assim que deve ser. Ou como tu
 disse mesmo: Nada impede a participação das mulheres. Tu tem esse
 direito.

 Agora, acho que só porque tu não concorda com a visão de outras
 pessoas, devas achar que é demagogia.

 Sabe, eu respeito pelo que tens feito pelo software livre, mas mandas
 um único email para esse tema e terminas afirmando que quem discorda
 de ti é demagogo.

 Acho que nós precisamos estar mais atentos a debates como esse das
 mulheres, e outros como a redução da maioridade penal.

 Mas, enfim, viva a diversidade,

 Everton

  []s
 
 
  - Original Message - From: [EMAIL PROTECTED]
  To: Projeto Software Livre BRASIL
  psl-brasil@listas.softwarelivre.org; mups.cp [EMAIL PROTECTED]
  Sent: Tuesday, October 30, 2007 9:11 AM
  Subject: Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr
 
 
  Então,
 
  Acho que em partes tu tens razão.
 
  SE uma regra vale para uma deve valer pra todos.
 
  Acontece que não existe nenhuma mulher no cgibr. Essa é a questão.
 
  Não se trata de afirmar que somente as mulheres produzem conteúdo.
  Essa afirmação seria machismo ao contrário.
 
  O problema que vejo é que sempre quando temos que reparar algo que
  fazemos errado. E é indiscutível que nossa sociedade é machista,
  homofóbica e racista. Nós temos uma tendência a ampliar tanto e não
  fazer nada.
 
  Então, o que vamos fazer diante do machismo? Nada?
 
  Eu acho que alguma coisa precisa ser feita. Ficar sem fazer nada é
  que não né?
 
  Se não é uma política de cotas, então, o que é? Qual é a proposta para
  resolver essa questão?
 
  Everton
 
  Quoting mups.cp [EMAIL PROTECTED]:
 
  Como se só as mulheres soubessem pensar e gerar conteúdo.
 
  Se formos avaliar desta forma, me respondam, quantos negros existem
  nesta representação? E quando descendentes de indígenas? Eles não
  deveria estar representados também? E os asiáticos? Será que temos

Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico everton

Ana Maria,

Bom, eu agradeço o seu email.

Acho que esse debate precisa ser feito e deve ser com certa prioridade.

Essa proposta não foi inventada da minha cabeça. Ela é pensamento do  
movimento feminista que defende cotas.


E como me propus a ir para o cgibr com diálogo com certos setores dos  
movimentos sociais,achei que deveria defender essa proposta.


Quem defende a proposta junto comigo é:

1 - Centro Feminista 8 de Março - http://www.cf8.org.br/
2 - Centro das Mulheres do Cabo - http://www.mulheresdocabo.org.br/index.html
3 - Candidata: Maria do Amparo Araújo - Movimento Tortura Nunca Mais -  
PE - http://atos.torturanuncamais.org.br/institucional/mtnm_tes/tes.htm

4 - Candidato Everton dos Santos Rodrigues

Everton


Quoting Ana Maria Moraes de Albuquerque Lima [EMAIL PROTECTED]:


Oi Everton,

Só queria ressaltar um ponto: se formos considerar a seara da ciência e
tecnologia, apenas sob a ótica das engenharias da computação, concordo
plenamente que existem mais homens que mulheres atuando e as mulheres são a
minoria. Porém, é importante lembrar que a maioria das mulheres que atuam
com ciência e tecnologia no Brasil se encontram na área da tecnologia
educacional (inclusão digital nas escolas públicas e telecentros). Já com
relação a ciência, existem algumas searas científicas onde os homens
predominam e outras onde as mulheres predominam. Por isso acho que se deve
falar com um certo cuidado que os homens que predominam a ciência, pois isso
depende de que área científica você fala. Exemplo: sou pesquisadora de
psicologia e educação. : )

Sabe, Everton, quando  você fala que o mundo é governado pelos homens, eu
lhe pergunto: você sinceramente ainda acredita nisso em pleno século XXI?
Para mim, o mundo é governado por homens e por mulheres, onde em algumas
áreas do conhecimento mundial e searas profissionais há predomínio de
homens, outras há um equilibrio de gênero, e outras há um predomínio de
mulheres. Independentemente se a área predominada pelas mulheres é
valorizada ou desvalorizada, elas fazem a sua função  isso é que conta! Eu
agradeço a sua preocupação em lutar pelas mulheres, mas quando tu falas que
existem mulheres machistas, eu lhe diria que existem também homens cuja
visão feminista não é de agrado das mulheres (ou ao menos de uma parcela de
mulheres). Pense nisso. A verdade é que o movimento feminista anda meio em
crise ultimamente e a idéia das cotas podem ser aceita por algumas mulheres
feministas, mas não por outras feministas.  Agradeço de coração o debate
trazido por ti e a sua atenção e preocupação com a ala feminina, mas tenho
uma visão feminista que é discordante da tua. Boa sorte nas eleições do CGI
e viva as diferentes formas de ver o mundo!

Beijos,
Ana Maria.

Em 30/10/07, [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] escreveu:


Omar!

Quoting Omar Kaminski [EMAIL PROTECTED]:

 Sim, existe a Luci Pirmez, titular da comunidade científica e
 tecnológica, e se não me engano há uma suplente no terceiro setor.


É verdade. Existe a Luci Piermez.

 É apenas uma, mas existe. Eu estava tentando me abstendo de comentar
 essa questão.

 Não há nada que impeça ou sequer dificulte o ingresso de mulheres no
 CGI.br, senão a falta de interesse e de vontade de participar, de se
 candidatar, de votar e ser votada.

Acredito que existe sim. Existe uma formação social onde o mundo é dos
homens. Por favor preste atenção nos eventos que participares. Verás
que o mundo é dos homens e muitas vezes não tem nada a ver com saber
ou não algo.


 O fato é que as mulheres ainda são minoria nas profissões envolvendo
 ciência, tecnologia e informática. Vamos criar quotas para elas nas
 universidades também? Bah, é muita demagogia.


Eu acho que o debate está bom e esse é necessário. Omar tu pode achar
que não é uma debate importante, ou que estamos perdendo tempo, e que
tá tudo numa boa. E é assim mesmo. Ou é assim que deve ser. Ou como tu
disse mesmo: Nada impede a participação das mulheres. Tu tem esse
direito.

Agora, acho que só porque tu não concorda com a visão de outras
pessoas, devas achar que é demagogia.

Sabe, eu respeito pelo que tens feito pelo software livre, mas mandas
um único email para esse tema e terminas afirmando que quem discorda
de ti é demagogo.

Acho que nós precisamos estar mais atentos a debates como esse das
mulheres, e outros como a redução da maioridade penal.

Mas, enfim, viva a diversidade,

Everton

 []s


 - Original Message - From: [EMAIL PROTECTED]
 To: Projeto Software Livre BRASIL
 psl-brasil@listas.softwarelivre.org; mups.cp [EMAIL PROTECTED]
 Sent: Tuesday, October 30, 2007 9:11 AM
 Subject: Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr


 Então,

 Acho que em partes tu tens razão.

 SE uma regra vale para uma deve valer pra todos.

 Acontece que não existe nenhuma mulher no cgibr. Essa é a questão.

 Não se trata de afirmar que somente as mulheres produzem conteúdo.
 Essa afirmação seria machismo ao contrário.

 O problema que vejo é que sempre quando

Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico Carlos B. Schwab
 
 Destaco 2 (dois) que são amplos:
 
 1 - “o estabelecimento de diretrizes estratégicas relacionadas ao uso  
 e ao desenvolvimento da internet no Brasil;”
 
 2 - “Fomentar a produção de conteúdos digitais de qualidade em língua  
 portuguesa” .
 
 Para fazer valer esses dois objetivos é necessário a diversidade, que  
 está entre um setor básico o pensamento das mulheres.
 
 Será possível fomentar a produção de conteúdos, sem o pensamento das
 mulheres?
 
 Everton
 

Certamente que não Everton! Diria mais, e talvez seja essa a forma 
correta, sem diversidade de pensamento.

Mas em se tratando de cargo eletivo em que QUALQUER pessoa pode 
candidatar-se, independentemente de sexo, cor ou credo, qual a necessidade

de determinar quotas ? Basta que candidatem-se.

Eu pergunto é se isso não vai acabar como as quotas para mulheres nas 
eleições, onde a justiça eleitoral reserva quota de 30% para candidatas, 
percentual esse que jamais foi atingido pela absoluta falta de mulheres 
que disponham-se a serem canditadas.

Talvez, eu digo talvez, não seja caso de estipular quotas, mas de 
conscientização das pessoas de que se algum grupo deseja 
representatividade, que dê sua cara ao tapa. 




Carlos B. Schwab

Pelotas, RS

Email: [EMAIL PROTECTED]
Linux user #178140, since oct 1996.
Que capacidade impiedosa essa minha de fingir ser normal o tempo todo!! 
- Raul Seixas
Quem come de tudo está sempre mastigando 
- XSandro


  Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para 
armazenamento!
http://br.mail.yahoo.com/
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Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico Carlos B. Schwab
Só para complementar minha mensagem anterior, olhando as atribuições do
CGIbr, contidas na  Portaria Interministerial N° 147, de 31 de maio de
1995 do Minsério das Comunicações, que o criou e no Decreto Nº 4.829, de 3
de setembro de 2003, pode-se notar que este é um comitê técnico de
controle e regulamentação. Definitivamente, não é um órgão voltado para
afirmação social.

O mais próximo que o CGIbr chega disso é através do CETIC.br (Centro de
Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação) que trabalha
com indicadores e estatísticas de uso e disponibilidade da internet no
país. E só.



Carlos B. Schwab

Pelotas, RS

Email: [EMAIL PROTECTED]
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Que capacidade impiedosa essa minha de fingir ser normal o tempo todo!! 
- Raul Seixas
Quem come de tudo está sempre mastigando 
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  Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para 
armazenamento!
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Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico everton

Olá Carlos!

Veja as comissões de Trabalho do Cgibr. Entre elas tem  Comissão de  
Trabalho de Conteúdos do CGI.br


http://www.cgi.br/acoes/conteudos.htm

Objetivos

Os objetivos específicos da CT-Conteúdos são:

* Fomentar a produção de conteúdos digitais de qualidade em  
língua portuguesa
* Viabilizar o uso de conteúdos de domínio público, assim como de  
acervos com direitos de propriedade intelectual

* Valorizar o material já reconhecido no passado
* Valorizar e acondicionar a cultura contemporânea, que muitas  
vezes já nasce digital
* Dar visibilidade e acesso ao conteúdo lusófono dos demais  
países de língua portuguesa


Esse não é apenas um comitê técnico. É também social.

Além disso, o desenvolvimento da internet no brasil deve ser mais do  
que apenas ligar cabos ou antenas.


É trabalhar em todas as frentes que constroem a internet.

Para Manuel Castells a internet foi formada pelas seguintes camadas:

* Manuel Castells - Galáxia Internet

* Na Pag. 34 ao escrever sobre a cultura da internet, diz que no atual  
estágio da internet é bom distinguir entre produtores/usuários e  
consumidores/usuários. Ele afirma que a cultura da internet é a   
cultura dos criadores da internet. E essa cultura da internet é   
caracterizada por 4 camadas: Primeira Camada: A cultura tecnocrática   
que são os geeks ou nerds, que a descoberta tecnológica é o valor   
supremo; Que para ser respeitado como membro da comunidade e como

autoridade deve agir de acordo com as normas formais e informais da
comunidade e não usar recursos para seu beneficio exclusivo;

* A segunda camada: Na pag 42 Castells fala da cultura Hacker: Mas um
melhor desempenho, quando desvinculado de instituições compensatórias,
requer a adesão a um conjunto de valores que combina a alegria da
criatividade com a reputação entre os pares (outros membros da
comunidade)

* Terceira camada: Comunidades virtuais: Segundo Castells (pag 46) As
fontes culturais da internet não podem ser reduzidas, porém, aos
valores dos inovadores tecnológicos.

E a quarta camada: Os empresários (lucro) * pag 49. A difusão da
internet a partir de círculos fechados de tecnólogos e pessoas
organizadas em comunidades para a sociedade em geral foi levada a cabo
por empresários. pag 52. os empresário da internet são antes criadores
que homens de negócios, mais próximos da cultura do artista do que da
cultura corporativa tradicional.

Para desenvolver a internet é preciso pensar nessas 4 camadas  
apresentada pelo Castells e não apenas em questões técnicas.


E nessa quarta camada, proponho que seja contemplada além do setor  
econômico capitalista. No Brasil a Economia Solidária conta com mais  
de 20 mil empreendimentos. R$ 7 bilhões/ano esses dados do mapeamento  
nacional da economia solidária coordenada pelo Ministério do Trabalho.


Everton

Quoting Carlos B. Schwab [EMAIL PROTECTED]:


Só para complementar minha mensagem anterior, olhando as atribuições do
CGIbr, contidas na  Portaria Interministerial N° 147, de 31 de maio de
1995 do Minsério das Comunicações, que o criou e no Decreto Nº 4.829, de 3
de setembro de 2003, pode-se notar que este é um comitê técnico de
controle e regulamentação. Definitivamente, não é um órgão voltado para
afirmação social.

O mais próximo que o CGIbr chega disso é através do CETIC.br (Centro de
Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação) que trabalha
com indicadores e estatísticas de uso e disponibilidade da internet no
país. E só.



Carlos B. Schwab

Pelotas, RS

Email: [EMAIL PROTECTED]
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Que capacidade impiedosa essa minha de fingir ser normal o tempo todo!!
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Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico Fernanda G Weiden
Em 30/10/07, [EMAIL PROTECTED][EMAIL PROTECTED] escreveu:
 Veja as comissões de Trabalho do Cgibr. Entre elas tem  Comissão de
 Trabalho de Conteúdos do CGI.br

 http://www.cgi.br/acoes/conteudos.htm

 Objetivos

 Os objetivos específicos da CT-Conteúdos são:

Eu sei da sua genuína boa vontade, Everton, mas argumentar as quotas
com a existencia de um GT de conteúdo soa bem machista pra mim.

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Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico everton

Olá Fernanda!



Eu sei da sua genuína boa vontade, Everton, mas argumentar as quotas
com a existencia de um GT de conteúdo soa bem machista pra mim.



Não isso que fiz, no contexto da mensagem ao qual lembrei do  
CT-Conteúdos, era para dizer ao Carlos Schwab, que o cgibr não era  
apenas um comitê técnico.


O debate na mensagem anterior era se o cgibr é ou não apenas um comitê  
técnico.


Entende?

Everton


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Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico Omar Kaminski

Marcelo,

Quando um burro fala o outro baixa as orelhas.

[]s


- Original Message - 
From: Marcelo D'Elia Branco [EMAIL PROTECTED]

To: Projeto Software Livre BRASIL psl-brasil@listas.softwarelivre.org
Sent: Tuesday, October 30, 2007 1:03 PM
Subject: Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr



Omar,

tu demonstrou que neste assunto tu nao conhece nadaou pouco.
Teus argumentos fazem parte de um senso comum.
Procure te informar mais sobre este assunto, sobre a luta histórica dos
movimentos de mulheres etc.
Teus argumentos sao de arrepiar até o Jece Valadão.

Nao me venha agora com um parecer-jurídico-incontestável sobre este
tema.

marcelo

Em Ter, 2007-10-30 às 12:09 -0300, Omar Kaminski escreveu:

Como já foi observado o Brasil é machista e não vejo como mudar isso
instituíndo quotas de privilégios.

Segundo a história o mundo é machista há milênios, e agora querem mudar 
isso

em 30 anos, depois do advento da pílula anticoncepcional. Vamos devagar,
todos têm seu espaço e este deve ser conquistado aos poucos.

Senão iniciativas como quotas de privilégio serão apenas mais uma atitude
machista, ou mais um argumento para os machistas reclamarem e criticarem.

Mulheres não são minoria e são tão capacitadas quanto homens. O que falta 
é

se interessarem mais por assuntos ligados à CT, nicho tradicionalmente
masculino. O interessante é que os melhores cozinheiros, costureiros e
outros eiros são homens, e são nichos tradicionalmente femininos

[]s


 bah, é muito machismo!

 Marcelo





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Re: OT: Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-30 Por tôpico Ana Maria Moraes de Albuquerque Lima
Fernanda,

Acho que você expressou-se muito bem. Gostei muito das suas ponderações e
concordo com todas as suas mensagens sobre esta temática. A intenção da
discriminação positiva não é ruim, mas eu particularmente não aprecio o
conceito de cotas de 30% para o CGI para evitar brechas de comentários
discriminatórios do tipo: a candidata só conseguiu se eleger no CGI por
causa das cotas de 30% e não pelo seus méritos e capacidades. Eu posso até
não ter expressado meu ponto de vista, também, mas a realidade é existe um
lado perverso da idéia do sistema de cotas para mulheres (é uma faca de dois
gumes), mesmo que o intuito seja justamente condições para combater as
desigualdades. Acredito que via educação, haverá um número de mulheres mais
aptas para realizar alguns tipos de tarefas e com o tempo, surgirá mais
interessadas em concorrer a uma vaga do CGI.br.

Um abraço,
Ana Maria.



Em 30/10/07, Fernanda G Weiden [EMAIL PROTECTED] escreveu:

 Olá Marcelo,
 obrigada pelo email. Eu concordo com você 100%. Só que o meu método
 para realizar esta discriminacao positiva seria um pouco diferente.
 Educando e fazendo com que um maior numero de mulheres estejam aptas a
 realizar alguns tipos de tarefas.

 Nao estou dizendo que hoje nao temos mulheres aptas a ocupar cargos no
 CGI.br, mas talvez estas que estao aptas a faze-lo nao se interessam
 por trabalhar pro CGI.br.

 Se tivermos 10x mais mulheres aptas a fazer este trabalho, tenho
 certeza que teremos um maior numero de interessadas no trabalho do
 comite gestor.

 Investir em educacao eh uma maneira mais sadia de resolver o problema
 do que fixando um numero de participacao.

 Eu assumo meu pedaco de culpa pelo mundo machista que nós vivemos,
 enquanto as mulheres não mudarem, nada mudará. Continuaremos a
 precisar de evertons e marcelos para abrir a porta dos cargos de
 importancia e poder para as mulheres. Eu prefiro conquistá-los por
 meus meritos.

 abracos,
 nanda

 Em 30/10/07, Marcelo D'Elia Branco[EMAIL PROTECTED] escreveu:
  OT
 
  Em Ter, 2007-10-30 às 09:46 -0200, [EMAIL PROTECTED] escreveu:
 
  Oi [EMAIL PROTECTED],
 
  Me desculpem por entrar atrasado e sem muito tempo para debater esta
  questao, que para mim é super-importante.
  Sei que a maioria que se manifestou aqui tem uma opiniao contrária a
  minha ou a proposta do Everton, mas...
 
  Nossa sociedade é uma sociedade machista e patriarcal. É fato!
  Essa desigualdade, nos direitos-práticos-na-vida-cotidiana, é uma das
  mais antigas da humanidade e primitiva. A primeira desigualdade na
  humanidade se deu justamente entre homens e mulheres, com o divisao
  social do trabalho. E nao foi a inteligência ou capacidade que foi
  levada em conta para que este fato histórico acontecesse. Foi a
  superioridade muscular do homem em relaçao a mulher que imperou e
  iniciou tudo...
 
  Esta prática se reproduziu e se amplificou naturalmente ao longo dos
  últimos séculos e é inegável que nao é por falta de capacidade,
  inteligência, conhecimentos, etc que a mulher é discriminada na nossa
  sociedade.
  As primeiras médicas e científicas foram queimadas como bruxas. Mulheres
  morreram no Brasil e no mundo para terem o direito a voto, direito sobre
  o seu próprio corpo, direito a maternidade segura, direito á...e
  continuam morrendo.
   Este ciclo de discriminaçao irá se reproduzir naturalmente por todo
  sempre se nao tomarmos medidas concretas para combater essa
  odiosa-primitiva discriminaçao na nossa sociedade.
 
  Tento dialogar aqui com quem acredita que as mulheres e os homens tem as
  mesmas capacidades para exercer qualquer funçao e nao existe uma
  diferença biológica que justifique uma superioridade ou inferioridade em
  algum dos gêneros humanos.
 
  ¿Entao pq existe essa desigualdade?
 
  Pq os mecanismos e regras sociais criadas a séculos e que ainda estao
  presentes com muita força na nossa sociedade reproduzem esta
  discriminaçao. Como um ciclo natural isso nunca terá fim.
 
  Por isso acredito que os poderes públicos, instituiçoes em geral devam
  tomar medidas concretas para amenizar e/ou interromprer este ciclo
  natural-construído-socialmente. Isso nao acontecerá naturalmente,
  mas com medidas compensatórias até que se restabeleça a igualdade de
  direitos e oportunidades desejada.
 
  Sou a favor das cotas (discriminaçao positiva) por esta razao.
 
  Para aqueles que acreditam que temos diferenças biológicas que
  justificam superioridade ou inferioridade de algum dos gêneros humanos
  na face da terra eu nao tenho muito pra falar. Sinto pena...
 
  []s
 
  Marcelo
 
 
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Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-29 Por tôpico Fernanda G Weiden
Em 29/10/07, [EMAIL PROTECTED][EMAIL PROTECTED] escreveu:
 Já vimos o debate polêmico sobre as cotas para negros nas
 universidades. Muitos acham que não é preciso ter ou outros sim. Mas
 vamos pesquisar e ver quantos negros estão nas cadeias? certamente o
 número de negros é maior que o número de brancos. Vamos pesquisar o
 numero proporcional de negros nas universidades? Certamente existe
 mais brancos do que negros nas universidades.

Eu acho que quotas na universidade são diferentes de quotas em cargos
como o CGI, que exije especialização alta. Na universidade, você está
dando oportunidade a pessoas que de outra forma não teriam talvez
chance de aprender uma profissão e competir no mercado de igual para
igual.

No CGI, espera-se que as pessoas lá sejam as mais qualificadas
possíveis para tratar de assuntos de governança de internet. Eu
adoraria que houvessem mulheres entre esses profissionais de alto
conhecimento na área, mas sinceramente, dada a seriedade da questão,
eu prefiro ver 100% de homens muito bem qualificados, do que 70% de
homens eleitos por mérito e 30% de mulheres que não muito sabem do que
está se falando, mas estão lá porque havia uma quota a ser preenchida.

Ficaria muito feliz que existissem mais mulheres entre os eleitos por
competência em seu trabalho e entendimento sobre governança da
internet. Se isso não existe ainda, vou continuar dando minhas
palestras sobre a importância de envolver mulheres no contexto
tecnológico.

Quem sabe daqui a uns 30 anos não teremos mais igualdade com
competência em cargos deste tipo. Ficarei feliz por ter ajudado com
meu trabalho de formiguinha.
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Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-29 Por tôpico Carlos B. Schwab

--- [EMAIL PROTECTED] escreveu:

 A proposta que fizemos é um pouco mais complexa:
 
 Na busca de que o CGIbr seja também de fato um instrumento  
 responsável com mudanças concretas na sociedade, rompendo com todas as  
 formas de opressão, propomos que na sua composição seja adotada as  
 cotas de 30% para mulheres, garantindo assim, não só participação  
 políticas das mesmas nos espaços de poder, mas também permitindo que  
 esse instrumento construa a partir do olhar das mulheres, formas  
 através da internet a efetivação de um mundo igual entre mulheres e  
 homens. Além disso, é necessário conceber processos de debate e  
 formação, que fortaleçam cada vez mais a participação das mulheres  
 nesses espaços, bem como propor medidas que coíbam o machismo virtual,  
 a homofobia, o racismo e a pornografia infantil.


Então tá. Alguém poderia responder-me quais os objetivos do CGIbr ? Gerir
a internet no Brasil ou eliminar a opressão às mulheres ?



Carlos B. Schwab

Pelotas, RS

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Re: [PSL-Brasil] Cota de 30% para mulheres no CGIbr

2007-10-28 Por tôpico Ana Maria Moraes de Albuquerque Lima
Eu também concordo contigo e acho que é uma seara delicada esta coisa de
cotas para mulheres. Acho que você ainda refinou ainda mais o meu argumento
colocando pontos de vista bem interessantes. Também concordo contigo quando
você diz que os eleitos sejam aqueles que apresentem as melhores propostas e
que tenham maior representatividade na sociedade, independente do sexo, mas
escolhidos pelos seus talentos e capacidades para atuar no CGI.

Beijos,
Ana Maria.

Em 28/10/07, mups. cp [EMAIL PROTECTED] escreveu:

 Ana,

 Estou de total acordo com você.
 Acho mais ainda, se ficarmos caindo em questões como quota para
 mulheres, daqui a pouco teremos cotas para homens e cotas para negros
 e cotas para índios e cotas para pobres e por ai vai.

 Sou a favor sim de todos terem seu espaço, tanto homens quanto
 mulheres em qualquer espaço da sociedade. Que vença o melhor
 candidato, aquele com a melhor proposta independente do sexo.

 Se começarmos a estabelecer quotas podemos cair em situações em que
 elegeremos pessoas incapazes e sem potencial, simplesmente pelo
 cumprimento de uma cota.

 Se todos os eleitos forem homens, porque foram julgados os melhor e
 mais capacitados que assim seja. Se todos os eleitos forem mulheres,
 porque foram julgadas as melhores e mais capacitadas para a função
 assim seja também.



 On 10/27/07, Ana Maria Moraes de Albuquerque Lima
 [EMAIL PROTECTED] wrote:
  Everton,
 
  Sabe, a proposta pode até ser interessante, mas eu não acho que nós
 mulheres
  precisamos de uma cota de 30% no CGI. Eu acho que a questão do acesso a
  informação e a construção do conhecimento nem é tanto de gênero e mais
 uma
  questão cultural e de classe social, de oportunidades na vida. As
 mulheres
  já provaram há muito tempo que podem ser talentosas nas mais diversas
 áreas
  do conhecimento. Podemos ser minoria nas carreiras tecnológicas, mas
 temos
  no Brasil exemplos de brilhantismo intelectual de mulheres de TI,  tais
 como
  as pesquisadoras Lea Fagundes (UFRGS) e Roseli de Deus (da Poli - USP) e
  muitas outras. O próprio CGI possui funcionárias talentosas que não são
  conselheiras, mas desenvolvem seu trabalho com muito brilhantismo, tal
 como
  a jornalista e pesquisadora Mariana Balboni. Sem contar uma série de
 outros
  exemplos anônimos de mulheres brilhantes na seara tecnológica. Comparado
 aos
  homens, tem menos mulheres trabalhando nas carreiras tecnológicas, mas
  sinceramente em decorrência do talento de algumas das nossas
 representantes
  em TI não sei se é necessário uma cota de 30% para o CGI em nosso
 momento
  atual. Eu considero que esta coisa de ter conselheiros do gênero
 feminino no
  CGI virá naturalmente e não necessariamente através de cotas especificas
 de
  30%.
 
  Sinceramente, eu não acho que mulher precisa de cota de 30% para entrar
 no
  CGI, mas basta ter representatividade no país e que na minha opinião
  deveriam batalhar pela vaga como qualquer candidato a vaga. Eu acho que
 as
  mulheres estão num estágio que não precisam mais desta cota de 30% para
 ter
  conselheira no CGI. Eu não sei se eu sou um caso a parte, mas sempre me
  senti e me vi igual aos homens e sempre fui tratada com muito respeito
 pelos
  meus colegas de trabalho de TI. Eu acho que as questões de acesso a
  informação e construção do conhecimento e desenvolvimento de talentos
 tem
  mais a ver com oportunidades educacionais e viver ou não num ambiente
  culturalmente rico, ter tido oportunidades digitais e fluência
 tecnológica.
  Agradeço a intenção das cotas de 30% para o CGI, mas eu acho que nós
  mulheres de TI já atingimos um estágio que não precisamos de cota. Ao
 menos
  eu acho que é mais gratificante como mulher, lutar de igual para igual
 para
  uma vaga do CGI sem cotas.  Apesar de discordar do ponto de vista, é uma
  questão interessante a ser debatida.   Boa sorte em sua campanha.
 
  Um abraço,
  Ana Maria.
 
  Em 26/10/07, [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED] 
  escreveu:
   Ação afirmativa – uma política necessária
   Cota de 30% para mulheres no CGIbr
  
  
   A nosso sociedade é estruturada na dicotomia entre o público e o
   privado, que destina às mulheres o papel da reprodução, do trabalho do
   cuidado, aprofundando a divisão sexual do trabalho, que atribui papeis
   secundários as mulheres nos espaços de decisão, colocando-as sempre em
   situação de desigualdade dos homens. Esse modelo de definir papeis de
   homens e papeis de mulheres, impõem as mulheres um mundo visto como
   privado e para o homem, o mundo do poder, das decisões, o mundo
   público. Mas se olharmos na verdade esses mundos não são tão
   diferentes assim. Porém, essa separação permite colocar as mulheres
   para realizarem trabalhos precários, invisíveis e gratuito. Buscar
   romper com essa forma de organização da sociedade é um desafio central
   para construímos formas mais justa, solidárias e igual.
  
   O mundo tem se transformado de forma muito dinâmica e  isso não tem
   significado mudanças