RE: [obm-l] Pi

2009-04-27 Por tôpico Albert Bouskela
Olá, Bernardo!

Pois é... os acadêmicos são, via de regra e em especial os mais brilhantes
(em todas as áreas, mas destaco a Filosofia, a Física e a Matemática),
vítimas do principal provérbio de Salomão: Vaidade das vaidades, tudo é
vaidade e aflição de espírito (Eclesiastes).

Acredito que os matemáticos (os luminares) escrevam a primeira versão de
suas demonstrações em 200 páginas ou mais. Aí, em um dia, fazem uma revisão
pra 50. Em uma semana já conseguem escrevê-la em 10. Quando a publicam,
enviam um abstract de 5 linhas e mais 2 páginas contendo a tal demonstração
pra lá de compactada. Então explodem num orgasmo intelectual: ninguém vai
conseguir me entender!, uma passagem de 50 páginas é citada como
'obviamente, sabe-se que...' e por aí vai...

Acho que o exemplo mais agudo é o da Teoria da Relatividade Restrita:
Einstein formulou sua mais do que genial teoria em 1905 (o chamado ano dos
milagres de Einstein), por volta dos seus 25 (VINTE E CINCO!!!) anos, num
artigo que, a despeito da minha memória, que vive a me trair, tinha 11
(ONZE!!!) páginas - refiro-me ao original de Einstein (a versão impressa
tinha cerca de 30 páginas). 

Sds.,
Albert Bouskela
bousk...@gmail.com
bousk...@ymail.com

 -Original Message-
 From: owner-ob...@mat.puc-rio.br [mailto:owner-ob...@mat.puc-rio.br]
 On Behalf Of Bernardo Freitas Paulo da Costa
 Sent: Thursday, April 23, 2009 10:12 AM
 To: obm-l@mat.puc-rio.br
 Subject: Re: [obm-l] Pi
 
 2009/4/22 Albert Bouskela bousk...@ymail.com:
  Olá!
 Salve Albert e toda obm-l !
 
  Dentre os números não-algébricos, “pi” é o que possui a prova mais fácil
da
  sua “irracionalidade”, i.e., apenas uma página. Você pode encontrá-la em
 
  http://www.math.upenn.edu/~deturck/m509/niven.pdf
 Muito legal essa prova ! Mas bastante mágica, devo dizer... E em
 termos de comprimento, eu gosto mais da do e (o que acontece de novo
 no caso de provar que são transcendentes, ou seja, a do e é mais
 fácil também, na minha opinião) :
 Diga que e = p/q
 note que as  aproximações de e pela definição clássica (como limite de
 x_n = 1 + 1 + 1/2 + 1/3! + ... + 1/n!) diferem de menos de 1/(n * n!)
 do valor exato de e (some 1/(n * n!) no final e chame y_n = x_n + 1/(n
 * n!), e veja que x_n é crescente e y_n é decrescente). Ora, o
 presumido denominador de e é um numero finito, certo ? Logo, compare
 os termos da soma até o índice q :
 1 + 1 + 1/2 + ... + 1/q!  p/q  1 + 1 + 1/2 + ... + 1/q! + 1/(q * q!)
 
 Multiplicando por q! dos dois lados, temos que
 Inteiro bem grande  p * (q-1)!  Inteiro bem grande + 1/q
 
 Ou seja, há um inteiro num espacinho pequeniniho. Absurdo. Uma coisa
 legal desta prova é que não precisa de nada além da definição do e (a
 do pi, precisa saber fazer contas com senos e cossenos, ou seja,
 provar os vários limites clássicos, e o cara pula um bocado na
 integração por partes - eu me lembro de ter visto uma prova parecida
 mas que na minha memória era bem mais longa do que a página do nosso
 amigo de Purdue !!)
 
  Sds.,
  Albert Bouskela
 
 Abraços,
 --
 Bernardo Freitas Paulo da Costa
 
 ===
 ==
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
 ===
 ==


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Pi

2009-04-24 Por tôpico silverratio
Olá Albert,


Devo dizer que discordo de você em alguns pontos.

Sobre os papers que matemáticos publicam, é necessário e de certa forma até
obrigatório
que eles sejam curtos, resumidos; por vários motivos. Permita-me explicar.

Se você prova um teorema, a sua demonstração inicial de 200 páginas
provavelmente era muito
feia. É provável que ela continha alguns erros e várias passagens
desnecessárias que só ajudam
a fazer com que o leitor perca o objetivo de vista, ou se canse de
acompanhar tudo.

Ora, não é natural que você primeiro crie um esboço, e vá aprimorando a sua
obra até que ela fique
boa o suficiente pra que você possa mostrá-la às outras pessoas?

Há ainda uma questão prática de quantas páginas você pode ocupar num
periódico.
Ter um artigo de centenas de páginas publicado não parece muito viável,
salvo em casos
excepcionalmente raros, quem sabe.

Sinceramente, não acredito que o objetivo dessa compactificação seja um
orgasmo intelectual.

Veja bem, é interessante e vantajoso que o matemático tenha citações do seu
artigo. Se ele fizer algo
muito obscuro e difícil de entender, muitas pessoas provavelmente não vão
gostar, e ele só tem a perder com isso.

É bom ter em mente que prolixidade não é sinônimo de clareza; na verdade, em
muitas situações é exatamente
o contrário. Falta de objetividade é sim um problema.


Quanto ao seu exemplo do artigo de Einstein: do ponto de vista matemático,
tudo que a teoria da relatividade
restrita precisa é de álgebra linear, num nível bastante acessível (até
formas bilineares, essencialmente).
Tendo em vista que Einstein não queria escrever um livro explicando tudo
desde o começo, e sim as idéias gerais
da sua nova teoria, acho onze páginas uma quantidade bastante razoável.


De fato, veja por exemplo o livro de Barrett O'Neill: Semi-Riemannian
Geometry, With Applications To Relativity.
Esta é uma consagrada referência de física-matemática, que tem um capítulo
dedicado a Relatividade Restrita.

O capítulo em questão tem meras 20 páginas!

E isto que trata-se de um livro que procura fazer tudo do zero, definir
várias coisas que na física não precisam de tanto
rigor, tem figuras, etc..

Enfim, acho que você generalizou demais.


Um Abraço,

- Leandro.


Re: [obm-l] Pi

2009-04-23 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
2009/4/22 Albert Bouskela bousk...@ymail.com:
 Olá!
Salve Albert e toda obm-l !

 Dentre os números não-algébricos, “pi” é o que possui a prova mais fácil da
 sua “irracionalidade”, i.e., apenas uma página. Você pode encontrá-la em

 http://www.math.upenn.edu/~deturck/m509/niven.pdf
Muito legal essa prova ! Mas bastante mágica, devo dizer... E em
termos de comprimento, eu gosto mais da do e (o que acontece de novo
no caso de provar que são transcendentes, ou seja, a do e é mais
fácil também, na minha opinião) :
Diga que e = p/q
note que as  aproximações de e pela definição clássica (como limite de
x_n = 1 + 1 + 1/2 + 1/3! + ... + 1/n!) diferem de menos de 1/(n * n!)
do valor exato de e (some 1/(n * n!) no final e chame y_n = x_n + 1/(n
* n!), e veja que x_n é crescente e y_n é decrescente). Ora, o
presumido denominador de e é um numero finito, certo ? Logo, compare
os termos da soma até o índice q :
1 + 1 + 1/2 + ... + 1/q!  p/q  1 + 1 + 1/2 + ... + 1/q! + 1/(q * q!)

Multiplicando por q! dos dois lados, temos que
Inteiro bem grande  p * (q-1)!  Inteiro bem grande + 1/q

Ou seja, há um inteiro num espacinho pequeniniho. Absurdo. Uma coisa
legal desta prova é que não precisa de nada além da definição do e (a
do pi, precisa saber fazer contas com senos e cossenos, ou seja,
provar os vários limites clássicos, e o cara pula um bocado na
integração por partes - eu me lembro de ter visto uma prova parecida
mas que na minha memória era bem mais longa do que a página do nosso
amigo de Purdue !!)

 Sds.,
 Albert Bouskela

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


Re: [obm-l] Pi

2009-04-23 Por tôpico Albert Bouskela
Olá, Bernardo!
 
Pois é... os acadêmicos são, via de regra e em especial os mais brilhantes (em 
todas as áreas, mas destaco a Filosofia, a Física e a Matemática), vítimas do 
principal provérbio de Salomão: Vaidade das vaidades, tudo é vaidade e aflição 
de espírito (Eclesiastes).
 
Acredito que os matemáticos (os luminares) escrevam a primeira versão de suas 
demonstrações em 200 páginas ou mais. Aí, em um dia, fazem uma revisão pra 50. 
Em uma semana já conseguem escrevê-la em 10. Quando a publicam, enviam um 
abstract de 5 linhas e mais 2 páginas contendo a tal demonstração pra lá de 
compactada. Então explodem num orgasmo intelectual: ninguém vai conseguir me 
entender!, uma passagem de 50 páginas é citada como 'obviamente, sabe-se 
que...' e por aí vai...
 
Acho que o exemplo mais agudo é o da Teoria da Relatividade Restrita: Einstein 
formulou sua mais do que genial teoria em 1905 (o chamado ano dos milagres de 
Einstein), por volta dos seus 25 (VINTE E CINCO!!!) anos, num artigo que, a 
despeito da minha memória, que vive a me trair, tinha 11 (ONZE!!!) páginas - 
refiro-me ao original de Einstein (a versão impressa tinha cerca de 30 
páginas). 


Saudações,
AB
bousk...@gmail.com
bousk...@ymail.com

--- Em qui, 23/4/09, Bernardo Freitas Paulo da Costa bernardo...@gmail.com 
escreveu:

De: Bernardo Freitas Paulo da Costa bernardo...@gmail.com
Assunto: Re: [obm-l] Pi
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Data: Quinta-feira, 23 de Abril de 2009, 13:12

2009/4/22 Albert Bouskela bousk...@ymail.com:
 Olá!
Salve Albert e toda obm-l !

 Dentre os números não-algébricos, “pi” é o que possui a prova mais
fácil da
 sua “irracionalidade”, i.e., apenas uma página. Você pode
encontrá-la em

 http://www.math.upenn.edu/~deturck/m509/niven.pdf
Muito legal essa prova ! Mas bastante mágica, devo dizer... E em
termos de comprimento, eu gosto mais da do e (o que acontece de
novo
no caso de provar que são transcendentes, ou seja, a do e é mais
fácil também, na minha opinião) :
Diga que e = p/q
note que as  aproximações de e pela definição clássica (como limite de
x_n = 1 + 1 + 1/2 + 1/3! + ... + 1/n!) diferem de menos de 1/(n * n!)
do valor exato de e (some 1/(n * n!) no final e chame y_n = x_n + 1/(n
* n!), e veja que x_n é crescente e y_n é decrescente). Ora, o
presumido denominador de e é um numero finito, certo ? Logo, compare
os termos da soma até o índice q :
1 + 1 + 1/2 + ... + 1/q!  p/q  1 + 1 + 1/2 + ... + 1/q! + 1/(q * q!)

Multiplicando por q! dos dois lados, temos que
Inteiro bem grande  p * (q-1)!  Inteiro bem grande + 1/q

Ou seja, há um inteiro num espacinho pequeniniho. Absurdo. Uma coisa
legal desta prova é que não precisa de nada além da definição do e (a
do pi, precisa saber fazer contas com senos e cossenos, ou seja,
provar os vários limites clássicos, e o cara pula um bocado na
integração por partes - eu me lembro de ter visto uma prova parecida
mas que na minha memória era bem mais longa do que a página do nosso
amigo de Purdue !!)

 Sds.,
 Albert Bouskela

Abraços,
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=



  Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! +Buscados
http://br.maisbuscados.yahoo.com

RE: [obm-l] Pi

2009-04-22 Por tôpico Albert Bouskela
Olá!

 

Dentre os números não-algébricos, “pi” é o que possui a prova mais fácil da
sua “irracionalidade”, i.e., apenas uma página. Você pode encontrá-la em

 

http://www.math.upenn.edu/~deturck/m509/niven.pdf 

 

Sds.,

Albert Bouskela

 mailto:bousk...@gmail.com bousk...@gmail.com

 mailto:bousk...@ymail.com bousk...@ymail.com

 

From: owner-ob...@mat.puc-rio.br [mailto:owner-ob...@mat.puc-rio.br] On
Behalf Of Samuel Wainer
Sent: Wednesday, April 22, 2009 1:38 PM
To: obm-l@mat.puc-rio.br
Subject: [obm-l] Pi

 

Tudo bom?
 
Tenho visto várias provas de que certos números são realmente irracionais.
Como o e, raiz de 2... Mas a demonstração de que o pi é realmente um número
irracional não foi dada em momento algum para nós aqui na faculdade. Esta é
realmente muito complicada?
 
Obrigado

  _  

Turbine seu Messenger com emoticons! Clique
http://specials.br.msn.com/ilovemessenger/pacotes.aspx  já, é GRÁTIS!



Re: [obm-l] Pi

2009-04-22 Por tôpico Filipe Falcão
Samuel, o número pi é a razão entre o perímetro e o diâmetro de uma
circunferência.

2009/4/22 Samuel Wainer sswai...@hotmail.com

  Tudo bom?

 Tenho visto várias provas de que certos números são realmente irracionais.
 Como o e, raiz de 2... Mas a demonstração de que o pi é realmente um número
 irracional não foi dada em momento algum para nós aqui na faculdade. Esta é
 realmente muito complicada?

 Obrigado

 --
 Turbine seu Messenger com emoticons! Clique já, é 
 GRÁTIS!http://specials.br.msn.com/ilovemessenger/pacotes.aspx




-- 
Filipe Martins Pereira Falcão

9658-8065


RE: [obm-l] PI

2009-04-21 Por tôpico Albert Bouskela
Olá!

 

Acredito que seja uma referência à Fórmula de Brent-Salamin – você pode
encontrá-la em:

 

http://mathworld.wolfram.com/PiIterations.html 

 

Mesmo assim, acho que vale a pena você fazer uma pesquisa mais ampla, a
começar pelos seguintes links:

 

http://mathworld.wolfram.com/topics/Pi.html 

http://mathworld.wolfram.com/PiFormulas.html 

 

Sds.,

AB

bousk...@gmail.com

bousk...@ymail.com

 

From: owner-ob...@mat.puc-rio.br [mailto:owner-ob...@mat.puc-rio.br] On
Behalf Of Denisson
Sent: Monday, April 20, 2009 11:13 PM
To: obm-l@mat.puc-rio.br
Subject: [obm-l] PI

 

O que vocÊs entendem por Usando relação de recorrência envolvendo raiz
quadrada, calcule PI.

-- 
Denisson



Re: [obm-l] PI

2009-04-21 Por tôpico Albert Bouskela
Olá!
 
Acredito que seja uma referência aos processos iterativos que utilizam raízes 
para acelerar a convergência para pi – você pode encontrá-los em:
 
http://mathworld.wolfram.com/PiIterations.html 
 
Mesmo assim, acho que vale a pena você fazer uma pesquisa mais ampla, a começar 
pelos seguintes links:
 
http://mathworld.wolfram.com/topics/Pi.html 
http://mathworld.wolfram.com/PiFormulas.html 
 
Finalmente, leia o seguinte artigo (é muito bom e está bem atualizado!).
 
http://uk.arxiv.org/PS_cache/arxiv/pdf/0807/0807.0872v3.pdf 
 
Sds.,
AB
bousk...@gmail.com
bousk...@ymail.com

--- Em ter, 21/4/09, Denisson denisso...@gmail.com escreveu:

De: Denisson denisso...@gmail.com
Assunto: [obm-l] PI
Para: obm-l@mat.puc-rio.br
Data: Terça-feira, 21 de Abril de 2009, 2:13


O que vocÊs entendem por Usando relação de recorrência envolvendo raiz 
quadrada, calcule PI.

-- 
Denisson




  Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! +Buscados
http://br.maisbuscados.yahoo.com

Re: [obm-l] Pi

2006-01-24 Por tôpico Jose Augusto
tentei em vao ( ate agora ) estimar a desigualdade comparando o perimetro de alguns dos poligonos regulares com o da circunferencia circunscrita! talvez utilizar tbm a inscrita...
 boa sorte pra quem tentar!


Re: [obm-l] + PI

2003-06-12 Por tôpico Davidson Estanislau

   Caro Anselmo

   Note que essa razão descrita na livro, entre o comprimento de uma
circunferência e o seu diâmetro. É dada pela razão entre um número
irracional e um racional, que nos fornece um irracional. Logo não há como
ser expresso na p/q (p e q inteiros, q não nulo).

   Um abraço.

   Davidson Estanislau


-Mensagem Original-
De: Anselmo Alves de Sousa [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED]
Enviada em: Quarta-feira, 11 de Junho de 2003 01:41
Assunto: [obm-l] + PI


 Isto aguça meu espírito de curiosidade!

 De fato sabemos que pi é irracional.

 Observe o texto que vemos em um livro de sétima série:

 Há muitos anos os egípcios descobriram que a razão entre o comprimento de
 uma circunferênciae o seu diâmetro é a mesma para qualquer circunferência.
É
 essa razão que hoje chamamos e pi. A determinação do valor exato de pi foi
 um desafio para os matemáticos, durante séculos. Sabemos, hoje, tratar-se
de
 um número irracional de valor aproximadamente igual a 3,1416.

 Q={p/q, p e q inteiros, q não nulo} . A pergunta é a seguinte: Se pi é
 irracional, por que tantos livros o tratam como uma razão??? Isto
 frequentemente remete estudantes a pensar em razão de números inteiros(que
é
 ensinada no mesmo período).


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=