Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
hmm... um pouco atrasado, como sempre... Em Sat, 28 Oct 2006 02:19:22 -0300 Mauro Carvalho Chehab [EMAIL PROTECTED] escreveu: No kernel, uma regra que se tem é não quebrar compatibilidade binária com executáveis antigos. Se alguém adiciona uma nova interface, sua remoção posterior seria o caos, gerando a parada de diversos aplicativos. Note que isso é uma regra geral de qualquer coisa que exponha interface para outras aplicações ou módulos usarem, e o Linux não tem um bom histórico nesse ponto. Ao restringir liberdades quanto ao uso em sistemas embarcados, GPLv3Draft2 arranha a liberdade 0. O que é óbvio é que você até agora não demonstrou _como_ a gplv3d2 restringe o uso em sistemas embarcados (que palavra tosca!). Você tem de entender é que a gplv3 está dando a possibilidade do cara que comprou a televisão perder a garantia e substituir um componente por sua conta e risco. Você não tem como substituir um bootloader que tenha uma assinatura verificada por, digamos, um BIOS, se você não tiver a chave para assinar o seu bootloader. Acho que dito assim fica claro para você perceber que a idéia é dar o direito de mudar o componente a quem quiser, se quiser, mesmo com perda de garantia. O fabricante não tem o direito de impedir que eu modifique algo que comprei; esse é o espírito. Sempre há a opção de remover o código dos que resistirem à evolução. Quebrando todos os programas que dependem do kernel, se for em uma API. Se for em uma syscall exposta ao userspace, você diz? É só substituir o código, né? =) Você não é *obrigado* a modificar o software. Mas, se você quiser, você deve poder. Se eu posso, outros podem. Este é o problema: sem uma devida chave de segurança, um hacker pode gerar uma versão fake do software e, com a chave, instalar em meu celular. Desde que ele tenha a chave... mas ele não precisa ter; nem o fabricante; você precisa ter. O uso de criptografia para proteção quanto a execução de softwares maliciosos não é abuso nem restrição da liberdade, na visão dos profissionais de segurança (onde eu me enquadro, enquanto CISSP). No entanto, GPLv3 condena tal uso (conforme acima), considerando como abuso. Eu, como profissional que lida com segurança diariamente e usa uma chave GPG no dia-a-dia de trabalho voluntário e pago (embora não CISSP, nem COBIT, nem qualquer certificação), condeno usar uma chave que eu não domino para certificar qualquer aparelho ou software pelo qual eu seja responsável. Se eu precisar consertar um bug que o fabricante não consertou, estou fscked. Você não? Abraço, -- Gustavo Noronha Silva [EMAIL PROTECTED] http://www.debian.org/ | http://kov.eti.br/ ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
On Oct 27, 2006, Joao S. O. Bueno Calligaris [EMAIL PROTECTED] wrote: A GPL v2 permite que empresas inexcrupulosas burlem os direitos que eu concedo com meu sofware ao permtir a execução apenas de programas assinados. Isso não é verdade. Essa é uma das teorias. Há outras opiniões que dão suporte à intenção original da FSF, que sempre foi de não permitir tal restrição sem fornecer as chaves. Leia, por exemplo, o primeiro parágrafo de http://lkml.org/lkml/2006/1/24/115 Não há precedentes nos tribunais a respeito, então nenhum dos titulares de direito autoral sobre o kernel faz nada a respeito, porque é uma manobra relativamente arriscada. Daí o esclarecimento na proposta para GPLv3. Quanto a preocupação aparente de aviões vão cair sem DRM, meu telefone móvel vai interceptar mensagens e meu roteador CISCO vai mandar SPAM - falácia. [...] não só uma falácia, mas uma defesa do software proprietário. Mais ainda, uma defesa do fechamento de código previamente livre. +1 -- Alexandre Oliva http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/ Secretary for FSF Latin Americahttp://www.fsfla.org/ Red Hat Compiler Engineer [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org} Free Software Evangelist [EMAIL PROTECTED], gnu.org} ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
On Oct 27, 2006, Ricardo L. A. Banffy [EMAIL PROTECTED] wrote: Essa idéia é muito perigosa - quase podemos dizer que software GPL3 não deve ser usado em aplicações críticas em que vidas humanas dependam de seu funcionamento correto, porque os dispositivos que empregam software GPL3 são, necessariamente, adulteráveis. São modificáveis por quem controla o dispositivo, sim. Qual o problema com isso? Supõe-se que quem vá mexer no código entenda que as aplicações são críticas a o faça com responsabilidade, seja alguém trabalhando pela empresa fornecedora do produto, seja alguém que tenha acesso ao produto depois. Não vejo diferença. -- Alexandre Oliva http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/ Secretary for FSF Latin Americahttp://www.fsfla.org/ Red Hat Compiler Engineer [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org} Free Software Evangelist [EMAIL PROTECTED], gnu.org} ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
On Oct 29, 2006, Mauro Carvalho Chehab [EMAIL PROTECTED] wrote: GPLv3 permite sempre a adulteração do firmware por pessoas não autorizadas, pois impede restrições quanto ao uso de firmwares fabricados por terceiros. Não autorizadas por quem, cara pálida? ;-) Se eu comprei o hardware, você vai querer dizer que ele não é meu de verdade, não posso modificá-lo como bem entender (desde que dentro da lei)? -- Alexandre Oliva http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/ Secretary for FSF Latin Americahttp://www.fsfla.org/ Red Hat Compiler Engineer [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org} Free Software Evangelist [EMAIL PROTECTED], gnu.org} ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
On Oct 29, 2006, Mauro Carvalho Chehab [EMAIL PROTECTED] wrote: Em Sex, 2006-10-27 às 19:33 -0300, Ricardo L. A. Banffy escreveu: Essa idéia é muito perigosa - quase podemos dizer que software GPL3 não deve ser usado em aplicações críticas em que vidas humanas dependam de seu funcionamento correto, porque os dispositivos que empregam software GPL3 são, necessariamente, adulteráveis. Sim. Note, no entanto, que o licenciamento em GPLv2 não traz este problema. BZZT. Veja o post do Alan Cox. Se o fabricante alterar os sistemas, as melhorias devem ser enviadas à comunidade, beneficiando a todos. BZZT. As melhorias só precisam ser enviadas a quem receba os binários correspondentes. No entanto, ele pode gerar um hash do software ou uma assinatura, O hash ou a assinatura são derivados do binário anterior e da chave e são parte funcional da aplicação, com esse tipo de uso. Como você pode pensar em argumentar que não precisa distribuir os fontes da assinatura mesmo sob a GPLv2? adicionando-o ao equipamento, de forma a evitar o uso de imagens binárias adulteradas. Âmbos os lados ganham com o uso, pelo fabricante, do GPLv2: a comunidade, com as inovações introduzidas pelo fabricante; o fabricante, com um software de melhor qualidade; o usuário, com um produto seguro. A comunidade pode não ganhar e o usuário com certeza só perde. O produto é apenas alegadamente seguro, pois todo mundo sabe que nenhum software é perfeito. O sistema de verificação da assinatura pode ser burlável (alguém conhece algum que tenha resistido?), o que abre margem para que invasores externos tomem o controle da máquina sem que o usuário possa fazer ou mesmo saber de nada. Enquanto isso, o fabricante do hardware pode não mais existir, ou não estar mais a fim de dar suporte àquele equipamento, ou simplesmente estar agindo de maneira lenta demais, deixando todos os usuários do equipamento à própria sorte (ou azar). Explica pra mim onde está a vantagem. Pode modificar não significa ser obrigado a modificar. Quem quiser confiar no fornecedor pode, mas se for obrigado a confiar, há algo errado. Perder a liberdade de modificar, de ser independente do fornecedor, é *sempre* uma perda. -- Alexandre Oliva http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/ Secretary for FSF Latin Americahttp://www.fsfla.org/ Red Hat Compiler Engineer [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org} Free Software Evangelist [EMAIL PROTECTED], gnu.org} ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
On Oct 27, 2006, Mauro Carvalho Chehab [EMAIL PROTECTED] wrote: Sim. Se um grande fabricante de celulares ou de aviões ou de roteadores usam o Kernel do Linux, e desenvolvem inovações (por exemplo, melhorias na pilha TCP/IP), pela GPLv2, eles devem disponibilizar suas alterações. Isto permite que toda a comunidade ganhe com estas melhorias. BZZT. Melhor estudar melhor a GPLv2. Você vai perceber que em lugar nenhum ela exige disponibilização das alterações para a comunidade. Veja a cláusula 3 para entender quem pode obter os fontes quando o programa é distribuído em forma binária. A análise que realizamos está intimamente ligada ao Kernel e ao seu ecossistema (leia-se aqui as distros). Uma incompatibilidade entre GPLv2 e GPLv3 poderia inviabilizar a distribuição comercial de distribuições Linux. Bah. FUD. Há incompatibilidades entre a GPLv2 e tantas outras licenças nas distros que falar que a GPLv3 pode causar esse tipo de problemas só pode ser justificado por ingenuidade ou malícia. Do meu ponto de vista, e o da maioria dos demais mantenedores do Kernel, quanto mais usuários utilizarem nossos softwares, mais contribuições teremos para o kernel, significando um melhor sistema para todos. Isso só é verdade se eles puderem exercer as liberdades. Se todos forem obrigados a usar versões certificadas do kernel, sem poderem experimentar, como você espera que consigam contribuir? Não se iluda, a ameaça de Treacherous Computing está aí. Se não lutarmos por nossas liberdades, as perderemos. Impossível é uma palavra muito forte. A troca de licença do kernel só se justificaria em casos extremos, pois teria um custo muito alto de identificar e re-convocar dezenas de milhares de pessoas e, em alguns casos, de seus sucessores, oferecendo risco de problemas. O risco de problemas não existe, é FUD. Veja os inúmeros casos de gente que quis mudar de idéia e revogar a licença de software sob a GPLv2. O resultado mais comum é linchamento verbal público, e o efeito legal do relicenciamento retroativo é nulo. O custo por certo existe, e foi uma armadilha que os desenvolvedores do kernel criaram para si mesmos. Fecharam a porta para a correção de bugs na licença, e agora ficam buscando maneiras de justificar e racionalizar por que não queriam correções mesmo. As uvas estão verdes. Um caso prático: com GPLv3, os usuários de notebooks com algumas placas WiFi internas não poderão utilizar Linux, visto que o FCC norte-americano exigiu uma proteção para as placas WiFi não interferirem em certas freqüências. É só implementar a proteção em hardware. Alguns o fazem através de firmware carregado a partir do computador principal. Não há razão técnica para que o tal firmware não fosse gravado numa ROM ou outra memória não volátil do equipamento. São razões mercadológicas: colocar essas memórias tem custo. Agora explica pra mim o que é que a GPLv3 tem que ver com isso, onde é que entra a diferença entre a GPLv2 e a GPLv3 que conflita com o que está acima? Como os chips possibilitam o uso destas freqüências na Europa, a solução dada foi um software impedindo a violação da lei. À luz da GPLv3, isto violaria a licença de software. A GPL não precisa impor restrições para impedir alguém de violar a lei porque a lei já se sobrepõe a isso. Portanto, mesmo que a GPL não diga que você não pode modificar o software de maneira que contrarie a lei, a própria lei já impõe essa restrição. Ou seja, o software não precisa de medidas adicionais para isso. Agora, se alguém quiser colocar uma tabela de informações externa, a ser consultada pelo software a fim de decidir que freqüências pode usar, e determinar que essa tabela não é parte integrante do software, não há empecilho algum. Não. O espírito da GPLv2 nunca foi restringir em qual hardware um software seria executado, mas sim, de tornar livre o acesso ao código. Você está deturpando o espírito da GPL. O espírito é o respeito às 4 liberdades. Restringir artificialmente a possibilidade de modificar o software e executar a versão modificada é um desrespeito às liberdades, portanto viola o espírito da licença. GPLv3, de fato, está dizendo que, se o hardware tiver algum mecanismo de proteção contra códigos espúrios, o hardware rejeitará o software. Em muitos casos, isto é uma medida de *segurança* contra crackers. E se o cracker for o próprio fabricante do equipamento, tentando impor novas restrições ao que se pode fazer usando o equipamento que eu comprei dele? Não posso me defender? Se de um lado GPLv3 *tenta* evitar DRM BZZT, errado. Ela não tenta evitar DRM coisa nenhuma. Ela apenas exige o respeito às liberdades no que tange ao software licenciado sob ela. Isso implica evitar restrições à modificação, entre elas o uso de legislação abusiva e medidas técnicas para desrespeitar as liberdades que, pela letra da licença, devem ser respeitadas. por outro, mata uma série de ferramentas de segurança. Segurança é sempre de alguém
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
Em Seg, 2006-10-30 às 15:15 -0300, Alexandre Oliva escreveu: On Oct 29, 2006, Mauro Carvalho Chehab [EMAIL PROTECTED] wrote: GPLv3 permite sempre a adulteração do firmware por pessoas não autorizadas, pois impede restrições quanto ao uso de firmwares fabricados por terceiros. Não autorizadas por quem, cara pálida? ;-) Se eu comprei o hardware, você vai querer dizer que ele não é meu de verdade, não posso modificá-lo como bem entender (desde que dentro da lei)? Você pode, violando a garantia e perdendo o suporte. Se, eventualmente, em função da modificação, você se acidentar, o problema é seu. No entanto, se um fornecedor fornece um equipamento e, em virtude do seu uso normal, ele causar prejuizo, a responsabilidade é do fornecedor. Cheers, Mauro. ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
Nada te impede de modificar o boot-loader que verifica assinaturas também. Normalmente não é uma questão de ser ou não impossível modificar seu equipamento, mas de quanto trabalho você quer investir nisso. Alexandre Oliva wrote: Se eu comprei o hardware, você vai querer dizer que ele não é meu de verdade, não posso modificá-lo como bem entender (desde que dentro da lei)? ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
Aberto não quer dizer necessariamente confiável e proprietário não quer necessariamente dizer mal-feito. São só licenças de uso de software e os modelos de produção que existem em torno delas. Um não é melhor do que o outro. mais adequado a alguma aplicação, no máximo. O software com menos defeitos, até onde eu sei, é o que roda nos computadores do ônibus espacial e ele deve isso não a ser livre (ou open-source ou qualquer que seja a licença de uso dele) mas a práticas extremamente tediosas de engenharia de software. Alexandre Oliva wrote: softwares das quais vidas dependem não podem usar linux, pois precisam de um sistema de tempo real. softwares das quais vidas dependem também não podem ser proprietários, pois precisam ser confiáveis. E agora? ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
Pode ser que seja impossível sim, se você não tiver o devido acesso ao mesmo. Em 30/10/06, Ricardo L. A. Banffy[EMAIL PROTECTED] escreveu: Nada te impede de modificar o boot-loader que verifica assinaturas também. Normalmente não é uma questão de ser ou não impossível modificar seu equipamento, mas de quanto trabalho você quer investir nisso. Alexandre Oliva wrote: Se eu comprei o hardware, você vai querer dizer que ele não é meu de verdade, não posso modificá-lo como bem entender (desde que dentro da lei)? ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
Uma chave de fenda, um ferro de soldar, uma mão firme e um bom osciloscópio é tudo o que se precisa em 99% dos casos. Os outros 1% têm concorrentes. Leonardo Pereira wrote: Pode ser que seja impossível sim, se você não tiver o devido acesso ao mesmo. ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
On Oct 30, 2006, Ricardo L. A. Banffy [EMAIL PROTECTED] wrote: Nada te impede de modificar o boot-loader que verifica assinaturas também. E se o hardware impede a modificação do boot-loader? Já ouviu falar em Treacherous Computing? Nem todo equipamento embedded usa um .bat pra rodar o verificador de assinatura, como faz a nossa maravilhosa urna eletrônica. -- Alexandre Oliva http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/ Secretary for FSF Latin Americahttp://www.fsfla.org/ Red Hat Compiler Engineer [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org} Free Software Evangelist [EMAIL PROTECTED], gnu.org} ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
On Oct 30, 2006, Ricardo L. A. Banffy [EMAIL PROTECTED] wrote: Uma chave de fenda, um ferro de soldar, uma mão firme e um bom osciloscópio é tudo o que se precisa em 99% dos casos. Leia mais sobre Treacherous Computing. Sério. Você parece que não tem idéia da ameaça que paira sobre nós. Leonardo Pereira wrote: Pode ser que seja impossível sim, se você não tiver o devido acesso ao mesmo. -- Alexandre Oliva http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/ Secretary for FSF Latin Americahttp://www.fsfla.org/ Red Hat Compiler Engineer [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org} Free Software Evangelist [EMAIL PROTECTED], gnu.org} ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
Em Sáb, 2006-10-28 às 01:02 -0300, Leonardo Pereira escreveu: softwares das quais vidas dependem não podem usar linux, pois precisam de um sistema de tempo real. Existem patches para tempo real para o Linux. Além disso, o scheduler introduzido no kernel 2.6 e os novos sistemas de enfileramento provêem mecanismos para uso em demandas de tempo real. Além disso, nem todos os sistemas que envolvam vidas precisam ser implementadas em tempo real. de qualquer modo, explique em que ponto a GPLv3 impede isso... Como o fato do dono de uma maquina das quais vidas dependem possuir a possubilidade de corrigir um bug que pode matar essas pessoas pode prejudicar esse sistema? GPLv3 permite sempre a adulteração do firmware por pessoas não autorizadas, pois impede restrições quanto ao uso de firmwares fabricados por terceiros. Cheers, Mauro. ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
On Oct 26, 2006, Mauro Carvalho Chehab [EMAIL PROTECTED] wrote: http://www.forbes.com/forbes/2006/1030/104_print.html Apesar de não gostar muito das visões da Forbes, esta parece estar correta. ?!? Ataques descabidos contra RMS, vindos de um conhecido crítico. Provavelmente, este artigo é conseqüência da carta aberta e do resultado das votações que tivemos entre os 29 mais ativos colaboradores do kernel: http://lwn.net/Articles/200423/ http://lwn.net/images/pdf/kernel_gplv3_position.pdf Artigo este baseado em falha de compreensão do que diz o rascunho da licença. Algum de vocês de fato comparou os argumentos furados apresentados com o que o rascunho da GPLv3 realmente diz? Deu a impressão de que leram FUD contra GPLv3 (talvez escrito pelo mesmo Daniel Lyons) e se posicionaram com base nisso :-( Pra mim, parece racionalização da dificuldade de se mudar a licença do kernel. É mais fácil dizer que as uvas estão verdes mesmo. Não estou dizendo que haja malícia: provavelmente nem há consciência disso, pois é um processo psicológico que normalmente passa despercebido por quem o comete. Convido-os a ler novamente o espírito da GPL, descrito no preâmbulo da GPLv2 e reproduzido nos rascunhos da GPLv3, e a perceber que as alterações são todas no sentido de cobrir casos em que a letra da GPLv2 dava margem ao descumprimento do espírito. Em particular: To protect your rights, we need to make restrictions that forbid anyone to deny you these rights or to ask you to surrender the rights. These restrictions translate to certain responsibilities for you if you distribute copies of the software, or if you modify it. -- Alexandre Oliva http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/ Secretary for FSF Latin Americahttp://www.fsfla.org/ Red Hat Compiler Engineer [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org} Free Software Evangelist [EMAIL PROTECTED], gnu.org} ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
On Friday 27 October 2006 08:24 am, Mauro Carvalho Chehab wrote: Por exemplo, uma demanda válida de usuários de sistemas embutidos é não ter o sistema operacional do seu dispositivo alterado por terceiros. Eu não gostaria de ter, no meu telefone móvel, no meu roteador da internet ou no transponder de um sistema de vôo de aeronaves, uma eventual cópia não assinada do sistema em execução. O uso de sistemas não assinados pelo fabricante significaria que alguém pode estar escutando ilegalmente minha comunicação ou derrubando propositadamente uma aeronave. A GPLv3 mata este tipo de uso, ao impedir o uso de criptografia para validação do sistema operacional. Na prática, usar a GPLv3 com as restrições à criptografia impede seu uso em sistemas embarcados. Ok, mas então você entende o problema: na prática, esses sistemas embarcados assinados não são livres. Eu como desenvolvedor de software livre, ao escrever código, não estou preocupado se a Nokia vai colocar meu código nos seus celulares, ou se a Boeing vai coloca-lo em seus aviões. Talvez quem escreva código para o kernel possa estar mais interessado nisso. Para quem escreve código sob licenças mais permissivas, como as que permitem o fechamento do código, tanto faz. Mas quanro eu faço um scriptzinho, e coloco ele sob a GPL, eu quero dizer isso: Quem puder _usar_ esse programa, também tem que poder modificar o programa, e utilizar o programa que modificou. A GPL v2 permite que empresas inexcrupulosas burlem os direitos que eu concedo com meu sofware ao permtir a execução apenas de programas assinados. Eu preciso de uma licença em que isso não ocorra. Se isso é inviável para o kernel, então o kernel que se mantenha na licença atual. Daí para querer atacar uma licença que só vai me dar as mesmas possibilidades que a GPL2 teoricamente me daria, não fossem as brechas encontradas pelas corporações é meio maluquice. De acordo com seu e-mail aliás, é impossivel trocar a licença do Kernel, não importa quais sejam as mudanças. Se a GPL 3 fosse uma cópia exata da GPL 2 com mais uma ou duas clausulas inofensivas, não seria possível trocar o licenciamento devido a quantidade de desenvolvedores. Ou seja: tanto faz quanto tanto fez para os desenvolvedores do Kernel o que tiver na GPL v3. NEtão por que querer impedir que ela fucnione efetivamente para projetos menores, que estão mais preocupados com a liberdade, do que se em estarem orgulhosamente presentes no itnerior do sistema de controle de voos de aviões e coisas parecidas. O ataque da Fortune, é mais uma artigo escrito por quem não entende de software livre. Dou de ombros. O dos desenvolvedores do kernel parece mais com pressoas olhando para o próprio umbigo. Alias, se estivessem preocupados com Software Livre mesmo, em não apenas em estar presentes, e não perder o apoio institucional de nenhum dos lugares a que chegou, as reclamações seriam outras. É que perder apoio institucional é bem fácil de escrever. Parece pouca coisa. Na prática são desenvolvedores do Kernel perdendo empregos, bem pagos, se alguams empresas decidem não mais usar o Linux em seus produtos. Ai, com o ganha pão em jogo, a ameaça a eles se torna sim a GPL v3. Mas a GPL v3 não é uma ameaça para o mundo, nem para o S.L. É a garantia de manutenção do S.L. e uma ameaça para algumas centenas de empregos de pessoas que dificilmente levariam mais de 2 meses para se recolocar. O que se esquece é que o Kernel do Linux só chegou onde está por que todos os que tiveram acesso ao código puderam estuda-lo e contribuir para o mesmo. Ao permitir sem reclamar o uso de kernels que o usuário final não pode modificar em dispositivos com DRM é, na prática, uma violação do espirito da GPL. Eu preferiria ver o uso do kernel do Linux cair 20,30% agora em dispositivos embarcados,e retomar esse espaço em poucos anos, por seu mérito técnico, exatamente como aconteceu com o kernel soba GPL V2. E as empresas que querem restringir o uso de acesso as tecnologias, se verem incapazes de fazer isso. Quanto a preocupação aparente de aviões vão cair sem DRM, meu telefone móvel vai interceptar mensagens e meu roteador CISCO vai mandar SPAM - falácia. Para cada item desses,você está dizendo que é melhor ter software proprietário. Bom, você é livre para escolhe-lo. Mas o GUN/Linux que eu uso em casa é livre. Há previsões, mesmo no rascunho da GPL v3 paraa ssiantura de código sim. A diferença é que o próprio usuário pode assianr seu código. E não é dificil imaginar métodos que viabilizem uma pessoa assinar o código que será carregado em seu próprio celular ao mesmo tempo que impede terceiros de faze-lo. Portanto, este argumento é não só uma falácia, mas uma defesa do software proprietário. Mais ainda, uma defesa do fechamento de código previamente livre. Essa demonização do Stallman é outra coisa maluca. Todo mundo, mesmo aparentemetne a maioria nesta lista, gosta de encher a boca para chama-lo de fanático
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
Em 27/10/06, Mauro Carvalho Chehab[EMAIL PROTECTED] escreveu: Alexandre, Em Sex, 2006-10-27 às 04:51 -0300, Alexandre Oliva escreveu: http://www.forbes.com/forbes/2006/1030/104_print.html Apesar de não gostar muito das visões da Forbes, esta parece estar correta. ?!? Ataques descabidos contra RMS, vindos de um conhecido crítico. Provavelmente, este artigo é conseqüência da carta aberta e do resultado das votações que tivemos entre os 29 mais ativos colaboradores do kernel: http://lwn.net/Articles/200423/ http://lwn.net/images/pdf/kernel_gplv3_position.pdf Artigo este baseado em falha de compreensão do que diz o rascunho da licença. A licença GPLv3Draft2, pelo menos se olhada sob a ótica do Kernel, restringe diversas liberdades importantes da GPLv2 quanto ao uso de criptografia. Além disso, a possibilidade de adicionar restrições na GPLv3 e alterá-las ao longo do tempo é extremamente danosa, pois significaria regressões no Kernel (alguém pode enviar uma feature interessante, com restrições adicionais e posteriormente, propositadamente, removê-las). Isto é muito ruim. Além disso, como a v3 draft é mais restritiva que a v2, poderia gerar um grande problema para as distribuições, abalando o ecossistema. Algum de vocês de fato comparou os argumentos furados apresentados com o que o rascunho da GPLv3 realmente diz? Deu a impressão de que leram FUD contra GPLv3 (talvez escrito pelo mesmo Daniel Lyons) e se posicionaram com base nisso :-( Nah. Não posso falar pelos outros, mas minha análise está baseada unicamente na leitura da GPLv3Draft2 à luz dos meus conhecimentos como mantenedor do Kernel e profissional de segurança. Pra mim, parece racionalização da dificuldade de se mudar a licença do kernel. Isto é consenso entre todos. Alterar a licença do kernel não é viável. Para você ter uma idéia, só à partir do kernel 2.6.10, tivemos mais de 2000 contribuidores! Ao longo da existência do Linux, existe alguns que não estão mais entre os vivos, e outros que eventualmente mudaram de idéia sobre FOSS e possam querer re-licenciar seu trabalho em uma licença proprietária, se alguém lhes der oportunidade. É mais fácil dizer que as uvas estão verdes mesmo. Não estou dizendo que haja malícia: provavelmente nem há consciência disso, pois é um processo psicológico que normalmente passa despercebido por quem o comete. Convido-os a ler novamente o espírito da GPL, descrito no preâmbulo da GPLv2 e reproduzido nos rascunhos da GPLv3, e a perceber que as alterações são todas no sentido de cobrir casos em que a letra da GPLv2 dava margem ao descumprimento do espírito. Em particular: To protect your rights, we need to make restrictions that forbid anyone to deny you these rights or to ask you to surrender the rights. These restrictions translate to certain responsi O espírito da GPLv3 de combate incondicional ao DRM elimina a possibilidade do uso válido da criptografia e do desenvolvimento de sistemas imbutidos. Por exemplo, uma demanda válida de usuários de sistemas embutidos é não ter o sistema operacional do seu dispositivo alterado por terceiros. Eu não gostaria de ter, no meu telefone móvel, no meu roteador da internet ou no transponder de um sistema de vôo de aeronaves, uma eventual cópia não assinada do sistema em execução. O uso de sistemas não assinados pelo fabricante significaria que alguém pode estar escutando ilegalmente minha comunicação ou derrubando propositadamente uma aeronave. A GPLv3 mata este tipo de uso, ao impedir o uso de criptografia para validação do sistema operacional. Na prática, usar a GPLv3 com as restrições à criptografia impede seu uso em sistemas embarcados. Você poderia copiar e colar aqui o trecho da GPLv3 que impede o uso de criptografia? Se você se refere ao seguinte trecho, não vejo qualquer restrição ao uso, apenas que quando usado, o usuário tem o direito de saber que chave é essa. The Corresponding Source also includes any encryption or authorization keys necessary to install and/or execute modified versions from source code in the recommended or principal context of use, such that they can implement all the same functionality in the same range of circumstances. Cheers, Mauro. ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
Em Sex, 2006-10-27 às 12:09 -0200, Joao S. O. Bueno Calligaris escreveu: On Friday 27 October 2006 08:24 am, Mauro Carvalho Chehab wrote: Por exemplo, uma demanda válida de usuários de sistemas embutidos é não ter o sistema operacional do seu dispositivo alterado por terceiros. Eu não gostaria de ter, no meu telefone móvel, no meu roteador da internet ou no transponder de um sistema de vôo de aeronaves, uma eventual cópia não assinada do sistema em execução. O uso de sistemas não assinados pelo fabricante significaria que alguém pode estar escutando ilegalmente minha comunicação ou derrubando propositadamente uma aeronave. A GPLv3 mata este tipo de uso, ao impedir o uso de criptografia para validação do sistema operacional. Na prática, usar a GPLv3 com as restrições à criptografia impede seu uso em sistemas embarcados. Ok, mas então você entende o problema: na prática, esses sistemas embarcados assinados não são livres. Eu como desenvolvedor de software livre, ao escrever código, não estou preocupado se a Nokia vai colocar meu código nos seus celulares, ou se a Boeing vai coloca-lo em seus aviões. Talvez quem escreva código para o kernel possa estar mais interessado nisso. Sim. Se um grande fabricante de celulares ou de aviões ou de roteadores usam o Kernel do Linux, e desenvolvem inovações (por exemplo, melhorias na pilha TCP/IP), pela GPLv2, eles devem disponibilizar suas alterações. Isto permite que toda a comunidade ganhe com estas melhorias. Para quem escreve código sob licenças mais permissivas, como as que permitem o fechamento do código, tanto faz. Se eles não puderem usar GPL, eles podem usar um kernel com licença BSD. Nenhum ganho para a comunidade. Mas quanro eu faço um scriptzinho, e coloco ele sob a GPL, eu quero dizer isso: Quem puder _usar_ esse programa, também tem que poder modificar o programa, e utilizar o programa que modificou. A GPL v2 permite que empresas inexcrupulosas burlem os direitos que eu concedo com meu sofware ao permtir a execução apenas de programas assinados. Eu preciso de uma licença em que isso não ocorra. A análise que realizamos está intimamente ligada ao Kernel e ao seu ecossistema (leia-se aqui as distros). Uma incompatibilidade entre GPLv2 e GPLv3 poderia inviabilizar a distribuição comercial de distribuições Linux. Do meu ponto de vista, e o da maioria dos demais mantenedores do Kernel, quanto mais usuários utilizarem nossos softwares, mais contribuições teremos para o kernel, significando um melhor sistema para todos. Se isso é inviável para o kernel, então o kernel que se mantenha na licença atual. Daí para querer atacar uma licença que só vai me dar as mesmas possibilidades que a GPL2 teoricamente me daria, não fossem as brechas encontradas pelas corporações é meio maluquice. Ningém está atacando outras licenças de software. Se você ler atentamente o artigo e a votação, verá que estamos tratando *apenas* do kernel do Linux, nas nossas funções enquanto mantenedores do Kernel. De acordo com seu e-mail aliás, é impossivel trocar a licença do Kernel, não importa quais sejam as mudanças. Se a GPL 3 fosse uma cópia exata da GPL 2 com mais uma ou duas clausulas inofensivas, não seria possível trocar o licenciamento devido a quantidade de desenvolvedores. Impossível é uma palavra muito forte. A troca de licença do kernel só se justificaria em casos extremos, pois teria um custo muito alto de identificar e re-convocar dezenas de milhares de pessoas e, em alguns casos, de seus sucessores, oferecendo risco de problemas. Ou seja: tanto faz quanto tanto fez para os desenvolvedores do Kernel o que tiver na GPL v3. NEtão por que querer impedir que ela fucnione efetivamente para projetos menores, que estão mais preocupados com a liberdade, do que se em estarem orgulhosamente presentes no itnerior do sistema de controle de voos de aviões e coisas parecidas. O ataque da Fortune, é mais uma artigo escrito por quem não entende de software livre. Dou de ombros. O dos desenvolvedores do kernel parece mais com pressoas olhando para o próprio umbigo. Alias, se estivessem preocupados com Software Livre mesmo, em não apenas em estar presentes, e não perder o apoio institucional de nenhum dos lugares a que chegou, as reclamações seriam outras. É que perder apoio institucional é bem fácil de escrever. Parece pouca coisa. Na prática são desenvolvedores do Kernel perdendo empregos, bem pagos, se alguams empresas decidem não mais usar o Linux em seus produtos. Ai, com o ganha pão em jogo, a ameaça a eles se torna sim a GPL v3. Mas a GPL v3 não é uma ameaça para o mundo, nem para o S.L. É a garantia de manutenção do S.L. e uma ameaça para algumas centenas de empregos de pessoas que dificilmente levariam mais de 2 meses para se recolocar. Não concordo com suas colocações. Emprego não tem nenhuma relação com a questão, mas sim usabilidade. Um caso prático: com GPLv3, os
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
Em Sex, 2006-10-27 às 12:54 -0300, Leonardo Pereira escreveu: Você poderia copiar e colar aqui o trecho da GPLv3 que impede o uso de criptografia? Se você se refere ao seguinte trecho, não vejo qualquer restrição ao uso, apenas que quando usado, o usuário tem o direito de saber que chave é essa. The Corresponding Source also includes any encryption or authorization keys necessary to install and/or execute modified versions from source code in the recommended or principal context of use, such that they can implement all the same functionality in the same range of circumstances. Do ponto de vista do kernel, isto significa que você precisa abrir a chave privada para o uso da criptografia. Ora, criptografia com chave conhecida não é criptografia. Vale lembrar que o disposto acima pode não impedir, de fato, DRM. Existem formas de burlar por meio de chaves no próprio hardware (por exemplo, marcas a laser em um CD/DVB). Do ponto de vista de software, não existe nenhuma restrição. As marcas a laser ou o hardware onde a mídia é executada não é trabalho derivado do software. Por tanto, provavelmente, tal restrição não seria aplicável. O ponto é que esta restrição talvez não impeça DRM. No entanto, impede uma série de usos válidos ligados a proteção e segurança. Obs.: eu não sou favorável a DRM (e pelo que sei, os demais mantenedores também não). No entanto, tentar combater DRM por meio de licenças de software parece ser ineficaz, além de impedir diversas formas válidas de uso do Kernel do Linux. Cheers, Mauro. ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
Essa idéia é muito perigosa - quase podemos dizer que software GPL3 não deve ser usado em aplicações críticas em que vidas humanas dependam de seu funcionamento correto, porque os dispositivos que empregam software GPL3 são, necessariamente, adulteráveis. Na verdade, nunca tinha pensado por esse lado. Joao S. O. Bueno Calligaris wrote: Ok, mas então você entende o problema: na prática, esses sistemas embarcados assinados não são livres. ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
On Oct 27, 2006, Mauro Carvalho Chehab [EMAIL PROTECTED] wrote: A licença GPLv3Draft2, pelo menos se olhada sob a ótica do Kernel, restringe diversas liberdades importantes da GPLv2 Liberdades para quem? Lembre que o foco da GPL é o usuário. quanto ao uso de criptografia. Isso é um mito resultante de incompreensão do que a licença diz. Além disso, a possibilidade de adicionar restrições na GPLv3 e alterá-las ao longo do tempo é extremamente danosa, pois significaria regressões no Kernel (alguém pode enviar uma feature interessante, com restrições adicionais e posteriormente, propositadamente, removê-las). Isto é muito ruim. Além disso, como a v3 draft é mais restritiva que a v2, poderia gerar um grande problema para as distribuições, abalando o ecossistema. Tipo assim, é um problema a v3 ser mais restritiva, mas alguém impor ainda mais restrições que podem ser removidas não é um problema? Que tipo de posicionamento é esse? Nah. Não posso falar pelos outros, mas minha análise está baseada unicamente na leitura da GPLv3Draft2 à luz dos meus conhecimentos como mantenedor do Kernel e profissional de segurança. Você mandou algum pedido de esclarecimento via gplv3.fsf.org pros trechos que você evidentemente não entendeu? Ao longo da existência do Linux, existe alguns que não estão mais entre os vivos, Os herdeiros deles certamente podem ser convencidos se for por uma boa causa. Pros que não tiveram herdeiros, cai em domínio público e o problema está resolvido. Agora a razão de esse problema existir é precisamente a estultície de não permitir o relicenciamento em outras licenças que preservem o mesmo espírito da anterior, corrigindo os bugs que a anterior deixou passar. e outros que eventualmente mudaram de idéia sobre FOSS e possam querer re-licenciar seu trabalho em uma licença proprietária, se alguém lhes der oportunidade. Eles já podem fazer isso hoje, só que provavelmente não vai ser muito útil sem o restante. Sempre há a opção de remover o código dos que resistirem à evolução. O espírito da GPLv3 de combate incondicional ao DRM elimina a possibilidade do uso válido da criptografia e do desenvolvimento de sistemas imbutidos. DRM nem aparece no segundo rascunho. GPLv3 não combate DRM. De fato, o uso para DRM é claramente permitido, pois não há restrições quanto ao que se pode fazer no software (rodar o software para qualquer propósito, liberdade #0). O que não pode é alguém usar justificativas baseadas em DRM para cercear as liberdades de terceiros que eles mesmos têm, como a de modificar o software e usá-lo para qualquer outro propósito. Ou seja, pode fazer DRM, sim, mas não pode reclamar se alguém corrigir o bug que DRM representa. Por exemplo, uma demanda válida de usuários de sistemas embutidos é não ter o sistema operacional do seu dispositivo alterado por terceiros. Então que ponha o sistema em ROM! Se eles querem a vantagem de poder modificar o software, então devem oferecer a mesma vantagem aos que obtêm o software deles. Esse é o espírito: todos os que obtêm o software têm as mesmas liberdades. Eu não gostaria de ter, no meu telefone móvel, no meu roteador da internet ou no transponder de um sistema de vôo de aeronaves, uma eventual cópia não assinada do sistema em execução. Você não é *obrigado* a modificar o software. Mas, se você quiser, você deve poder. O uso de sistemas não assinados pelo fabricante significaria que alguém pode estar escutando ilegalmente minha comunicação ou derrubando propositadamente uma aeronave. O uso de sistemas assinados pode ser *garantia* disso ;-) A GPLv3 mata este tipo de uso, ao impedir o uso de criptografia para validação do sistema operacional. Ela não impede isso. Leia de novo e não acredito em boatos, muito menos nos falsos ;-) Na prática, usar a GPLv3 com as restrições à criptografia impede seu uso em sistemas embarcados. Você (e muitos outros) estão vendo pêlo em ovo. Não há oposição ao uso de chaves criptográficas em software livre. O que há é apenas oposição ao abuso dessas técnicas (e muitas outras) com a finalidade de impedir o exercício das liberdades que a GPL precisa garantir. Qualquer possibilidade de alguém exercer as liberdades e impedir outros de fazê-lo é um bug, pois esse sempre foi o espírito da licença. -- Alexandre Oliva http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/ Secretary for FSF Latin Americahttp://www.fsfla.org/ Red Hat Compiler Engineer [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org} Free Software Evangelist [EMAIL PROTECTED], gnu.org} ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
On Oct 27, 2006, Leonardo Pereira [EMAIL PROTECTED] wrote: Você poderia copiar e colar aqui o trecho da GPLv3 que impede o uso de criptografia? Se você se refere ao seguinte trecho, não vejo qualquer restrição ao uso, apenas que quando usado, o usuário tem o direito de saber que chave é essa. The Corresponding Source also includes any encryption or authorization keys necessary to install and/or execute modified versions from source code in the recommended or principal context of use, such that they can implement all the same functionality in the same range of circumstances. É mais sutil do que isso. As chaves devem só precisam ser distribuídas se elas forem necessárias para a instalação ou execução de versões modificadas do software. Ou seja, só são necessárias nos casos em que a assinatura gerada pelas chaves é parte funcional da aplicação, caso em que a definição de código fonte da GPLv2 já é interpretada por muitos como cobrindo as chaves. Essa exigência explícita é apenas um esclarecimento, para não deixar margem a dúvidas. -- Alexandre Oliva http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/ Secretary for FSF Latin Americahttp://www.fsfla.org/ Red Hat Compiler Engineer [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org} Free Software Evangelist [EMAIL PROTECTED], gnu.org} ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
softwares das quais vidas dependem não podem usar linux, pois precisam de um sistema de tempo real. de qualquer modo, explique em que ponto a GPLv3 impede isso... Como o fato do dono de uma maquina das quais vidas dependem possuir a possubilidade de corrigir um bug que pode matar essas pessoas pode prejudicar esse sistema? Em 27/10/06, Ricardo L. A. Banffy[EMAIL PROTECTED] escreveu: Essa idéia é muito perigosa - quase podemos dizer que software GPL3 não deve ser usado em aplicações críticas em que vidas humanas dependam de seu funcionamento correto, porque os dispositivos que empregam software GPL3 são, necessariamente, adulteráveis. Na verdade, nunca tinha pensado por esse lado. Joao S. O. Bueno Calligaris wrote: Ok, mas então você entende o problema: na prática, esses sistemas embarcados assinados não são livres. ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Will Stallman Kill the Linux Revolution?
Em Seg, 2006-10-23 às 03:24 -0300, Omar Kaminski escreveu: http://linux.slashdot.org/article.pl?sid=06/10/22/2214203 Will Stallman Kill the Linux Revolution? Posted by Zonk on Sunday October 22, @08:21PM from the penguin-vs-penguin dept. The October 30 issue of Forbes Magazine has an article speculating that Richard Stallman's efforts to rewrite the GPL could threaten to 'tear it apart.' The article describes how the GPLv3 is expected to be incompatible with the GPLv2, causing trouble for Linux vendors such as Novell and Red Hat. The article wraps it up: 'And a big loser, eventually, could be Stallman himself. If he relents now, he likely would be branded a sellout by his hard-core followers, who might abandon him. If he stands his ground, customers and tech firms may suffer for a few years but ultimately could find a way to work around him. Either way, Stallman risks becoming irrelevant, a strange footnote in the history of computing: a radical hacker who went on a kamikaze mission against his own program and went down in flames, albeit after causing great turmoil for the people around him.' http://www.forbes.com/forbes/2006/1030/104_print.html Apesar de não gostar muito das visões da Forbes, esta parece estar correta. Provavelmente, este artigo é conseqüência da carta aberta e do resultado das votações que tivemos entre os 29 mais ativos colaboradores do kernel: http://lwn.net/Articles/200423/ http://lwn.net/images/pdf/kernel_gplv3_position.pdf []s ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil Cheers, Mauro. ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil