Re: [PSL-Brasil] Re: Por que não SL nas urnas eletrônicas ?

2006-08-12 Por tôpico pyxis
Companheiros(as) e Ricardo,

 [EMAIL PROTECTED] wrote:

 Estou para descobrir onde obscuratismo de coisas PÚBLICAS
 pode ser útil.

 Forças armadas é o primeiro exemplo que me vêm à cabeça.

Nao vamos confundir segurança e afins do setor MILITAR com
Cousas CIVIS. Segurança de Estado é diferente de Segurança
de Governo.

Criptografia MILITAR não deve ser confundida com Criptografia
CIVIL.

Eleiçoes e URNAS nada têm de características militares.

[]s,

Evandro Oliveira
Brasília - DF


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Re: [PSL-Brasil] Re: Por que não SL nas urnas eletrônicas ?

2006-08-12 Por tôpico Pedro A.D.Rezende

Ricardo L. A. Banffy escreveu:

Pedro A.D.Rezende wrote:
Não é essa a opinião dos diretores da empresa que venceu a licitação, 
fabricou e entregou 75 mil dessas impressoras para a eleição de 2002 
(Bematech). Eles tem outra opinião, que eu ouvi de viva voz, sobre 
exatamente o que é profundamente perverso nisso.


Independente do que a direção da Bematech proclama, o mecanismo de 
transporte - por motivos que eu nunca quis entender por ter muito mais o 
que fazer na época - era bem mais complicado do que precisaria ser. 
Palavra de engenheiro que viu, pessoalmente, um número muito grande de 
encarnações do dispositivo falharem miseravelmente até que um deles 
funcionasse a contento. Na minha modesta opinião, ela funcionava, mas 
não era um exemplo daquela elegância mecânica que transpira 
confiabilidade. Ela era o que foi encomendado.


O TSE exigiu que as impressoras viessem com um lacre físico selando a 
passagem do papel, a greta entre o compartimento do carro de impressão 
e a superfície externa onde se encaixa o saco plástico que recebe os 
votos impressos.


Depois de exigir esse lacre no edital, o TSE omitiu do manual de 
montagem da impressora a instrução para retirada do lacre. E depois, 
foi para a TV cantar essa pedra, que estamos vendo aqui matraqueada: 
As possibilidades do papel enroscar...


Como eu disse antes, o problema não é a urna eletrônica - o problema é o 
TSE. Fazê-la inexpugnável não resolveria, na prática, nenhum problema se 
não se resolver o que causa esse tipo de omissão, coisa que, aliás, 
ficou demonstrada com, precisamente, essa omissão. Aparentemente, na 
ausência de uma falha mecânica natural, alguém providenciou uma.


Como eu dei a entender em outro thread, quando ser desnecessário ou 
incompetente não são motivos para se afastar um servidor público, Darwin 
se afirma com força. O responsável pela omissão sabe que nada de ruim 
vai acontecer, portanto, quando solicitado, comete um erro. É a 
sobrevivência do mais servil.




Nessa msg, vc dá como favas contadas, ao desconsiderar alternativas, que 
a omissão da instrução de retirada do lacre da urna no manual de 
montagem da impressora na urna foi decorrência de um erro. Ainda, como 
gancho para apresentar sua bela aplicação da teoria darwiniana na 
administração pública.


Já eu, que não me considero nem ciberbobo nem sabichão fantasiado de 
ciberbobo, considero também a possibilidade dessa omissão ter sido 
proposital. Possibilidade esta corroborada pelos argumentos que ouvi, 
também de viva voz, no debate pela revogação da lei que impunha tal 
impressão do voto.


São perspectivas diferentes.

--
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prof. Pedro Antonio Dourado de Rezende /\
Computacao - Universidade de Brasilia /. \
tcp: Libertas quae digitos desiderat /\
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Re: [PSL-Brasil] Re: Por que não SL nas urnas eletrônicas ?

2006-08-12 Por tôpico Ricardo L. A. Banffy
Qual parte de Aparentemente, na ausência de uma falha mecânica natural, 
alguém providenciou uma. você não entendeu? Parece que o lacre 
permanecer lacrando a abertura é uma falha mecânica artificial 
providenciada por alguém. A despeito dos perversos requerimentos, o 
pessoal fez algo que funciona a contento, apesar de ser bem esquisita 
por dentro. Tudo indica que alguém garantiu que não funcionasse.


Pedro A.D.Rezende wrote:
Aparentemente, na ausência de uma falha mecânica natural, alguém 
providenciou uma.


Já eu, que não me considero nem ciberbobo nem sabichão fantasiado de 
ciberbobo, considero também a possibilidade dessa omissão ter sido 
proposital.
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Re: [PSL-Brasil] Re: Por que não SL nas urnas eletrônicas ?

2006-08-11 Por tôpico Ricardo L. A. Banffy

[EMAIL PROTECTED] wrote:

Devem estar em cameras digitais e tocadores de MP3.



Ou sendo preparados para as próximas eleições.
O caso da Bahia foi arquivado em 2005 pela perda do objeto
e todo mundo se deu por satisfeito e o TSE não teve que
admitir que existiu fraude.


Eles devem ter números de série no próprio dispositivo. Se não me 
engano, isso faz parte da especificação do Compact Flash. Usá-las em uma 
eleição seria assim facilmente identificável.



Fazer isso é ridiculamente simples.


Concordo. Ridiculamente simples de fazer.


A mágica acontece se alguém conseguir fazer isso
  sem ser notado antes, durante e depois da eleição.


Não precisa do durante e nem do depois.
Basta ANTES o candidato a fraudador ter algumas horas
de acesso às urnas e trocar os flash-cards


Ainda assim, ela precisa ser violada sem que isso seja notado. Se violar 
as urnas for considerado normal e forem inseridos, digamos, 100 votos 
de papel em uma urna descartável para um candidato, em quem você vai 
acreditar, nos números da urna ou nos pedaços de papel? Lembre-se que 
algumas pessoas que iriam votar não foram votar e que os 100 votos podem 
estar dentro da margem de abstinência. Se ela tiver abstinência 
negativa, fica estranho, mas, se não tiver, acho que as pessoas tenderão 
a acreditar mais no papel.


Por isso o papel em que os votos da urna são impressos precisa ser 
marcado de forma a não poder ser falsificado.



Não precisa ser muito bom não, basta conhecer que dê o
acesso por algumas horas (proporcionalmente ao número de
urnas em determinada Comarca Eleitoral).


Ele precisa fazer com que as flashes trocadas não sejam notadas. Quero 
crer que isso seja menos fácil.



Em 2002, o DF e SErgipe, usaram impressoras, com a PIOR orientação
possível. O resultado (forjado pelos TREs) foi trágico e voltado
para dar o veredicto de que impressoras não deviam existir para
mostrar voto ao eleitor. Assim foi feito e em 2003 retirada a
obrigatoriedade das impressoras.


Argh. Isso é ruim.


No minimo tres municipios, nas demais unidades da federação, usaram
impressoras para conferencia de voto pelo eleitor em 2002.
Acompanhei em tres municipio mineiros o processo.
Uma lástima. os juízes foram pessimamente orientados. Dá para escrever
um livro.


Fizemos o possível para elas serem à prova de idiotas. Aparentemente, 
isso não foi o bastante.



Havendo suspeita, os
votos de papel são verificados. O que não pode é qualquer um pedir
recontagem de votos de papel para todas as urnas ou poderiamos
simplesmente voltar à época dos votos de papel.


Nao tenho tanta certeza de que a VERIFICACAO/FISCALIZACAO
por parte do eleitor provocaria o retorno do voto em papel.
FUD!


Se qualquer um puder pedir a recontagem de qualquer urna, podemos até 
continuar votando apertando botões, mas a contagem vai continuar sendo 
feita como na idade da pedra.



É uma impressora diferente, ligada a uma urna descartável e com uma
janela (e componentes mecânicos bem chatos de manter funcionando) para
que o eleitor visualize seu voto. E sim, eu acho que o BU deveria ser
fornecido a qualquer cidadão interessado, inclusive, dentro dos limites
do razoável.



Em tempos de altíssimos MTBF para equipamentos impressores
o TSe ainda está na Idade Média.


A impressora de visualização é realmente mais complicada do que você 
pensa. Ela tem que imprimir, posicionar o voto em um display, esperar 
que o eleitor confirme (ou não), imprimir a confirmação (ou não), cortar 
o voto e tracioná-lo em direção à urna descartável. As possibilidades do 
papel enroscar são grandes. A forma do mecanismo de impressão torna o 
projeto profundamente perverso do ponto de vista mecânico.



Essa é uma das coisas que fazem sentido. Eu sempre tenho vontade de
surrar quem propõe que se imprima o voto para levar pra casa.



Concordo SE vc fala em levar o voto da forma como ele
foi verificado.
mas o Schaum, se nao me engano, tem uma solução bastante
interessante para o assunto. Aliás, uma solução que
responderia a maioria das questões colocadas. Poderia
ser o comprovante de votação, com o voto (não decifrável)
e com a possibilidade de recontagem rápida e mecânica.


Explica isso melhor. Como dá para recontar se ele é indecifrável?


Com o BU impresso (e eu sugeriria que ele fosse impresso ao mesmo tempo
em forma legível para humanos e também para máquinas - códigos de
barra que hoje em dia não são mais barras, mas pontos). A impressão do
BU na hora da lacração da urna dificultaria o ataque à urna depois de
lacrada. Se bem me lembro, para dificultar ataques à urna em trânsito,
ela tem um prazo de algumas horas para chegar ao tribunal eleitoral e,
se perder esse prazo, é impugnada.



Não é bem assim e acontece de tudo com os disquetes que
transitam com a imagem do BU. A impressao do BU
no local da votação assim que encerra-se a mesma é ESSENCIAL.


Não pode acontecer de tudo com as urnas após a votação.


Todos estes mecanismos são rejeitados pelo 

Re: [PSL-Brasil] Re: Por que não SL nas urnas eletrônicas ?

2006-08-11 Por tôpico Thomas T. Soares
Está ai ó:

   http://tvsol.pr.gov.br/~ttsoares/video2-py.avi

Simples, direto e disponível para quem quiser ver...

Não consigo ver onde está isso nesta maldita página:

   http://www.lpchat.com/video2-py.avi


-- 
[]s.
T.T.S.

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Re: [PSL-Brasil] Re: Por que não SL nas urnas eletrônicas ?

2006-08-11 Por tôpico Pedro A.D.Rezende

Pedro A.D.Rezende escreveu:

Ricardo L. A. Banffy escreveu:


A impressora de visualização é realmente mais complicada do que você 
pensa. Ela tem que imprimir, posicionar o voto em um display, esperar 
que o eleitor confirme (ou não), imprimir a confirmação (ou não), 
cortar o voto e tracioná-lo em direção à urna descartável. As 
possibilidades do papel enroscar são grandes. A forma do mecanismo de 
impressão torna o projeto profundamente perverso do ponto de vista 
mecânico.


Não é essa a opinião dos diretores da empresa que venceu a licitação, 
fabricou e entregou 75 mil dessas impressoras para a eleição de 2002 
(Bematech). Eles tem outra opinião, que eu ouvi de viva voz, sobre 
exatamente o que é profundamente perverso nisso.


O TSE exigiu que as impressoras viessem com um lacre físico selando a 
passagem do papel, a greta entre o compartimento do carro de impressão e 
a superfície externa onde se encaixa o saco plástico que recebe os votos 
impressos.


Depois de exigir esse lacre no edital, o TSE omitiu do manual de 
montagem da impressora a instrução para retirada do lacre. E depois, foi 
para a TV cantar essa pedra, que estamos vendo aqui matraqueada: As 
possibilidades do papel enroscar...


Os quarteirizados que, por trezentos paus ao mês, fizeram uso daquilo 
que carregam entre as orelhas para perceber a m que ia dar se 
seguissem à risca o manual, tiraram o tal lacre antes de atachar o saco 
plástico. Os outros, seguiram ordens...e o resto é história.



Essa é uma das coisas que fazem sentido. Eu sempre tenho vontade de
surrar quem propõe que se imprima o voto para levar pra casa.


São ciberbobos, e sabichões em pele de ciberbobos, inconsciente ou 
conscientemente a serviço do FUD comandado pelo celular de um 
ex-presidente do TSE. E executado à risca, como se pode ver na risadinha 
marota do deputado Moroni Torgan, ao ser repreendido pela mentira (sobre 
para que servia a tal impressora), em um close da transmissão do 
debate que antecedeu a votação do projeto de lei do senador Azeredo 
que eliminou o voto impresso, em 28 de agosto de 2003.


perdão pelo erro na data, a tal sessão de votação foi em 29 de setembro 
de 2003, e o vídeo está disponível no site votoseguro.org

--
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prof. Pedro Antonio Dourado de Rezende /\
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