On Jan 19, 2009, "Roberto Parente" <betim.pare...@gmail.com> wrote:
> enquanto existir Softwares Proprietários, ainda teremos um > problema. Tem um texto do Stallman que fala sobre isso (não, ele não é o > mecias), mas esqueci o link :-/ "As long as the Matrix exists the human race will never be free." -- Morpheus > 2009/1/19 Daniel Ruoso <dan...@ruoso.com> > o direito de autor é um aspecto fundamental do software livre. ??? O direito do autor é uma ferramenta que usamos para defender a liberdade, através do copyleft, mas isso está longe de ser algo fundamental para o Software Livre. No mais, em sua atual implementação, direito autoral é só uma lei restritiva que nos obriga a inventar licenças para anular o mal que faz. Se não houvesse o recurso do direito autoral para implementar copyleft, talvez fosse mais difícil fazer essa defesa, mas continuaria fazendo o mesmíssimo sentido falar da agressão ao indivíduo e à sociedade que o Software não-Livre constitui. Direito autoral não tem absolutamente nada de fundamental para o Sotware Livre. Parece-me que quem induz a essa confusão é justamente a Iniciativa Open Source, que foca sua atenção primariamente nas licenças de direito autoral, ao invés de nas liberdades, como se direito autoral fosse a único recurso disponível para cercear liberdades. Perde de vista o essencial e ainda confunde a galera :-( > porque você compartilha software que você vai acabar com o direito de um > desenvolvedor cobrar o valor que ele quiser pela hora de trabalho. Não conheço onde esse suposto direito está fundamentado, mas ele nada tem a ver com direito autoral. Pelo contrário: a presença ou ausência de direito autoral em *nada* limita esse suposto direito, apenas confere ou não ao autor *outras* formas de ser remunerado pela exploração do resultado do trabalho (que não necessariamente tem a ver com a hora de trabalho). > Não acho que seja curioso, existe um motivo bastante claro e divulgado > para isso, que é a confusão entre livre e grátis que o termo em inglês > transmite. Não justifica substituir um termo supostamente ambíguo por outro que não só é ambíguo como ainda dá a impressão de que o significado é muito menor do que pretende ser. > Hoje se eu tenho muito dinheiro, posso contratar todos os > principais desenvolvedores de um projeto e moldá-lo a minha vontade. Porém, como alguns capitalistas têm descoberto, isso não lhes confere total controle sobre o futuro do projeto. Pode até tentar direcionar um ramo de seus desenvolvimento, descontinuá-lo, tornar novas versões proprietárias, mas nada impede que um conjunto de desenvolvedores se una (ou não) para continuar o desenvolvimento do projeto na direção original, ou em ainda outras. Não adianta comprar uma empresa pra ficar dono da competência dela: os empregados não são escravos, podem sair da empresa compradora, formar outra e passar a batalhar pra conquistar os clientes da empresa comprada. Até a nova empresa ser comprada novamente, etc. E eis que surge um novo modelo de negócio: vender repetidamente a "mesma" empresa :-) > (por mais que exista a possibilidade de fork, sabemos que não é tão > simples). Na realidade, simples, é, só que raramente é vantajoso dividir os esforços. Não acontece mais porque é raro a situação se tornar tão insustentável que o fork valha a pena. > O Fork em si, já não seria um mecanismo de controle democrático? Isso, as pessoas "votam" seguindo a liderança deste ou daquele, ou iniciando sua própria. -- Alexandre Oliva http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/ You must be the change you wish to see in the world. -- Gandhi Be Free! -- http://FSFLA.org/ FSF Latin America board member Free Software Evangelist Red Hat Brazil Compiler Engineer
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